Pov. Caroline.

-- Alguém viu Damon? – Stefan perguntou se aproximando de mim e de Elena que conversávamos perto de meu carro.

-- Não. – Elena respondeu.

-- Droga! Ele sumiu, levou algumas roupas e meu livro! O meu livro.

Ri dele;

-- Ele não foi embora?

-- Não, ele não perde oportunidade de me irritar.

-- Ah amor, podemos aproveitar agora que aquele chato empata não está mais em Mystic Falls.

-- Não sei… Se ele saiu sem avisar é por que fez ou vai fazer besteira.

-- Não deve ser nada, só deve ter ido atrás de garo… Ah mas se aquele desgraçado filho de uma boa mãe,mal educado, grosseiro e tudo de ruim tiver ido atrás dela eu juro que eu vou picá-lo inteiro e queimá-lo depois de uma longa sessão de tortura com direito a abrimento profundo de feridas, arranca ossos e sal, álcool e pimenta nos olhos! Ah se vou, ah mas eu vou matá-lo, vou arrancar a cabeça dele e pendurá-la em minha parede, comer seu coração bem cozido junto com seus globos oculares! Ah vou!

-- Nossa, acho que você está vendo e lendo muita coisa macabra. – Elena disse baixo.

-- O que houve Car?

Bufei e peguei o celular, ligando para Bella. Ela atendeu no terceiro toque.

-- TIRE ESSE CORNO DE PERTO DE MIM CAROLINE. EU NÃO AGUENTO MAIS ELE POR FAVOR O TIRE DAQUI! – atendeu gritando irritada, a gargalhada de Damon era alta, profunda e gostosa.

-- O que ele fez? – Perguntei preocupada.

-- Eu. Estou. Sem. Dormir! Ele me contou a droga do final do livro que eu mais queria ler por culpa do suspense! Ele derrabou não sei quantas vezes refrigerante em cima de mim e atacou uma torta de limão em minha cara! Ele mexeu em minhas roupas, não me deixa ir resolver com minha mãe, alargou meu sutiã o vestindo, colocou minha calcinha na cabeça e a jogou pela janela do apartamento, fuçou em todas as coisas do meu quarto, arrotou o alfabeto, se jogou em cima de mim e só saiu minutos depois. Ele é estúpido, idiota, infantil, inútil, irritante, um corno desgraçado que só não morreu por que nem o capeta o aguenta!

Damon continuava gargalhando, ela gritou tão alto que Elena e Stefan escutaram e caíram na risada. Não impedi de rir.

-- Ele é um porco inundo Caroline, ele não me deixa tomar banho! Ele colocou tinta roxa em meu shampoo e deixou meu chuveiro no frio de madrugada e me jogou na banheira quando cochilei. Caroline, eu não aguento ele! Eu me arrependo dos pecados, mas não aguento ele!

-- Eu não sabia que Damon seria tudo isso. – Controlei o riso.

-- Ele é… E eu to com um sono. – bocejou.

--Calma, olha, eu vou buscá-lo, tá? Sua mãe está ai?

-- Eu consegui amostra das drogas dela, tem o DNA mas não sei se conta. Preciso de um video recente dela se drogando e traindo meu pai.

-- Você vai conseguir.

-- E como ele esta?

-- Bem, se sentindo bem cuidando de crianças, de noite nós vamos jantar fora, vou apresentar um restaurante que amo, vou de madrugada para ai, tá? Eu e ele.

--Tá, tire ele de mim, por favor.

-- Que isso querida, você não me quer longe. Eu não consigo deixar de olhar seus olhos, por isso não os quero fechados.

--Eu vou fechar os seus pra sempre seu gay.

--Eu não sou gay!

Revirei os olhos.

-- Tchau Bella, e boa sorte.

-- Obrigada, vou precisar.

-- Olha, vou pular no macio.

--Não, não, não não não não. Damon nã AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH

Desliguei o celular para não ficar com a mente poluida de tantos xingamentos vindo de Bella. Olhei para Sefan.

-- ele sempre foi assim?

-- Não, não. Irritante assim não.

-- Hum… Que lindo. – suspirei.

-- Lindo? Ele vai deixar a garota de cabelos brancos.

-- Ele esta se apaixonando. Ela é apaixonante. – revirei os olhos. – E quer irritá-la, ele não sabe lidar com sentimentos! Isso é tão fofo mesmo vindo de Damon!

-- É, talvez possa ser isso mesmo. Mas… Onde ela esta? eu trago Damon.

-- Fica na sua, deixe ele ser feliz irritando ela. Agora… Eu vou até Carlisle, prometi minha tarde toda para ele e amanhã e o resto da semana! Beijinhos.

Entrei no carro e fui até o hospital onde marquei de encontrar com Carlisle.

