Lágrimas Do Tridente escrita por Icaro Pratti


Capítulo 6
Capítulo 6 - Derrotados


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu não esperava tanto o retorno da fic assim, não esperava por leitoras tão aflitas e atingir 13 leitores foi EXCEPCIONAL! Estou maravilhado e quero dedicar esse capítulo à todos vocês, vou citar aqui só o nome das que sei (já que os outros são fantasminhas né n_n).
Então dedico este capítulo para minhas oito queridas mpneves1, Myca, libueno, Babi, Lulis, Luiza Caser, Annie sykes, Lali Albuquerque e GabiLudwig.
Espero que gostem desse capítulo.
Vejo vocês lá em baixo.



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Algumas horas de angústia esperando até que Annie saia da sala de preparação. Fãs aparecem com revistas, fotos e pedem para que eu risque seus corpos em diversas partes: barriga, nuca, clavícula e algumas regiões um pouco desconfortáveis. Maggs ria de toda a situação. Ao mesmo tempo em que seu rosto parecia não querer exibir um sorriso, era perceptível em seu olhar a aflição que estava sentindo pela situação em que nos encontrávamos.

Trocar posições dos pés, ora em cima de um joelho, ora fixos no chão e, certas vezes, mexendo-os freneticamente. Revistas para ler, manchetes principais sobre a queda do garoto do tridente e sua bondade, carisma em relação às pessoas e, principalmente, sua beleza inconfundível. Meu rosto estampado em várias capas com um sorriso que não lembro ter feito... Realmente uma coisa já sei que fiz, sem a intenção: tirei a atenção dos tributos dos quais serei mentor. O começo não está sendo fácil.

Cada vez mais tridentes são vistos em brincos, pulseiras e marcas pelo corpo. Uma coisa que não gosto, sinto que as pessoas vangloriaram-se com tudo que passei naquela arena. Para elas, tudo não passou de diversão, enquanto eu perdi amigos e aliados, perdi pessoas que convivi pouco tempo, mas fui capaz de descobrir coisas sobre elas que destacariam suas personalidades, suas formas de vida.

A equipe de preparação sai, voltando minha atenção para a extravagância deles e as risadas, alguns já fazendo pequenas apostas entre si. “Esse menino é um arraso. Forte, musculoso” dizia enquanto caminhava “Mas um chato, completamente” finalizou. As risadinhas ecoavam pelo saguão e logo se encontraram comigo e com Maggs, e nos levaram para outra sala de preparação. A cerimônia de abertura seria em poucas horas.

Alfred grita chegando próximo de mim, o que inicialmente me assusta. Logo depois de algumas risadas extravagantes, dou um leve sorriso para não deixá-los desconfortáveis. Maggs se levanta e caminha com a preparadora de Annie, não lembro seu nome ao certo. Alfred segura a minha mão e logo dá um suspiro. “Que mãos”, consigo ouvi-lo soltar em um gritinho. Não consigo evitar qualquer sorriso perto dele, o tridente situado em seu pescoço muda de cor, coisa que não havia percebido antes. Entramos por um corredor e logo estou na sala que estive esses anos todos me preparando. Todas as salas são iguais, apenas mudam sua localização. Não consigo evitar de encontrar cada aparelho que foi colocado no meu corpo e retirou todos os vestígios de sujeira, pelos, manchas ou desgaste causado pela pesca, as cicatrizes de algumas aventuras... Tudo com simples máquinas da Capital.

Logo sento-me à mesa e Alfred começa a vangloriar-se. “Não acredito, o Tridente em minhas mãos de novo, oh” diz em meio aos risos. Sua acompanhante não é a mesma do ano anterior e Alfred não deixa qualquer momento para apresentá-la, típico de atitudes de pessoas da Capital.

– Não deveria estar fazendo o traje de Declan? Mudou de cargo? – pergunto.

– Não, é que não podia deixar você passar, mas deixei-o com minha assistente, a roupa está toda certa – respondeu aos risos.

