Heart Attack escrita por ariiuu


Capítulo 23
Um companheiro inestimável


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas ^/ Espero que não tenham morrido do coração nesse tempo em que demorei pra escrever o capítulo :D
Pra quem acompanha Entrelinhas (uma outra fic minha), não estou tendo tempo e nem criatividade para continuar, e uma leitora pediu a continuação dessa fic como presente de aniversário, mas ainda estou decidindo o que fazer. Então enquanto não a atualizo, dedico este capítulo como presente de aniversário para a Skull Cat, que comemora mais um ano de vida hoje. Parabéns! Esse capítulo tem muita coisa que com toda a certeza você irá adorar!
De todos os capítulos, esse é o mais intenso em relação à aproximação física deles. Espero que não se espantem, embora não tenha nada de mais... u.ú
Aah, só uma coisa: Não se deixem levar pela capa do capítulo! Vocês podem se decepcionar :B
Divirtam-se!



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Heart Attack



Um companheiro inestimável




“Eu sentia um aroma peculiar, mas extremamente familiar... Era o cheiro intenso do mar... Aquele ao qual estive envolvida por anos, mas ausente por dias... O meu olfato estava inebriado com o cheiro profundo de sal... Isso foi a única coisa que meu cérebro conseguiu processar, ainda que lentamente... E com muita dificuldade, fui abrindo os olhos... A visão turva que aos poucos passou a clarear, mostrou um quarto branco e iluminado, com uma porção de máquinas estranhas ao redor. As luzes fluorescentes daquele lugar me faziam ter ainda mais sono... Sentia um formigamento por todo o corpo e uma dor aguda no peito... Não sabia onde estava, mas apenas o fato de estar em qualquer outro lugar que não fosse Mariejoa, me causava uma extrema sensação de paz e alívio...”





...





- Finalmente depois de dois anos demos uma lição naquele maldito!

- Você viu a cara dele quando dissemos que se reagisse, toda a Terra Sagrada seria destruída!?

- Será que ele acreditou mesmo que íamos tacar fogo naquele covil de dragões!?

- Ele saiu com o rabo entre as pernas, tendo que se conformar que havia perdido a batalha que sequer começou!

- É verdade, mas mesmo se tivéssemos o deixado aleijado, ainda assim não aliviaria a dor da perda do Oyaji e o Ace...

- Seja como for, não era essa a nossa intenção... Ainda é cedo para fazermos qualquer coisa contra o Sakazuki... Mas o mais importante... Conseguimos concluir nossa primeira missão envolvendo a marinha depois de anos... Então vamos comemorar pelo sucesso da missão! – Marco respondia as frases de todos os comandantes em relação ao Almirante Akainu. Depois de o distraírem, outros aliados trataram de guiar Trafalgar Law que saia da mansão com a navegadora do Chapéu de Palha em seus braços por um caminho onde Sakazuki não pudesse lhes vir.

Eles haviam deixado estrategicamente algumas carruagens pela floresta e ao saírem da Terra Sagrada, se infiltraram num navio de carga que trafegaria pela rota onde o Quebra Gelo de Whitey Bay se encontrava. Lá outros piratas aguardavam a chegada de todos.

- E isso por que você estava querendo ir sozinho... Imagino como lidaria com uma rebelião de escravos, a mansão do Tenryuubito em chamas e mais o insuportável do Akainu com seus lacaios à tira colo... – Bay desdenhava de Marco.

- Sim... Eu admito que não estava em meus cálculos encarar tudo isso, mas seus instintos me salvaram mais uma vez, Bay... – O loiro respondeu firmemente para a azulada, que correspondeu com um sorriso ousado. A mesma sabia que algo ruim poderia acontecer e por isso instruiu a fênix em chamar todos os comandantes e principais aliados, pois Mariejoa não era o tipo de lugar que pudesse executar uma missão como aquelas tão facilmente... E... Era óbvio que seria impossível escapar daquele lugar sem que tivesse um reforço adequado.

- Imagino que depois dessa, vão te culpar pelo incidente com os Tenryuubito e sua recompensa irá subir... – Jozu especulava o óbvio. Isso se os anciões não encobrissem a notícia da reaparição dos Piratas do falecido Barba Branca depois de dois anos.

- Não importa... Daqui para frente iremos agir do nosso jeito... Estão comigo nessa...? – A fênix sugeria de modo arriscado.

- Vejo que o velho espírito de aventura ainda está vivo em você, meu amigo... – Izou, o décimo sexto comandante sorria satisfeito e disposto a encarar o que viesse pela frente, contanto que todos os seus companheiros estivessem ali.

- Você pode ter certeza que estamos nessa com você... Não podemos perder para a pior geração, não acha!? – O espadachim Vista também expressava vivacidade em suas palavras.

- E não iremos perder pra os novatos. Vamos manter a tradição do nosso falecido capitão intacta. Somos uma família! Nunca se esqueçam disso! – Marco finalizava com palavras incentivadoras e todos assentiram com um brado ao estilo dos Piratas do Barba Branca.

