Supernatural Summer Season escrita por Gretel Tsuki


Capítulo 34
Episódio 11 - Parte I


Notas iniciais do capítulo

EPISÓDIO. 11 ~ "Homebound Train / Trem pra Casa" (Parte I)



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* Stanford - Connecticut



Junie Pass e Jason Kilmer, um casal de namorados, conversam enquanto esperam o trem, na estação do metrô de Stanford.


Junie: Quando você vai me apresentar os seus pais?

Jason: De novo essa história, Junie?

Junie: Sim. Agora que estamos oficialmente juntos, quero conhecê-los.

Jason: No próximo fim de semana, tá?

Junie: Promete?

Jason: Prometo. (Os dois se beijam).


O trem se aproxima.


Jason: Eu tenho que encontrá-lo.

Junie: O que?

Jason: Tenho que ir. Ele tá me chamando.

Junie: Ele quem? Do que cê tá falando?


Jason se joga na frente do trem e seu sangue voa pra todos os lados, principalmente sobre Junie. Ela grita desesperada e todas as outras pessoas na plataforma do metrô olham horrorizadas.


~* SUPERNATURAL *~


Dean e Lindsay estão sentados à mesa, no quarto do hotel. Sam e Harper estão em pé, vestidos de FBI.


Dean: Então o cara se jogou sozinho, de livre e espontânea vontade, na frente de um trem?

Harper: É isso aí. Só que eu acho que essa livre e espontânea vontade não foi tão espontânea assim.

Lindsay: O que você acha? Que ele foi possuído, hipnotizado, ou o que? Ou vai ver que o cara era maluco ou era infeliz da vida.

Harper: Duvido. A namorada dele falou que ele tava feliz.

Sam: E ela também disse que, antes de se jogar na frente do trem, ele disse que tinha que ir e que alguém tava chamando.

Dean: Com certeza tem alguma coisa estranha.

Harper: Só que a gente foi na estação do metrô e não vimos nada anormal.


O celular de Lindsay toca, ela tira do bolso e atende.


Lindsay: Alô?

William: Oi, Linn.

Lindsay: Oi, Will.


Dean revira os olhos, incomodado.


William: Vocês ficaram sabendo de um cara que se jogou na frente de um trem em Stanford?

Lindsay: É, a gente tá investigando. Mas por que?

William: Aconteceu um lance parecido na Inglaterra.

Harper: Que que ele tá dizendo?

Lindsay: Que um cara se matou do mesmo jeito que o Jason.

Dean: Então, melhor a gente voltar na estação.

Lindsay: Acontece que foi na Inglaterra. (à William) Cê tem alguma ideia do por que?

William: Não, mas eu liguei pro Mike e ele vai tentar descobrir.

Lindsay: Tá. Qualquer coisa, me liga.

William: Tá. (Desliga)

Lindsay (À Harper): O Mike tá investigando.

Dean: Quem é Mike?

Harper: Um amigo nosso de Londres. É caçador também.

Sam: Com certeza esses "suicídios" estão ligados.

Harper: Mas como pode acontecer aqui e na Inglaterra ao mesmo tempo?

Lindsay: Não faço ideia. Mas acho que, por enquanto, a gente não pode fazer nada.

Harper: A gente não pode deixar mais gente se matar.

Lindsay: E o que a senhorita sabe-tudo vai fazer?

Harper: Vou voltar na estação. Tem que ter alguma coisa que a gente deixou passar...

Lindsay: Charlotte, você não vai! (Se levanta).

Harper: Vou sim. Cansei de você querendo me dar ordem!

Lindsay: Eu sou sua irmã mais velha. E se você for lá e for a próxima a se atirar na linha do trem!?

Harper: Não importa que você é mais velha. Eu não tenho mais dez anos! Tô indo...


Harper vira as costas, abre a porta e sai. Lindsay vai atrás dela. Sam e Dean fazem o mesmo.


