Memórias - ABANDONADA escrita por Bibelo


Capítulo 21
Ato II - Sentimentos - 10º Capítulo


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEEEM! D:

Desculpem meus cogumelos, demorei mais do que imaginei que pudesse demorar. Foram quase 5 meses ;A; vou chorar com vocês, um momento....
.
.
.
Bom, agradeço a todos os comentários, e as pessoas que vieram até mim por M.P. perguntando sobre a fic. Obrigada meus cogumelozinhos, esse capítulo é para vocês que ficaram aturando minhas desculpas esfarrapadas.

Eu estou terminando uma fic, então todo o enredo dela matou a criatividade desta. Faltam 3 capítulos para terminar, então estou surtando :3

Nesse capítulo tem uma revelação da Sakura, então de olho. Ele é um capítulo chato, sobre assunto chato, e pequeno Ç.Ç, mas infelizmente sempre existem aqueles que são assim. Mas os proximos serão melhores, porque o Sasuke vai finalmente entrar em ação u-u

até as notas finais.

Boa Leitura



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Ato II - Sentimentos - 10º Capítulo

— Muito bem alunos, hoje começaremos os ensaios para a peça dos primeiros anos. — pronunciou a diretora divertida.

Sakura estufou o peito alegre, finalmente iriam começar a peça da Alice. Não tinha muita ideia de como a fariam, mas estava totalmente extasiada.

— Como sabem, vocês podem fazer alterações no roteiro. — Avisou Tsunade: — Nada forte demais igual o vídeo que lhes mostrei. — ordenou: — Mas algo mais despojado.

Sakura assentiu, ainda que para si mesma.

— Alguma dúvida?

Suiguetsu levantou a mão. Tsunade suspirou e lhe pediu para se pronunciar a contra gosto.

— Se eu participar consigo ganhar nota em alguma matéria? — perguntou esperançoso. Sakura sentiu Gaara rir a seu lado.

— Claro, se você for do primeiro. — rebateu.

— Poxa, eu precisava de nota. — resmungou cruzando os braços.

— Se não houver mais dúvidas — recomeçou: —, o terceiro ficará os dois primeiros dias para monitorá-los, depois disso ficarão por conta própria. Podem começar os ensaios.

Assim Tsunade saiu do anfiteatro e o próprio ficou barulhento com tantas pessoas falando ao mesmo tempo.

— Bem, como eu sou a principal — comentou Ino aumentando o tom: — Tenho de me focar ainda mais, então eu preciso de silêncio.

— Ninguém gosta da Alice, loira. — resmungou Temari: — Ela é aquele tipo de protagonista idiota que usam para dar foco nos secundários. — comentou folheando o roteiro.

— Você diz isso porque sou eu a fazer o papel, sua oxigenada! — exaltou-se Ino.

— Se a carapuça serve. — rosnou. Gaara suspirou tentando ignorar a gritaria à seu lado.

— Conseguiu dar uma olhada nas suas falas? — perguntou à Sakura que não retirou o rosto das páginas um momento sequer.

— Sim. É mais ou menos igual ao desenho. — comentou ela sorrindo: — mas não queria ser malvada, sabe.

— Você pode tentar mudar um pouco. Não tem nada que a impeça de fazer isso, cerejinha. — falou Gaara.

— É, tem razão. — concordou: — Acho que vou tentar mudar um pouco. Ler alguns livros da Alice e moldar a Rainha.

— Mas nada de vestido muito curto. — advertiu ele brincalhão empurrando-a de leve no ombro. Sakura riu.

— Bobo.

(...)

— Na sinceridade, não estou nem um pouco animada para essa peça. — comentou Tenten.

— Você nem vai participar! — disse Neji.

— Participando ou não, acho que vai ter muito atrito. — disse fitando Temari e Ino discutindo perto do palco.

— É somente com elas que está preocupada? — indagou Neji: — Para mim, atrito mesmo está naquele triângulo amoroso ali do lado. — comentou Neji, ainda que Sasuke não estivesse presente entre eles.

— Não chamaria de triângulo. — rebateu torcendo os lábios incomodada.

— Prefere polígono de três lados? — zombou.

— Não discutirei esses termos com você. — cuspiu: — Mas para ser um triângulo, o Sasuke e o Gaara não teriam que se gostar? — deu de ombros.

— Em algum momento pareceu que não? — provocou Neji.

