Merlin - 6ª Temporada escrita por Lamia Riley


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

"Arthur Sim Gwenevere. Eu sei. De onde eu estou eu posso ver algumas coisas e eu vi que você está grávida.
Os olhos de Arthur se encheram de lagrimas. Ele estava completamente emocionado.
Arthur A gente tentou tantas vezes e agora aconteceu.
Arthur se aproximou de Gwenevere e passou as mãos na barriga da esposa.
Gwenevere Acho que tivemos uma ótima última noite juntos antes da batalha."
[...]
"Os três cavaleiros, sendo um em uma carroça no qual estava o corpo imóvel de Morgana, continuavam a travessia pelos reinos. Eles levariam dias até chegar à caverna de Drochraid."
[...]
"Merlin se despediu de Gwen e seguia pelo corredor principal quando ele sentiu algo bater na cabeça dele. Merlin olhou para todos os lados e nada viu. E novamente algo bateu na cabeça dele. Merlin ficou preocupado, mas nada disse. Merlin seguiu seu caminho, mas ele percebeu que algo estava diferente."



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De volta aos dias atuais. Robert estava fascinado com as histórias que ouvia.

Robert – Eu nunca tinha ouvido as histórias sobre Camelot assim. Eu estou encantado com seus detalhes.

Merlin não respondeu apenas acenou com a cabeça. Depois levantou e foi até a entrada da caverna.

Merlin – Rapaz, eu acho que você precisa ir está um pouco tarde e a caminhada de volta a sua cidade deve ser longa.

Robert – Por favor, senhor Merlin não posso ir agora. Eu preciso saber o que aconteceu com Gwenevere, Merlin e Arthur. Ela conseguiu vê-lo?

Merlin – Rapaz você não tem família? Eles devem estar preocupados com você.

Robert – Não senhor. Sou só eu em Londres. Meus pais morreram quando era criança e minha única irmã é casada e mora no País de Gales. Logo, sou só eu.

Merlin – Engraçado, eu também sou só eu. Durante um tempo tive família e amigos, mas hoje sou só eu.

Robert – Será que poderia ficar aqui e ouvir mais sobre Camelot? No momento, é só o que eu tenho.

Merlin sorriu e sentiu, pela primeira vez, que não estava tão sozinho em milênios. Ele simpatiza com o rapaz e sua companhia e com isso voltou para dentro da caverna.

Merlin – Então eu vou fazer um pouco mais de chá. Aceita mais biscoitos?

Robert aceitou de bom grado e continuou atento a história que era contada para ele com tantos detalhes.

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De volta a Camelot nas Grandes Pedras de Nemeton, Gwen e Merlin tem uma longa conversa sobre magia e volta dos espíritos dos mortos.

Gwenevere estava muito nervosa. De um lado ela estava com medo de fazer algo que certamente Arthur nunca aprovaria, mas por outro lado ela queria muito vê-lo.

Gwenevere – você tem certeza que isso é seguro? Eu tenho um bebê agora e preciso pensar nele.

Merlin – Não se preocupe Gwen. Eu jamais colocaria você ou o bebê em perigo. Você só precisa fazer o que eu disse. E poderá falar com Arthur.

Após as instruções Gwen pegou o objeto mágico e foi em direção ao meio das Grandes Pedras de Nemeton. E quando se aproximou das pedras Gwen estava muito nervosa e acabou pensando em desistir, mas ao virar-se ela encontrou um Merlin sorridente que lhe transmitiu confiança para continuar.

Merlin gritou  – Confie em mim... vai dar tudo certo.

Com isso Gwen foi para o centro da circulo e soprou o chifre e em poucos minutos uma neblina intensa começou a se formar em volta dela. Gwen estava assustada, mas a vontade de ver Arthur era mais forte e ela se manteve firme até que uma figura conhecida apareceu diante dela.

Gwenevere – Arthur é você?

Arthur – Gwenevere o que você está fazendo aqui?

Gwenevere sorridente – Não acredito que funcionou. Eu estou te vendo. Você está aqui mesmo, meu amor.

Gwenevere correu e abraçou Arthur com toda força.

Arthur – Gwenevere o que você fez? Você não deveria estar aqui. Quem deixou você fazer isso?

Gwenevere – Merlin me disse que eu poderia vê-lo, eu nunca pensei que isso era possível.

Arthur – Merlin continua sendo um idiota. Como ele pode fazer isso? É perigoso demais. Você não deveria estar tão longe de Camelot. Principalmente agora.

