Epílogo

–Jo.

Eu tinha visto um fantasma. Era realmente um fantasma. Não podia ser real.

–Elijah.

Ele sorriu para mim. E correu para mim. E abraçou-me com tanta força que eu pensei que iria partir alguns dos meus ossos vampíricos.

–O que estás aqui a fazer? – indaguei, sorrindo abertamente para ele.

–Vim ver Hope.

–Hope…

A filha de Hayley e Klaus. Claro que sim.

Um ano depois, Rebekah contactou-me. Ela precisava da minha ajuda para proteger a mais recente membro da família Mikaelson. Nem pensei duas vezes. Socorri-as e agora vivíamos as três juntas. De tempos a tempos, Hayley ou Klaus vinham visitá-la. Mas nunca Elijah, ele só falava pelo telemóvel com Rebekah.

E agora, três anos depois do nosso último encontro, ali estava ele de frente para nossa linda casa na praia.

Abri a porta, mas ele ficou impedido de entrar, claro. Chamei Hope e ela veio, a cambalear nos seus pezinhos de uma criança de dois anos. Rebekah seguiu-a, radiante.

–Hope, gostarias de conhecer o teu tio Elijah? – Rebekah sorriu, brilhante e radiosa para Hope. Olhou para Elijah com saudade de irmã.

–Entre, por favor – disse a pequena Hope e Elijah entrou.

–Olá, Hope.

***

–Fico feliz por estares com elas – comentou ele, no jardim da casa, também conhecida por areia. O mar estava sereno, mas ouvia-se as ondas de rebentação.

–Eu também. Não sou da família Mikaelson, mas sinto-me parte dela – sorri para ele.

–Tu serás sempre uma Mikaelson – afirmou Elijah e o meu sorriso desapareceu. – Esse anel que está no teu dedo… a oferta manter-se-á sempre, Jo.

–Não. Não sempre – neguei. – Ouvi dizer que tu e Hayley partilharam alguns momentos de… intimidade.

–Isso é verdade – não negou. Elijah, o nobre. – Mas tu és o meu verdadeiro amor.

–Por favor… - cuspi, atirando uma pedra para o mar. A pedra chegou lá, ouvi-a colapsar na água fria do oceano.

–É verdade – continuou. – Eu e Hayley gostamos muito um do outro, mas não é o mesmo que sinto por ti. Nunca será.

–Talvez um dia, Elijah – admiti. – Quando eu for mais… adulta e Hope estiver a salvo. Talvez nós possamos ter a nossa segunda hipótese de um final feliz.

Ele aproximou-se de mim e deu-me um beijo na têmpora.

–Mal posso esperar por esse dia.

©AnaTheresaC