Between Heaven And Hell escrita por Ariany


Capítulo 16
Capítulo 13 - Ato




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POV Stefan

Depois que Caroline contou a mim e a Elijah sobre o seu ‘encontro’ com Klaus, planos começaram a ser elaborados para descobrirmos quem estaria contra nós e agindo secretamente no Conselho Superior. Já era evidente que todos buscaríamos informações de todo os modos que poderíamos conseguir, mas tudo deveria ser feito sem levantar suspeitas. Caroline havia ficado responsável de cuidar de Elena comigo e de Klaus também, Elijah procuraria Katherine e aliados confiáveis dentro da Alta Guarda e eu ficaria de olho em Elena e Damon. Aquele seria o primeiro dia em que eu trabalharia como psicólogo da faculdade e já teria uma sessão com minha protegida. Elijah havia sugerido que eu tentasse regressão com ela, mas eu duvidava que funcionasse; a mente de Elena era complexa e fechada de mais para essa técnica, porém eu tentaria mesmo assim.

Já se passavam das 17:00 da tarde e Elena ainda não havia aparecido no meu consultório. Eu tinha passado uma mensagem para seu celular informado o local, mas mesmo assim ela não havia aparecido. Quando levantei de minha cadeira no intuito de procura-la pela faculdade, alguém bateu na porta levemente.

– Entre, por favor.

– Hey Salvatore, posso entrar? Fiquei sabendo que você começou a trabalhar aqui na faculdade e vim te fazer uma visita.

Ah não. Damon estava parcialmente na minha sala, com um sorriso torto no rosto. Eu sabia muito bem que ele estava sendo hipnotizado e que aquele não era ele de verdade, mas isso quem estava controlando meu irmão, não sabia que eu já estava ciente de tudo.

– Hey Damon! Vamos, entre aqui! –Respondi com um sorriso falso.

– Você ficou de marcar um almoço, mas não me ligou e nem retornou minhas ligações, Stefan.

– Desculpe-me, andei sobrecarregado de afazeres esses dias, mas se você preferir podemos almoçar amanhã, o que acha?

Uma chama vermelha passou pelos olhos azuis de meu irmão. Eu já tinha ouvido falar sobre isso em algum lugar... Isso era algo sobre possessão, característica dos...

– Stefan? – Ele me chamou desviando os meus pensamentos.

– Ah sim, sim. E ae, vamos?

– Sim, eu passo aqui amanhã na hora do almoço.

Houve batidas na porta novamente.

– Pode entrar, por favor. – Disse.

– Oi Doutor, desculpe-me o atraso, é que... – Elena adentrava a sala procurando algo em sua bolsa e parou abruptamente de falar assim que viu que eu não estava só. – Uh, perdoem-me. Se quiser posso voltar mais tarde, Stefan. Olá professor. – Ela disse corando levemente.

De novo uma chama vermelha passou pelos olhos de Damon, assim que ele avistou Elena.

– Olá Elena! Por favor, entre. Eu não quero atrapalhar. – Ele falou com um sorriso escancarado no rosto. Eu conhecia muito bem aquele sorriso. Ah, não.

– Não Elena, pode ficar. Vamos começar. – Me virei para Damon que ainda olhava Elena. – Damon, se não se incomodar, eu preciso conversar com a senhorita Gilbert agora, mas o nosso almoço de amanhã está combinado, ok?

– Claro, claro. Eu não quero incomodar. – Ele disse levantando da cadeira. – Até mais, Salvatore e até mais, doce Elena.

Doce Elena?

Enfim, ele havia saído da sala.

– Sente-se, por favor. – Apontei o sofá no canto da sala e ela foi em direção a ele. – Você tem aulas com Damon? – Eu já sabia a resposta para essa pergunta, mas não sabia qual o nível de envolvimento em que os dois estavam. Por que ele a chamou de ‘doce Elena’?

– Sim, ele está dando aulas de língua italiana para nós. Caroline não te disse?

– Não. Não ando conversando muito com Caroline esses dias. – menti. – E então, senhorita Gilbert, podemos começar?

– Claro Dr. Salvatore. – Ela deu uma risadinha. – Quando o senhor quiser.

– Bem Elena, eu quero tentar uma técnica com você que provavelmente já ouviu falar; a regressão. Eu preciso identificar certos pontos da sua psique que acredito que seu inconsciente tenha bloqueado o acesso, então utilizaremos essa técnica, tudo bem?

Ela arregalou os olhos.

– Isso seria mais ou menos como uma hipnose, certo?

– Sim, sim. Se você se lembrar de algo desagradável ou que esteja te machucando, eu te trago de volta no mesmo instante. Você confia em mim? – Perguntei a encarando.

Depois de um tempo e um longo suspiro, ela respondeu:

– Sim, eu confio. O que você quer que eu faça?

Dei as instruções para ela e logo demos inicio ao processo. Ela estava deitada no sofá, e já havia regredido para o dia do acidente.