– Ah, mas... – começo a dizer.

– Onde desenharemos o tridente? Vamos fazer esse ano ou vai negar de novo? - pergunta me cortando.

– Não vou fazer – digo.

– Ah não! – exclama.

Logo Alfred fecha uma gaveta de tinta com lamentações saindo de seus lábios e pega uma tesoura, pede para que tire a camiseta e mais gritinhos ele consegue exaltar. Chega a ser desconfortante certas ocasiões com Alfred, na verdade, quase todas. Ele começa a cortar meu cabelo tão rápido que tenho certeza que no final estarei careca. Seus movimentos são abeis e audaciosos. Ele termina o cabelo e logo começa a passar uma lâmina pelo meu pescoço, retirando os vestígios de barba mal tirados por mim. Logo que termina, ele começa a passar a mão pelo meu cabelo e soltar alguns suspiros.

Logo a menina se coloca na frente segurando alguns objetos e sei que é a hora mais desconfortante. Por mais que pareça desnecessário, por minha imagem ainda chamar muita atenção, eis a pior parte de todas. Retiro toda minha roupa e deito para que a moça comece seu trabalho. Corpo não é um dos quesitos de importância da Capital, o que chama mais atenção refere-se ao luxo e à utilização do que se tem de melhor no corpo.

Pouco tempo depois, me sinto um pouco mais leve, todo meu corpo está liso, dos pés ao pescoço. Meu cabelo está com um corte novo, algo mais comum que foi cortado nos últimos anos, está algo mais sério como sempre gostei que ficasse. Coloco o roupão e consigo ver Alfred aos prantos no canto da sala, soltando coisas do tipo “Perfeição, seja meu” ou assim, acabo por rir de sua situação e caminho até a porta.

As atitudes de algumas pessoas da Capital chega a assustar qualquer morador dos distritos, mesmo que ele venha até aqui todos os anos. Uma novidade permanece todos os anos: algum tributo que chama a atenção acaba por virar moda, mesmo que este não seja o campeão. Às vezes suas atitudes na arena demonstram-se fortes e acaba por tirar o brilho do campeão. Os últimos anos não têm sido fáceis, os distritos 1 e 2 têm enviado carreiristas fortes e bem treinados, as perspectivas de batalha têm sido mínimas comparando aos outros. Poucos deles conseguem virar mania, uma vez que os distritos foram campeões tantas vezes e sua grande quantidade ofusca, diversas vezes, os que estão chegando.

Algumas horas se passam e logo estou de volta com Maggs, e sei que somente verei Annie quando ela estiver em cima da carruagem percorrendo algumas ruas da Capital. Queria poder vê-la antes disso, mas sei que é uma coisa impossível. O trabalho do estilista demora algumas horas e toda perspectiva trabalhada em seu corpo deve ser minuciosamente estudada.

– Deixei bem claro para os estilistas as surpresas que quero para esta noite – diz Maggs.

– O que você disse? – pergunto.

– Espere e verá – sua fala acompanhada de uma pequena risada.

Fixo meu olhar na porta que Annie está. Apenas ouço alguns barulhos metálicos que passam pelo saguão, e pelo passo de algumas pessoas, cada vez mais extravagantes, reconheço que faltam poucas horas para a cerimônia de abertura. Como algumas guloseimas na mesa em que estamos sentados e logo depois algumas pessoas da Capital entregam um papel para Maggs, possivelmente, contendo as informações e o par de ingressos para a área dos mentores. Maggs levanta, estica os braços e caminha até o carro, estamos com um macacão que tem a intenção de tampar a roupa que mostraremos essa noite, antes mesmo que ela vaze para toda Panem pouco tempo antes da cerimônia.

Entramos no carro e logo tiramos o macacão, uma multidão de pessoas já está nas ruas aos gritos enquanto o carro passa. Maggs acena para as pessoas da direita e eu para pessoas da esquerda, parando algumas vezes para mandar uns beijos em direção a algumas meninas. Saltamos do carro e caminhamos por um grande tapete ao camarote especial dos mentores que ficam todos juntos, por mais que seja desconfortável.