— Algo me diz que você torce para o Sasuke e Gaara. — comentou risonha.

— Você quem está dizendo.

(...)

— Isso vai ser bem interessante, só precisamos tirar as partes idiotas desse roteiro. — comentou Temari.

— E quais seriam? — perguntou Shikamaru estranhamente interessando.

— Por exemplo: eu tenho que agir como uma louca esperta, sabe. Que ao mesmo tempo que brinca sabe o que está fazendo. — disse a Sabaku encarando Shikamaru que arqueou a sobrancelha.

— E?

— E... que aqui no roteiro eu somente sou uma idiota que joga coisas nos outros. — ralhou ela irritada.

— Não vi muita diferença. — comentou Hinata baixinho para Sakura. Ambas riram.

— Bom, você pode mudar. Use frases que geralmente estão no seu vocabulário. — propôs Tenten pulando algumas cadeiras tentando se aproximar do grupo.

— Cadela reumática manca? — indagou Gaara risonho.

— Não esse vocabulário. — repetiu Tenten: — Nada de ofensas sem pé nem cabeça, por favor.

— Então não seria o vocabulário dela. — comentou Neji dando de ombros.

— Ser boca suja está nos genes da Aneue, infelizmente. — ironizou Gaara balançando a cabeça decepcionado.

— O que é isso? Um grupo "vamos ofender a Temari até ela explodir gelatina?" — criticou Temari.

— É exatamente desses comentários que estamos falando. — proferiu Ino suspirando: — Bom, vamos fazer algumas mudanças.

— Não precisamos chamar as gêmeas da outra sala pra mudarmos as falas? — perguntou Sakura ao grupo.

— Não! — respondeu Ino seca.

— Por que não? — insistiu a Haruno.

— Porque não precisamos colocar gente que não me agrada a vista. — completou ela.

— Mas elas são bonitinhas. — falou Sakura sem entender.

Gaara e Hinata riram.

— Não é isso Sakura. — informou Neji: — Elas não são de bons ares. São como uma bomba, se não souber como falar com elas, explodem.

— Sempre se metem no meio dos grupos para tirar algum segredo e espalhar por ai. — complementou Shikamaru: — Não é interessante andar perto delas.

— Entendi. — afirmou Sakura: — Então vamos mudando?

— Claro. Só deixa o Sasuke dar o ar de sua graça. — acrescentou Ino.

*~*~*~*

— Não acredito que o Sasuke não apareceu! — esbravejou Ino no banheiro junto de Sakura e Hinata: — Qual o problema dele?

— Ora, ele poderia estar ocupado, Ino. — acrescentou Hinata observando Ino remexendo em uma necessaire lotada de maquiagem.

— Ocupado dando o cu, talvez. — resmungou a loira.

— Ino! — bronqueou Hinata exaltada tapando os ouvidos de Sakura como se fosse uma criança.

— Ops! — exclamou tapando a boca sem um pingo de arrependimento: — Esqueci.

Sakura riu em deleite:

— Não tem problema, Hina-chan. — comentou Sakura: — Não é o primeiro xingamento que escuto essa semana.

— Ah! Havia esquecido que você saiu com a Temari. — a Hyuga meneou a cabeça decepcionada.

— De toda forma, ele poderia pelo menos ter nos mandado uma mensagem dizendo que não iria aparecer. — Ino retornou ao assunto passando um batom rosa chiclete na boca.

— Sério Ino, esse batom é ridículo! — zombou Hinata.

— Falou a garota que usa lente de contado lilás. — comentou rolando os olhos: — Falando em ridículo, Sakura qual a numeração da sua tintura? — perguntou encarando a garota pelo reflexo do espelho.

— Numeração do que? — indagou a rosada.

— É que no vídeo do teatro o seu cabelo estava com um rosa no mesmo tom que esse. Então a tinta deve ser muito boa. Queria saber qual é! — explicou.

— Verdade, não tinha pensado nisso. — exclamou Hinata surpresa.

— Achou o que? Que o cabelo dela era rosa? — ironizou Ino.

Sakura basicamente se tornou um ponto de interrogação ambulante naquele momento:

— Er... Que tintura? — perguntou Sakura confusa.

— A que você passa no cabelo. — repetiu Ino pacientemente: — Ou isso ai é de verdade?

— Sim.

Ino ficou calada. Arqueou a sobrancelha encarando-a pelo espelho; virou-se de costas para a pia fechando seu batom rosa.