- Odeio interromper a festa dos mais velhos, mas será que o médico do navio está por aqui...? Preciso que ele me ajude com algo... – Uma voz calma e extremamente fria invadiu o ambiente descontraído.

- Ooh, Trafalgar... O que faz aqui...? Não deveria estar se empenhando em ressuscitar a navegadora que você matou...? – Bay articulou em tom de escárnio.

- As enfermeiras desse navio são péssimas. Quero a ajuda do médico.

- E isso é jeito de falar...? – O comandante Rakuyou contestou irritado.

- Você pode ser um shichibukai, o que pra mim não significa nada, mas não se esqueça que está no navio de inimigos, então meça suas palavras, pirralho prepotente... – Dessa vez era o comandante da décima quinta divisão que respondia incomodado.

- Parem com isso. Ele está aqui salvando uma vida. Eu não podia ignorar o fato que um companheiro do irmão do Ace corresse perigo... E também não podemos nos esquecer que ele é aliado do Chapéu de Palha... – Marco intermediou a favor de Law.

- Vamos aturá-lo apenas por consideração ao Chapéu de Palha, mas se ele tentar algo, eu mesma o jogo para fora do navio só para nos entretermos em vê-lo se afogando no mar... – A bruxa do gelo sorria sarcasticamente enquanto encarava o olhar indiferente do cirurgião da morte.

- Se precisa da ajuda do médico vou chama-lo. Espere aqui. – Izou se ofereceu no intuito de ajudar o shichibukai.

Law observou os piratas do falecido Yonkou com precisão. Sabia que um reles descuido faria com que qualquer um ali desconfiasse ainda mais de sua presença no navio.

Mas ele tinha outras prioridades... As quais não seriam substituídas.





...





- Você realmente foi capaz de fazer isso...?

- Não tive outra escolha.

- Incrível... Vocês novatos estão surpreendendo demais os mais velhos... Não conseguiríamos em dois anos de pélago ter a mesma ousadia que vocês...

– Estou comovido. – Law respondeu friamente irônico.

- Certo... Temos de fazer a cirurgia de reparo no pulmão esquerdo e quando estivermos na etapa final, você substituirá o coração perfurado pelo coração dela...

- Exatamente.

- Posso fazer uma pergunta...?

- Sim.

- De quem é o coração perfurado...?

- De um antigo inimigo que foi condenado à prisão perpétua e que estava prestes a se suicidar.

- Então ele já estava praticamente morto...

- Ele me devia, então tomei o coração dele em pagamento, pois já estava treinando para executar essa técnica um dia, em caso extremo de urgência... Esse procedimento é extremamente perigoso por que envolve riscos... Mas a situação pediu por isso...

O médico observou Law e por um momento ele pôde notar um resquício de tristeza naquele olhar gélido. Foi então que resolveu animá-lo de algum jeito.

- Incrível... Você substituiu o coração da garota sem que ela soubesse e ainda incisou o peito sem sequer prejudicar os órgãos vitais... Além de um excelente cirurgião, também é um excelente espadachim... – O médico do navio não se cansava de fazer elogios à Trafalgar Law.

– Eu treinei... – O cirurgião respondeu desinteressadamente.

- O suposto golpe de misericórdia que a levaria à morte na verdade a salvou... Estou impressionado...

- Assim que ela estiver perfeitamente bem, pode se impressionar à vontade. Mas agora precisamos fazer isto, ou ela morrerá.

- Então vamos começar...





...





Nami ficou desacordada por um dia inteiro. A cirurgia demorou pouco mais de sete horas, pois tiveram que restituir o local atingido. Ainda que a lâmina do cirurgião não tivesse acertado locais letais, era arriscado que a ruiva continuasse com o corte, pois poderia ter uma hemorragia interna.

A operação foi um sucesso. E Nami teve seu coração de volta quando Law liberou seus poderes como usuário para cortá-la sem riscos.

Quando a ruiva recobrou a consciência, despertou num quarto repleto de enfermeiras. Ela não estava entendendo por que se encontrava ali, mas apenas confiou que estava segura.

Duas semanas se passaram desde que a tripulação do falecido Barba Branca saíra de Mariejoa, e Nami repousou durante esse tempo num quarto onde era monitorada pelas enfermeiras.

Law prescreveu antibióticos com alto efeito cicatrizante e as refeições dela passaram a ser manipuladas por uma enfermeira nutricionista. A cada dia ela se recuperava mais e mais e aos poucos passou a se movimentar pelo quarto.

A ruiva foi informada pelas enfermeiras onde estava e para onde o navio estava indo, mas durante duas semanas de repouso, Law não havia lhe visitado um dia sequer.

O prazo médio da recuperação havia acabado e ela pôde se ausentar do quarto.

Finalmente Nami caminharia livremente pelo navio, a fim de conhecer aqueles que se arriscaram por ela.

Então a ruiva abriu o guarda-roupa do quarto ao qual estava hospedada e procurou por algumas peças de roupa. Ela se impressionou por ver que os trajes que estavam guardados eram simples, porém sofisticados.

