Falsehoold's Life escrita por DiCaprio


Capítulo 17
Capítulo 17 - Engolindo o choro


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a quem tem acompanhado a fic (gostaria muito de saber quem são vocês) e dizer que a fic está chegando na reta final. As coisas começam a complicar para os personagens. Enfim, boa leitura!



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Debby não iria à escola naquela segunda-feira, embora não estivesse mais se sentindo mal. Não sei bem o motivo, ela me ligou e disse que não iria e eu não a questionei, apenas quis saber se estava tudo bem e ela garantiu que sim.

Eu estava morrendo de curiosidades sobre Ally, estava louco pra perguntar a Adam sobre a noite do aniversário de Steffy. Eu não estava convencido de que não tivesse sido Adam o garoto daquela noite. Mas eu não podia simplesmente pergunta-lo uma coisa dessas, até porque ele era o garoto mais discreto que eu conhecia pra tratar desse tipo de assunto.

A primeira aula passou logo, sem maiores acontecimentos.

_Oi Math! – disse Victor – A Debby não vem hoje?

_Não! – respondi – Ela passou mal ontem e preferiu repousar hoje...

_PASSOU MAL? – ele até me surpreendeu com tamanho espanto – Como assim? O que ela tem?

_Relaxa! – disse colocando a mão em seu ombro – Está tudo bem!

_Bem mesmo?

_Tudo bem, cara! Porque tanta preocupação? Não sabia que vocês eram tão amigos assim...

_Somos colegas! Eu só achei estranho ela faltar logo na semana de provas. Depois ela pode ter algum problema!

_Só isso?

_Cara, eu só queria saber! – ele disse alterando-se.

_Calma! Eu também só quis saber, não precisa ficar com raiva!

Ele deu as costas e saiu.

Victor era uma pessoa agradável na maioria do tempo, mas tinha o pavio curto. Por isso não me preocupei tanto com a reação dele, mas o fato dele estar preocupado com a Debby, isso sim começou a me fazer analisar um pouco melhor a situação.

Comecei a considerar o fato do Victor estar tendo algum interesse por Debby. Pra ser sincero, não sei o que pensar sobre isso, ou como agir. Debby estava mesmo precisando de uma distração. Mas eu não sei bem se o Victor era a pessoa ideial pra ela. Pelo que eu percebi, são dois cabeças duras.

Ouvi o celular de Gabu tocando, o que fez com que meus pensamentos fossem interrompidos.

_Cara, isso tá começando a me irritar! – ouvi-lo dizer a Adam.

_Quem é? – Adam perguntou.

_A Karen! – Gabu respondeu.

Ok. Eu estava mesmo ouvindo a conversa deles.

_Vocês estão ficando?

_Nada sério.

_Desde quando?

_Desde quando tava tendo jogos aqui.

_A tanto tempo e não é sério?

_Tipo, não teve nenhum pedido de namoro formal, então não é sério.

_Isso é sério pra mim!

_Mas precisa ficar me mandando sms a cada segundo?

_Ela só está com saudades! – senti uma ironia na voz de Adam ao dizer.

Esperei pra ver o que Gabu responderia, mas ele não disse mais nada sobre isso.

Confesso, naquele momento eu estava em cacos. Eu não sabia que Gabu ainda saia com a Karen. Era confuso como uma coisa dessas não estava sendo repercutido por todo o colégio. Karen era a líder de torcida mais popular, Gabu estava no topo também já que estava saindo com ela.

Todas as chances que eu ainda achava que tinha foram destruídas. E saber assim, me derrubou ainda mais.

A verdade é que eu era um bobão. Todos os dias criava novas esperanças que eram constantemente destruídas. Mas nunca aprendia.

A aula seguia tranquilamente. Eu decidi não me torturar mais com isso, era difícil, mas eu estava me esforçando.

Senti meu celular vibrando no meu bolso e imediatamente peguei para ver o que era.

“ ‘Nunca fui beijado!’ Acha que seu segredo e de suas amigas estão seguros?”

Ótimo! A palhaçada continuava.

A tanto tempo não recebia nenhuma daquelas mensagens ameaçantes que nem me lembrava mais. Achei que isso tinha acabado, mas pelo jeito não.

Mas espera um minuto. Quem poderia saber sobre o que falamos na casa da Debby se estávamos sozinhos lá?

Olhei pra Steffy e percebi que ela guardava algum objeto no bolso. Um celular?

Comecei a lembrar então do que aconteceu, e foi Steffy que tinha começado com tudo e do que ela disse a mim antes que eu começasse a contar! “Estou louca pra ouvir sua história!”

Será que Steffy estava por trás das mensagens? Impossível! Quando eu estava no banheiro com Sam ela estava na sala. Teria então mais pessoas envolvidas nisso? Foi tudo um plano pra nos fazer contar nossos segredos?

Eu já nem sabia mais o que pensar.

Foi então que notei uma confusão do outro lado da sala, e até gritos.

_O que houve? – perguntei assustado.