— "Sim" o quê?

— Meu cabelo é rosa, Ino. — respondeu convicta: — Não pinto o meu cabelo.

— Saky-chan. — chamou Hinata: — Ninguém nasce de cabelo rosa.

— Exatamente. — salientou Ino.

— Mas é verdade. — continuou Sakura: — É a cor do meu cabelo. Nunca precisei pintar, ou nada do tipo.

Ino apertou os olhos desconfiada:

— Ok, vamos parar com a brincadeira que já perdeu a graça para mim.

— Não estou brincando! — aumentando a voz, Sakura inspirou fundo frustrada: — Nunca pintei o cabelo. Por que não acredita em mim?

— Porque é mentira. — cuspiu a loira irritada: — Ninguém tem um cabelo ridículo desse naturalmente.

— INO! — bradou Hinata transtornada.

Sakura aquietou-se abaixando a cabeça.

— Tsc! Que saco. — Ino voltou-se para a pia pegando sua necessaire e saindo do banheiro.

A Haruno aproximou-se do espelho segurando uma mecha de seu cabelo.

— O que tem de errado com ele? — perguntou-se num muxoxo.

*~*~*~*

Ino apertou o passo totalmente frustrada. Até aquele momento tinha aguentado firme e pacientemente a falta de informações da Sakura sobre a vida, mas aquilo era demais.

Ou Tsunade pintava o cabelo da menina escondido, ou ela estava mentindo descaradamente sobre o assunto.

Isso lhe dava um comichão terrível. Se ela estivesse mentindo, então significava que possuía sim suas memórias? Ou pelo menos parte do que um dia foram suas memórias.

Entrou na secretaria passando por Shizune que tentou impedir Ino de chegar à diretoria.

— Tsunade-sama. — chamou Ino entrando em sua sala sem permissão: — Preciso falar com você sobre a Sakura.

*~*~*~*

— Finalmente saíram. — exclamou Gaara de frente para o banheiro.

— Estava esperando? — perguntou Sakura indo até ele.

— Estava sim. E vi quando a Ino saiu igual à um furacão do banheiro. — comentou ele.

— Ah, isso. — resmungou Hinata: — Tivemos uma discussãozinha lá dentro.

Gaara as encarou preocupado.

— Tudo bem?

— Tudo sim! — foi Sakura a responder: — Bem, vamos na sorveteria? Fiquei com vontade de tomar algo. — pediu a garota com um sorriso largo.

Hinata sorriu triste.

— Claro. — respondeu ele: — Quer vir com a gente, Hinata? Eu te dou uma carona até sua casa.

Ela negou.

— Estou bem. Vou com a Ino.

— Está certo então. Boa sorte com ela. — Assim ele sai segurando na mão de Sakura com um sorriso no rosto.

Hinata acenou para eles se despedindo dando meia volta em seguida. Suspirou derrotada e andou até seu armário pegar um caderno que faltava para o dever.

Como não tinha a menor ideia de onde Ino poderia estar, ela resolveu andar até a entrada e esperar por lá. Sentou-se na mureta do lado de fora colocando um dos fones de ouvido.

Encostou na árvore à seu lado obsevando a movimentação dos carros.

— Você é muito idiota, Ino...

*~*~*~*

— Sorvete de kiwi é bom? — perguntou Gaara curioso encarando o cardápio da sorveteria.

— Não sei, nunca comi. — respondeu Sakura: — Vamos pedir um e experimentar?

— Claro! — concordou: — Caso seja ruim pegamos de flocos.

— Aprovado! — piscou Sakura rindo logo em seguida.

— Essa sua dupla personalidade me assombra. — comentou Gaara num meio sorriso provocador.

— Ah! Me desculpe. Estou tentando entrar na personagem. — falou ela envergonhada.

— Não precisa fazer isso agora. — comentou Gaara: — Seja você mesma, já basta!

— Hai!

O Sabaku chamou a garçonete para fazer os pedidos. Ficaram conversando um pouco até chegar aquele sorvete verde.

— Parece pistache! — comentou Gaara encarando a taça.

— Mas tem gosto de kiwi. — emendou Sakura já na terceira colherada.

— Graças a Deus que tem. — zombou o rapaz: — Sakura, deixa eu perguntar uma coisa.

— Claro, pode perguntar. — respondeu sorridente.