Nami escolheu as peças que vestiria: Uma blusa estilo regata na cor branca e com alguns detalhes, uma saia godê preta e um chinelo adornado com miçangas coloridas.

Ela também arrumou o cabelo, penteando os longos fios ruivos, deixando-os perfeitamente soltos.

A navegadora finalmente decidiu sair do quarto e quando atravessou a porta, deu de cara com um corredor gigantesco.

– Semelhante ao navio do Eustass... – Ela comentou consigo mesma ao perceber como a estrutura por dentro era parecida com o navio do ruivo.


Então ela caminhou lentamente, procurando por alguém que lhe dissesse onde Law estava, e quando terminou de cruzar o corredor que a levaria para o convés, percebeu que uma pessoa se aproximava.

Uma mulher de longos cabelos ondulados num tom azul arroxeado. Ela trajava roupas simples. Uma blusa de manga comprida escura e um short jeans branco.

Quando Bay olhou para frente, notou que a ruiva estava parada ali, um tanto sem jeito. Então a azulada sorriu.

– Você é a navegadora do Chapéu de Palha...? – A pirata chegou perguntando logo que se aproximou.

- Aah... Sim... Meu nome é Nami... – Ela sorriu tímida.

- Eu sei. Prazer em conhecê-la. Meu nome é Bay. Whitey Bay. – E mais uma vez ela sorriu. Bay não era muito compassiva com homens, mas no caso das mulheres, mostrava uma cortesia desigual.

- Sabe me dizer onde Trafalgar Law está...? – Nami perguntou ainda introvertida. Saber que estava no meio de piratas tão fortes, experientes e tripulantes do falecido Yonkou, lhe causava uma sensação de incompetência. Ela se sentia como uma formiga ali. Talvez uma migalha, ainda mais ao saber que tivera ajuda de todos em seu resgate.

- Ele está há dias preso na biblioteca do navio. Talvez você possa tirá-lo de lá... – Bay comentou com um sorriso estranho.

- Onde fica a biblioteca...?

- Siga por este corredor e vire à segunda direita.

- Obrigada Senhorita Whitey. – A ruiva respondia educadamente.

- Nada disso. Me chame de Bay. Daqui pra frente ficarei de prontidão ao seu lado, já que há poucas mulheres no navio... E para aguentar esses idiotas, você precisará da minha proteção. – A azulada piscou e Nami captou a mensagem. Embora não conhecesse a fama da Bruxa do Gelo, ela estava convicta que estava entre amigos.

– Certo... Bay... – E finalmente Nami despontou um sorriso mais aberto.

- Se precisar de algo, estarei no convés... – A pirata seguiu o caminho oposto, enquanto a navegadora foi pelo lado informado. Ao se aproximar, avistou uma porta imensa. Com toda a certeza aquela era a biblioteca.

Quando a ruiva girou a maçaneta, sentiu a porta sendo aberta pelo lado de dentro e acabou dando de cara com o cirurgião da morte no mesmo instante.

Law atentou para a figura da ruiva em sua frente e se espantou momentaneamente. Aquela era a primeira vez que a vira saudavelmente bem desde que saíram da mansão do Tenryuubiro em Mariejoa.

Os olhares dos dois se cruzaram por breves segundos. Ambos surpresos por estarem tão próximos depois dos últimos acontecimentos.


A ruiva percebeu que aquele olhar parecia dizer tudo... Mas ela não conseguia entender nada...


O cirurgião praticamente se adaptou ao ambiente daquele navio. E prova disso eram suas roupas. Trajava uma camisa de manga comprida preta, calça jeans e típicos sapatos pretos. O cabelo sempre desgrenhado formosamente.

Era óbvio que Nami estava repleta de dúvidas. Mas tudo o que ela disse depois de vê-lo pela primeira vez após saírem da Terra Sagrada foi...

– Onde estava todo esse tempo...? – Ela desviou os olhos para o chão. Não conseguiu continuar o encarando. Era impossível depois de tudo, e ainda mais por não tê-la visitado quando estava se recuperando.

Law apenas sorriu terno. Ele estava segurando uma porção de livros, apoiando-os na cintura, enquanto a outra mão segurava seu Den Den Mushi.

E depois de longos segundos apenas apreciando a imagem da ruiva em sua frente, finalmente ele disse algo.

– Nami-Ya... Preciso que você fale com uma pessoa...

A navegadora ergueu o rosto, mostrando um semblante de dúvida e espanto.

- É só isso que você consegue dizer depois de me ver...? Quem é essa pessoa que eu preciso falar...?

– Alguém muito importante para você...

A expressão do moreno era serena. Depois do que aconteceu em Mariejoa, vê-la tão bem era tudo o que mais queria. Porém lhe doía saber que quase tirou sua vida por causa da trágica situação envolvendo Doflamingo. Sabia também que ela pediria explicações e ele estava disposto a lhe dizer tudo mais tarde.

- Eu não estou entendendo... – Nami franziu o cenho, desconfiando do que o cirurgião dizia.

- Entre nessa cabine ao lado. Você precisa imediatamente falar com uma pessoa que está esperando por você.

