O Som do Coração escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 35
Doente


Notas iniciais do capítulo

Oii genteee! :D
Então, avisando que: essa semana e a outra semana, vou estar lotada com as coisas da facul, então nao tenho previsão de post. Mas, tenho uma boa notícia.
Dentro de uns 20 dias, eu vou voltar a usar meu notebook, então quando eu estiver livre, vou poder digitar os capítulos com mais frequencia!

Boa leitura e beijinhos!



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POV de Edward

Cheguei no hospital pela manhã, acompanhado de meu pai, que cuidava do caso de Bella. Alice, Rosalie, Emmett e Jasper estavam na faculdade, eles participavam de todas as aulas e passavam a matéria para Bella, para que ela não ficasse perdida. A contra gosto, Alice não contou á Deus e o mundo sobre o estado da irmã. No geral, o clima estava razoavelmente amigável.
Caminhei até o quarto e encontrei Nicholas e Helena com Bella. Ela estava meio deitada, a cama ligeiramente inclinada, os tubos de soro ainda estavam conectados em uma veia do braço de Bella, alguns aparelhos bipavam sem parar. A fisionomia dela já não estava tão desagradável como nos dois últimos dias.
Havia um leve arroxeado sob os olhos, o cabelo não tinha tanto brilho, a pele já estava um pouco mais corada. Bella me viu e deu um leve sorriso, seguido de um suspiro profundo, um piscar longo de olhos - que pareceu mais uma eternidade, apesar de ser apenas questão de um mísero segundo - e um outro suspiro profundo. Eu fui até seu lado e lhe dei um beijo na testa.
- Bella, agora que Edward chegou, nós temos que ir. - Nicholas falou.
- Mais tarde eu volto querida, preciso deixar umas coisas arrumadas, mas assim que eu terminar, eu prometo que volto. - Helena falou.
- Tudo bem, mãe... - Bela disse baixinho. - Não se preocupe, ok?
- Até mais, minha filha. - Nicholas lhe deu um beijo na testa, assim como Helena o fez. - Até mais, Edward.
- Até. - Falei.
- Não é justo você ficar perdendo aulas... - Bella sussurrou.
- Claro que é. - Eu respondi. - Vou ficar aqui com você. Não importa quanto tempo eu precise ficar, Bella.
- Por favor, não tenha pena de mim. - Ela disse séria.
- EU te amo, entendeu? Estou aqui porque te amo. - Eu dei um beijo delicado em seus lábios.
- Quero lhe mostrar uma coisa. - Bella falou. - Pegue aquele livro ali, no criado mudo, fazendo um favor?
Eu dei a volta pela cama e peguei o tal livro. Ele tinha uma capa velha, surrada, na cor vermelha. Bella estendeu a mão e o pegou, folheando algumas folhas, passando por outras e enfim, parando em uma determinada página. Ela deu um longo suspiro, mas depois leu:
O amor é sofredor; é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." Ela me encarou. - Sabe, eu nunca fui alguém muito apegada a Deus e á Bíblia, mas quando eu estava triste, vovó Swan lia este trecho para mim. Isso me confortava.