— O que aconteceu lá no banheiro com vocês? — perguntou Gaara: — Você me parece estranha.

Sakura desviou o olhar colocando mais uma colherada em sua boca. A demora para responder preocupou-o.

— Bem... — murmurou ela: — Digamos que tivemos uma discussão sobre cor de cabelo.

— Só isso? — insistiu ele já mais preocupado que antes.

— Basicamente isso. — comentou enrolando uma mecha de cabelo com seu indicador: — Gaa-kun, meu cabelo é estranho?

Gaara retesou-se sério:

— Não, não é! — respondeu firme.

— Sério? — persistiu Sakura.

— Sério, Sakura. — salientou: — Seja lá o que a Ino lhe disse, seu cabelo é lindo. Mas queria poder te ver com a cor original algum dia! — ele piscou a ela voltando ao seu sorvete.

Sakura ficou muda. Afinal não eram só as meninas que achavam seu cabelo falso, até mesmo Gaara achava. E isso lhe doeu lá no fundo.

Entretanto, ela somente sorriu para ele e começou a falar de outros assuntos antes que debulhasse em lágrimas.

*~*~*~*

— Que demora, Ino! — resmungou Hinata ao ver a menina passar pelos portões de entrada: — Sério, que merda foi aquela no banheiro? Você tem algum problema?

— Tsc, fica quieta. — cuspiu Ino continuando seu caminho de cabeça baixa.

— Ino! — repreendeu Hinata aproximando-se dela: — Onde você foi?

— Falar com a Tsunade. — respondeu: — Sabe, acho que eu fiz merda.

— Só agora acha isso?

— Não. — negou: — É que eu nunca iria imaginar que estaria errada.

Hinata arqueou a sobrancelha.

— Ok, loirinha. — a Hyuga a parou: — Explique-se.

Ino suspirou: — Ok, lá vai!

"— Tsunade-sama. — chamou Ino entrando em sua sala sem permissão: — Preciso falar com você sobre a Sakura.

Tsunade levantou o olhar sobre os óculos, mas não se levantou para recebê-la ou expulsá-la.

— Sobre o que seria, Senhorita Yamanaka? — perguntou Tsunade dispensando Shizune com um aceno.

— Ela fica insistindo em coisas absurdas. Eu sei que ela é alheia à várias coisas, mas tudo tem limite. — começou a garota.

— Ok, isso eu sei. Mas qual limite ela ultrapassou para você vir falar comigo? — cuspiu a diretora irritada.

— Ela acredita de pé junto que seu cabelo é rosa. — respondeu: — Por mais que digamos que é impossível ela afirma isso. Eu sei que ela pinta e ela sabe disso, mas porque mentiras logo agora?

Tsunade ficou calada. Inspirou fundo retirando os óculos e apoiando os cotovelos na mesa.

— Sente-se, Ino! — ordenou. A garota obedeceu a contra gosto: — Não é um assunto relevante para vir até mim, mas vou aproveitar a deixa e lhe explicar algumas coisas sobre ela, e quero que repasse aos outros sem que ela escute. Entendeu?

Ino aquiesceu. Tsunade inspirou e expirou cansada:

— Bem, os pais de Sakura são químicos nucleares. — começou Tsunade: — Sempre estavam trabalhando em usinas, mexendo em núcleos de urânio, plutônio e outros componentes. É um trabalho arriscado, mas que rende muito e possui aposentadoria adiantada.

Ino se ajeitou no lugar. Pelo visto seria uma conversa longa e irritante:

— São muito conhecidos por terem criado uma bomba especial para o Japão, mas que nunca se foi divulgado com qual componente químico é feito ou seu nome por motivos de sigilo nacional. — continuou a diretora calmamente: — Já estavam casados à alguns anos quando houve uma explosão na usina de Kyoto. Os pais dela foram pegos pela explosão.

Novamente Ino se ajeitou na cadeira, um pouco mais interessada na conversa:

— A quantidade de radiação que eles receberam não foi letal, mas foi o suficiente para serem aposentados a força de pesquisas e trabalhos dentro de usinas. — explicou Tsunade pausando por um momento: — Entretanto, Mebuki não sabia que estava grávida de dois meses da Sakura.

Ino entrou em choque retesando sua coluna:

— Mebuki entrou em desespero. O medo de sua filha nascer com anencefalia, ou outra doença degenerativa ou deformada a assombrou por meses. — salientou a mais velha falando bem devagar e pausadamente.