Gwenevere se afastou de Arthur e olhou para ele.

Gwenevere – Você sabe da minha gravidez?

Arthur – Sim Gwenevere. Eu sei. De onde eu estou eu posso ver algumas coisas e eu vi que você está grávida.

Os olhos de Arthur se encheram de lagrimas. Ele estava completamente emocionado.

Arthur – A gente tentou tantas vezes e agora aconteceu.

Arthur se aproximou de Gwenevere e passou as mãos na barriga da esposa.

Gwenevere – Acho que tivemos uma ótima última noite juntos antes da batalha.

Arthur – Sim. Eu sinto tanto Gwenevere. Desculpe por não ser mais cuidadoso, se eu tivesse feito diferente talvez estivéssemos em Camelot e não aqui em uma neblina assustadora.

Gwenevere – Você fez o que tinha que fazer. Apesar da dor que sinto todos os dias por causa da sua ausência, eu também sinto um grande orgulho de você e com certeza nosso bebê também irá sentir.

Gwenevere abraçou Arthur e os dois se beijaram intensamente.

Arthur – Sei que tem chorado muito por minha causa. Você não pode continuar assim.

Gwenevere – Eu sei. Eu só queria ter podido me despedir de você, mas não se preocupe agora eu tenho muito mais motivo para continuar.

Arthur – Você tem sido uma grande rainha, eu sempre soube que você seria ótima. A melhor pessoa para governar Camelot. E sei que será uma grande mãe também. Nosso filho será um bebê abençoado.

Gwenevere – Eu vou sempre falar do grande pai que ele teve. O quão grande ele foi e como eu o amei e sempre o amarei com todo o meu coração.

Arthur – Como eu disse antes, nunca existiu outra em minha vida apenas você.

Arthur e Gwenevere se abraçaram forte e apesar de eles quererem ficar ali juntos para sempre, eles sabiam que isso não seria possível.

Arthur – Você precisa ir Gwenevere.

Gwenevere tentava segurar as lágrimas, ela não queria que Arthur a visse triste pela última vez, mas suas lágrimas insistiam em cair.

Arthur – Por favor, você precisa ir. Se continuar poderá ficar presa aqui para sempre.

Gwenevere – Eu prometo que nosso filho será forte e corajoso como você.

Arthur – Contanto que ele sempre ouça o coração dele como a mãe sempre fez. Se ele fizer isso será um rei bem melhor do que eu fui. Agora vá e não olhe para trás.

Gwenevere acenou com a cabeça e começou a caminhar até a saída. As lágrimas corriam pelo seu rosto sem parar. Ela queria desesperadamente ficar ali com Arthur, seu amor por ele parecia algo insuportável e ela acabou fazendo algo que não deveria.

--

No caminho de volta a Camelot...

Merlin – Tudo bem Gwen?

Gwenevere – Obrigada Merlin, eu nunca terei como agradecer você pelo que fez. Agora vamos voltar rápido para Camelot tá ficando tarde, acredito que essa região não seja muito segura.

O caminho de volta para Camelot foi feito em silêncio.

Merlin sabia que o que tinha feito não era o certo, mas sabia que esse era o único jeito de Gwen seguir em frente e continuar a luta por Camelot e principalmente pelo seu filho.  

Assim que chegaram a Camelot Merlin e Gwen foram recebidos por Gaius.

Gaius – Minha senhora onde estava?

Gwenevere – Eu e Merlin fomos passear um pouco Gaius, nada demais.

Gaius – Senhor Leon estava a sua procura. Acredito que ele esteja na sala da Távola agora.

Gwenevere – Obrigada Gaius. Merlin, obrigada por tudo.

Enquanto Gwenevere seguia para a sala da Távola, Gaius encarava Merlin bem desconfiado.

Gaius – Onde vocês foram Merlin?

Merlin – Eu estou tentando explicar a Gwen tudo sobre magia. Para isso nós fomos para a floresta.

Gaius – Você já contou a ela que está sem os seus poderes?

Merlin – Ainda não. E não vejo por que fazer isso já que não precisaremos mais dos meus poderes agora que tudo está em paz.

Gaius – Talvez você não precise Merlin, mas se você os tivesse, talvez Sir Gwaine tivesse uma chance.

Merlin – Gwaine. Eu já pensei em tudo que poderia usar para ajudar e não consegui.

Gaius – Sua magia seria a única que poderia quebrar os efeitos da magia antiga.