_A Ally desmaiou! – Adam respondeu.

_Se afastem! – o professor gritou – Deixem-na respirar.

Sem pensar, ou dar importância para o que o professor disse, fui rapidamente até ela.

_O que aconteceu? – direcionei a pergunta a Jhulie.

_Não sei! – ela disse – Ela caiu de repente.

_Alguém chama o diretor? – disse o professor.

_Não precisa! – Noah disse pegando Ally no colo com bastante facilidade – Vou leva-la lá...

E logo ele saiu.

_Pessoal, voltem aos seus lugares, por favor!

Voltei para o meu lugar preocupado. Lembrei-me do que Ally tinha dito na casa de Debby sobre seus desmaios, mas não quis nos contar o que estava provocando isso.

Poucos minutos depois, Noah voltou pra sala.

_Como ela está? – Steffy logo perguntou.

_Ligaram para os pais dela – Noah respondeu – Ela ainda não acordou.

Eu sabia que jamais saberia se não perguntasse agora, depois que os pais de Ally chegassem e a levassem seria o fim. E eu precisava saber. Eu estava preocupado com ela. Então, sem pedir permissão, fui até a diretoria.

Quando cheguei à sala da direção, Ally continuava desmaiada. O que poderia ter acontecido? Sim, eu estava muito preocupado com ela.

Fiquei a observando deitada no banco de visitas, estava pálida. Coloquei minha mão direita sobre sua testa e estava fria. Foi então que notei a presença do diretor Marcos.

_Alguma coisa tem que ser feita! – disse alterado.

 _Meu jovem – ele respondeu ignorando o que eu tinha dito – você não pode ficar fora da sala.

_Você não vai fazer nada pra tentar acordá-la? Ela está fria.

_Seus pais já estão a caminho.

_E enquanto isso?

_Eu não posso fazer nada enquanto eles não chegarem.

_Talvez já tenha passado da hora dessa escola ter uma enfermaria, não acha?

_É claro que eu acho!

Fez-se silêncio por alguns segundos.

_Se importa de ficar com ela por alguns minutos? – disse o diretor.

_Não! – respondi.

E ele saiu.

Era de fato um absurdo uma escola daquele porte não ter uma enfermaria pra momento como esse.

Notei que Ally começava a fazer uns movimentos, parecia estar despertando.

_Ally? – chamei – Está me ouvindo?

E, de vagar, ela foi abrindo os olhos.

_O que aconteceu? – ela perguntou confusa – Porque estamos aqui?

_Você desmaiou no meio da aula!

_Acho que estou começando a lembrar...

_Seus pais estão vindo pra cá!

_O que? – ela perguntou levando-se – Porque chamaram meus pais?

_Ally você desmaiou sem motivo algum! O que queria que fizessem?

_Não podiam ter chamado eles aqui...

_Quer me contar o que está acontecendo?

_Eu não sei ao certo! – ela disse depois de alguns segundos – De vez em quando isso acontece comigo.

_Mas o que os médicos disseram sobre isso?

Ela não respondeu.

_Não confia em mim? – perguntei.

_Estou atrasada! – ela disse com os olhos cheios de lágrimas, mas sem deixar nenhuma cair sobre seu rosto – Eu fiz o teste de gravidez duas vezes e deu negativo. Eu não entendo. E se eu tivesse mesmo grávida, os médicos me diriam, não é?

_Claro que diriam! – disse tentando passar o máximo de serenidade possível pra evitar que Ally chorasse – Mas você continua saindo com o cara do aniversário de Steffy?

_Não!

_Mas está ficando com alguém? É o Noah, não é?

_Não! Eu já disse que o Noah e eu somos amigos. Só isso!

_Tudo bem! Mas de qualquer forma, vocês já conversaram? Você e seu ficante.

_Já. Mas a verdade é que não sabemos o que fazer!

_Tem tomado os devidos cuidados?

_Claro, Math! Acha que sou uma criança?

_Não foi isso o que eu quis dizer!

_Eu acho que estou mesmo doente.

_Calma! Não vamos tirar conclusões precipitadas.

Ela não dizia nada.

_Tem certeza que é só isso? – insisti, mas não houve resposta – Não tem como ajudar se não sei do problema. Digo isso, por seus pais, e até mesmo o médico!

_Eu já disse o que sei.

_Ok! – respondi – Confio em você!

Na verdade, eu sentia que tinha algo a mais, algo que a Ally não queria contar. Eu a entendia, mas era preciso. Talvez eu devesse ter insistido um pouco mais, eu só não quis tornar as coisas piores. Não naquele momento!

_Só uma dúvida, você conversou com a Steffy sobre isso?

_Com a Steffy? Por que?

_Não, por nada.


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Notas finais do capítulo

Por favor, pessoal que acompanha, comentem pra mim conhecer vocês! E mais uma vez, muito obrigado quem tem acompanhado, comentado. Enfim, é importante pra mim saber de vocês o que achando, principalmente agora que a fic está terminando. Valeu :)



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