Um bom tempo se passa, comprimentos daqui e dali, um dos mentores jogado bêbado no chão chama a atenção de todos que riem junto com a cena, é engraçado. Uma mulher de peruca amarela tenta levantá-lo e dar tapas na sua cara. Ela desiste no momento que a música principal de abertura começa a tocar e a população vai à loucura, gritos e mais gritos, placas e cartazes são levantados pela multidão que faz uma confusão para começar a ver os tributos que começam a entrar.

Passam-se alguns minutos e ainda não podemos ver os tributos. Apenas alguns entraram no circuito da cidade e aos poucos algumas imagens aparecem no telão antes de podermos ver. Estamos próximos à parte final do circuito. Os cavalos brancos do Distrito 1 sempre chamam a atenção de todos, mas neste ano foi por poucos segundos. Todos começam a gritar algo, é difícil distinguir com tantos gritos. Só depois de um tempo é possível identificar, “Dis-tri-to cin-co” é gritado repetidas vezes, como um coro. Os estilistas se levantam e várias câmeras voltam-se para eles. Logo em seguida acenam e a imagem de seus tributos aparece nas enormes telas. O menino e a menina conduzem uma corrente elétrica com as mãos que unem no ar, todos gritam e repetem os aplausos para os tributos do momento.

Qualquer imagem dos outros tributos foi ofuscada pelo brilho, ou melhor, eletricidade do Distrito 5. Os gritos não cessam e o foco das imagens está voltado para eles. Ambos riem caminhando de mãos unidas com a corrente elétrica ora amarela, ora azul percorrendo seus punhos. A menina não está tão sorridente quanto o garoto, o seu desconforto é visível em relação ao que está manipulando em mãos. Suas roupas azuis brilham mais ainda com a corrente que percorre também uma parte que parece um cinto.

Interrompo meus pensamentos quando Maggs começa a bater o pé freneticamente no chão e posso perceber que ela está impaciente com o que está acontecendo. Não era esperado um brilho de destaque para um distrito que nunca se revela tanto durante os jogos.

A câmera muda por um breve instante e foca na carruagem do Distrito 3 e logo depois para o Distrito 4, onde fica pouco tempo, apenas foca o rosto de Declan e poucos segundos no de Annie. Não mostra qualquer detalhe das roupas ou da carruagem, o que me deixa irritado. No pouco tempo que meus olhos pararam e pairaram sob o olhar penetrante de Annie, pude perceber que seus olhos estão mais chamativos e que não mudaram muito seu rosto, apenas a sobrancelha e algo no seu olhar me chama a atenção.

Volto a atenção para as telas e percebo que algo aconteceu. Pode-se ouvir apenas o galopar de alguns cavalos e suspiros de alguns cidadãos, as câmeras logo começam a passar por todos as carruagens e para sobre diferentes distritos por um tempo maior do que estava ficando anteriormente. Os gritos pararam, algo aconteceu.

– Maggs o que aconteceu? – pergunto

– A menina do Distrito 5 se eletrocutou com a roupa e caiu da carruagem – diz em meio aos risinhos.

Olho para as telas e a câmera mostra mais uma vez o casal do Distrito 5, agora não mais mexendo com eletricidade. O rapaz segura a menina com um dos braços e com o outro tenta acenar, desconfortavelmente, para o público que parece não gostar muito da situação, apesar de alguns ainda aplaudirem e gritarem.

O rapaz que move uma das câmeras muda tão depressa o foco que só é possível ver borrados, até que ele obtém o foco de uma coisa diferente. Primeiro uma fumaça azul com rosa preenche um local do caminho que as carruagens estão passando, e logo depois, podemos ver a carruagem aparecer deixando a fumaça para trás. Os cavalos receberam uma espécie de armadura cor de ouro. O distrito 1, além de carreiristas, resolveu inovar na apresentação na Arena.

