Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 2
PARTE I - Start of something good... ♫


Notas iniciais do capítulo

Ei, como estão gatitas? Vamos estrear essa bagaça aqui..
Como eu disse, são capítulos pequenos e espero que gostem.



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Se você gosta dela, se ela te faz feliz, e se você sente que a conhece — então não a deixe ir. — (Nicholas Sparks).

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Porque eu não sei aonde nisso vai dar e tem uma parte de mim que adora não saber, não deixe que acabe antes de começar. Você nunca sabe quando vai conhecer alguém e todo o seu mundo muda de uma hora pra outra completamente. Não quero que você me entenda errado, mas eu estou começando a acreditar que isso pode ser o começo de algo bom.

Start of something good – Daughtry.

(http://www.youtube.com/watch?v=gUX5BAlzVJo)

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13 de Junho de 1991.

Desde seus quinze anos nunca tinha se interessado realmente por mais ninguém. Quer dizer, tinha conhecido algumas mulheres atraentes, saído com os amigos para algumas festas, bebido o suficiente para ficar mais animado e ter algum sexo protegido com alguma estranha, mas apenas isso. Não era o tipo de cara que precisava de sexo para viver, tinha sido criado por seus pais para ser o mais perfeito cavalheiro e respeitador com as mulheres – até porque tinha uma irmã mais nova, assim, tratava as mulheres como gostaria que sua irmã fosse tratada pelos homens. Ás vezes queria conseguir relaxar com algum sexo sujo e suado, algo que pudesse durar a noite toda e ser esquecido na manhã seguinte, mas tanto quanto desejava, não conseguia, simplesmente não era assim. E isso o deixava com mais tempo para se focar unica e exclusivamente em sua formação militar – com muito exercício físico, principalmente.

Até conhecer Isabella Marie Swan.

O principal problema era: Isabella era filha de Charlie Swan, que, além de um condecorado herói de guerra e lenda viva – que tinha se aposentado apenas por ter sido ferido gravemente em campo de batalha –, Sargento Swan também era o seu treinador como recruta e responsável por sua formação para ser um cabo.

Bella, como ela aparentemente preferia ser chamada, tinha se mudado para base um mês antes e, pelo que tinha conseguido descobrir ao redor (além de que homens podem ser tão fofoqueiros quanto qualquer mulher) era que sua mãe tinha morrido em um acidente de carro quando tinha 6 anos então ela e o pai viveram em bases militares pelo país até seus 14 anos, quando ela começou a fazer um grande intercâmbio por países da Europa. Agora ela devia ter uns dezesseis ou dezessete e voltou aos Estados Unidos para morar na base com o pai.

Devia ser a mulher mais linda daquele lugar, mas ninguém se atrevia a se aproximar. Ela recebia olhares, mas nenhum sorriso ou piadinha. Os homens falavam por suas costas, mas nunca se aproximavam ou se atreviam muito, por medo de Charlie que tinha olhos por todo o lugar. E ela ficava na dela – ajudava na enfermaria, no refeitório ou na biblioteca da base, onde passava horas estudando ou lendo.

 

Isabella era pequena e delicada, tinha longos cabelos levemente ondulados cor de chocolate, pele branca e olhos verdes tão lindos que pareciam hipnotizar qualquer homem, inclusive ele. Principalmente ele. Ela não tinha curvas voluptuosas, eram delicadas e suaves. Mas ele sonhava em tocá-la. Principalmente seu rosto, que era tão doce e angelical, mas tinha uma sensualidade subentendida ali, algo que ele adorava. Ele sonhava em descobrir todas as faces dela, seus gostos, sonhos, ambições, porque ela fazia seu coração bater estranhamente forte, fazia algo dentro dele se contorcer e tocava todos seus instintos, principalmente os protetores, ela parecia tão frágil que tudo que queria era passar os braços ao redor dela e protegê-la... Para sempre.

Naquela tarde, quando ele a viu caminhar para a biblioteca, tomou coragem e foi atrás dela. Devia ser a maior idiotice da sua vida, afinal, era a filha do sargento, mas após um mês se torturando ao vê-la de longe, tinha que ser corajoso e tentar, como sua mãe tinha lhe ensinado.

A biblioteca estava vazia, como geralmente – poucos recrutas gostavam de ler –, então foi fácil vê-la por entre uma das várias prateleiras enormes repletas de livros de todos os gêneros. Ela estava nos romances, linda como sempre em uma calça jeans justa, uma blusa branca simples com uma camisa de flanela vermelha por cima e botões aberto e um de seus habituais All Star nos pés. Como ela era encantadora, ainda mais com os cabelos soltos sobre os ombros, passando a mão neles com frequência, Edward sentia vontade de tocá-los e curiosidade em saber qual era o aroma deles.

Quando conseguiu, com muito esforço, parar de admirar toda a beleza despretensiosa dela, Edward sorriu e foi em sua direção, mas entrou na parte anterior, ficando separados por uma estante repleta de livros. Ela estava tão entretida procurando algum livro em especial enquanto ele a observava que só notou sua presença segundos depois e corou.

