Sam sente como se seu coração também fosse parar. Ele nem ao menos teve a chance de dizer a Harper o quanto a ama e agora ela está... Ele abraça o corpo de Harper e chora desesperadamente, com o rosto encostado no dela.

Dean chora contidamente e se levanta. William também chora, aflito.

Sam: Harry... Harry... Fala comigo...

William: Ai, meu Deus... Não! Harry, amor...

Dean anda em direção à porta. Sam ergue a cabeça e o olha.

Sam: Onde cê vai?

Dean: Achar um jeito de trazer a Harry de volta.

Sam: Mas como!? Você não pode...

Dean: Se for preciso...

William: Não. Acho que tem um jeito melhor...

Dean: Que jeito?! Diz logo!

William: Conheço uma pessoa que pode ajudar a gente.

Sam (Com a voz trêmula): Q-Quem? E... E como?

William: É uma bruxa. Ela pode tentar um feitiço pra trazer a Harry de volta. Mas se der errado, sou eu quem deve fazer o pacto...

Dean: Por que você?

William: Ela minha melhor amiga a vida toda, sem ela não tenho mais nada a perder mesmo...

Sam: Acha logo essa bruxa.

William pega o celular e liga.

William: Marynn? Eu preciso de ajuda... É urgente...

Um tempo depois, Marynn chega ao galpão e abraça William. Só depois ela vê Harper no chão, nos braços de Sam.

Marynn: Meu Deus, o que aconteceu com a Harry?

William: É uma longa história... Esses são o Dean e o Sam... Precisamos dela de volta...

Marynn: Você deu sorte de eu não ter voltado pra Austrália ainda...

Dean: Você é de lá?

Marynn: Sim...

Sam: Olha, será que da pra deixar esse papo pra depois?

Marynn: Vou ver o que eu posso fazer pela Harry...

Dean: Do que você precisa?

Marynn: Sangue.

Sam: Sangue?

Dean: Usa o meu...

Marynn: Mas não qualquer sangue. Tem que ser de alguém que tenha uma relação afetiva muito forte com ela.

Dean: Mas eu tenho!

William: E eu também! Você sabe que...

Marynn (Interrompe): Mas o Dean já esteve no inferno.

Dean: Como é que cê sabe?

Marynn o encara com desdém.

Dean: Ah, tá... Você é uma bruxa...

Marynn: Não importa. De qualquer forma eu não posso usar nenhum de vocês. Além de caçadores, vocês são homens. Preciso de uma mulher.

William: Mas que amiga a Harry tem por aqui??

Sam (Ainda bem aflito, tentando conter as lágrimas): A... A Lucy...

Dean: Boa ideia! A Lucy...

William: Mas a Lucy tá na Inglaterra...

Marynn: Temos até a meia-noite.

Dean liga pra Lucy, que anda pela rua.

Lucy: Alô?

Dean: Lu?

Lucy: Dean? O que você quer?

Dean: É que... É que... A Harry, ela...

Lucy (Assustada): O que que tem a Harry?!

Dean: Ela... Morreu.

Lucy: O que??!!

Dean: Calma, calma! Ainda tem uma esperança! A gente precisa de você...

Lucy: De mim? Mas eu tô em Londres...

Dean: Vem pra cá, por favor!

Lucy: Tá bem, onde vocês tão?

Dean: Na Filadélfia. Eu te pego no aeroporto!

Lucy: Que horas são aí?

Dean: Uma da tarde... A gente tem até meia noite!

Lucy: Aqui são seis horas. O vôo mais rápido dura oito horas!

Dean: Então você vai chegar às nove da noite daqui, vai dar tempo!

Lucy: Tá bem, tô indo praí! Vou ver à que horas sai o próximo vôo!

Dean: Boa sorte! (Desliga).

Sam ainda derrama umas lágrimas, segurando Harper.

Sam: O que a gente faz agora?

Marynn: Rezem pra dar certo, enquanto eu preparo o ritual.

William (Seca as lágrimas): Vou atrás da Lindsay. (Se levanta).

Dean: Eu também vou.

Marynn: Sam, é melhor você ir também...

Sam: Mas...

Marynn: Por favor, vai... É melhor eu ficar sozinha com ela.

