Em Camelot no laboratório, Gaius e Merlin conversam sobre como proceder com as noticias vinda do reino de Nemeth.

Gaius – Temos que falar com a rainha e explicar o que está acontecendo.

Merlin – Não acho que seria prudente Gaius. Nós não sabemos o que de fato estar ocorrendo. E se não for nada? Estaremos deixando Gwen e Mithian em um estado de atenção à toa.

Gaius – Merlin, Dochraid não é uma sacerdotisa comum você sabe disso. Se ela tiver fazendo algo com certeza será contra Camelot.

Merlin – Eu sei, mas acredito que seria melhor vermos o que estar acontecendo primeiro.

Gaius – Não acho que seria o certo. Além do mais como saberemos o que está acontecendo lá se não formos até lá.

Merlin – A caverna de cristal.

Gaius – Como assim?

Merlin – Pelos cristais eu poderia ver o que se passa por lá.

Gaius – Mas você está sem seu poder.

Merlin – Eu posso ter o meu poder de volta lá.

Gaius – Então você decidiu retorna o que foi destinado a ser?

Merlin – Arthur tem razão eu não poderei ajudar Gwen sem os meus poderes.

Gaius – Arthur? Como assim?

Merlin percebeu que tinha falado de mais. E teve que admitir que Arthur estava entre eles como um fantasma.

Gaius – Como você pode fazer isso Merlin? Levar Gwen as Nemethon e não devolver Arthur para onde ele deveria estar? Onde você estava com a cabeça?

Merlin – Eu só pensei em Gwen e o quanto ela estava sofrendo por não ter podido se despedir de Arthur e depois eu não tive coragem de mandá-lo de volta. Ela esta feliz e Arthur também.

Gaius – Como ele pode estar feliz sendo um fantasma?

Nesse momento Arthur apareceu no laboratório e escreveu em um papel “Eu estou feliz de estar aqui Gaius. E não posso voltar, não agora, Gwenevere precisa de mim”.

Após ler o bilhete que estava em cima da mesa Gaius olha para Merlin.

Gaius – Eu só temo que as coisas fiquem fora de controle senhor.

Merlin – Não vai Gaius. E agora precisamos nos concentrar em saber o que Dochraid está fazendo. Primeiro vamos acalmar as rainhas e depois eu irei descobri o que está acontecendo.

Após essa conversa os três amigos foram para a sala do trono e de um jeito teatral conseguiram convencer as rainhas de que nada demais estaria acontecendo, mas que ficariam de olho.

Mithian – Obrigada Merlin, Gaius fico em divida com todos vocês de Camelot.

Gwen – Não se preocupe Mithian nós vamos continuar mantendo contato e se percebemos algo diferente falaremos.

Mithian e Gwen ainda conversaram sobre outros assuntos com seus conselheiros.

A noite foi realizado um banquete real para a despedida da rainha Mithian.

Em um canto da festa os amigos conversam.

Arthur – Merlin você novamente mostrou o grande ator que é.

Merlin – Como assim novamente?

Arthur – Durante anos você me enganou se passando por um mero servo.

Merlin – Eu não tenho culpa se você era tão cego.

Arthur – Cego? Como se atreve a me chamar de cego? Sou o rei lembra?

Merlin – E você se lembra que é um rei morto? Agora pare de reclamar temos uma viajem perigosa para amanhã. Espero que você possa me ajudar.

Arthur – Eu sou um morto cego, não sei como poderia te ajudar.

Merlin olhou para o amigo e começou a ri, o jeito mimado do Arthur era uma graça a parte na sua personalidade que não tinha mudado mesmo depois dele ter morrido. Merlin resolveu melhorar o humor do amigo.

Merlin – Arthur quem é o melhor cavaleiro de Camelot?

Arthur – Eu evidentemente.

Merlin – Logo, não existe pessoa melhor para me acompanhar nessa viagem.

Arthur – Eu serei seu guarda-costas?

Merlin – Existe um guarda-costas melhor do que o invisível?

Arthur ia dar um tapa na cabeça de Merlin quando Sefa apareceu.

Sefa – Oi Merlin, não temos nos falados muito nesses últimos dias.

Merlin – Sim, ando um pouco ocupado.

Sefa – Ser um conselheiro real é bem difícil. Mas hoje é dia de festa e acho que você deve estar de folga, certo?

Merlin – Sim. Estamos em um banquete.