– O que você fez nesse dia, Elena? – Perguntei.

– O dia correu normal; levantei cedo e arrumei a. Papai e mamãe haviam ido trabalhar e Katherine havia ido para a faculdade, e como eu estava com uma sensação estranha, resolvi ir para a casa de Bonnie e de lá já iria também para a faculdade. O dia transcorreu normal, mas a eu continuava com a sensação ruim. Cheguei em casa, mas papai, mamãe e Kath não estavam lá. Encontrei um bilhete de minha irmã dizendo que tinha ido encontrar o amor da vida dela. – Elena parou e riu. – Era típico dela dizer essas coisas. Logo após eu ter lido o bilhete, o telefone tocou e era ela me pedindo para ir busca-la.

– Você notou algo de estranho até o momento do acidente?

– Não, estava tudo indo bem, mas quando já estávamos todos no carro e passando pela ponte, Katherine gritou do nada e meu pai que estava dirigindo, se assustou. Ele perdeu o controle do carro e... não... NÃO, STEFAN! – Ela gritou – TEM MUITA ÁGUA!

– Calma Elena, você não está lá. Você está aqui comigo, segura. Só me diga o que você está vendo. – Eu segurava ela enquanto ela se debatia no sofá. – Apenas respire. Respire. Diga-me o que você vê.

– Tem muita água e minha cabeça dói. Papai e mamãe estão desacordados, mas Katherine está puxando meu cinto. Ela não para quieta e gesticula para que eu fique calma. Depois de um tempo ela solta meu cinto, mas ela não parece estar muito bem. Apareceu alguém puxando a porta do lado onde está Kath. NÃO! NÃO DEIXE ELA IR! – Elena se agitava novamente.

– Você consegue descrever essa pessoa, Elena?

– ELE É RUIM STEFAN! ELE QUER LEVAR A KATH! – Dessa vez ela gritava a todos pulmões.

Ruim? Não poderia ser Damon. Quem era esse ser então?

– ASAS, ALGUÉM COM ASAS! – Elena gritou.

– Se acalme. – Coloquei sua cabeça em meu colo. – Lembre-se, você não está lá. Agora me diga o que aconteceu.

– Há outra pessoa do lado de fora, que não deixa a coisa ruim levar a Kath. Ele tem asas grandes. A coisa está vindo para o meu lado. STEFAN, NÃO DEIXA. STEFAN! STEEFAN!

– Ok, Elena! – Disse a abraçando. – Você não está lá, pode despertar agora. Ninguém vai te pegar, eu sempre vou proteger você.

Ela despertou e me abraçava com força chorando.

– O que foi isso, Stefan? Isso realmente aconteceu? – Perguntou soluçando em meus braços.

– Eu não posso te dizer querida. – Levantei seu rosto para que olhasse nos meus olhos. Seria necessário fazê-la esquecer momentaneamente daquelas informações. Elena estava metida em uma batalha em que ela nem sabia que existia. – Você vai esquecer esses detalhes e tudo que irá lembrar será de sua irmã tentando te ajudar. Só se lembrará desses detalhes, quando eu lhe permitir.

Seus olhos estavam fixos e esse era o sinal de que a hipnose havia funcionado. De repente ela começou a piscar novamente.

– Está vendo, Stefan? – Falou enxugando as lágrimas que ainda escorriam. – Isso não vai funcionar. Eu tenho as mesmas lembranças de sempre e cada vez em que elas retornam a minha mente, é como se reabrissem uma ferida que estava cicatrizando. Eu não posso mais fazer isso, não posso.

Elena se levantou do sofá se desvencilhando de meus braços e ainda chorando.

Ela queria partir, mas eu não poderia deixa-la ir daquele jeito, então simplesmente me levantei e a puxei novamente para os meus braços, abraçando-a de novo e assim ela chorou por muito tempo, enquanto seu corpo tinha espasmos de soluços perto do meu. Aquilo era tudo que eu poderia fazer por ela no momento, pois eu precisava descobrir a verdade sobre Damon e Elena era a chave, mas vê-la daquele jeito acabava quebrando meu coração.

Depois de certo tempo, suas lagrimas se cessaram e ela levantou o rosto para me olhar, e lá estava aquela tensão que existia entre a gente; aquela vontade enorme de beijá-la e confortá-la, de dizer que eu sempre a protegeria e que ela era o amor da minha vida. Os olhos dela refletiam os meus; toda a volúpia, amor e desejo estavam ali e nada mais importava, pois o meu mundo estava dentro daquela sala, me olhando como se eu fosse à salvação de todos os seus males.

– E-e-eu sinto muito. – Ela gaguejou abaixando a cabeça e se virando em direção a porta.

Não. Ela não iria embora agora.

E pela segunda vez no dia, a puxei de volta aos meus braços, mas dessa vez colando seus lábios urgentemente nos meus.


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