Estava na semana de ir pra casa, angústia: era a palavra que me definia no momento. Draco não havia falado comigo desde a última vez que nos falamos.

Eu estava me lembrando que alguns meses atras eu tinha vindo aqui para resolver um problema da filha do meu melhor amigo, mas eu me enfiei em mais problemas e dela eu não tinha mais noticias, apenas esbarrava com ela e com o filho de Draco nos corredores, eles nem sempre frequentavam minha aula. Eu também estava ali por outro motivo que também me desviei: dar aula de aritmancia até o ministro arrumar uma professora, passaram 11 meses e eu ainda estava em Hogwarts.

Eu tinha que preparar algumas tarefas e deveres pra deixar pra turma, até agora o Ministro não tinha me avisado quem ficaria no meu lugar só me disse pra ficar tranquila.

Então meu dia seria muito atarefado, amanhã eu ia partir para casa eu tinha um milhão de coisas pra fazer ... fui interrompida por Hugo, interrompeu e dise :

– Oi mamãe, espero que você esteja tendo um bom dia... você fez o ultrassom ?

–Ainda não filho, quando for pra casa farei, aviso você e a Rose, tudo bem ?

–Boa viajem mãe, vou sentir sua falta por aqui!

Hugo saio e me deixou sozinha com meus pensamentos e vários afazeres. Eu não queria sair pra almoçar, mas precisa de comer alguma coisa então sai e fui até a cozinha.

Fui andando pelos corredores, olhando as paredes, as tapeçarias e lembrando do meu tempo no colégio, com Harry e Rony, olhando agora e lembrando de tudo parece um passado tão distante, algo que aconteceu em outra era ou coisa parecida.

Cheguei na cozinha vi os elfos trabalhando, mesmo todos os meus esforços com F.A.L.E elfos ainda eram utilizados para trabalhos domésticos as vezes até escravos. Olhei pra um deles e pedi educadamente um lanche.

***

Meu dia passou rápido, quando chegou a noite e estava arrumando minha mala tive uma surpresa, Draco chegou no meu quarto, derrepende, abrindo a porta em um estrondo e dizendo:

– Hermione, você não pode ir, você não pode!

Olhei pra ele com uma cara de susto misturado com um pouco de interrogação e comecei a falar gaguejando :

– O que ? Você... ta falando Draco ? Achei que nós... nós já tínhamos conversado sobre isso e... e... estávamos de acordo que eu iria e depois daríamos um jeito...

– QUE JEITO HERMIONE ?!- Draco estava nervoso e começou a gritar comigo - QUE JEITO ?! EXISTE UM ÚNICO JEITO E VOCÊ COMO EU JÁ SABEMOS QUAL É.

– Draco se acalme, esse não é o jeito, nós não pod...

– Não podemos?! Não podemos?! - ele repetia freneticamente essa frase- nós já fizemos Hermione e você vai ficar aqui entendeu ?!

– Não, não vou, se você esta disposto a largar tudo eu não estou, me desculpe mas eu tenho meus outros filhos, sinto muito Draco.

Suspirei fundo e me virei de costas pra ele e fui andando em direção a minha varinha, eu iria apagar sua memória. Só que Draco, foi mais rápido e segurou meu braço forte

– Draco, você esta me machucando, ME SOLTA !

Ele estava suando e chorava, eu nunca o vi assim.

–Hermione- começou ele - Herm...

– Hermione ?! Você se importa com essa criança? Não, você NÂO se importa Draco, você não se importa com nada, só com você mesmo, apenas você, foi sempre a sim não é?!

Ele suspirou fundo, secou a testa com a testa com a manga da blusa, mordeu os lábios, andou de um lado pra outro, mexeu a cabeça afirmativamente e começou :

– É isso que você pensa de mim, não é ?! NÃO É HERMIONE ?! Você acha que eu continuo o mesmo de anos atrás...- ele fez uma pausa e continuou- quer saber, não me importo mesmo, não quero saber de você e dessa criança, se você acha isso de mim quem sou eu pra descordar ?!

– SAI DAQUI ?!

Peguei minha varinha lancei um feitiço contra ele que acertou a parede e fez um buraco, quando ele saiu eu comecei a quebrar tudo, tudo, sentei no chão comecei a chorar, aquele choro me matava e me consumia de tal forma que não sabia explicar, mal eu sabia que ele sentou do outro lado da porta e também começou a chorar.