Sam assente com a cabeça, tentando não chorar mais. Mas ele não queria deixar Harper ali. Ele a coloca no chão, devagar. Sam se levanta, à contra gosto.

Dean: Vamos logo.

Sam, Dean e William saem da sala e andam pelo depósito. Eles passam pelo hall e veem Lindsay atrás de uma pilha de vigas de ferro. Ela está caída no chão, com o pescoço quebrado. Dean olha, sem reação.

William: Linn... Não... Ela também?

Sam: Dean...

Dean continua meio em choque. Ninguém consegue ficar tão triste com a morte de Lindsay, pensando em como ela matou a irmã à sangue frio e por maldade. O celular de Dean toca e ele "acorda".

Dean (Atende): Alô?

Voz: E aí? Gostando da brincadeira?

Dean: Quem é que tá falando?

Voz: Aí vai uma pista. Eu matei o pai da Harper, agora matei a Lindsay...

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Dean (Espantado): Aser??!!

William: É o Aser?!

Aser: Sou eu. Que tal enterrar sua melhor amiga e sua namorada no mesmo dia?

Dean: Eu vou te matar, seu desgraçado!

Aser: Gaste os poucos neurônios que você tem pra salvar a Lindsay, e não me fazendo ameaças.

Dean: O que? Mas a Lindsay tá...

Aser: Essa aí não é a Lindsay, seu imbecil. A verdadeira, talvez esteja viva... Ou não...

Dean: É mentira.

Aser: Tá bom. Deixe ela morrer e depois se culpe pro resto da vida.

Dean: E por que é que você tá me falando isso?

Aser: Adoro ver vocês, humanos sentimentais, confusos e desesperados. Tomara que você ache sua namoradinha viva. Seria uma pena perder duas irmãs tão lindas em um dia só...

Aser dá uma risada maligna e desliga o celular.

Dean: Filho da puta!

Sam: Que foi?

Dean: Essa aí não é a Lindsay.

William: Como assim?

Dean: Sei lá. Só sei que não é.

Lindsay está desmaiada no chão do andar térreo de um prédio em construção. Ela acorda e começa a tossir e a cuspir sangue, apoia a mão na parede e se levanta.

Lindsay (Resmunga pra si mesma): Aaii...

Ela põe a mão no bolso e acha o celular. Olha a tela: Sem sinal.

Um demônio abre a porta.

Demônio: Hora de dar um passeio.

Lindsay: Eu não vou com você.

Demônio: Vai sim.

O demônio põe a mão na testa de Lindsay e ela desmaia. Ele a pega no colo e sai.

No depósito...

William: Eu vou atrás da Linn... Vocês vão ficar?

Dean: Claro que não! Ela é minha namorada!

Os dois saem. Sam anda até Marynn.

Marynn: Sam, eu preciso de sal.

Sam: Tá.

Sam vai até o clone de Lindsay e pega a chave do Mustang no bolso da calça dela. Ele vai até o carro e pega um frasco de sal no porta-malas.

Sam volta pra dentro do depósito. Marynn está vestindo Harper com um vestido branco, passando ainda por sua cintura. a barriga retalhada de Harper escorre muito sangue. Marina termina de colocar o vestido. O sangue mancha toda a frente.

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Sam olha todo aquele sangue e o vestido branco e sua mente imagina Harper como uma noiva cadáver assassinada no dia do casamento. Ele tenta conter o desespero e as lágrimas. Marynn faz um círculo com o sal ao redor de Harper.

Dean dirige o Impala e William o carro dele, logo atrás. Eles param em frente a lanchonete, na rua do hotel onde estavam. O balconista vai até eles.

Balconista: Posso ajudar?

Dean: Você viu essa moça ontem ou hoje? (Mostra uma foto de Lindsay no celular).

Balconista: Ah, sim. Lembro que ela veio ontem quando estávamos quase fechando.

William: Sabe pra onde ela foi?

Balconista: Quando eu sai, não reparei bem pra onde ela foi... Acho que ela passou pela viela que tem aqui do lado...

William: Obrigado.

William e Dean saem da lanchonete e vão até a viela. Eles entram no prédio em construção onde Lindsay estivera antes. Eles veem sangue no chão e uma pulseira. Dean pega a pulseira.

William: É da Linn...

Dean: Como cê sabe?

William: Fui eu que dei pra ela. A Harry tem uma igual.