Arthur – Você é mesmo um idiota. Leva ela para dar uma volta. Aproveita que a noite esta bonita.

Merlin – Sefa, você gostaria de dar uma volta?

Sefa sorriu e rapidamente aceitou a proposta e segurou no braço de Merlin e os dois caminharam para fora do castelo.

No banquete Mithian tenta conversar com Gwen, mas essa estava atenta as ações de Merlin que saia da sala onde ocorria o banquete em companhia de Sefa.

Mithian – Tudo bem senhora? Parece calada.

Gwen – É só o bebe se mexendo muito nada demais.

Após esse comentário Gwen se vira para Leon que estava sentado ao seu lado e fala com ele em tom baixo para que ninguém pudesse ouvi-los.

Gwen – Para onde Merlin foi?

Leon – Ele saiu com a Sefa,espero que ele tome coragem para dizer a ela o que sente.

Gwen sorriu para Leon.

Gwen – Eu espero que sim Merlin merece ser feliz.

Leon – Assim como a senhora.

Gwen – Leon eu já te pedi varias vezes que não me chame assim. E eu sou feliz. Estou grávida e o reino esta como Arthur gostaria.

Leon – Você é uma grávida muito bonita e com certeza será uma das mais belas mães de todo o reino.

Gwen – Leon, por favor, não diga isso.

Leon – Desculpe minha senhora. Não queria ser indiscreto só disse o que é de conhecimento de todos.

Gwen – Não se desculpe Leon. Eu aprecio suas considerações. Só que ainda não posso corresponder a isso.

Leon – Eu esperarei o quanto for necessário.

Gwen retornar suas atenções aos convidados enquanto Leon tentar se recompor após a rápida declaração que fez para Gwen.

Atrás do casal Arthur pareceu triste com o que tinha acabo de ouvir. Ele amava Gwen, sabia que ela inda o amava, mas a verdade é que os dois não poderiam mais ficar juntos. Arthur começou a pensar que Leon não era um intrometido como ele julgava. O primeiro cavaleiro de Camelot era um bom homem e que amava Gwen tanto quanto ele a amava.

Enquanto isso no lado de fora do Castelo em uma das várias varandas que dava para o jardim dos fundos uma jovem tentava demonstrar seus sentimentos, enquanto o outro tentava controlar seus medos.

Sefa – Olha tem varias estrelas no céu hoje.

Merlin – Sim, e elas estão bem brilhantes hoje.

Sefa sorriu e pegou no braço de Merlin ficando assim mais próxima dele.

Merlin tentou disfarçar sua timidez naquele contato com a moça.

Sefa continuou se aproximando até que Merlin ficou pressionado a uma pilastra.

Sefa – Você tem olhos mais lindos que eu já vi.

Merlin estava começando a entrar em pânico.

Merlin – Obrigado e você tem lindas bochechas.

Sefa abaixou a cabeça sorrindo ela percebeu de cara que Merlin estava encabulado.

Sefa – Você é tão incrível.

Merlin - Você também é muito incrível e encantadoramente linda.

Antes que Merlin pudesse pensar em dizer mais um elogio, Sefa beijou o mago nos lábios de forma terna e bem romântica. Quando se afastou Merlin ainda estava com os olhos fechados e ao abrir encontrou um rosto sorridente e feliz de Sefa o que fez retribuir com outro beijo e os dois se beijaram lindamente em um canto da varanda.

Do outro lado tudo era observado por Arthur que pareceu feliz com o que estava acontecendo com Merlin. Arthur sempre viu Merlin como um irmão mais novo que ele precisava de alguma forma proteger e na verdade, durante muito tempo, foi Merlin quem protegeu ele de todos os males que ocorreram.  Arthur sentiu que estava na hora de retribuir isso e decidiu que ele faria qualquer coisa para proteger Merlin no caminho até a caverna de cristal.

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A noite no quarto Merlin não conseguia dormi, pois não parava de pensar em Sefa e no beijo que compartilharam e acabou dando de cara com Arthur que apareceu sorrindo para Merlin.

Arthur – E então como foi?

Merlin – Eu não sei do que você está falando.

Arthur – A parte mais divertida de ser um fantasma é que posso estar a onde eu quiser sem ninguém perceber. E eu vi você e a Sefa se beijando e depois você a levou para a casa.

Merlin – Sim, eu a levei e depois voltei para cá.

