Normal’s POV

Gintoki e Shinpachi foram até a casa do cliente para cumprir o serviço, que era basicamente, limpar um sótão cheio de coisas antigas. Depois do serviço, como sempre, o homem enrolou dizendo que algumas coisas tinham sido danificadas e só pagou o Yorozuya com um pequeno anel dourado.

Shinpachi: Sinceramente, eu não sei por que ainda tentamos trabalhar...

Gintoki: Será que esse troço pelo menos vale alguma coisa?

Shinpachi: Não sei, é bem bonito, mas parece tão simples... Gin-san eu tenho uns compromissos agora, nos vemos depois.

Gintoki: Tá, tá, tanto faz.

Agora o samurai de cabelos prateados estava realmente sem nada pra fazer. Shinpachi tinha ido embora, Kagura estava provavelmente andando por ai com Okita e Sa-chan estava trabalhando. Pegou a caixinha com o anel do bolso e ficou observando. Talvez desse de presente a kunoichi. Odiava admitir, mas os últimos dias que eles haviam passado juntos tinham sido ótimos, tanto que ele nem pensava mais em dormir sem sua doce companhia. É, ela se esforçava muito pra manter as coisas bem, não custava nada ser legal de vez em quando. Por estar tão distraído, Gintoki acabou esbarrando em alguém.

Gintoki: Desculpe... Ah, é só você.

Tsukuyo: Não sabe mais por onde anda?

Gintoki: Nossa calma.

Tsukuyo: Hinowa me contou que viu você e a Sarutobi juntos...

Gintoki: É, encontramos com ela um dia desses.

Tsukuyo: Vocês dois estão juntos?

Gintoki: Por ai...

Aquela situação estava estranha. Mesmo não sendo muito inteligente Gintoki sabia que a loira tinha alguns sentimentos por ele e não sabia a reação que ela ia ter. Mas suas palavras realmente o surpreenderam.

Tsukuyo: Bem, não vá fazer besteira viu? Se magoar minha amiga eu te mato.

O samurai de cabelos prateados ficou contente sabendo que as coisas não tinham mudado, então voltou a agir normalmente.

Gintoki: Desde quando vocês duas são amigas?

Tsukuyo: Nem eu mesma sei. A Sarutobi é meio esquisitinha, mas acabamos ficando bem próximas.

Gintoki: Hum... Ei, me diz uma coisa, esse troço aqui vale algo?

Tsukuyo: Bem, eu não entendo muito de jóias, mas tenho quase certeza que isso ai vale uma grana bem razoável, onde conseguiu?

Gintoki: Algum idiota me deu como pagamento achando que ia me passar a perna, mas parece que quem se deu bem fui eu.

Tsukuyo: Vai vender pra comprar uma daquelas coisas idiotas que você gosta?

Gintoki: Não dessa vez...

Sa-chan’s POV

Esse trabalho tinha sido realmente um saco. Os caras que iam me ajudar me deixam esperando por quarenta e cinco minutos e depois ligam dizendo que hoje não ia dar certo porque o alvo tinha viajado. Sai furiosa pela cidade até que me deparei com uma cena estranha: Gin-san e Tsukky estavam conversando. Até ai tudo bem, eu já tinha superado meus ciúmes em relação a ela (ou pelo menos é isso que eu acho), mas porque diabos ele deu uma caixinha pra ela? Minha visão ruim poderia estar me enganando, mas eu tinha quase certeza que tinha um anel lá, e em seguida, eles trocaram algumas palavras e ela começou a sorrir. Por quê? Porque aquilo estava acontecendo? A insegurança começou a aparecer no meu peito, e eu me dirigi completamente sem graça até onde eles estavam.

Sa-chan: Gin-san, Tsukky, que coincidência encontrar vocês aqui.

Gintoki: Você não ia trabalhar?

Sa-chan: Tiveram alguns problemas...

Tsukuyo: Quanto tempo Sarutobi.

Sa-chan: É...

Tsukuyo: Bem, eu tenho que ir. Apareça lá em Yoshiwara. (joga a caixinha de volta pra Gintoki e vai embora)

Mesmo depois disso eu ainda não entendia o que estava acontecendo. Porque ela devolveu aquilo ao Gin-san? Será que...

Gintoki: Oy, você tá nesse planeta?

Sa-chan: O que?

Gintoki: Quase ia esquecendo, isso é pra você.

Eu fiquei abobada olhando pra caixinha apontada em minha direção. A peguei e dentro havia um anel. Meus olhos se encheram de lagrimas de frustração, como eu podia ter sido tão burra? Sempre ficando tão insegura, ao ponto de achar que duas das pessoas mais honestas que eu conheço seriam capazes de me trair assim.

Gintoki: Ei, você não vai chorar por causa de uma bobagem dessas né?

Ele tocou levemente embaixo dos meus olhos, tentando limpar as lagrimas, mas aquilo só me fazia chorar mais. Será que minha falta de confiança podia representar algum problema? Não deu pra fazer mais nada, porque meu telefone tocou.

Sa-chan: Alô, aqui é a Sa-chan.

??: Sa-chan, mudança de planos novamente, volte para o ponto de encontro.

Sa-chan: Certo. (desliga o telefone) Gin-san eu tenho que ir.

Gintoki: Certo, nos vemos depois.

E eu fui pro meu trabalho, mas não antes de jurar a mim mesma que ia resolver esse problema de confiança. E eu já sabia exatamente como fazer isso, e ainda me divertir um pouco.

Kagura’s POV

Voltei pro Yorozuya, que estava completamente vazio, e encontrei um bilhete na mesa.

‘‘Kagura, eu e o Shinpachi fomos trabalhar. Como cumprimos esse sozinhos, você vai ficar com um outro que conseguimos pra amanhã. O endereço está anotado na parte de trás dessa folha. Eu posso chegar tarde, mas nem sonhe em levar seu namoradinho sádico para o Yorozuya.’’

Que saco, Gin-chan realmente queria me castigas de alguma maneira, e agora eu tinha que fazer um serviço sozinha. Mas espera, eu não precisava necessariamente ir sozinha, afinal o sádico havia comentado que amanhã é a folga dele do trabalho, então ele vai ser convocado pra me ajudar. Afinal, é pra isso que servem os namorados.