Merlin parou por um tempo e passou a mãos na cabeça.

Merlin – Por que eu não pensei nisso antes. Gaius não é só a minha magia que poderia quebrar o feitiço de Morgana. Existe outra magia tão poderosa quanto.

Gaius – Do que você está falando?

Merlin – Do Grande Dragão.

Gaius – Mas você disse que a ultima vez que o viu ele estava muito doente. Será que ele ainda está vivo?

Merlin – Acho que vale tentar. Vamos levar o Sir Gwaine até o campo e ai eu chamo  o grande dragão e quem sabe ele pode nos ajudar.

Gauis – É um pouco arriscado, mas se é o que temos podemos tentar.

Merlin – Vamos esperar anoitecer.

As horas foram passando e assim que anoiteceu Gaius e Merlin colocaram o Sir Gwaine em cima de um carrinho e o empurraram para fora do castelo em direção ao campo aberto. E lá Merlin chamou pelo grande dragão. Merlin gritou uma, duas, três vezes e nenhum sinal do velho amigo.

Gaius – Merlin, acho que ele não vem.

Merlin – Calma Gaius, ele está velho e talvez um pouco surdo. Vamos esperar mais um pouco.

Gaius e Merlin esperaram por horas e nada aconteceu. Já perdendo as esperanças Merlin dar o seu último grito. Pouco tempo depois ele escuta um grito estridente. E para sua surpresa não foi o grande Dragão que apareceu, mas uma antiga e jovem amiga.

Merlin – Aithusa???? Não acredito é você?

Aithusa apareceu e aterrissou ao lado de Merlin. Ela estava bem diferente da última vez que foi vista. Com uma aparência mais saudável, a jovem dragão estava ali e parecia contente em ver Merlin.

Merlin – Aithusa... eu achei que você estivesse morrido? Como você está?

Aithusa ainda não falava e apenas fazia sons que parecia de felicidade.

Gaius – Minha nossa. Essa é a famosa Aithusa o dragão usado por Morgana?

Merlin – Na verdade um dragão fêmea. Ela era usada por Morgana sim, mas é uma criatura do bem. Mas que infelizmente não consegue falar.

Gaius – Não consegue? O que houve?

Merlin – Eu nunca soube.

Merlin se aproxima do dragão e o acariciou e sorriu para ela.

Merlin – Oi Aithusa, será que você poderia nos ajudar. Esse é meu amigo Sir Gwaine ele está morrendo, mas acho que o seu sopro pode ajudar a salvar a vida dele. Você consegue me entender?

Aithusa balança a cabeça em sinal de entendimento e depois caminha devagar até o corpo de Sir Gwaine. Aithusa cheira o corpo do cavaleiro e depois olha para o Merlin.

Merlin – Por favor, ajude-o.

Gaius se afastou deles e ficou observando o jovem dragão.

Aithusa então sopra em direção ao Sir Gwaine. O seu sopro parecia um grande baço quente que todos envolta conseguiram sentir. O poder de cura foi imediato. Em alguns poucos minutos Gwaine se mexia deitado no chão.

Gaius – Está funcionando. Sir Gwaine está acordando.

Merlin se aproxima do dragão.

Merlin – Aithusa muito obrigada pelo que você fez. Por favor, vamos ser amigo? Eu vou lhe ajudar. Você quer minha ajuda?

Aithusa balança a cabeça em sinal de entendimento.

Merlin – Você precisa de um lugar seguro para ficar.

Gaius – Merlin o que você pretende fazer?

Merlin – Gaius espere o Sir Gwaine acordar e o leve de volta para o castelo. Eu vou levar Aithusa para um lugar onde ela pode ficar segura e eu posso ajuda-la.

Logo após isso Merlin subiu nas costas da Aithusa e seguiu com ela para um antigo lugar. A caverna que ficava embaixo do castelo que Merlin bem conhecia e que tinha sido o lugar onde o Grande Dragão estava preso. Mas ao contrário de Kilgharrad, Aithusa seria livre e ficaria ali enquanto quisesse.

Merlin – Aithusa aqui é um lugar seguro. Ninguém mais conhece esse lugar e aqui você estará segura. E assim poderemos aprender a se comunicar.

Aithusa faz um som que Merlin entendia como sendo algo bom. Assim, depois de deixar o dragão na caverna Merlin retorna ao castelo e vai direto para a enfermaria onde encontra um cavaleiro bem disposto e com muitas visitas.

Leon – Merlin, olha quem acordou?