- É uma passagem realmente muito bonita. - Acariciei o rosto dela.
- Edward... - Bella murmurou. - Não fique triste.
- Me desculpe. - Falei, percebendo que, por mais que eu tentasse esconder que eu estava arrasado com todo esse desenrolar da história, Bella ainda conseguia enxergar o que os outros não viam. - Você consegue ver tudo não é? - Eu sorri levemente.
- Vamos, não fique triste. - Ela reforçou.
- Mas você pode MORRER! - Eu disse de cabeça baixa.
- Eu já me acostumei com essa idéia. Eu já vi tudo o que eu queria, precisava. Edward... - Bella colocou uma mão sobre meu rosto. - Você é o anjo que iluminou minha vida. Vou ficar triste se você também estiver.
- Tudo bem. - Respirei fundo. Eu não podia chorar na frente dela. Isso a deixaria abalada. - Tenho uma boa notícia. - Eu sorri.
- Conte-me.
- Nós levaremos você até a sua casa... casa dos seus pais. Vocês poderá continuar o tratamento por lá.
- Que bom. - Ela sorriu. - Sem agulhas em meu braço...
- Você está morrendo e tem medo de agulhas? - Brinquei.
- Sim, agulhas são ruins. - Ela murmurou.
Nós ficamos conversando por mais um tempo. Víamos desenhos e falávamos sobre coisas banais. Até que em um momento, Bella respirou profundamente e parou de falar. Aquilo me deixou apreenssivo, por mais que fosse por uma questão de dois segundos. Ela estava cansada.
- Desculpe. - Ela disse.
- Não, não se culpe. Você está cansada. - Falei. - Durma, minha Bella. - Então lhe dei um beijo na testa e cantarolei sua canção de ninar.
Era daqueles momentos que eu mais tinha pavor. Se não fosse por Bella estar cansada e ter que dormir, eu preferia que ela ficasse acordada. Eu tinha medo de que ela dormisse e nunca mais acordasse, nunca mais olhasse para mim ou sequer murmurasse algo. Eu tinha medo de perdê-la.
Algum tempo depois - em torno de três horas -, Emmett, Rosalie, jasper e Alice chegaram no hospital. Antes que eles entrassem eu fui até a porta, mostrei que Bella dormia, então fiquei por ali, para o caso dela acordar.
- Como ela está? - Alice perguntou.
- Pele ligeiramente melhor, olheiras mais claras,mas ela está cansada. - Murmurei. - Ficamos conversando um pouco, logo depois que seus pais sairam daqui para resolver alguns assuntos urgentes, então ela se cansou e eu lhe disse para dormir.
- Nós faremos os exames hoje, não é? - Emmett perguntou.
- Sim. Vamos torcer para que pelo menos um de nós possa ser compatível com ela. - Rosalie falou.
- Vai doer? - Emmett perguntou preocupado.
- Emmett, a dor que você vai sentir, não chega nem aos pés do que Bella está passando... - Jazz falou.
- Certo, desculpe.
- Nós trouxemos um vídeo que eu fiz da aula hoje. Eu tive que avisar aos professores sobre a ausencia dela. Algumas meninas e uns caras deixaram mensagens para ela. - Rosalie e Alice disseram.
- Tudo bem, mas vamos esperar que ela acorde. - Murmurei.
- Filhos... - Meu pai apareceu no corredor. - Olá meninas.
- Olá, Carlisle. - Alice e Rose disseram juntas.
-Bella está dormindo... a quimio deixa ela cansada. - Murmurei.
- Sim, infelizmente esse é um ponto negativo do tratamento. Mas depois que ela for para casa, irá apenas tomar medicações de controle. - Meu pai falou.
- Bella vai para casa? - Alice disse radiante.
- Sim, baixinha. Mas não pense que você vai poder fazer tudo o que fazia antes... - Jazz disse baixinho.
- Bella não melhorou. Infelizmente, como médico, não posso esconder isso de vocês. Helena e Nicholas sabem, que a cada dia, o quadro dela piora, lentamente, mas piora. - Meu pai falava com pesar. - Eu realmente sinto muito, Bella é uma luz nas nossas vidas, principalmente na de vocês meninas e na sua Edward. Mas a situação não tende a melhorar.
- mas a aparência dela está melhor... - Alice fez biquinho.
- Isso é porque a palidez diminuiu, por causa  que não há perda de sangue. Esse remédios tendem a diminuir a ação dos glóbulos brancos malignos, mas não curam. Uma hora, o medicamento não tem mais efeito sobre o paciente, então, a internação é inevitável. Entendam, estou tendo essa conversa com vocês, porque isso é preciso que vocês saibam. Não é simplesmente alimentos saudáveis que vão mudar o quadro dela. Bella precisa do transplante de medula, o mais rápido possível.