Dean revira os olhos, impaciente e enciumado. Ele tenta desviar o assunto.

Dean: Pra onde podem ter levado ela?

William: Onde tem um vampiro...

Dean: ...Tem um ninho. Levaram ela de volta pro armazém.

William: Vamos.

Cada um entra em seu carro e os dois vão para o armazém abandonado.

Quando chegam no armazém e entram, encontram Lindsay desmaiada no chão, cercada por três vampiros. Um vai pra cima de William e o outro pra cima de Dean. O terceiro permanece ao lado de Lindsay. Dean e William lutam contra os vampiros e resistem às tentativas de mordidas deles. Lindsay acorda e o vampiro que está ao seu lado se abaixa pra falar com ela.

Vampiro: Vamos acabar logo com isso...

O vampiro morde o pescoço de Lindsay e começa a chupar seu sangue. Dean e William decapitam os vampiros e avançam no que bebe o sangue se Lindsay, enquanto ela grita de dor. Dean puxa os braços do vampiro pra trás e William corta sua cabeça.

Dean se ajoelha ao lado de Lindsay, puxando-a para si e abraçando. Os dois se beijam.

William: Você tem que ir pro hospital.

Lindsay: Não. Eu tô bem.

Dean: Linn, você perdeu muito sangue.

Lindsay: Quero ir pro hotel e descansar... (Pausa dramática) Esperem, o Aser... Ele... Tinha um clone de mim...

William: É, nós sabemos... Ela está morta.

Dean: Vamos...

Lindsay: Peraí. Cadê o Sam e a Charlotte?

Dean a olha sem ter resposta e William abaixa a cabeça.

Lindsay: Falem logo! Estão me assustando... (Choramingando)O que aconteceu?

Dean: Linn, aquele clone que você disse... Nós fomos até o depósito encontrá-la, pensamos que era você... E então ela...

Lindsay: Ela o que, Dean?

Dean (Respira fundo): Ela pegou um machado... Ela... Ela matou a Harry. (Suas lágrimas escorrem).

Lindsay (Chora desesperada): Não!!! A Harry não!!

Ela abraça Dean e chora mais.

William: Linn... Vai ficar tudo bem...

Lindsay (Histérica): Como assim vai ficar tudo bem??!! Ela matou a minha irmã!!

William: Lembra da Marynn?

Lindsay: A bruxa? Sim...

William: Ela pode trazer a Harry de volta.

Lindsay (Levanta a cabeça): Como?

William: Ela conhece um ritual...

Lindsay: E se não der certo?

Dean: Vai dar, amor... A Lucy tá vindo pra cá.

Lindsay: A Lucy?

William: A Marynn precisa do sangue dela pro ritual...

Dean: Vamos pro hotel.

Lindsay: De jeito nenhum! Quero ver a Harry!!

Dean: Linn...

Lindsay: Dean! Se fosse você, você não ia ficar sentado esperando!!

Dean: Tem razão, vamos...

Dean ajuda Lindsay a se levantar e eles e William vão para seus carros. Eles voltam ao depósito e entram na sala onde estão Sam, Marynn e o corpo ensanguentado de Harper. Sam vai até Lindsay e os dois se abraçam.

Sam: Linn... Eu pensei que você tava morta...

Lindsay: Eu também pensei que ia morrer...

Lindsay olha o corpo da irmã deitado no chão, coberto de sangue. Ela se ajoelha ao lado dela, chorando.

Lindsay: Harry! Ai, meu Deus…

Marynn: Calma, Linn... Vou trazê-la de volta.

Lindsay: Como pode ter tanta certeza?!

Marynn (Aflita): Prefere começar a preparar o velório?

Lindsay encara Marynn, mas não tem resposta.

Sam: O que houve com o seu pescoço?

Lindsay: Um vampiro...

Sam dá um lenço à Lindsay e ela passa pelo sangue escorrido por seu pescoço.

Lindsay: Que horas a Lucy chega?

Dean: Às nove.

Lindsay: Então temos tempo suficiente pra vocês me contarem tudo que aconteceu.

Eles contam tudo à Lindsay.

Dean:... E então te encontramos.

O celular de Dean toca e ele atende.

Dean: Lucy?! E aí??!!