Arthur – Sério. Vocês não ficaram mais animados por estarem em um local mais reservado.

Merlin – Arthur do que você está falando? Minhas intenções com Sefa são as mais honestas possíveis. Eu jamais me aproveitaria dela. Não sou você.

Arthur – Ei... eu nunca me aproveitei da Gwenevere. Eu fui um cavalheiro durante todo o tempo.. pelo menos até nós nos casarmos.

Merlin – Então você e Gwen não fizeram nada antes?

Arthur – Claro que não. Que homem eu seria se fizesse tal coisa.

Merlin – Então por que você acha que eu faria diferente com a Sefa?

Arthur – Não sei. Eu nunca fui um santo. Eu fiz algumas coisas antes de encontrar a minha rainha.  

Merlin – Não seja ridículo, eu jamais desonraria Sefa ou qualquer outra moça.

Arthur sorriu e pulou na cama deitando do lado do amigo. Os dois então ficaram deitados um do lado do outro olhando para o teto.

Arthur – Você tá me dizendo que você nunca esteve com uma menina?

Merlin – É claro que eu estive, mas não do jeito que você está pensando.

Arthur começou a ri sem parar.

Merlin – Você quer parar. Pode me respeitar um minuto.

Arthur – Desculpa senhor mago ainda virgem.

Merlin então pegou o travesseiro e tentou acertar Arthur que como sendo um fantasma sumiu do lugar onde estava e apareceu de pé ao lado da cama com outro travesseiro. Com isso os dois começaram em uma guerra de travesseiros no qual Merlin era o mais prejudicado. Eles só pararam quando Gaius apareceu no quarto.

Gaius – Merlin eu sei que sua conversa com o rei deve está animada, mas precisa dormi. Amanhã vocês partiram cedo para a caverna de cristal. Precisam descansar.

Arthur – Merlin avisa ao Gaius que eu já estou descansando e claro, que você ainda é virgem.

Merlin sorriu com o comentário do amigo, mas não repassou a mensagem.

Merlin – Gaius já estou indo dormi. Já arrumei tudo que precisarei na viajem.

Gaius acenou com a cabeça e saiu do quarto de Merlin.

Arthur – Gaius tem razão eu não preciso descansar, mas você precisa. Mas antes de ir quero dizer que estou feliz por você. Com a Sefa você poderá seguir em frente e quem sabe esquecer minha irmã.

Merlin – Eu gosto da Sefa, mas Morgana sempre estará no meu coração a onde quer que eu esteja.

Arthur – Sim, mas não esqueça que ela morreu e que Sefa esta lindamente viva e muito apaixonada por você.

Merlin sorriu e acenou para Arthur que sumiu em sua frente, Merlin sabia que ele estava indo para os aposentos da Gwen. Após alguns minutos o jovem mago adormeceu e acabou sonhando com Sefa.

De amanhã, logo cedo Merlin estava nos estábulos arrumando o cavalo que iria usar. Arthur como um fantasma não precisava de cavalos.

Arthur – Você não está levando muita coisa para um dia de viajem?

Merlin – Sim. Estava pensando que se as coisas estiverem piores do que imaginamos acredito que devemos partir direto para as terras do norte.

Arthur – Você está dizendo que devemos ir direto da caverna de cristal para as terras do norte? Não seria um pouco de pretensão sua?

Merlin – Arthur a Dochraid não é uma bruxa comum. Nenhum cavaleiro de Camelot melhor que seja não teria nenhuma chance contra ela. Mas se as coisas estiveram muito ruins precisaremos sim de ajuda e nesse caso tenho uma amiguinha que pode nos ajudar e claro teremos que passar por Avalon para pegar Excalibur.

Arthur – Minha espada? E que amiga é essa?

Merlin – Sim sua espada e minha amiga Aithusa. O dragão branco que estava do lado de Morgana, mas que hoje vive nas cavernas de Camelot sobre os meus cuidados.

Arthur ficou surpreso, apesar dos últimos meses está vivendo como um fantasma ter um amigo mago uma esposa que sente sua presença ele ainda ficou surpreso com o fato de Merlin tem um dragão.

Arthur – Eu não entendo. Todo mundo tem um dragão em Camelot e só eu que não?

Enquanto Arthur discutia o fato de não ter um dragão Merlin subia no cavalo e partia para a caverna de cristal.