Nami ia perguntar novamente quem era, mas ele praticamente a empurrou para a cabine do lado da biblioteca e fechou a porta.

Ele depositou os livros na mesa logo à frente e a ruiva continuou não entendendo.

O Den Den Mushi tocou e ele rapidamente atendeu.

- Sim...?



– Que horas tenho que ligar para falar com ela...? Estou aflita e preciso saber se a minha irmã realmente está bem... – Uma voz feminina e um tanto familiar para a ruiva pôde ser ouvida pelo Den Den Mushi.



- Ela já está aqui. Vou passar a ligação. – Law fitou Nami ousadamente e um sorriso de canto pôde ser visto.

Nami alargou o olhar. O que estava acontecendo afinal...?

- Nami-Ya... A pessoa que quer falar com você é Nojiko... Sua irmã mais velha...


Os olhos castanhos resplandeceram surpresa em demasia naquele instante. Nojiko estava do outro lado da linha...? Isso era impossível.


- O quê...? Como...? – A navegadora não soube o que dizer por tamanho espanto.

- Eu procurei por alguns registros do East Blue e fiz contato com algumas bases da marinha de várias ilhas. Como shichibukai, obrigatoriamente me informaram onde os habitantes de sua vila estavam depois daquele fenômeno e então pedi para fazerem contato com uma garota chamada Nojiko. Não foi fácil acha-la...

- Então... Nojiko está mesmo na linha...? – Nami não pôde conter as supostas lágrimas nos olhos. Estava completamente emocionada, pois além de finalmente se ver livre do pesadelo de achar que sua irmã poderia estar morta, fazia mais de dois anos que não se falavam.

- Ela está a sua espera... – Law entregou o Den Den Mushi nas mãos da ruiva e ela finalmente se convenceu.

- Nojiko...? – Disse baixo, mas no fundo queria gritar... Não estava acreditando que ouviria a voz de sua irmã.

– Nami...? É você mesma...? – A voz era incrivelmente igual ao de sua irmã e a ruiva não pôde conter a emoção.

- É claro que sou eu! Acha que alguém iria ter todo esse trabalho apenas pra passar um trote!? – Respondeu comovida e aliviada.

– Pare de chorar sua boba... Eu sei que está chorando! Não adianta esconder!

- Eu não vou esconder... Não posso...! – O sorriso afetuosamente satisfeito da ruiva aqueceu ainda mais o coração do cirurgião. Vê-la feliz estava se tornando um de seus desejos mais ardentes, pois depois de tudo, era o que a ruiva mais merecia.

Alegria e paz.

Ele se virou de costas e resolveu se ausentar do local. Daria a devida privacidade às irmãs para matarem as saudades.

Após fechar a porta por fora, Law sorriu completamente recompensado. O sorriso dela já havia sido o bastante pelo esforço que tivera durante dias.





...




O pôr do sol finalmente se mostrava no horizonte e o cirurgião observava todo o seu esplendor radiante. Ele se encontrava nos fundos do navio, apoiando os cotovelos na borda de aço enquanto fitava continuamente aquele lindo cenário.

Depois de finalmente cumprir a tarefa que ele mesmo havia lhe dado, Law sabia que o favor feito à ruiva seria o mínimo para se redimir com ela. Por muito tempo ele percorreu um caminho que parecia não ter volta. Sua vida como um pirata sanguinário e cruel, seu passado com Doflamingo, seus planos, seus objetivos... Seus sonhos... Era como se tudo perdesse o sentido...

Mas depois de provar a si mesmo, era impossível não admitir o que estava acontecendo...

Várias peças haviam saído do lugar, fazendo com que o mesmo sofresse uma espécie de mutação...

Em anos... Law não sabia mais como era se sentir humano...

Mas a ruiva lhe mostrou o caminho de volta... E ele pôde constatar que ainda havia muito mais em si que pudesse restaurar. Então o cirurgião finalmente decidiu...

Seguir por outro caminho... Um caminho ao qual não havia nada a perder... Mas ele precisava desesperadamente de alguém que pudesse lhe acompanhar... E então resolveu escolhê-la para aquela jornada...


A orgulhosa e mesquinha navegadora de cabelos alaranjados...


Ele fechou os olhos, completamente convicto de suas decisões, tão preso em seus devaneios envolvendo a ruiva, que nem mesmo percebeu a presença de alguém ali.

Barulhos de passos foram ouvidos sobre o assoalho do navio no mesmo instante, mas quando ele pensou em abrir os olhos e se virar para averiguar...


Braços femininos enlaçaram seu corpo por trás, impedindo qualquer movimento.


Law se espantou ao perceber que Nami estava ali... Lhe abraçando calorosamente enquanto encostava o rosto em suas costas, apertando ainda mais aquele abraço.

A ruiva havia chegado ao local sorrateiramente... Pois esta era a sua intenção... Pegá-lo desprevenido, de uma forma que não pudesse escapar.

Ela fechou os olhos enquanto mantinha os braços firmemente cingidos ao redor do torso dele... Perto o suficiente para sentir o calor de seu corpo... E se duvidasse, até mesmo as batidas de seu coração...