— Anencefalia? O que é isso? — perguntou Ino curiosa.

— Você realmente não presta atenção nas aulas de química, não é? — provocou Tsunade tentando amenizar a tensão que sentia na garota: — Bem, é um uma doença onde crianças nascem sem cérebro. Quando ouve a explosão em Chernobyl, parte da radiação chegou em Washington, nos Estados Unidos. Onde houveram casos de várias crianças nascerem sem parte do cérebro, ou mesmo sem ele. Fora outras anomalias como encefalocele e espinha bífida. — explicou Tsunade.

— Eu havia ouvido sobre Chernobyl, mas não sobre esses casos. — comentou Ino incomodada.

— Agora ouviu. — complementou a diretora: — Mebuki entrou em uma depressão forte, enquanto Kizashi tentava achar um jeito de reverter os sintomas que a radiação à urânio causaria. — disse a mulher já um pouco incomodada com o assunto: — Após o sétimo mês de gravidez, o normal do desenvolvimento de uma criança é estar toda formada, com braços, pernas e órgãos. Então Mebuki fez seu primeiro ultrassom nessa época.

— Ela pareceu esquecer todos os sintomas da depressão quanto viu no monitor sua filha totalmente normal. — falou Tsunade: — Obviamente que teriam sequelas, mas nenhuma doença cerebral foi detectada.

Ino estranhamente sentiu um alívio em seu corpo.

— Entretanto — acrescentou: — Quando Sakura nasceu Mebuki percebeu sim que a radiação havia causado reações, já que a criança nasceu de cabelo rosa.

Ino se exaltou levando-se da cadeira:

— Pera, quer dizer que aquele cabelo dela é natural? — perguntou a garota que teve de se sentar e ouvir a história toda só para saber se era ou não real o cabelo dela.

— Foi uma anormalidade, então natural não é. Mas como ela nasceu com essa cor, para Sakura é algo normal, mas no passado ela sofreu com bullying. Acho que se não fosse por Sasori ela não teria aguentado. — terminou Tsunade.

— Foi somente isso que ela teve? Mais nada? — insistiu Ino.

— Isso e mais um problema. — falou Tsunade: — Mas esse eu não tenho permissão pra dizer.

— Por que? — indagou incrédula.

— Prometi a Sakura que nunca contaria, pois ela mesma não gosta de mencionar a sequela que tem. Então caso queria saber terá de esperar que um dia as memórias dela retornem e ela conte por livre e espontânea vontade. — informou séria: — Até lá, só saberá isso.

Ino bufou assimilando todas as informações.

— É só isso, Ino?

— Sim, é só isso!"

*~*~*~*

— Obrigada pela carona. — agradeceu Sakura soltando o cinto.

— Imagina! — exclamou Gaara: — Vem cá! — chamou ele aproximando-se dela para um beijo.

Sakura sorriu conta seu lábio retribuindo o gesto de carinho.

— Quer entrar um pouco? — perguntou a garota. Gaara negou.

— Tenho que ir sair com a Temari. Hoje estou totalmente acorrentado. — zombou o rapaz tirando um riso dela.

— Então te vejo amanhã. — deu-lhe um selinho de despedida e saiu o carro.

Assim que entrou em casa, Gaara saiu de frente da casa. Sakura jogou-se no sofá encarando o ventilador de teto desligado. Sorriu consigo mesma na ideia daquilo caindo em cima dela, seria cômico.

Fechou os olhos se deixando levar pelo silêncio da casa, e as memórias do dia voltando. Talvez precisasse falar com Ino sobre o assunto, afinal de contas ela estava errada, e não Sakura, certo?

Suspirou forte sentando-se. Prendeu seu cabelo em um coque feito com o próprio e caminhou até a cozinha para preparar algum lanche.

— Ne, tem atum e maionese?

Sakura exaltou-se. Olhou para os lados convicta de ter sido questionada. Nada.

— Estranho. — resmungou ela abrindo o pote de gelatina. Deu de ombros e arrumou seu lanche.

— Sakura?

A garota deu um pulo novamente encarando o arredor, agora desesperada.

— Quem está ai? — indagou nervosa.

— Quem você acha? — resmungou o rapaz aparecendo pela porta da cozinha: — Esqueceu que sua tia me chamou para jantar hoje?