Minha visão é ofuscada quando vejo a carruagem sair do meio da fumaça, exibir Declan e logo depois Annie. Eles não estão um ao lado do outro. Declan está em pé logo depois dos cavalos, uma roupa de pescador, um chapéu e a única diferença está em um tridente em uma de suas mãos. Annie está de costas, sentada. Não entendo o porquê de ela estar de costas e a atenção estar voltada apenas para Declan, o novo menino do tridente. Apenas martelo em minha cabeça “este título não irá para ele”.

Annie se levanta e abre o vestido azul com pedras rosa que cercava seu corpo. Ao cair no chão, algo acontece e faz com que mais fumaça rosa e azul espalhe-se por perto dela. Logo que a fumaça se esvai é possível ver uma nova Annie, apenas tampam seus seios duas enormes conchas rosas e na parte de baixo do seu corpo está uma espécie de saia até os pés que trocam de cores entre azul e rosa. Seu cabelo está com alguns adereços rosas e azuis. Seu rosto ainda é da menina tão delicada que conheço e sempre estará ali.

Ela passa suas mãos pelo cabelo e joga-os para trás, tampando suas costas. Declan vai para o lado dela e começa a acenar para a multidão que começa a gritar e só então percebo que a carruagem já está perto do nosso camarote e que todos os outros estilistas grudaram nos vidros. Minha altura me prevalece, consigo ver atrás de todos pelas pontas dos pés e um cheiro inconfundível assume todas as extremidades do camarote. Apenas lanço um olhar para Maggs e ela apenas me devolve com um sorriso. O cheiro de Annie agora assume toda a capital e todos gritam, freneticamente, pelo Distrito 4. A sereia e o pescador, uma combinação perfeita.

O hino começa a tocar e algumas palavras são ditas pelo homem que passei a odiar como nunca odiei ninguém. Seus lábios sangrentos e seus olhos de cobra passam por todos os tributos e fixam-se principalmente na direção da carruagem do meu distrito. Tenho certeza que ele não gostou muito do que aconteceu nessa noite. Um soco em suas bochechas, meus braços envoltos no seu pescoço e logo depois jogando-o no chão, implorando por perdão para soltá-lo. O tridente firme em minha mão, logo depois cravado entre seus olhos, “A cobra está morta”, penso.

Volto para a realidade quando Maggs se aproxima e anuncia que devemos encontrar os tributos. Toda a equipe do Distrito 5 corre freneticamente ao encontro do elevador. Somos os últimos a deixar o camarote, a não ser pelo rapaz bêbado desde o começo da cerimônia.

Descemos pelo elevador depois de um tempo, muitos elogios são ditos para a equipe do Distrito 4, apenas a imagem de Annie e Declan passam pelos grandes telões. Eles realmente conseguiram acabar com a corrente elétrica do Distrito 5. Logo caminhamos em meio a muitas carruagens e encontramos os dois, Annie está silenciosa e recolhe o vestido que jogou na carruagem, Declan está sorridente e acariciando os cavalos.

– Vocês foram magníficos, ‘MA-GUI-NÍ-FI-COS’ – grita Alfred.

Annie apenas solta um risinho e desce da carruagem. Alfred suspira quando vê a roupa de sereia que encanta Annie. Todos voltam seus olhares para nós e a menina do Distrito 5 está sendo carregada em uma maca para uma porta na extremidade. Logo seguro minhas mãos na de Annie e Maggs se aproxima, segurando uma de suas mãos em Annie e a outra em Declan. Caminhamos com a equipe de preparação logo à frente e caminhamos até dois carros; a equipe entra no carro da frente e nós quatro caminhamos para o carro que usamos até então.

Declan acena para a multidão e manda beijo para as meninas que gritam por seu nome na rua. Annie está silenciosa. Olho pelo retrovisor central e percebo que Maggs passa seu polegar em movimentos circulares na parte superior da mão de Annie, da mesma forma que fez comigo quando estava ao seu lado. Uma sensação de conforto e confiança passado com um simples toque.