– Nami-Ya o que está fazen-


- Obrigada...


Antes que pudesse terminar a frase e entender por que ela estava ali, lhe abraçando com tanto afeto, Nami definiu tudo em apenas uma palavra.

Era óbvio que a ruiva estava grata. Ele havia feito tanto por ela que chegava a doer... E a suposta dor era justamente por não se sentir digna de retribuir com algo do mesmo peso.

O cirurgião não soube como responder. Não estava acostumado a receber um agradecimento tão sincero e carinhoso como aquele. Na maioria das vezes a palavra ‘Obrigado’ era dita apenas como cortesia ou obrigação.

E por um longo momento ele ficou em silêncio... Apenas sentindo o tecido de sua camisa sendo amassado pelas mãos da ruiva, que apertavam com tanta precisão aquele abraço compassivo.

E diante daquele contato, ele finalmente reagiu... Levando suas mãos as mãos delicadas que faziam tanta pressão em sua roupa.

Ele tocou as mãos dela, para finalmente segurá-las com firmeza.

Nami continuou naquela posição... Agora sentindo que fora completamente correspondida...

Involuntariamente algumas lágrimas rolaram dos olhos castanhos, que se apertaram no mesmo instante para deixa-las caírem completamente...

Havia tantas coisas para dizer... Mas ela não sabia como expressar tudo apenas por palavras... Sua mente tentava processar algo decente, mas estava presa a um turbilhão de pensamentos e sentimentos tão confusos...

O cirurgião se encontrava da mesma maneira, mas tranquilo sobre o que descobrira recentemente... Estava tudo muito claro em relação à ruiva...

O sol sorria ao encontrar o oceano em sua frente e toda a sua vivacidade transformava o clima num ambiente propenso ao que parecia arder tempestuosamente dentro do peito de cada um dos dois.

Corações interligados por uma linha invisível...

E depois de se comunicarem através de toques tão condescendentes, Law segurou os pulsos da navegadora e os afastou, apenas para se virar e ficar de frente para ela.

Fitar os orbes castanhos cintilantes que pareciam batalhar incansavelmente contra os seus, numa mistura louca de mensagens misteriosas, ditas através de seus olhares, soava como um jogo viciante...

Mas Law entendeu que Nami venceria aquela batalha... Quando percebeu que os lábios rosados se curvaram para formar um lindo sorriso que embaralharia todos os seus sentidos, lhe deixando totalmente narcotizado.

Ele se sentia perdido naquele sorriso.

Por que somente ela tinha este tipo de poder...? De causar e domar aquelas tempestades em forma de efeitos tão intensos...? A ponto de fazê-lo parar de respirar...? De ouvir seu coração batendo descompassado em seus ouvidos...? E do impulso irresistível de toma-la sem seus braços e tê-la apenas para si... Infinitas vezes...?

- Como você está...? – Finalmente ele perguntou, quebrando todo aquele silêncio deliciosamente esmagador.

- Pensei que nunca perguntaria... Mas eu estou bem... Melhor impossível... – Nami respondeu de forma imperial e ele se sentia cada vez mais tentado quando ela exibia aquela personalidade tão acirrada.

– Isso é ótimo... – Contrapôs satisfeito.

- Sei que é constrangedor repetir, mas obrigada mais uma vez... Eu não entendi como aconteceu, mas você me salvou do Doflamingo... E ainda conseguiu entrar em contato com a minha irmã... Eu estava prestes a pedir para me deixarem no porto mais próximo e voltar pra Redline... Mas agora que está tudo bem, não há mais necessidade... – Ela terminou olhando atentamente nos olhos dele e por um momento Law ficou em silêncio.

– Não precisa me agradecer... Eu não fiz nada que o Chapéu de Palha não faria... – Embora a frase soasse um pouco fria e um tanto formal, Law não soube direito como lidar com as palavras de retribuição da navegadora. Ele havia reconhecido o quanto ela significava para ele, mas estar frente a frente com a mesma depois de admitir isso para si mesmo estava sendo difícil... Ter de esconder o embaraço por conta do que estava sentindo era patético e frustrante.

Mas ele teve sua linha de raciocínio interrompida quando Nami se aproximou mais uma vez e agarrou a gola de sua blusa, lhe fazendo encará-la de imediato.

- Até quando vai agir como se fosse um qualquer...? Será que você não entendeu...? – Ela estreitou o olhar e um meio sorriso pôde ser visto, fazendo-a completar a frase em seguida.


Você já é um companheiro inestimável pra mim... – O olhar imponderado unido ao sorriso mediano, foi o ponto culminante para tocar ainda mais profundamente o coração do shichibukai.

Ele se recordou mais uma vez daquele sonho.

Como ela conseguia surpreendê-lo apenas mostrando a sinceridade de suas palavras e gestos...?

– Por que está dizendo isso...? – Contestou apenas para ter plena certeza se ela não estava sendo equivocada.