Lindsay: Charlotte, espera!


Lindsay puxa o braço de Harper, que se vira e dá um tapa na cara dela. Lindsay põe a mão no rosto, indignada e furiosa.


Lindsay: Você não devia ter feito isso!


Lindsay entra de volta no apartamento. Harper se vira e vai embora, morrendo de raiva, mas um pouco arrependida.


Dean: Eu vou atrás da Harry...

Sam: Dean, não! Deixa que eu vou. Você fica com a Linn.

Dean: Tá, tem razão.


Dean entra no apartamento e Sam vai atrás de Harper.


Lindsay está deitada no sofá, segurando uma almofada.


Dean: Linn...

Lindsay: Nossa! Você não foi atrás da Charlotte?! Que milagre! Mas aposto que concorda com ela.

Dean: Linn!

Lindsay (Se senta): Tá bem, me desculpa...


Dean se senta ao lado de Lindsay e passa o braço por seus ombros.


Lindsay: Se você não me entender, não sei quem entenderia. Eu falo essas coisas pra ela, por que eu sou mais velha e ia me sentir culpada se acontecer alguma coisa com ela. Mas nunca vi pessoa mais teimosa que a Charlotte!

Dean: Eu sei como você se sente. Mas como a Harry disse, ela não é mais criança...


Lindsay se levanta, indignada.


Lindsay: Aí, tá vendo!? Você sabe como é seu irmão mais novo não te ouvir, mas mesmo assim fica do lado dela!


Ela vira as costas e vai entrar no quarto. Dean se levanta e a abraça pela cintura.


Dean: Tá legal... Eu vou falar com ela. (Beija o pescoço de Lindsay) E você fica linda com essa cara de brava...

Lindsay (Da uma risadinha): Tá... Mas ela vai se arrepender pelo tapa!

Dean: Não é você mesma quem diz que a gente faz muita coisa sem pensar quando tá de cabeça quente?

Lindsay: Eu sei, eu sei...


No estacionamento...


Harper vai andando até o Mustang. O elevador abre e Sam sai.


Sam (Indo até Harper): Harry! Harry, peraí...

Harper (Seca): O que foi?

Sam: "O que foi?"!

Harper: O que? Ela começou!

Sam: Da pra não ser cabeça-dura só uma vez?

Harper: Quer que eu faça o que? Peça desculpas com o rabo entre as pernas?

Sam: É...

Harper: Deixa eu pensar.... Não!


Ela se vira, abre a porta do carro e entra. Sam da a volta e senta ao lado dela.


Sam: É sério... A Lindsay não vai te perdoar se você não pedir desculpas.

Harper: Então a gente morre brigadas. Agora me deixa...

Sam: Não. Vou com você.


Harper da a partida no carro e sai cantando pneu, à caminho da estação de Stanford. Os dois saem do carro e vão descendo as escadas do metrô.


Sam: Que cê vai fazer?

Harper: Sinceramente, sei lá. Fica de olhos abertos pra qualquer pessoa ou coisa suspeita.


Três garotas de uns vinte e poucos anos esperam na plataforma. Quando o trem se aproxima, as três pulam nos trilhos.



Harper sai correndo na direção delas pra tentar ajudar. Sam corre atrás e puxa Harper pela cintura, com força demais e os dois caem no chão. O trem mata as três garotas, a centímetros de onde Harper estaria se Sam não a tivesse tirado do caminho. Sam levanta, puxando Harper pelos braços e ela não tira os olhos do sangue e restos mortais espalhados pelo chão da plataforma.


Um tempo depois, os dois voltam pro hotel. Lindsay e William estão sentados no sofá da sala do apartamento. Lindsay está com o laptop no colo.


Harper: Will?

William: Oi, amor.


William estende o braço e Harper se senta em seu colo e beija seu rosto. Sam respira fundo, incomodado.

William: Oi, Sam.