Gwaine estava com um sorriso enorme como sempre.

Gwaine – Oi Merlin, o que houve com o mundo enquanto eu descansava um pouco?

Merlin sorriu e olhou para todos, inclusive a rainha.

Gwenevere – Bem vindo de volta Sir Gwaine, Camelot estava um pouco sem graça sem a sua presença.

Todos riram. Gaius olhou para Merlin e sorriu. E o rapaz sorriu de volta.

---

Enquanto em Camelot todos festejavam a recuperação de Gwaine, em outro ponto entre os cinco reinos, uma caravana seguia lentamente em direção as cavernas escuras moradia das sacerdotisas da antiga religião. Eram ao todo três cavaleiros liderados por Beroun que após passarem meses mantendo Morgana em uma caverna decidiram ir em busca de alguém que pudesse trazer de volta a Alta Sacerdotisa Morgana.

Beroun – Precisamos mantê-la aquecida durante a viagem.

Saitr – Isso é loucura. Como iremos atravessar vários reinos com ela assim?

Beroun – Faremos o que for preciso. Aquela bruxa nojenta chamada Dochraid é a única que poderá trazer Lady Morgana de volta.

Latris - O que você espera consegui com isso Beroun? Lady Morgana jamais tratará você como igual.

Beroun – Cale-se. Eu sei o que estou fazendo. Agora precisamos continuar não podemos correr o risco de sermos pegos por alguma patrulha de Camelot ou mesmo de Caerleon.

Os três cavaleiros, sendo um em uma carroça no qual estava o corpo imóvel de Morgana, continuavam a travessia pelos reinos. Eles levariam dias até chegar à caverna de Drochraid.

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Os dias se passavam calmamente no reino de Camelot. A popularidade da rainha era intensa entre o povo, todos viviam bem. No castelo as coisas eram bem monótonas. Os cavaleiros não tinham muito que fazer e com isso passavam parte do tempo entre treinamentos e as idas as tavernas locais.

Enquanto isso Gwen e Merlin tinham começado seus estudos sobre a magia. Um pouco antes das aulas começarem Merlin confessou a Gwen o pequeno detalhe de que estava sem magia.

Gwenevere – Como assim você não tem magia? O Gaius me fez acreditar que você era o maior mago de todo os tempos.

Merlin parecia sorrir toda vez que Gwen falada dele daquele jeito. Ele não se sentia como um grande mago, mas apenas um rapaz com um destino um tanto diferente dos outros.

Merlin – Desculpe Gwen. Sabe como Gaius pode ser um pouco exagerado.

Gwenevere – Eu vi você, ou seja, lá quem você se transformou na batalha e vi com os meus próprios olhos o que você fez.

Merlin – Sim Gwen, por isso que eu acho que eu devo ter gastado todos os meus grandes poderes.

Merlin sorriu novamente enquanto Gwen andava pelo lado e por outro com sua barriga redonda de uma gravides de quatro meses.

Gwenevere – Então o que você pretende me ensinar já que você não tem seus poderes.

Merlin – Você pode até não acreditar, mas eu posso fazer muitas coisas e lhe mostrar muitas coisas mesmo sem precisar usar magia.

Gwenevere fez uma cara de incrédula o que fez Merlin sorrir novamente.

Merlin pegou nas mãos de Gwen e a rodou sorrindo.

Merlin – Gwen, você precisa confiar mais em mim. Além do mais agora eu sou um dos conselheiros da rainha.

Gwenevere – Ok, senhor conselheiro real. Vamos continuar nossas aulas em outro momento. Nós dois temos uma reunião na sala do trono.

Merlin – Mais uma reunião chata?

Gwenevere – Merlin. Não fale assim. Discutimos nessa reunião coisas importante para o reino.

Merlin – Desculpe Gwen, mas sem uma luta de verdade tudo parece monótono demais. Mas não se preocupe estarei lá em alguns minutos, preciso me encontrar com a Sefa rapidamente.

Gwenevere – Hum Sefa... O grande mago e agora conselheiro real estaria de paquera.

Merlin – Não é nada disso. Eu já estarei na sala do trono.

Gwnevere – Tudo bem.

Merlin se despediu de Gwen e seguia pelo corredor principal quando ele sentiu algo bater na cabeça dele. Merlin olhou para todos os lados e nada viu. E novamente algo bateu na cabeça dele. Merlin ficou preocupado, mas nada disse. Merlin seguiu seu caminho, mas ele percebeu que algo estava diferente.


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