- Você mostrou que podia confiar em você por vários motivos... Por se oferecer para me conduzir ao porto de Mariejoa, por se infiltrar na mansão do Tenryuubito, por me salvar das mãos do Arlong e por fingir me matar na frente de Doflamingo apenas para me salvar... Somente um verdadeiro e fiel companheiro arriscaria sua vida... – Nami abaixou o olhar logo em seguida. Era desconfortável admitir tudo aquilo, ainda mais se tratando da relação tão estranha entre ambos. A convivência com Law havia se tornado um tanto singular e repleta de mistérios... Ela já não sabia como caracterizar aquilo...

O moreno a fitou intensamente, tentando de todas as formas conter o forte impulso de mostrar o quanto ela havia se tornado especial para ele... Mais especial do que qualquer outra pessoa... Mas havia falhado miseravelmente... Precisava saber o que ela pensava a respeito...

Precisava saber se ela sentia o mesmo...


– Você não poderia dizer tais coisas a menos que estivesse pronta pra arcar com as consequências, não é mesmo...? Nami-Ya...?


Nami elevou o olhar e o manteve aceso no ímpeto de decifrar a sentença atual. Foi então que ela contemplou os olhos cinzentos reluzindo de forma sinistra e um sorriso de canto ardiloso lhe arrancando arrepios.

– Que consequências eu teria por lhe dizer isso...? – Ela indagou tentando se desvencilhar de algo que já havia lhe abatido.

- Consequências irreversíveis... – Ele disse em baixo tom e sua voz se assemelhou ao sopro do vento em noites quentes de verão. Plácido... Mas um tanto abrasador...

– Não há nada que seja irreversível... A não ser a morte... – A navegadora comprimiu o olhar, percebendo cada milímetro dos rostos de ambos cedendo para a curta distância. Sentia a respiração dele batendo derradeiramente em seu rosto a ponto de fazê-la enlouquecer por ansiar aquele tão esperado toque.

- Há situações mais perigosas do que a morte... E uma certa pessoa me colocou nesse caminho sem volta... – As palavras que foram sedutoramente sussurradas perto dos lábios entreabertos da ruiva, instigaram-na fatalmente a ponto de sentir todo o corpo anestesiado pela deliciosa sensação de tocá-lo.

– E quem seria essa pessoa...? – Nami soprou docemente a pergunta e teve a resposta merecida.


Você...


Após responder a pergunta na forma de um suspiro, o cirurgião tocou os lábios da navegadora num beijo... O toque candente que lhe alucinava impetuosamente.

Nami também esperava por isso desde que fora salva pelo cirurgião. Ela o queria perto de si. Perto o suficiente para retribuir de alguma forma... Embora se sentisse ainda mais presenteada do que ele próprio.

E diferente do primeiro beijo roubado em Dressrosa, aquele estava repleto de sensações distintas e saborosamente extasiantes. Ambos sentiam fome e sede daquele contato, como se nunca o tivessem tido antes.

A forma tão branda como o cirurgião liderava o beijo que contornava simetricamente os lábios da ruiva, lhe desconsertara em todos os sentidos, a ponto de se sentir incapaz de mover um músculo sequer.

Era tão óbvio o quanto Law mostrava sentimentos naquele beijo, que seria impossível Nami não perceber... O jeito meigo e doce... Lentamente... Muito lentamente... Um ritmo melodiosamente demorado... A forma como ambos deixavam aquele carinho fluir soava excitante e tão viciante que se passassem a eternidade apenas vivendo tudo aquilo seria pouco...

Relutantemente Nami foi cedendo àquilo que mais reprimia dentro de si. Suas mãos tocaram o pescoço masculino, ao qual aos poucos passou a enlaçar perfeitamente.

O mesmo aconteceu com ele, que vagarosamente passou a descer as mãos pela cintura curvilínea, escorregando a ponta dos dedos pelo tecido que cobria sua pele, arrancando arrepios impetuosos dela. Law manteve suas mãos no local, segurando delicadamente a cintura da ruiva, como se a mesma fosse uma rara obra de arte.

Institivamente uma mão deslizou para o quadril feminino alargando-a para apalpá-la enquanto a outra se manteve presa à cintura, guiando-a através de seus impulsos viris que imploravam para serem libertos totalmente.

Nami sentia suas costas sendo pressionadas contra a parede cada vez que o puxava para si, apenas para experimentar ainda mais a forma tão apetecível como ele lhe beijara. E assim como ele, a navegadora também sentia necessidade de ter mais... Explorar o desejo de prendê-lo interamente.

Ela desceu as mãos até o peito dele e o tocou, sentindo o tecido da camisa larga deslizar impecavelmente pelo local. Ainda beijando-a intensamente, Law percebeu sua camisa sendo erguida e automaticamente seus olhos se abriram em surpresa...

Ainda que estivesse naturalmente quente por causa da alta temperatura, um calor ainda mais possante tomou conta de ambos. E sabendo quais eram as intenções da ruiva, ele se afastou repentinamente, apenas para que a mesma fizesse o que tanto queria...

E sem pensar duas vezes, Nami se livrou da peça de roupa que cobria o torso do shichibukai, deixando as costas, os braços, o peito e o abdômen simetricamente tatuados à vista.