— Sasuke-kun? — sibilou surpresa: — O que...? Espera eu... — Sakura perdeu as palavras por um momento: — Bem, como anda?

Ele a encarou:

— Normal. — respondeu: — Desculpe por aquele dia, não devia ter dito e feito aquelas coisas. — comentou Sasuke desviando o olhar naquele momento.

Sakura sorriu:

— Não precisa. Acho que eu devia ter contado a você primeiro antes de todos, afinal sou mais próxima de você, certo? — respondeu ela.

Sasuke ficou quieto:

— Ah! — exclamou Sakura: — Quer comer algo? Você perguntou de atum e maionese, certo?

Sasuke a encarou confuso:

— Não. Eu acabei de chegar, e estou sem fome. — respondeu ele dando de ombros.

Sakura paralisou prendendo a respiração.

— Sakura?

—AH, na-nada! — gaguejou: — Bom, quer ver algum filme?

— Pode ser. — aquiesceu Sasuke: — Mas eu escolho.

— Ah não. Você sempre escolhe terror! — choramingou Sakura.

— Que pena.

Eles riram. Ela pegou um pacote de salgadinho e puxou o rapaz até a sala sentando-se junto dele no sofá.

Ela ajeitou o notebook pra assistir algum filme pelo HMDI, quando Sasuke agachou-se ao lado dela:

— O Gaara não se importa em eu estar aqui? — perguntou o rapaz não parecendo nem um pouco preocupado com isso.

— E por que ele se importaria? — indagou ela dando de ombros.

Sasuke arfou. Havia se esquecido que ela possuía outro modo de ver as coisas.

— Ok. Qual filme? — Sakura cruzou os dedos torcendo para não ser terror.

— REC. — falou ele num sorriso sapeca.

— É terror, não é? — perguntou ela num muxoxo.

— Talvez.

— Droga.

*~*~*~*

— Nossa, estou um pouco chocada. — sibilou Hinata sentada ao lado de Ino no parque.

— Se você está chocada, eu já sou uma galinha completa. — ridicularizou a loira.

— A diretora disse mesmo para você falar para todos? — indagou deveras preocupada.

— Sim, me mandou "repassar a mensagem". — falou gesticulando as aspas com as mãos: — Provavelmente ela quis dizer para contarmos.

— Mas não acho que seja algo relevante para convocarmos a trupe. — rebateu Hinata: — É mais um assunto de capricho seu.

— Meu? — exaltou-se: — Como assim meu?

— Não foi você quem levou o assunto "cabelo" para a suprema corte? — indagou a garota.

— Sim, levei, pois estava de mãos atadas. — comentou a garota tentando se defender: — Além do que, tem muitas coisas sobre a Saky que a Tsunade sabe, mas não nos diz.

— Ela não é obrigada a nos dizer, Ino. Entenda isso. — explicou: — É a sobrinha dela, e provavelmente a própria odiava que falassem dela, o que comprova a personalidade explosiva que ela tinha.

— Ok. Entendi Hina-chan. — Resmungou Ino derrotada: — Bom, vamos pra casa. Temos muito dever pra fazer, e copiar de você dá um trabalho.

Hinata rolou os olhos levantando-se e indo ao ponto de ônibus com Ino no encalço.

*~*~*~*

— Eu passei muito medo, sério. — bradou Sakura encolhida na coberta em cima do sofá. Estava fresco lá fora, então a sala se encontrava gelada.

— Nem dá tanto medo assim, é mais susto. — rebateu Sasuke.

— Mas ainda sim. — comentou com a voz baixa. Ele deu uma risada curta.

— Tudo bem, acho que sua tia não vem hoje. — comentou ele reparando no céu já escuro e nada da Tsunade aparecer.

— Ela deve estar presa no trabalho. Então vou preparando a janta. — falou Sakura: — Quer me ajudar?

Sasuke deu de ombros e levantou-se junto dela.

— Vai fazer o que? — perguntou ele desinteressado.

— Desculpa, mas só sei fazer macarrão. — informou ela rindo forçado.

— Não acredito. Até eu sei cozinhar mais coisas que você. — resmungou ele.

— Ah, eu não gosto muito. Acho complexo e muitas informações para assimilar; já tenho coisas demais para aprender. — comentou a garota séria.

Sasuke ficou quieto depois dessa. Afinal de contas ela estava totalmente certa, pra que se empenhar na cozinha se tinha um milhão de coisas para reaprender?

