POV de Edward

Bella dormiu durante quase todo o vôo. Ela murmurava algumas coisas que eu não entendia muito bem, mas isso era sinal do cansaço dos últimos dias. Seu rosto de porcelana tinha um grande par de olheiras arroxeadas em baixo dos olhos.

Quando chegamos ao aeroporto de Phoenix, acordei Bella e nos despedimos de Angie e Ben, que encontraríamos amanhã nas respectivas despedidas de solteiros. Alice saltitava pelo aeroporto em busca de dois táxis que pudessem nos levar para o hotel.

O motorista do táxi que eu, Bella e Alice estávamos, ficou nos encarando durante todo o trajeto até o hotel, até que finalmente, quando chegamos ele perguntou:

- Esta não é a menina que foi sequestrada?

- Sim, é.

- Oh, que bom que ela está bem. Eu vi no jornal local. - Ele falou. -São treze dólares.

- Aqui está. - Entreguei o dinheiro e dei boa noite a ele.

Bella ainda estava meio grogue quando subimos para o elevador. Alice sempre nos guiava e, principalmente, não desgrudava da irmã.

- Emmett o que foi? - Bella despertou.

- Emmett, tudo bem ai cara? - Jasper olhou para ele.

Foi só então que em dei conta que meu irmão estava espremido no canto do elevador, respirando e expirando tantas vezes que me deu até medo de ficar sem ar. Com aquele tamanho todo... tinha medo de elevador.

- Claustrofóbico, em Emmett? - Bella riu.

- Ah, não enche. - Ele falou mal humorado.

- Alice, 12° andar? - Rose perguntou.

- Lógico! Refiz nossas reservas! - Ela sibilou - Vocês vão gostar.

A baixinha piscou e logo em seguida a porta do elevador se abriu. Emmett saiu e disse um "AH" de alívio. O problema é que uma senhora de um dos quartos ao lado, abriu a porta e nos olhou com cara feia.

- EU, hein. - Bella murmurou. - Ué... onde estão todos?

EU olhei a nossa volta e percebi que Bella e eu estávamos a sós no meio do corredor. Nossas malas estavam paradas em frente a uma porta, que estava entreaberta. Bella e eu entramos no quarto e nos deparamos com... o vazio. Não tinha ninguém.

POV de Bella

O quarto era enorme. Daqueles bem grandes, a cama era redonda, tinha um espelho com uma borda com detalhes dourados ao lado do guarda-roupa, duas poltronas e uma mesinha, televisão de tela plana. Duas portas, que uma era para o banheiro. A outra eu não saia.

Eu cheguei perto da porta e colei meu ouvido na madeira, na esperança de ouvir algo. Edward ficou me encarando com cara de quem diz: "O que você está fazendo?" E, para minha surpresa, eu ouvia Alice e Rosalie conversando animadamente.

- São quartos interligados... - Murmurei.

- Sua irmã é... imprevisível. - Edward murmurou.

Então a ficha caiu.

Eu. Edward. Cama redonda. Sozinhos. Quarto. Suspirei profundamente tentando organizar minhas idéias; Alice era... eu ainda matava aquela tampinha! A próxima vez eu ver Alice eu vou arremessá-la do último andar deste prédio!

- Bella, o que aconteceu? - Edward pegou minha mão. - Você está ficando vermelha.

- EU mato aquela tampinha! - Soltei um gritinho abafado. Podia jurar que havia um silêncio considerável atrás da porta do quarto das minhas irmãs. - Elas... eu... você... Arghh!

- Bella, calma. - Edward riu. - EU notei que elas estavam tramando alguma coisa. Não se preocupe.

- Vo-você... quer dizer... não se importa se nós não...

- Bella, minha Bella. - Ele riu. - Não se preocupe. Eu respeito você, não vou te forçar a nada.

- Obrigada. - Abracei-o. - Vou tomar um banho quente, ok?

- Claro. - Ele deu aquele sorriso torto que me desconcertava.

Eu abri minha mala e peguei uma camisola azul e uma calcinha branca. Coloquei minhas coisas em cima da pia de mármore, tirei minha roupa e entrei em baixo da ducha quente. A água caía sobre meus ombros e me ajudava - de alguma forma - a relaxar.

Tudo o que aconteceu depois do meu seqüestro relâmpago na boate, eu estava tratando de esquecer agora. O importante mesmo é que eu estava bem e, que eu estava com minha família.

Assim que saí do banho, Edward entrou. Eu me troquei e fiquei arrumando algumas coisas na minha mala, ouvindo os murmúrios do jornal local na televisão. Foi então que o jornalista falou:

"Notícia de última hora: A menina "Isabella Swan Hale" foi resgatada na tarde de ontem na cidade de Forks, no vilarejo de La Push. Ela pasosu o dia no hospital e teve alta hoje. O tenente responsável pelo caso "Tenente Horacio Caine", dá as informações. Segundo ele, ela vinha com amigos e familiares da Inglaterra para participar de um evento particular aqui em Phoenix.

Quando souberam do sequestro, os familiares acionaram a interpol e começaram a investigar o caso. O sequestrador, "Jacob Black", dono de uma loja de música, está preso e poderá pegar de dois á dez anos de prisão. Meu nome é Janeth Stuart, para o plantão da madrugada."

- Está ficando famosa. - Edward brincou.

Eu me virei para olhá-lo e ele estava sentado na cama, encostado na cabeceira apenas me olhando. Eu fiquei tão entretida que nem tinha percebido a presença dele ali. Ele fez sinal para que eu sentasse ao lado dele na cama.

- Para que todo esse alarde? - Perguntei.

- Coisa dos meus pais e seus pais. - Ele murmurou. 

Num impulso súbito, Edward tinha se virado e estava quase em cima de mim na cama. EU estava deitada e, lógico, corada. Até que ele riu.

- Não vou te forçar a nada, mas isso não significa que não possamos nos divertir um pouco. - Ele deu um sorriso torto.

EU nem respondi. Tive tempo apenas de me lembrar de respirar, pois a boca dele já estava na minha. Minhas mãos se entrelaçavam pelo seus cabelos dourados e eu sentia os dedos dele descerem por minha coluna.

A boca de Edward fazia o caminho entre meu pescoço, orelha, queixo e boca. Nossas pernas estavam entrelaçadas e eu podía sentir o volume proveniente do meio delas. Eu ri. Edward desceu sua mão até minha calcinha e ficou passou os dedos na minha virilha e depois entre minhas pernas.

Eu me arrepiei. Me virei para cima e apoiei-me em seu peito nú. Ele era absolutamente perfeito, o meu deus grego vivo.

As mãos de Edward subiram pela minha cintura e tronco, levando consigo minha camisola azul, deixando meus seios a mostra. Ele me lançou um olhar bem malicioso, mas eu não arrisquei perguntar, aliás... nem precisei.

Edward me beijou novamente, ele me puxou para mais perto dele e depois foi descendo sua boca. Queixo, pescoço, colo... seios. Eu arfei. Edward arfou. E alguns minutos depois, caímos de lado.

Apesar de não termos feito nada demais ali, eu me sentia - de alguma forma - realizada. Eu tinha certeza que Edward seria alguém para toda minha vida. Ele me respeitava e não me forçava a nada.

Depois ele murmurou algo como "para uma preliminar... uau." Eu respondi alguma coisa, mas não lembro exatamente o que, pois alguns minutos depois eu nós dois já estávamos dormindo.

Mas de uma coisa eu tenho certeza. Eu ainda pego aquela tampinha.