- Nós faremos o exame hoje. - Murmurei. - Só gostaria que você pudesse apressar esses resultados.
- Acredite, eu também gostaria. Mas não existe somente a Bella em estado terminal. Existe uma burocracia muito grande nos hospitais, vou tentar enviar esses testes para um laboratório particular, de um amigo meu. Garanto que em um mês, teremos o resultado. Se deixarmos por conta do hospital, ficaremos somente na espera... teríamos o resultado em dois meses, três.
- Tudo bem... - Murmurei contrariado. - Mas faremos o possível para mantê-la saudável.
- Sim, Edward. Isso nós faremos. - Meu pai concordou.
Depois de um tempo, nós fomos chamados na sala de coletas de amostras. Meu pai foi para o quarto de Bella e nós ficamos ali. Algumas enfermeiras nos atenderam, sentamos em cadeiras - semelhantes a de dentistas - e estendemos o braço. O exame que elas iriam fazer - pelo que meu pai havia me explicado algum tempo atrás -, chama-se hemograma. Este exame verifica o tipo sangüíneo, entre outros componentes.
Eu pedi a Deus que me ajudasse naquele momento, que fosse, por mais difícil que parecesse, achar uma cura, achar alguém compatível com Bella. Eu não queria perdê-la, eu não queria ver a visão que rondava minha mente nesses últimos dois dias. A imagem de um caixão branco.
Quando voltamos ao quarto, a cama estava vazia, meus pais sorriam - Esme havia vindo visitar Bella, os pais de Bella sorriam e eu não entendia nada. Alguns segundo depois minha ficha caiu, quando vi uma enfermeira empurrando uma cadeira de rodas e trazendo Bella ao nosso encontro. Alice deu um saltinho e foi até ela, abraçando-a delicadamente. Rosie fez o mesmo.
- Posso abraçar você? - Emmett perguntou, com lágrimas nos olhos. De todos, ele era o que mais chorava.
- Ah, Emmett... - bella riu. - Claro que pode. E pare de chorar. Eu estou bem. - Ela tentou sorrir.
- Isabella Swan! - Uma voz fina, delicada e estridente, ecoou no quarto, chamando nossa atenção.
- Angie?! - Bella se perguntou.
- Você sabe o quanto eu fiquei preocupada?! Você tem noção do quanto eu quase surtei em saber que você desmaiou? Você tem idéia de que eu quase enlouqueci quando Rosalie me ligou contando tudo, tudo, que você já não estava tão bem? - Angie sibilou séria.
- Bella, isso não tem graça. - Ben falou sério, entrando no quarto. - Você sabe que nós sempre fomos contra sua vinda para cá. Sua sorte, é que você tem família aqui agora.
- A sorte de vocês, é que nós gostamos muito de vocês dois, por isso não os matamos... onde já se viu nõa nos contar uma coisa dessas! - Alice disse brava. - Vocês dois tem idéia que nós todos quase morremos do coração ao ver Bella daquele jeito e saber da história assim? Do nada?
- Ei... - Bella tentou falar mais alto, mas no lugar, deu um longo suspiro. - Eu estou cansada de ficar aqui, porque não vamos para minha casa? Podemos ir? 
- Claro meu amor. - Falei.
- Aliás, as meninas estão surtando com você, dona Bella. Eu tive que contar tudo. Elas vão fazer os exames nos hospitais mais próximos de onde estão, depois irão nos enviar os resultados. - Angela deu a boa notícia.
- Isso é ótimo!- Helena falou. - Ah, Bella, você vai ficar boa...
- Tudo bem... Sabe, eu estou com fome. - Ela riu.
Nós saímos todos juntos do hospital - exceto meu pai - e fomos para a casa de Bella. Alice e Rosalie não ficariam no apartamento e nem Angie e Ben num hotel. Todos estavam na casa de Bella. Nós arrumamos o quarto dela, organizamos algumas coisas, assistimos a filmes e tentávamos diverti-la o máximo possível. Algumas vezes, todos nos deixavam a sós, o que era bom, porque eu podia tê-la um pouco, só para mim.

 

 


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Notas finais do capítulo

Quero muuuiiiiitos comentários! Se não tiver muitos comentários, não tem post! Dito e feito! hehe!
Beijoo!



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