O rosto dela queimava em brasas... Uma mistura de paixão, desejo e algo a mais que ela desconhecia... E diante daquela expressão tão fascinante, o moreno se aproximou com toda a veemência e a empurrou com muito mais força contra a parede. Automaticamente ele elevou o corpo da ruiva contra o seu, segurando as coxas femininas, fazendo com que suas pernas o enlaçassem totalmente.

E foi o que Nami fez sem hesitar. Prendeu o corpo do cirurgião entre seus braços e suas pernas, apoiando-se totalmente nele... Apenas para voltar a senti-lo tomando novamente seus lábios, explorando-os com muito mais ousadia.

Algo dentro da ruiva gritava de forma assustadora. Ela sentia um bombardeio de emoções tomando conta de si... Medo, desejo, atração irresistivelmente tentadora e um formigamento por todo o corpo que parecia lhe fazer desfalecer lentamente nos braços dele...

Um furacão de anseios também tomava conta do cirurgião. Ele almejava tanto por tê-la tão próxima a si, que desesperadamente sentia como se sua sede se tornasse ainda mais insaciável quanto mais provava dela...

As mãos da navegadora percorreram suavemente as costas do cirurgião com perícia, trilhando infinitos caminhos no ímpeto de prova-lo violentamente, satisfazendo as aspirações que havia sufocado pelo suposto medo que ainda ardia tempestuosamente dentro de si...

Law equilibrava facilmente o corpo da navegadora no seu... Ela parecia ter quase o peso de uma pluma, deixando facilmente suas mãos livres para tatear as coxas torneadas.

Tentando recobrar a sanidade, Nami sabia que deviam parar, pois se continuassem talvez nenhum dos dois tivesse a capacidade de frear seus instintos incontinentes. Então ela tentou sussurrar algo entre os lábios dele.

- Pare...

Law entreabriu os olhos, apenas para encará-la com furor. Era impossível se conter naquelas condições...

Mas delicadamente a navegadora levou as mãos ao rosto dele, fazendo com que o mesmo olhasse dentro de seus olhos, para novamente dizer...

- Pare... Não podemos...

O shichibukai lançou um olhar que ardia em cólera. Se perguntava se ela realmente entendia que o simples fato de o mesmo ser homem, tornava as coisas muito mais difíceis...

- Me pergunto até quando pretende fugir... – Ele a colocou no chão e se virou logo em seguida, irritado demais para lhe encarar.

- Fugir...? Eu não estou fugindo... – Nami respondia calmamente, embora tivesse a impressão de que o cirurgião começaria a lhe fazer perguntas difíceis.

- Você está sempre fugindo... Sempre dando um jeito de escapar nos momentos mais importantes...

- Eu... Não entendo aonde quer chegar... – A voz acuada da ruiva era a prova mais concreta que Law podia ter que mais uma vez estava certo.

- Você sabe exatamente do que estou falando... – Ele contestou enquanto a encarou firmemente e por fim a ruiva se sentiu encurralada. Mais uma vez ela teria de lidar com a conversa inacabada que tiveram em Mariejoa. Mas ela ainda não se sentia pronta para enfrentar aquilo... Como escaparia...? Qual desculpa daria...?

- Essa conversa sem sentido de novo...? – A navegadora desviou o olhar. Sabia que se o encarasse seria pior... Provavelmente não teria capacidade de raciocinar nenhum argumento convincente e o pior... Ter que se segurar para não admitir que talvez ele estivesse certo sobre algo que ela não sabia como aconteceu...

- Se essa conversa não tivesse sentido, você não tentaria escapar dessa forma... Enfrentaria e mostraria o contrário... – Ele disse perto o suficiente para fazê-la estremecer por dentro.

- O que você quer que eu diga...? – Nami percorreu os olhos por vários lugares daquele local. Tinha medo de ser persuadida pelo shichibukai, por que no fundo sabia que ele tinha esse poder com ela. Mas por que...? Quais eram as razões...? Por que não conseguia pensar racionalmente a respeito...?

Por que Nami tinha tanto medo...?

Repentinamente Law passou a se aproximar, e ela não soube mais o que fazer.

A ruiva continuou fitando o chão, refreando sensações instigantes dentro de si... Ela simplesmente sentia as mãos suarem, as pernas tremerem levemente, o estômago apertar, o rosto esquentar repentinamente e o coração bater forte a ponto de ter um ataque cardíaco...

Preocupantes sintomas de algo que lhe apavorava só de imaginar...

- Seja sincera comigo... – Quando Law se aproximou novamente, seu corpo encontrou com a parede, e ele a cercou por completo.

Os olhos dele se estreitaram e uma expressão temerária tomou conta de sua face. Aquela seria a hora mais propícia, já que ela lhe dera espaço suficiente.


- Nami-Ya... O que você sente por mim...?


Um vento quente soprou no mesmo instante, fazendo com que as mechas ruivas se agitassem majestosamente na sincronia da atmosfera inconstante... Camuflando medianamente o olhar espantado dela.