Sam: Oi...

Harper: E o Dean?

Lindsay: Tiveram mais dois suicídios.

Sam: Na verdade, três.

William: Três?

Harper: É, nós... Fomos até a estação e três garotas se atiraram na frente do trem.

William: Mas os outros dois não foram no metrô. Foram em um cruzamento de uma linha de trem com uma estrada, aqui perto.

Harper: Então, pelo jeito, cada vez que alguém se suicida, esse espírito fica mais forte.


Dean chega, vestido de terno e gravata e joga um distintivo falso do FBI em cima da mesa.


Lindsay: Descobriu alguma coisa, Dean?

Dean: Não. Só sobrou o carro estraçalhado e ensanguentado. (Ele repara em William) William?

William: Tudo bem, Dean?


Dean assente com a cabeça, com cara de poucos amigos.


Harper: Pior que mais três garotas se mataram na estação, bem na hora que o Sam e eu estávamos lá. E não pudemos fazer nada...

William: Não esquenta, Harry. Nem sempre da pra salvar todo mundo. (Beija o rosto dela).


Dean faz uma cara de nojo.


Dean (Pigarreia): Bom, eu ia dizer isso, mas... Enfim, a gente vai pegar esse cara, Harry.

Lindsay (Mexendo no laptop): Hey!

Dean: Que foi, amor?

Lindsay: Acho que sei quem tá fazendo isso. (lendo) "... em janeiro daquele ano, um garoto de quinze anos, Tom Lively, da cidade de Stanford, foi vítima da brutalidade dos trotes dos alunos do colégio onde estudava. Um grupo de garotos amarrou Tom Lively aos trilhos de um trem que eles disseram, em depoimento à polícia, pensar que estar desativado. Algum tempo depois, os cinco garotos que fizeram o trote foram morrendo, um à um, misteriosamente." E adivinhem! Esse mês faz oito anos da morte dele.

William: Mas se ele já matou quem deu o trote nele, o que diabos mais ele quer?


Todos ficam pensativos.


Lindsay: Aqui também diz que ele era inglês, mas estudou três meses em Stanford, antes de morrer.

Sam: Isso explica as mortes aqui e na Inglaterra.

Lindsay: E diz também que ele foi enterrado na Inglaterra.

William: Bom, parece que já sabemos quem é. Vou indo, ligo pro Mike no caminho.


Harper se levanta do colo de Wiliam e ele fica em pé.


Lindsay: Tá. Pede pra ele avisar quando completar o serviço.


William assente com a cabeça, da um beijo na testa de Harper e sai. Lindsay se levanta e vai até a porta de seu quarto.


Sam: Peraí, Linn. A Harry tem uma coisa pra te falar.


Lindsay encara Harper.


Harper: Não. Não tenho não.


Lindsay revira os olhos e entra no quarto, fechando a porta atrás de si.


Harper: Por que fez isso?!

Sam: Até quando vocês vão ficar brigadas!?

Harper: Até a Lindsay perceber que eu sou bem crescidinha pra tomar conta do meu próprio nariz!

Sam: Eu desisto.

Harper: Faz muito bem.


Sam entra no outro quarto. Harper abaixa os olhos, meio mal por ter discutido com Sam.


Dean: Será que EU posso falar com você então?


Harper se vira pra trás e olha Dean, que ela nem lembrava que estava ali.


Harper: Claro... Fala...


Os dois se sentam no sofá.


Dean: Pelo menos a mim você vai escutar.

Harper (Sarcástica): Diga, papai.

Dean: Olha, eu também sou um irmão mais velho, eu sei como a Linn se sente. Quando eu digo pro Sam fazer alguma coisa, ou até mesmo você, não que eu queira parecer...

Harper: Controlador?

Dean: É. Desde criança meu pai sempre me mandou cuidar do Sam acima de tudo. E tenho certeza que seu pai dizia a mesma coisa pra Lindsay.

