As palavras ditas naquele dia não saiam de minha cabeça, Eu te amo..., Diz o que estas a pensar, pelo amor de deus? Estas a dar comigo em doido..., Medo de que, princesa? Eu estou aqui sempre..., Em mais algum sitio?..., Esta tudo bem. Estou aqui...

Eu  não o merecia.

Estava fechada no meu quarto a cerca de 2 horas. Minha mãe havia tentado falar comigo mas eu não deixei. Queria ficar sozinha.

Minha mente discutia

-Edward disse que me amava mas e se ele mudasse de ideias agora? - perguntava a egoista

-Não, era melhor para ele se ficasse longe de mim pois eu iria faze-lo sofrer. - respondeu a razão

-Mas eu preciso dele!

-Não precisas nada.

-Mas...

-Mas nada, tu não vais faze-lo sofrer. Chega!

Levantei-me da cama e fui tomar banho. Durante o banho minhas mãos passavam pelas cicatrizes. Elas me lembravam de como eu era fraca, inutil e um nada. As lagrimas caiam por minha face mas eu não me importava, a agua lavava meu rosto. Não aguentei e cai no banheiro gelado, enrolei-me como uma bola e deixei que toda a dor sai se por meus olhos. Porque eu continuava viva? Porque ainda luto? Eu quero desaparecer...

Pensando isso eu apaguei...

Acordei fria, a agua quente havia acabado. Levantei-me devagar, enrolei-me numa toalha e sai do banheiro. Estava tonta, via tudo a andar a roda mas não me importei. Só ai eu lembrei-me que não havia comido nada mas agradeci. Eu não merecia comer, eu não mereço respirar, eu não mereço nada. 

Vesti meu pijama e deitei-me na cama. Fitei as estrelas e a lua pela minha janela. Estava uma noite maravilhosa. Não sei quando mas acabei adormecendo admirando as estrelas e a lua la fora.

...

Na manha seguinte acordei com o som da campainha. Olhei para o relogio e...QUEM É O IDIOTA QUE APARECE NA CASA DE UMA PESSOA AS OITO DA MANHA EM PLENO DOMINGO? Minha mãe atenderia. Logo a campainha voltou a tocar. Bufei e sai da cama sem me importar com meu aspeto.

Quando abri a porta estanquei.

Pov Edward

Depois do jantar fui para o meu quarto. Eu não sabia o que fazer. Aquelas marcas... O corpo de Bella... Sua magreza.... Isto é demais! Eu não sei como lidar com isto

Sobressaltei-me com as batidas na porta do meu quarto. Logo minha mãe espreitou e perguntou:

-Posso filho?

-Entra.- disse abaixando meu rosto. Minha mãe era uma das melhores psiquiatras do hospital. Ela sabia muito bem ler as expressões dos rostos das pessoas e eu não era excepção.

- A algo de errado contigo filho.- não era uma pergunta. Era uma afirmação.

-Como se eu pudesse enganar a minha mãe.- disse com um pouco de sarcasmo e brincadeira ao mesmo tempo.

-Sabes muito bem que não.- disse sorrindo docemente.- o que se passa?

Contaria ou não contaria? Eu prometi a Bella que não dizia nada mas minha mãe podia ajuda-la. 

-Se eu contar prometes que não dizes nada a ninguem?- perguntei.

Ela suspirou e pensou um pouco mas logo assentiu e disse:

-Prometo.

Contei sobre Bella, sobre os cortes, a magreza, meu amor por ela... Tudo. Minha mãe ouvia  atentamente e silenciosamente cada palavra que eu dizia. No final notei lagrimas nos meu olhos, apressei-me a limpa-las.

-Filho, isso é grave. Ela precisa de ajuda.- minha mãe disse com um olhar clinico.

-Eu sei mas ela não quer.- disse desesperado.

Minha mãe se levantou e andou de um lado para o outro, pensativa Passaram-se varios minutos ate que ela me encarou.

-E se... eu fosse sua psiquiatra profissional?- perguntou esperançosa.

-Como assim?

-Bem... dependendo do meu horario, eu dou-lhe consultas de graça aqui em casa. 

-Não sei...Farias isso por mim?

-Claro filho, eu vejo quanto a amas.

-Obrigada mãe

-De nada filho. Porque não a convidas amanha para almoçar connosco?

-Tudo bem.- disse. Eu tenho a melhor mãe do mundo.

-Boa noite filho.- disse indo em direção a porta do meu quarto

-Boa noite mãe.

Na manha seguinte tomei um banho e fui ate a casa dos Swan´s. Eu não sabia qual seria a reação de Bella. Esperava que não fosse de raiva...