Aquele vento gelado estava me castigando, rajando ferozmente com alguns flocos de neve começando a cair, era como se a própria natureza estivesse me estapeando. Nada estava convidativo naquele final de tarde. Nenhum por do sol inspirador, ou os pássaros voando no céu. Não a natureza estava claramente expressando seu desgosto em relação a mim. Era quase que um ódio.

Sinto muito natureza, se quer me odiar entre na fila.

Estava terrivelmente frio, o céu estava nublado e ali naquela praça de Londres, nenhuma alma viva estava. me senti um fantasma. Um fantasma feito de remorso e amargura, um desespero controlado e reprimido se contorcendo em meu corpo, como um monstro que você sabe que mais hora, menos hora vai assumir o controle e acabar de te destruir.

Respirei fundo. Alguém me disse certa vez que quando tudo parece perdido, o melhor a fazer é fechar os olhos e contar até dez.

Um, dois...

Eu era um comensal da morte.

...Três, quatro...

Essa maldita profecia era verdadeira, e eu estava em um beco sem saída.

... Cinco, seis...

Eu estou amando uma sangue ruim, e agora ela me odeia.

... Sete, oito...

Voldemort me deu uma escolha, repugnante, cruel, uma maldita escolha. Entre duas coisas que eu não posso escolher.

... Nove, dez:

Ou a garota que amo, ou a minha família.

Olha, honestamente, eu detesto decepcionar a pessoa que inventou essa babaquice, mas contar até dez não ajuda em absolutamente nada!

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E tudo que eu sei, é que mais do que nunca, eu estou completamente sozinho.