Vestida Em Vermelho escrita por Lady Winter


Capítulo 1
Assassinato em Escarlate


Notas iniciais do capítulo

Isso é basicamente uma introdução para a história. Ao longo da mesma, irei desenvolver tanto a história dos personagens aqui mencionados, como de outros que irei adicionar. Aproveite a leitura.



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Roma, Itália.

10 de maio de 1487.


Ela estava assustada. Não queria, realmente não queria. Mas o ódio da traição queimava seu sangue e borbulhava-o. Checou o endereço uma última vez. Era ali. Abriu a porta da casa com cuidado, e de lá podia ouvi-los. Gemidos. Ela sabia disso, e tirou, de seu corselete, uma adaga. "Apenas para fins preciosos, minha querida." Fora o que seu pai lhe dissera. Sua mão trêmula tocou a lâmina e ela fechou os olhos, deixando as lágrimas escorrerem silenciosamente. Se colocou a andar para os quartos e pode ouvir as vozes ficando mais altas. Parou em frente a porta entre aberta e seus olhos claros viram a cena que ela se negava a enxergar. Demétrio. Seu noivo. Com Hérmia, sua irmã. Os dois, juntos, bem na sua frente, fazendo aquilo que Demétrio jurou fazer com ela apenas depois do casamento. Ela poderia chorar, poderia gritar, mas apenas sentiu seus olhos se endurecerem e sua feição se tornar rígida. Em uma velocidade e em uma frieza que ela desconhecia, se viu, em questão de segundos, ensanguentada, enquanto o corpo de seu noivo e de sua melhor amiga pendiam mortos bem a sua frente. Duas lágrimas solitárias escorreram por sua face jovial, e ela logo tratou de enxuga-las. Ajeitou o capuz da sua capa vermelho-sangue e passou as mãos delicadamente pelo vestido claro, limpando o sangue que as manchava, e saiu lentamente da residência, sem se preocupar em correr ou em fechar a porta. Já estava feito, de qualquer jeito. Andara em direção a floresta, com os olhos gélidos escondidos pelo próprio capuz. Passou o dedo por um corte em seu rosto, causado por um galho que raspara no mesmo. Uma cicatriz. Talvez aquela seria sua nova marca. A marca do dia que ela mudara, que ela provocara uma tragédia. Do dia que ela aprendera a rir da desgraça e da tristeza própria e geral. Nunca a encontraram. Nem a polícia, nem os familiares. Para todos, uma eterna desconhecida. Uma perdida, uma louca, uma garota em desespero, uma assassina. Para todos, uma alma. Uma alma vestida em vermelho.



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Notas finais do capítulo

Apenas um pequeno trecho de tudo o que está por vir. Obrigada por ler.



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