Lucy (Aflita): O próximo vôo sai as oito horas! Vou chegar aí lá pelas onze, isso se nada der errado!

Dean: Vai dar certo, Lu. Tem que dar!

Os dois desligam.

Sam: O que foi?

Dean: A Lucy disse que o próximo vôo pra cá é às oito horas da noite de lá. Ela vai chegar mais ou menos às onze daqui!

Lindsay: Esse vôo não pode atrasar.

Dean: E não vai...

Lindsay e Dean se sentam sobre uns caixotes de madeira. Sam se senta no chão, ao lado de Harper e fica segurando a mão gelada dela. William anda de um lado pro outro, olhando pra Harper vez ou outra. Não há mais nada a fazer, se não, esperar.

Às dez e meia da noite...

Dean: Acho melhor ir pro aeroporto esperar a Lucy...

Lindsay assente com a cabeça e Dean sai. Ele entra no Impala e vai pro aeroporto.

Chegando ao aeroporto, Dean entra no saguão de desembarque e olha o painel de vôos. O vôo vindo de Londres está marcado como atrasado, mas não especificado o quanto.

Dean anda de um lado pro outro, apreensivo. Às onze e meia da noite, seu celular toca.

Dean: Lu! Cadê você?!

Lucy: Acabei de sair do avião, onde você tá?

Dean: No salão de desembarque!

Lucy vem andando e avista Dean.

Lucy: Já te vi. (Desliga).

Dean se vira pra trás e vê Lucy, que corre até ele e os dois se abraçam.

Lucy (Bem aflita): A Harry...

Dean: Não temos tempo a perder...

Os dois saem correndo pelo saguão e chegam ao estacionamento. Eles entram no carro e Dean dirige à toda velocidade de volta para o depósito de ferro.

No depósito...

Marynn diz algumas palavras em latim e coloca uma vasilha de prata sobre o peito de Harper. Ela segura um punhal também de prata.

No Impala...

Dean dirige a mais de cem por hora. Lucy se encolhe contra o encosto e se segura no banco do carro, aflita.

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Lucy: Dean, assim NÓS é que vamos morrer!

Dean: Fica fria, eu sei o que eu tô fazendo... E só faltam oito minutos...

No galpão, William continua andando de um lado pro outro. Lindsay encara o relógio do celular sem parar. Sam parece paralisado, olhando em estado de choque para o rosto sem cor e os lábios roxos de Harper.

William (Impaciente): Não aguento mais isso... Que horas são!!??

Lindsay: Cinco pra meia-noite... (Seus olhos se enchem de lágrimas).

Lindsay liga pro celular de Lucy.

Lucy: Linn?

Lindsay: Onde vocês tão???!!

Lucy (Insegura): Che... Chegando...

Lindsay: Faltam dois minutos!

Lucy: Eu sei... A gente tá indo o mais rápido que pode! (Desliga).

Dean e Lucy chegam ao depósito e entram correndo. Lucy se ajoelha ao lado de Harper e Marynn faz um corte no antebraço dela com o punhal de prata. O sangue escorre para a vasilha faltando alguns segundos pra meia-noite. Todos olham aflitos para Harper.

Aos poucos, a cor volta ao seu rosto e seus lábios passam de roxo ao tom rosado normal. O sangue de sua roupa vai desaparecendo e seus ferimentos se fechando.

Finalmente, Harper abre os olhos e imediatamente seu olhar encontra o de Sam. Ela vê os olhos dele transbordarem em lágrimas e sua expressão mudando de desespero completo à alívio.

Sam (Quase sussurrando): Harry...

Harper: Sam...

Harper estica os braços e Sam os segura, puxando Harper pra si e a abraçando, enquanto ela tenta assimilar o que aconteceu. A mente de Sam se esvazia. Harper está viva novamente, isso é só o que importa. Ele só não quer nunca mais sentir essa sensação de tê-la perdido pra sempre. Sam segura o rosto de Harper e, mais uma vez, pensa em beijá-la, mas só lhe da um beijinho na testa.

Harper olha pra Lindsay, com uma expressão assustada e meio desconfiada.

Lindsay: Charlotte... Sou eu. A que te... Te fez aquilo, não era eu.

Lindsay se abaixa na frente de Harper e as duas se abraçam.

Harper: Quem era aquela outra, afinal?