Harper (Pensativa): É mais ou menos por aí...

Dean: Por isso que a gente só não quer que nada de mal aconteça com vocês, por que nos sentiríamos culpados. Entendeu?

Harper: É claro que entendi. Só não concordo.

Dean (Revira os olhos): Harry...

Harper: Tá bem, tá bem. (Se levanta) Posso tentar ser mais compreensiva. Mas eu não vou pedir desculpas!


Dean ri com uma expressão de "ela não toma jeito mesmo".


Harper: Vou tomar um banho. Ainda tem sangue daquelas garotas na minha roupa.


Ela entra no banheiro. Dean entra em seu quarto. Lindsay vai até ele e o abraça.


Lindsay: Obrigada.

Dean: Tava ouvindo a conversa toda, né?

Lindsay: Sim. Eu te amo.


Os dois se beijam.

Um tempo depois, Dean e Lindsay estão deitados na cama dormindo, quando o celular de Lindsay toca. Ela o pega no criado-mudo e atende.


Lindsay: Oi, Mike.

Mike: Já queimei os ossos do Tom Lively. Ele não vai mais incomodar.

Lindsay: Valeu por avisar. Até mais...

Mike: Até. (Desliga).

Dean (Sonolento): Que foi? O cara queimou o corpo do cara?

Lindsay: Sim, amor. Podemos dormir mais tranquilos.


Os dois se abraçam e voltam a dormir.


Chandler, Ray e Len, três amigos, todos de 23 anos, estão em um bar. Ainda é de tarde. Ray bebe uma dose de vodka em um único gole.


Ray: Vocês não acham estranho isso que está acontecendo? Tipo, essas mortes? Primeiro o Jason, depois o Kaelle, a Jenna... Agora a Carrie, a Tina e a Kristen...

Len (Sarcástico): Tirando o fato de que todo mundo que estudou com a gente no colegial, estão morrendo da mesma forma e ao mesmo tempo, não vejo nada de estranho.

Ray: Vocês acham que pode ter alguma coisa a ver com o Tom Lively?

Chandler: Ray, o Tom morreu.

Len: Em uma linha de trem, não foi?

Chandler: O que cês querem dizer? Que oito anos depois, ele voltou do além pra matar os colegas de turma? Fala sério, isso é viagem!

Len: Mas eu acho...

Chandler (Interrompe): EU acho que vocês já beberam demais!


Sam, Dean, Harper e Lindsay entram no bar. Harper e Lindsay se sentam em uma mesa, uma de frente pra outra e trocam olhares irritados.


Sam: Vou pedir as bebidas.


Sam e Dean vão até o balcão. Lindsay mexe em seu celular e Harper abre um sache de açúcar e vira o conteúdo na língua. Lindsay olha com cara de nojo.

Os garotos estão a uns metros de distância. Chandler vê Harper e fica olhando fixamente pra ela. Os outros dois percebem.


Ray: Vai lá falar com ela ao invés de ficar só secando com os olhos!

Chandler: Não, não é isso... É que eu... Acho que eu conheço essa garota de algum lugar...


Ele se levanta e vai até a mesa de Harper. Ela e Lindsay o olham confusas pro garoto loiro de olhos azuis.


Chandler: Eu... Não te conheço de algum lugar?

Lindsay (Pra si): Cantada velha...


Sam e Dean se aproximam um pouco, mas não chegam à mesa ainda. Sam já cerrando os punhos involuntariamente.


Chandler: Você é a Harry... Harry Worthington.

Harper (Surpresa): Sou eu... E você é...?

Chandler: Chandler Laken.


Harper continua indiferente.


Chandler: Do colégio Spencer!

Harper: Claro! Chandler!


Ela se levanta e os dois se abraçam. Sam engole um seco. Eles se separam.


Harper: Como foi que me reconheceu?