(...)

Pov. Bella.

De noite.

-- Finja que somos um casal, tá?? Eles vão desconfiar.

-- Você está se aproveitando. – Revirei os olhos.

-- Olhe os drogados garota! Finja que somos um eterno casal e não deixei ninguém ver seu rosto, sua mãe vai te reconhecer.

-- tá, tá. Amorzinho, bebezinho cute-cute.

-- Não exagera. – revirou os olhos. Bufei. – Segura a câmera e aponta para lá.

Apontei a câmera para onde estava minha mãe, completamente chapada e beijando e fumando o cigarro de um homem loiro, e voltando a beijá-lo depois. Achei nojento e desfiei o olhar. Damon me puxou perto demais, passando seu braço para esconder a câmera, porém deixando livre para gravar. Ele ficou observando e eu fiquei admirando seu colar, seu pescoço, e então seu rosto.

Ele era tão bonito. Canalha, cretino! Abusava demais, sempre! Ele poderia ser apaixonante, ainda mias por sua beleza. Mas escolheu ser esse canalha idiota. Parei em seus lábios e mordi os meus, reprimindo a vontade de prová-los. Subi o olhar e encarei seus olhos.

Benditos azuis. Gostaria tanto de mergulhar ali. Era uma cor comum e linda. Perfeita.

Ele sorriu irônico ao perceber meu olhar.

-- Eu odeio você. – falei baixo.

-- Mas me acha atraente. – Continuou sem me olhar.

-- Não vou negar que você é, mas te odeio demais pra pensar ou sonhar em ter algo a sério contigo. Ou não sério.

Ele se virou sorrindo ainda.

-- Eu vou te beijar.

-- Eu arranco sua língua.

-- Vamos ver se você muda de ideia sobre isso.

O desgraçado pressionou seus lábios contra os meus. Tentei me afastar, porém não consegui. Pensei seriamente em mordê-lo quando sua língua penetrou minha boca, mas pelo canto do olho vi o homem que estava com minha mãe nos olhar, então fechei os olhos e retribui.

Ele se aproveitou demais do beijo e eu não conseguia nem queria parar. Só o fiz quando meus pulmões gritaram por ar. Para manter as aparências, continuei ali.

-- Vamos sair daqui, por que eu preciso te matar.

Desliguei a câmera e o puxei para longe dali, aproveitando as ruas desertas e escuras para bater nele.

-- Au! Fala sério, você adorou.

Continuei batendo onde conseguia. O celular estava seguro no bolso e minhas mãos livres, e eu irritada.

-- Você não podia ter feito isso! Não podia! Idiota, aaargh, eu quero arrancar sua língua.

-- Você não quer não.

-- Quero sim.

-- Não… -- Ele me virou rapidamente, me colocando contra a parede e ficando em minha frente. Perdi o fôlego. – quer não.

-- Quero… Si…

Não me deixou terminar, estava me beijando novamente.

Depois eu corto sua língua, agora não.

Pov. Caroline.

-- Não é melhor entrar? Esta tarde e você bebeu vinho demais, então… Pode ser perigoso dirigir.

--Eu vou com calma Carlisle.

-- Vamos, há duas camas.

-- Eu… -- não resisti. Seus olhos me imploravam para ficar. Respirei fundo. – Tá, ligo para minha mãe.

Ele sorriu abertamente e me puxou para o elevador, depois não soltou minha mãe mesmo quando entramos no quarto.

Me ajeitei, ficando com uma camisa sua como vestido, já que estava usando um vermelho antes, não tinha nada por baixo. E fiquei descalça. Fui até seu quarto lhe desejar boa noite e seus olhos não saíram tão cedo de minhas pernas.

-- Er... Boa Noite, Carol.

-- Boa Noite Carlisle, e obrigada.

-- Eu que agradeço. – Sorriu.

Fiquei o observando um pouco, em transe. Até que o celular dele vibra.

-- É… A Bella. – atendeu, colocando no viva-voz. – Filha?

-- Pai? – Ela estafa ofegante. – Consegui o vídeo perfeito, venham logo para acabarmos com isso por favor!

-- Tá… Está tudo bem? Você esta ofegante.

-- Sim, está. Droga ai não! – resmungou com alguém. – Tchau pai!

-- Bella espe…

--Não beije meu pescoço seu idiota! – e desligou. Ri fraco.

-- -- Beijar pescoço… Você disse que quem estava lá?

-- Hã… Boa Noite Carlisle, sonha com Deus, dorme com os anjos que amanhã acordaremos as 5h da manhã e temos muito a fazer. Tchau!

Me afastei antes que ele pedisse explicação de quem estava com Bella. Eu não saberia como explicar sem deixá-lo louco de raiva. Ele não precisava de ataque de ciúme agora.