O que ela diria...? O que ela teria de fazer...?

- Eu... – As palavras fugiram quando Nami mais precisou e tudo o que o cirurgião teve em resposta depois do silêncio foi a expressão indecisa dela.

Ele sentiu uma veia pulsando em sua testa. Até quando a ruiva reagiria daquela forma...? Até quando escaparia...?

Foi então que Law percorreu o olhar por um dos pontos do corpo dela e avistou uma coisa que lhe enfureceu por dentro.

Nami ainda usava o anel que Eustass Kid havia lhe dado.

Violentamente ele agarrou o pulso dela, estendendo para o alto.

- É por isso que não consegue responder...? Por causa desse anel...? Por causa dele...? – O semblante do moreno queimava em fúria. Quando se recordou do que Nami e seu rival haviam vivido, uma ira incondicional tomou conta de si.

- O-o quê...? Do que está falando...!? Isso não tem nada a ver! – Ela respondeu de volta, afastando sua mão e levando ao peito como se quisesse proteger o anel que o ruivo lhe dera.

- É mesmo...? Então por que ainda usa isso...? Não quer admitir que está balançada por ele...? – O cirurgião interrogava de forma assustadora. Não parecia a mesma pessoa compassiva de antes.

- Eu não estou balançada por ninguém... Isso não significou nada... Eu apenas... Enxerguei um lado diferente nele... Não é como se estivesse envolvida ou interessada... – Nami redarguiu um tanto irritada. Ainda que tivesse sido tocada de forma amena por Kid, ela não estava disposta a deixar que algo profundo nascesse... Não estava disposta a sofrer novamente por amor...

- Se não significou nada, então porque você o correspondeu...?

Nami arqueou uma sobrancelha em resposta. Não havia entendido.

- Do que você está falando...? Eu não o correspondi...

- Você o beijou...

- Correção: Ele me beijou!

- E você correspondeu. Foi o que disse...

- Eu apenas o correspondi por que meus instintos pediram por isso... Eu sou humana! O que posso fazer se facilmente me deixei levar pelo que ele teria de mais precioso para me oferecer!? Isso foi uma demonstração de carinho e consideração! Não significou mais nada!


– Você está mentindo...


Ele articulou de forma assustadora e Nami sentiu uma forte compressão no estômago.

Law se afastou e apenas uma sombra pôde ser vista em seu olhar. Nami se surpreendeu ao perceber que podia tê-lo machucado por causa de sua indefinição.


Por que ela simplesmente não conseguia dizer o que sentia por ele...?


A navegadora queria entender seus sentimentos pelo cirurgião, mas estava confusa... Desnorteada... Assustada... Mas ao mesmo tempo grata e satisfeita por tudo o que ele fizera.

Mas ele não tinha o direito de pressioná-la. Nami sabia exatamente o que se passava dentro de si. Foi então que resolveu contestar com seu típico jeito audacioso.

- Eu não estou mentindo! E não posso fazer nada se não acredita em mim!

Antes que Nami visse, ele simplesmente se afastou ainda mais, e sem dizer uma palavra, caminhou rumo à porta, mas ao segurar a maçaneta, Law lançou um olhar de profundo desprezo para ela.

– Você ainda vai se arrepender por não ser sincera comigo...

- O quê!? Você está me ameaçando!? – A navegadora contrapôs irritada.

- E se eu estiver...? – Ele sorriu cinicamente de canto.

- Se estiver, quem vai se arrepender é você! Não pense que tem algum domínio sobre mim só por que nos beijamos... Isso também não significou nada... – Nami cruzou os braços, fechou os olhos e empinou o nariz, exibindo arrogância em demasia.

– Isso é o que veremos... – Law sussurrou tais palavras enquanto esbanjava um sorriso matreiro. Ele jogou a camisa por cima do ombro e abriu a porta que dava acesso ao corredor principal do navio, deixando Nami sozinha.

A ruiva sentiu várias veias pipocarem em sua testa e seus pensamentos serem preenchidos por uma vontade insana de vingança. Planos que tramaria contra o maldito e arrogante Cirurgião da Morte, por que...


Ela não estava disposta a perder para Trafalgar Law...


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Notas finais do capítulo

Sinto cheiro de encrenca por aí... E todo mundo achando que eles iriam finalmente se acertar... Mas ainda não chegou esse momento, muahahahaha!
No próximo capítulo teremos uma Nami bem pirracenta enchendo o saco de um certo cirurgião que fará de tudo para desgostar dela (o que é impossível). E para a alegria de poucos: Bonney e Drake marcam presença no próximo, além de um(a) novo personagem que comprometerá de forma inesperada a relação do casal (não queridas, ainda não é o Kid. Esperem mais alguns capítulos até que ele apareça). Quem será esse personagem misterioso(a)? 8D
Baladas, campeonato de bebidas, leilão de homens e frases provocativas por parte da Bay estarão presentes no próximo :B
Eu sei que ficou muito ponto sem nó em relação a não morte da Nami, mas nos próximos eu explicarei.
Agora deixem os reviews sobre o que acharam do capítulo. Até o próximo ^/