Chandler: Ah, eu... Vi você comendo açúcar... Você costumava fazer isso...

Harper (Ri): Até disso você lembra... A gente tava no primeiro colegial. Nós fomos juntos ao baile de inverno da escola...

Chandler: Meu primeiro beijo não podia ter sido melhor.


Ele sorri pra Harper, que da risada. Sam fica realmente incomodado com o comentário e mais ainda por Chandler não ter soltado Harper depois do abraço e estar com a mão baixa demais em sua cintura.


Chandler (à Lindsay): Você deve ser...

Lindsay: Lindsay... Bom, tô vendo que vocês eram bem íntimos...

Chandler: Até que sim. Estávamos sempre juntos, eu, a Harry, Tom Lively...


Sam e Dean vão até a mesa ao ouvir aquilo. Dean para atrás de Harper.


Dean: Tom, o que?

Harper (Encara o chão, chocada): Ah... Não acredito...


Lindsay se levanta da mesa, nervosamente.


Lindsay: Chandler, esse é o Dean, meu namorado, e o irmão dele, Sam. Eles vão te fazer companhia, por que eu e minha irmã temos que conversar.


Lindsay agarra o braço de Harper e a arrasta pro banheiro. Elas entram e Lindsay bate a porta.


Lindsay: Charlotte! Não acredito que você estudou com o Tom! A gente se matando pra conseguir informações sobre ele e você...

Harper: Ah, eu não tenho culpa! A gente mudava de escola a cada semestre! Como queria que eu lembrasse o nome de todo mundo?

Lindsay: Você bem lembrou do seu namoradinho que tá aí fora!

Harper: Não era meu namorado! A gente ficou junto durante o baile! E nem reconheci ele de primeira!

Lindsay: Isso não é desculpa!

Harper: Claro que é! Além do mais, o cara já era! Então pronto! O Mike já não queimou os osso dele? Alguém mais morreu? Não! Então para de dar chilique, Lindsay! Além do mais, eu nem lembrava que a gente já morou aqui... Se não me engano não passamos nem dois meses inteiros.


Lindsay respira fundo.


Lindsay: Tá bom, mas...


O celular de Harper toca, ela tira do bolso e atende.


Harper: Oi.

William: Alguma coisa deu errado, Harry.

Harper: Como assim?

Lindsay: Quem é?

Harper: O Will...


Lindsay arranca o celular da mão de Harper.


Lindsay: Will.

William: Linn, teve outro suicídio. Espera... (aumenta o som da TV) Na verdade, outros.

Lindsay: Mas o Mike queimou os ossos do Tom Lively.

William: Então ele deve estar preso à outra coisa, ou...

Lindsay: Ou não era ele.

William: Parece que teve um sobrevivente.

Lindsay: Deixa que eu falo com ele.

William: O nome dele é Ramon Harley. Vou ver se descubro mais alguma coisa.

Lindsay: Nós encontramos uns amigos do Tom, e da Charlotte também.

William: Amigos da Harry?

Lindsay: É. A desmiolada estudou com o Tom e não lembrava disso.

Harper: Hey!

William: Então é melhor ela tomar cuidado.

Lindsay: Acho que não tem problema. Eles eram amigos.

William: Espíritos são doidos! Se for ele quem tá fazendo isso, pode tentar fazer alguma coisa com a Harry também.

Lindsay: Você tem razão. Vou falar com ela.

William: Tá. Se cuidem.

Lindsay: Você também. (Desliga) Charlotte, vai lá e descobre tudo sobre o Tom Lively.

Harper: O Will acha que ele continua por aí?

Lindsay: Sim. Ele disse que mais pessoas se mataram.

Harper: O que que eu vou dizer pro Chandler?

Lindsay: A verdade.

Harper (Sarcástica): Claro! Vou chegar lá e dizer "Hey, Chandler. Sabe nossos colegas que morreram ultimamente? Então, é o fantasma do Tom Lively que tá provocando isso!"