Logo podemos ver o grande edifício que ficaremos hospedados. O centro de Treinamento é um dos prédios da capital criados apenas para receber os tributos e sua equipe. Um andar é destinado para cada distrito. Caminhamos pelo grande corredor e nos dirigimos até os elevadores no final.
– É bem simples, apenas entrem e apertem o número do distrito, o elevador levará ao nosso andar – anuncia Maggs, apertando o botão de número quatro.

Poucos segundos depois as portas se abrem e estamos dentro do mesmo enorme cômodo de sempre. Algumas coisas mudaram este ano, a cor que prevalece é branco e azul e está em todo o cômodo. Um enorme tridente está pintado de azul em uma parede e o meu nome e o de Maggs de um lado, o da equipe de preparação do outro. O frio está intenso e sinto alguns pelos do meu braço eriçarem por dentro do terno branco quando olho para Annie, que está se amarrando em seus próprios braços.

– Frio? – pergunto.

– Sim – responde batendo o queixo.

Passo meu braço em volta de seu corpo e logo caminhamos até a mesa onde temos uma ocasião diferente. Primeiro pela sensação de desconforto de Annie e Declan em relação aos Avox, já que não haviam ficado tanto tempo em contato com nenhum deles, acho que apenas seus olhos encontraram a Avox do trem, não chegaram a permanecer algum tempo significativo com eles para receber tanto impacto. Segundo pelo fato de Alfred não calar a boca qualquer momento, tudo que consegue falar é da cerimônia e do mico que passaram os estilistas do Distrito 5.

Todos preferem ficar calados, apenas sorriem um pouco para as piadas ou palhaçadas ditas por ele, o que não nego ser muito desconfortante na sua maioria. O fim do jantar é com um enorme brinde à sereia e ao novo pescador do Distrito 4. Durante o brinde encontro meus olhos com os de Annie e apenas dou um sorriso e sinalizo para ficar.

Todos começam a se levantar e caminhar para seus aposentos. Annie permanece parada e para que não percebam que ela não quer sair, pega uma porção de morangos, coloca em seu prato e começa a comer bem devagar. Maggs apenas olha para mim e aceno que sim com a cabeça, ela sai e deixa apenas eu e Annie ali na mesa de jantar. Levanto e vou até ela, seguro em suas mãos e levanto-a.

– Está linda – disse tímido. – Como sempre – completei.

– Preciso dormir - diz depois de dar um pequeno sorriso e mexer em seus cabelos, liberando seu cheiro pelo ar.

– Tá bom – digo aproximando meus lábios do seu.

– Não – diz afastando-me dela.

Fico sem graça por um tempo e entrelaço meus dedos nos seus, percebo o anel em seu dedo e passo o polegar em cima dele por um tempo, logo depois começamos a caminhar pelo corredor à procura dos quartos.

– Este é o meu – digo apontando para uma das primeiras portas. – Aquele, o seu – completo apontando para uma mais distante.

– Não vai me levar lá? – sussurra dengosa.

Apenas olho nos seus olhos e consigo dar um sorriso da situação, dou um beijo na sua testa e caminho até a porta do seu quarto. Ela abre com as costas a porta.

– Você ficou lindo nesse terno – ela diz corando.

Olho para o meu corpo refletindo no espelho do final do corredor, a cor branca do terno e dos sapatos entra em contraste com a gravata azul que entrelaça meu pescoço.

– Preciso tirar isso, está me incomodando há um bom tempo – respondo.

– Porque não me deixa fazer isso para você? – diz me puxando pela gravata com uma das mãos, selando nossos lábios com um beijo, enquanto a outra mão encontra o primeiro botão do terno.


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Notas finais do capítulo

Não me matem com esse final, PLEASE. Não sei como continuar ainda, vai ser uma incógnita até para mim, por isso decidir fazer isso.. uma nova aventura!
Espero ser rápido com o próximo capítulo.. cinco fantasminhas, apareçam!!!! Obrigado pelos que estão acompanhando, estou amando tudo isso ;)