William: Provavelmente, uma espécie de clone criado pelos demônios. Aliás, pelo Aser...

Harper (Finalmente olha em volta): Will... (Sorri)

William: Oi, amor...

Ele levanta Harper, puxando seus braços e os dois se abraçam.

William: Que bom que cê tá de volta, princesa...

Harper: Cê não vai se livrar de mim tão fácil... (Ri) Eu te amo.

William: Eu também.

Os dois se separam e Harper vê Lucy.

Harper: Luz!! (Elas se abraçam) Valeu... Obrigada por salvar minha vida, irmã...

Lucy: Depois de tantas vezes que você já salvou a minha... Amigas são pra isso.

Dean: Chega! Vocês vão me fazer chorar...

Harper (Ri): Sem graça...

Dean: É bom te ter de volta.

Harper: Eu sei. Você não vive sem mim...

Todos riem. Harper se vira pra Marynn.

Harper: Obrigada, Marynn. É a você que eu devo a minha vida agora.

Marynn: VOCÊ salva muitas vidas. É o mínimo que eu podia fazer.

Harper: Valeu...

Lindsay: Vamos pro hotel. Todo mundo precisa descansar agora...

Lucy: Sem dúvida. Depois de oito oras no avião e uma corrida suicida no carro do Dean, é o melhor que a gente pode fazer.

Dean: Obrigado pela parte que me toca, sobre a "corrida suicida".

Lucy: Por que não era você no banco do passageiro! (Ri).

Harper: Tá, só que agora quem vai me contar o que aconteceu enquanto eu tava quase indo dessa pra melhor? E por que eu tô com esse vestido?

Dean (Passa o braço pelos ombros dela): Longa história... Te conto no caminho.

Sam: E o corpo da falsa Lindsay?

Lindsay: Vai ser legal se eu for dada como morta.

Todos saem do galpão.

Harper: Vai pra onde, Will?

William: Lembra da tia Milly? Ela tem um apartamento na cidade e me deixou com a chave.

Harper: A tia Milly? Pelo amor de Deus, essa mulher tem apartamento no país todo?

Os dois riem. William abraça Harper e da um beijo em sua testa.

William: Se cuida... E para de me dar susto.

Harper: Olha quem fala... Até mais.

William: Até.

William entra em seu carro e vai embora. Dean e Harper entram no Impala e Sam, Lindsay e Lucy, no Mustang e eles vão pro hotel.

No dia seguinte, à noite, Sam leva Lucy no aeroporto.

No hotel, Dean e Lindsay estão no quarto. Lindsay está só de lingerie, deitada sobre Dean beijando seu pescoço. Ela para de repente.

Lindsay: Peraí! Você transou com ela?!

Dean: O que?! Não...

Lindsay: Transou sim!

Dean: Eu... É...

Lindsay: Nem assim você percebeu?! Você... Você não sabe a diferença?!

Dean: Linn... Como eu ia saber!? Ela era um clone de você! Era idêntica!

Lindsay encara o rosto de Dean com desconfiança.

Dean: Deixa isso pra lá!

Lindsay: Tá... Tá legal... Ia ser estranho eu te culpar por me trair, teoricamente, comigo mesma...

Dean: Eu não te tra...

Lindsay interrompe Dean voltando a beijá-lo.

No quarto de Harper, ela está sentada na cama, com as costas contra a cabeceira. Sam volta do aeroporto e entra no quarto. Ele se senta à frente dela.

Harper: E aí, Sam? (Sorri).

Sam: Você tá bem?

Harper: Claro. Tô ótima...

Sam: Eu realmente pensei que nunca mais fosse te ver viva hoje...

Harper: Bem, eu tô aqui, não é? (Da um sorriso) Esquece isso.

Sam se sente patético quando fala com Harper e começa a se enrolar todo, mas continua.

Sam: Eu não sei o que faria se... Se... Te perdesse.

Sam meio que aproxima o rosto do de Harper. Antes de se beijarem, Harper vira e beija a face dele.

Harper (Tímida): Não se preocupe. Boa noite, Sam...

Sam fecha os olhos e respira fundo, meio frustrado.

Sam (Sussurrando): Boa noite, Harry.

Ele se levanta e apaga a luz. Sai do quarto e fecha a porta.

FIM