Lindsay: Para de graça, Charlotte. Diante dos fatos, ele não pode querer explicações muito lógicas.

Harper: Mas as pessoas sempre acreditam que há uma.

Lindsay (Respira fundo): Tá legal, Charlotte. Faz o que você quiser. Mas você conhecia o Tom, é melhor tomar cuidado.

Harper: Tá, tá. O que mais o Will disse?

Lindsay: Que houve um sobrevivente. Vou tentar falar com ele.


Elas saem do banheiro e voltam até a mesa. Sam e Dean estão sentados, juntamente com Chandler, Ray e Len. Lindsay vai até Dean e fala baixo em seu ouvido.


Lindsay: Preciso falar com você.


Dean se levanta e Harper senta em seu lugar, ao lado de Sam. Chandler está na ponta da mesa, também ao lado dela. Dean e Lindsay se sentam no balcão.


Lindsay: O William ligou e disse que tiveram outras mortes. Mas um cara sobreviveu.

Dean: Então vamos falar com ele.

Lindsay: Eu disse pra Charlotte ficar aqui e descobrir mais sobre o Tom. Acho melhor o Sam ficar com ela.

Dean: É melhor mesmo.


Os dois se levantam e vão até a mesa.


Dean: É... Eu e a Linn temos um compromisso. Mas a Harry e o Sam vão ficar aqui... Né?

Harper: Sem problema.

Lindsay: Foi um prazer.

Chandler: O prazer foi nosso.


Lindsay joga a chave do Mustang pro Sam. Ela e Dean saem do bar.


Harper: Por que ela deu a chave pra você?

Sam (Irônico): Talvez por que vocês duas estejam em guerra. (Ri)

Harper: E ela faz questão de demonstrar isso até nos mínimos detalhes. Tô sabendo.

Chandler: Você tá em guerra com a sua irmã por que, Harry?

Harper: É uma longa história... Mas vamos mudar de assunto. Quando foi que você mudou pra Stanford mesmo?

Chandler: Acho que faz um oito anos.

Harper: O Tom não se mudou pra cá mais ou menos nessa época também?

Chandler: Foi sim. Você não deve lembrar, mas o Tom e eu éramos primos de segundo grau. Quando minha família mudou pra cá, a mãe dele resolveu vir também. Logo depois, ele morreu e então... Deixa pra lá...


Chandler abaixa a cabeça, meio pensativo. Harper põe a mão sobre o braço dele. Sam se remexe na cadeira.


Harper: Chandler... O que aconteceu?

Ray: Depois que o Tom morreu, a mãe dele falava que queria que todos os que fizeram mal a ele pagassem por isso. Uns dias depois, se suicidou.

Sam: Como?

Len: Adivinhem? Se atirou na frente de um trem.


Sam e Harper se entreolham com o mesmo pensamento na cabeça, já se entendendo.


Chandler: É... Isso foi horrível. Podemos deixar esse assunto de lado? O que cê tem feito, Harry?

Harper: Eu... Sou policial. Por isso essa minha mania de perguntar as coisas. (Sorri)

Chandler: Policial? (Sorri maliciosamente) Nossa... Vou tomar mais cuidado com o que fizer perto de você.


Harper se encosta na cadeira e ergue os braços.


Harper: Estou de folga, colega. Não se preocupe. (Ri) Olha só... Sabe onde a mãe do Tom foi enterrada?

Chandler: Por que a pergunta?

Harper: Me desculpa voltar no assunto... Mas eu sempre encontrava ela na porta da escola, ela era bem legal, então... Eu queria, sei lá, levar umas flores no túmulo dela... E do Tom também.

Chandler: Sinto muito, mas o Tom foi enterrado na Inglaterra. E a Sophia foi cremada.

Sam: Tem certeza?

Chandler: Sim. Meus pais quem cuidaram de tudo.


Continua...


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