Depois de algumas horas caminhando, percebo que o sol que pouco esquentava estava sendo substituído pela lua, o dia estava sendo substituído pela noite. Se o dia já faz frio não consigo imaginar como vou suportar a noite.

"Bem, de uma coisa eu tenho certeza. Não podemos parar para descansar aqui, no meio do nada. Talvez pudéssemos cavar um buraco e  ai a terra vai te aquecer um pouco."

- Faço isso agora?- Pergunto 

"Não, continue andando. Pelo sol deve ser 21:00 da noite, você consegue aguentar mais um pouco"

Não disse mais nada, não conseguia. Via uma fumacinha sair pela minha boca, que ficava tremendo sem parar. Continuei a andar, cada vez com mais dificuldade, meus músculos já estavam doendo por causa da dor e por eu não ter descansado. Quando avistei uma casa, um pouco longe, e fui em direção a ela.

"Acho que ninguém mora aqui, verifique se tem água ou comida, procure na geladeira em armários, qualquer lugar"

Consegui achar, com dificuldade, uma lata com um alimento dentro. Depois de ter comido me deitei no chão. Não era quente, mas era melhor do que a neve. Consigo dormir, descansar, mesmo que não fosse por muito tempo.

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Havia se passado uns sete ou oito dias, depois daquele dia na casa, não conseguimos achar nenhum outro lugar. Somente andávamos, Bella estava perdendo as esperanças, mas eu sempre a reanimava. Eu sinto que estamos perto demais para simplesmente desistir.

Mesmo estando sem força para continuar, respirar era uma coisa difícil de se fazer, para ser sincera nós não andávamos e sim rastejávamos. E mesmo assim era muito difícil. Eu não conseguia mais fazer nada, não demorou muito para cair na escuridão. 

Sinto mãos tocando meu rosto e água na minha boca, tento beber o máximo que consigo, era tão boa.

- Tudo bem Isabella, você vai ficar bem.- Escuto a voz inesquecível de Aro, o tio de Bella.

- Tio Aro você nos salvou.- Diz Bella, como eu devo estar muito mal ela deve ter conseguido falar.

- Nos?- Ele pergunta confuso e eu abro os olhos, ele fica logo com medo. Percebo que não estamos sozinhos, há mais três homens e duas mulheres.

- Mate-a Aro, aproveite que ela esta fraca.- Diz um homem de cabelos loiros. 

-Não posso, é minha sobrinha.- Defende Aro.

- Era a sua sobrinha.- Diz outro homem,de cabelos castanho escuro.

Novamente sinto tudo ficar escuro, a ultima coisa que vejo é o rosto de Aro defendendo e mim e a Bella.

Quando acordei já não estava na neve, estava em um lugar que parecia uma caverna, todo fechado. Levanto-me e vejo pão e água no chão.

"Coma, vai precisar de energia" 

Não hesitei e logo comi. Ela tinha razão, eu me sentia muito fraca. Uma das razões de ser mais fácil para me matar, mas Aro não me matou.

- Quando eu soube eu tive que vir.- Disse uma voz grossa e eu logo olhei. Era o homem por quem esse corpo era apaixonado, olhos cor de âmbar, cabelos castanho, um rosto e corpo perfeito.

"Edward"

Ele estava vindo na minha direção, ele parou bem na minha frente. Uma dor insuportável ficou no meu rosto, minha bochecha doía e eu tinha que toca-la para sentir que ela não tinha sido arrancada fora.

"Ele te deu um soco, esta com raiva por eu ter sido capturada. Acha que eu estou...Morta"

-Para com isso.- Diz uma garotinha loira ficando na minha frente, era mais baixa do que eu mas parecia ser muito corajosa. Logo a reconheci, Jane a prima de Bella.

- O que ela esta fazendo aqui. Não falei para deixa-los longe dessa coisa.- Disse Edward apontando para mim.

- Muito bem, o que esta acontecendo aqui?- Pergunta Aro chegando ao local com varias pessoas.

- Tio Aro, Edward deu um soco em Bella.- Disse Jane chorando, ela estava maior do que nas lembranças de Bella.

- Essa coisa não é a Bella, Jane.- Diz Edward com raiva.

- Muito bem, todos para fora. Eu preciso conversar com ela.- Dizendo isso, todos obedeceram Aro e saíram.

- Muito bem, qual seu nome?- Ele pergunta

- Renesmee.- Repondo

- Bem, eu sei que é a minha sobrinha mas mesmo assim pode me chamar de Tio Aro, eu já estou acostumado. Todos aqui me respeitam e eu já tive uma reunião com eles explicando que você é minha convidada, então não quero briga. Mas agora eu quero saber o por que de você estar aqui. Todos acham que você é uma buscadora mas eu tenho certeza que não, senão não teria vindo sozinha.- Ele explica com confiança.

"Conte a verdade, nós podemos confiar nele"

- Sou a primeira alma que vocês conhecem?- Pergunto tentando mudar de assunto, ele dá uma pequena risada.

- Para ser sincero sim. Mas eu sinto que você é diferente das outras.- Ele sorri e eu também.

- Talvez eu seja, por que eu confiei em vocês então acho que podem confiar em mim.- Digo.

- Quer conhecer melhor esse lugar?- Ele pergunta

- Eu adoraria.- Digo