Kagura’s POV

Eu já estava bastante apreensiva, era horrível ter o poder de sair dali e ao mesmo tempo não ter. De uma hora para outra, o tal Martio saiu acompanhado de Minene, e pelo barulho que eu estava ouvindo, havia uma confusão lá fora. Era a hora perfeita. Mesmo estando fraca, eu juntaria qualquer força restante para quebrar a cara daquele idiota. Em uma fração de segundo levei minhas mãos para a frente, e com um salto peguei meu guarda chuva. Antes de pensar, dei um chute bem na cabeça de D.S, que logo ficou inconsciente. E agora, cadê toda aquela pose? Sai do lugar antes que os outros dois voltassem, com certeza eles não seriam tão simples de derrubar.

Sougo’s POV

Já tinha passado por em media cinquenta pessoas, e todas já estavam estendidas no chão. Apesar de ser fácil, isso estava bem cansativo. Ouvi passos vindo na minha direção e fiquei de alerta. Parecia ser uma única pessoa, o que podia significar que ela era bem forte, a ponto de entrar no campo de batalha sozinha. Eu já estava preparado para um ataque, quando o vislumbre de uma mão segurando um guarda chuva roxo me fez perder a noção da realidade. Logo que ela apareceu na minha frente senti uma dor no peito, como se tivesse sido esfaqueado. Apesar de não parecer machucada, ela estava pálida e respirando com uma dificuldade visível.

Kagura: Sádico... Seu idiota!

O que? Porque ela tinha dito isso? Seus olhos estavam cheios de lagrimas e ela me abraçou, parecia até que tinha esquecido onde estávamos.

Kagura: Porque você veio sozinho? Está querendo mesmo morrer? Sabe o quanto eu me preocupei, seu inútil!

Sougo: E você acha que eu não fiquei preocupado? Não aja como se fosse superior sua retardada! Você está bem, esses malditos te machucaram?

Kagura: Eu não sou tão frágil!

Sougo: Não quero ouvir isso de alguém que está mais branca que um pedaço de algodão e mal consegue parar em pé.

Kagura: Eu só estou cansada. E com um pouco de sede. Mas me dá um desconto, eu corri pra caramba debaixo de um sol de rachar.

Sougo: Tudo bem, eu vou fazer eles pagarem por isso.

Kagura: Eu mesma faço isso.

Sougo: Não eu!

Kagura: Não eu!

Minene: Nossa, vocês dois são um casal muito mais interessante do que eu pensei. Tem certeza que não acha isso interessante Martio-sama?

Kagura: Vocês!

Martio: Okita Sougo, temos negócios a tratar.

Sougo: Desculpe, eu não sou muito bom em matemática.

Martio: Não se faça de tonto, por favor. Você interferiu em um negocio muito lucrativo meu, e agora vai me indenizar... Com sua vida.

Sougo: Vamos ver.

Martio: Minene, vá até os fundos e veja se os produtos novos já chegaram.

Minene: Mas Martio-sama, e aquela garota? Eu posso enfrentar ela.

Martio: Ela não vai ser nenhum incomodo.

Kagura: Você não devia dizer isso idio... (desmaia)

Sougo: China girl! Oy, você está bem?

Martio: Não adianta.

Sougo: CALADO!

Martio: Se você quiser perder tempo com isso, eu vou te cortar sem nem dar chance de defesa. Eu conheço bastante sobre os Yatos, essa menina é muito nova e ficou muito tempo no sol forte, é inacreditável que tenha ficado acordada até agora.

Sougo: Você não me escutou maldito?

Martio: Eu não tenho tempo para infantilidades. Vamos logo a nossa luta.

Ele me atacou antes da resposta, mas eu não estava despreparado. Os ataques eram bem precisos, mas eu tentava terminar aquilo tudo o mais rápido possível.

Martio: Eu estou intrigado Okita Sougo, porque veio aqui? Você é do tipo de pessoa que aprecia uma boa luta, mas parece que só está tentando se livrar de mim.

Sougo: Você machucou minha namorada, acha que eu não devia estar assim?

Martio: Então essa historia toda é verdade? Me deixe te dar um conselho: Essa historia de amor não existe. Você se sacrifica pelas pessoas, e elas também te dão uma coisa boa ou outra em troca, mas no final, você sempre acaba sozinho.

Sougo: É um ponto de vista interessante, mas infelizmente, eu não acredito nisso. Não mais.

Em um único golpe exato o cara estava no chão.

Sougo: Sabe, eu já pensei assim com você. Que não valia a pena amar ninguém desse universo, porque as pessoas acabavam esquecendo-se de você ou acabavam sendo tiradas de você. Foi ai que eu percebi que estava sendo covarde. A vida não tem nenhum sentido se você não amar, mesmo que isso tenha seus riscos, afinal de contas, viver em si já é perigoso.

Deixei o homem lá jogado no chão, sem me preocupar mais com nada, posso ligar para alguém do Shinsengumi vir resolver isso depois, mas agora eu tinha que levar a china girl para o hospital. A peguei no colo e sai correndo para a saída, quando vi algo inesperado: O local estava cercado de viaturas do Shinsengumi, e todos os integrantes daquela quadrilha estavam sendo algemados. Hijikata-san, Kondo-san, Danna, o quatro olhos e a masoquista estavam reunidos no mesmo canto, com caras preocupadas. Fui em direção a eles, sem saber muito bem o que fazer.

Shinpachi: Okita-san, o que aconteceu com a Kagura-chan?

Sougo: Ela não se machucou, mas está desidratada, precisamos levá-la para o hospital agora!

Gintoki: Oy, Oy, o que você tem na cabeça moleque, vir ara uma emboscada dessas sozinho.

Sougo: Isso não importa, vamos logo para o maldito hospital!

Kondo: Sougo, você precisa se acalmar.

Sougo: Eu não posso! Isso tudo aconteceu por minha culpa, será que vocês não entendem?

Gintoki: Não seja tão dramático, Kagura vai rir muito da sua cara quando acordar, e depois vai te dar uma surra por achar que ela se importa com essas bobagens. Vamos logo para o hospital pessoal, antes que a mocinha tenha um ataque de nervos.

Sougo: Danna...

Sinceramente, esses idiotas não tomavam jeito.