 

Edward, claro, achou o ápice de sua beleza – vê-la corando tão próximo era ainda mais bonito e até divertido. Mas ele disfarçou e deu uma volta na biblioteca, enquanto ela folheava um livro sorrindo.

Sem tirar os olhos do livro e o sorriso dos lábios, ela mudou de página e colocou uma delicada mecha de seu cabelo atrás da orelha, completamente entretida e distraída. Edward andou um pouco pela biblioteca, tentando disfarçar, mas logo voltou para onde ela estava, com um pouco de dificuldade, viu o livro que ela estava vendo, Alice no país das maravilhas, ele já tinha lido diversas vezes por ser um dos favoritos de sua mãe; era um de seus momentos favoritos, quanto ela sentava com ele e Rosalie, então liam algum livro juntos.

“Acho que ele gostou, pensou Alice, e continuou: O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?” — Edward citou uma frase do livro em voz alta.

Bella ergueu a cabeça, sobressaltada com a presença dele, mas sorriu surpresa reconhecendo imediatamente a citação, aquele era um de seus livros favoritos e aquele diálogo também. E ela sabia qual era a fala que vinha a seguir, mas só conseguiu falar segundos depois ao ter certeza de que era com ela e que ele não iria embora. Respirou fundo, e resolveu responder seguindo exatamente o diálogo, a resposta à pergunta de Alice:

“Isso depende muito de para onde você quer ir, respondeu o Gato”. — ela respondeu.

Edward sorriu com uma criança que ganhou seu tão presente esperado de natal.

“Não me importo muito para onde... retrucou Alice”.

“Então não importa o caminho que você escolha, disse o Gato”. — ela continuou, gostando do jogo.

“... Contanto que dê em algum lugar, Alice completou”.

“Oh, você pode ter certeza que vai chegar, disse o Gato, se você caminhar bastante”. — ela finalizou, então riu meio envergonhada, e abraçada ao livro.

Com os olhos conectados, permaneceram no silêncio que se instalou entre eles. Não era desagradável ou desconfortável, apenas os deixava mergulhar um nos olhos do outro, conectados no silêncio.

Tão próximo a ela, Edward se derretia com as bochechas tomadas pelo mais adorável tom de rosa que conhecia e o delicioso aroma adocicado, que parecia ser morangos, que flutuava ao redor.

— É um belo livro. — Edward quebrou o silêncio, mas sem quebrar o contato visual. — O favorito da minha mãe.

— Com toda a certeza e sua mãe tem bom gosto, é um dos meus favoritos também. Hum, prazer, Bella. — hesitante, ela esticou a mão para cumprimentá-lo com um sorriso meio tímido.

— Eu sei e, acredite, o prazer é meu. Eu sou Edward Cullen. — tomou a mão dela, mas ao invés de apertá-la, beijou logo acima dos nós de seus dedos com delicadeza. Bella corou ainda mais.

E assim eles começaram a amizade; sentaram juntos em uma das mesas e conversaram sobre literatura – seus livros preferidos e os odiados, rindo com os comentários alheios, trocando olhares e sorrisos.

Então passaram a marcar encontros diários na biblioteca após o treinamento de Edward, aonde Charlie raramente ia – já que ele também não aprovava que ela se relacionasse com os homens da base.

Era incrível como eles sempre tinham assunto. E Edward adorou conversar com ela; diferente de outras mulheres com quem já tinha tentado manter algum tipo de diálogo que não os levassem direto para a cama, Bella não parecia se esforçar muito e não tentava impressioná-lo, estava simplesmente sendo ela mesma e era incrível. Ela era inteligente e bem humorada, então a conversa fluía facilmente. Conversaram sobre as viagens de Bella, os sonhos militares de Edward; nunca eram monólogos, conversavam e trocavam informações enquanto se conheciam melhor. Descobriram que tinham a mesma dificuldade para novas amizades, ainda mais por conta própria, mas também descobriram ter facilidade de estarem juntos, podiam conversar e rir o dia todo até perder a noção da hora e ainda assim não ser suficiente.

E naqueles dias eles podiam não saber, mas nunca seria suficiente.


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Notas finais do capítulo

O primeiro contato deles baseado em toda minha vontade de me apaixonar por alguém tão viciado em leitura quanto eu. Melhor ainda se for um Edward Cullen da vida. Uma garota pode sonhar né, pf u.u
Esse primeiro mostra a vocês uma primeira vista e noção de uma das partes da história, o romance. O próximo mostrará a outra parte, o drama. E ai vocês vão ter que conciliar as emoções nessa linha tênue entre o sorriso e as lágrimas. E é importante que vocês percebam a data no começo dos capítulos, otei? Pra não se perderem na história.
Queria agradecer a todas que comentaram sejam todas super bem vindas e convidar a todas as leitoras fantasmas (as muitas, aliás) a se aprochegarem, prometo compensar <­3 kk
Até o próximo, bjsbjs s22