— Bom, que tal jantar em casa? — propôs ele.

— Tia Mikoto cozinhou algo? — indagou.

— Ela sempre cozinha. — respondeu sorrindo indo até a sala: — Avise a Tsunade, ela pode se preocupar.

ooook~ — respondeu cantarolando. Pegou o telefone da casa e ligou para a tia.

Assim que ela atendeu, Sakura explicou onde ia, o horário de volta e quem iria trazê-la. Em seguida desligou.

— Vamos? — chamou ele.

— Estou indo.

*~*~*~*

Tsunade desligou o celular retornando a papelada. Estava exausta e cansada, mas saber que ela estaria com Mikoto lhe aliviou um pouco. Não gostava de deixar Sakura sozinha em casa.

Revisou mais um papel de um contrato recente franzindo o cenho incomodada.

Retirou os óculos massageando as têmporas que latejavam. Inspirou fundo acomodando-se na cadeira e pegando mais um papel.

A época da viagem escolar estava chegando, e isso a preocupava demais.

Afinal de contas, o lugar aonde irão é o maior ponto fraco de Sakura, tanto a do passado quando a do presente.

*~*~*~*

— Tia Mikoto, isso estava divino. — elogiou Sakura terminando sua refeição.

— Muito obrigada, Sakura. — agradeceu a Mulher retirando os pratos.

— Eu ajudo. — ofereceu-se pegando as tigelas de arroz, empilhou-as e levou à cozinha: — Obrigada por me deixar jantar aqui.

Mikoto sorriu:

— Imagine, minha querida. — rebateu a moça: — Fico feliz que venha sempre aqui. Assim o Sasuke fica mais radiante. — Mikoto lhe piscou o olho deixando Sakura sem entender nada.

— Mãe, não diga coisas desnecessárias. — repreendeu Sasuke.

— Não existe nada que uma mãe diga que seja desnecessário. — relembrou ela como se aquilo fosse um ditado. Bem, talvez fosse.

Sasuke rolou os olhos:

— Ok, está tarde. Eu vou levar você até sua casa Sakura. — ofereceu Mikoto. Sasuke exaltou-se:

— Como?

— Tenho um assunto que quero falar com ela. — comentou sua mãe: — Vamos querida?

— Claro! — concordou Sakura: — Tchau, Sasuke-kun. Apareça amanhã no ensaio. — pediu ela seguindo a mãe de Sasuke que brincava com a chave do carro em seus dedos.

Sasuke as seguiu até a porta da casa segurando a mãe um pouco antes:

— Mãe, eu te adoro, mas se falar algo desnecessário eu não como mais seus bolinhos. E olha que nem gosto de doces. — ameaçou ele, igual uma criança.

— Vou correr o risco. — afirmou ela lhe dando um beijo no rosto e seguindo para o carro onde Sakura a aguardava do lado de fora.

Ele inspirou fundo aguardando a mãe sair com o carro para fechar a porta.




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Notas finais do capítulo

"AH SAKURA TEM CABELO ROSA DE VERDADE?" Sim, ela tem.
"MAS É HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL". Era isso, ou uma super deformação, pessoas. Caso não saibam, mulheres grávidas nem podem fazer Raio-X, imagina tomar radiação de .... esqueci o que eu joguei, mas deve ser Plutônio ou Urânio. As chances de uma deformação era de 99% . Ela nasceu nos 1%, mas com uma SUPER sequela. Agora, qual será?

Anencefalia é uma doença verídica, e a radiação de Chernobyl afetar tanto outros países também é veridico. Fato histórico lindos, estou ensinando coisas de cursinho pra vocês -q HRUEHRUERHUERHUE

Outra coisa que com certeza me questionarão: "POR QUE O SASUKE NÃO ESTÁ IGUAL NO MANGÁ/ANIME?" Bom, lembram o porque dele ficar do jeito que ficou? Porque sua família foi morta pelo irmão. Então ele ficou traumatizado. Aqui estão todos vivos, até o pai. Portanto sim, ele tem outra personalidade, mas sério como todo Uchiha. Agora, por favor, não venham dizer que o fiz OOC, porque ele vai mudar a personalidade alegre... Só aguardem.

Bem é isso. Próximo a tia Mikoto entra em ação!!

Não posso prometer não demorar, mas quero tentar.

Beijos e mordidas



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