Filha De Todos escrita por Anne Kath


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem de minha personagem Melany! Enfim eu gosto muito dela...kk' ;)



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Melany

Como sempre minha rotina no Olimpo é bem cheia, meu pai fazia de tudo para me manter ocupada e não descobrir minha verdadeira origem. Ele pensa que eu não sei que ele não é o meu pai, e muito menos que Hera não é minha mãe. Em pensar que quando descobri que era uma meio-sangue e filha de Zeus, fiquei feliz em saber que era a única filha de Zeus que não era amaldiçoada por Hera.Mas isso foi uma das coisas que fizeram com que eu suspeitasse de que algo estava errado.Por que eu especificamente, deveria ser a exceção da ira de Hera? Já que todos aqueles que são filhos de Zeus são odiados por Hera com exceção daqueles que são filhos da própria Hera também?! Não fazia o menor sentido, então utilizei a sabedoria que me foi dada por Atena, e resolvi investigar, não foi necessário ir muito a fundo para descobrir que Zeus não era meu pai.

Hera também nunca foi realmente uma mãe. Não me tratava mau, mas também não me tratava como se fosse sua. Diferente de Atena, que sempre me tratou como uma filha.

Enfim, eu sou Melany, tenho 17 anos, sou a única meio - sangue que mora no Olimpo, tenho o poder de todos os deuses, com exceção de Dionísio, que por sinal me odeia desde que me entendo por gente.

Tenho suspeitas de que meu pai verdadeiro seja Poseidon, no entanto não tenho como ter certeza.

–Droga!- ouvi Ares entrar.

Revirei os olhos, ele odiava me treinar, sendo assim sempre estava de mau-humor quando chegava a hora.

–Vamos acabar logo com isso!- disse ele impaciente.

Peguei a espada que foi feita especialmente para mim. Poseidon me deu de aniversário de dezesseis anos, ela foi concebida com meu nome, Melany.

–Vamos lá!- disse.

Ares atacou, eu girei para a direita, quando estava prestes a atacar, ele não estava mais lá. Girei novamente para trás e colidi minha espada com a dele, as espadas formaram uma cruz.

Ergui a sobrancelha desafiando-o. Ares estreitou os olhos como se esse simples desafio o tivesse feito se lembrar de alguém, raiva tomou conta de sua face, e ele começou a me atacar como nunca fizera antes.

Eu revidava seguidas vezes, e ele nunca me atingia, e era isso que o deixava ainda mais furioso. Consegui tirar a espada da mão dele, e mirei minha espada na garganta de Ares, golpe esse que ele havia me ensinado na semana passada. Acreditei que ele ficaria orgulhoso pelo meu desempenho, mas tudo o que eu ouvi dele foi...

–Maldita! Você é igualzinha aquele pivete.- disse Ares gritando comigo.

Encarei Ares confusa.

–Não compreendo!- disse

–É claro que não, pirralha.- gritou Ares novamente.

–Ares!- ouvi a voz de meu pai tremer o pátio.

O pátio em que me encontrava era todo branco com o chão de mármore,e nas paredes brancas, era possível ver estátuas gregas de cada um dos deuses em alguma batalha importante.

Atena me disse cada uma delas, mas não me lembro de uma palavra do que ela disse.

Um trovão tremeu o Olimpo novamente.

–Do que chamou minha filha?

Ares revirou os olhos e apontou a espada para mim.

–Ela é idêntica a ele!- disse Ares- Antes eu realmente considerava essa garota como uma de minhas guerreiras, mas agora quando luto com ela, só consigo me lembrar daquele...

–Chega, Ares!- interrompeu Zeus firme, e mais um trovão soou. - Você já disse mais do que deveria.- olhei para meu pai, seus olhos cinzas, estavam escuros como as nuvens de tempestade. Fato que indicava que ele estava furioso.

–Não precisa mais dela!- disse Ares mexendo o braço com a espada em minha direção.- Thalia está viva!

–Saia daqui!- gritou Zeus. Não foi necessário que ele falasse duas vezes. Ares jogou a espada no chão de mármore e saiu de cabeça baixa, como uma criança que sabia que estava encrencada.

Depois que Ares saiu encarei meu pai, que também olhava para Ares se dirigindo a porta gigantesca do pátio.

–O que ele quis dizer...pai?- perguntei.

Zeus me encarou, os olhos cinza ainda escuros fora de foco.

–Nada, meu bem!- caminhei até o canto do pátio e deixei a espada Melany em seu devido lugar. Fiquei encarando a espada enquanto lembranças passavam como um Flashback diante de meus olhos.

Antes não a muito tempo, ficava vigiando um garoto chamado Percy Jackson. Um meio-sangue filho de Poseidon, que fazia com que eu me lembrasse de mim mesma.

Era como assistir um filme baseado em história real, só que ao vivo, no exato momento do ocorrido.

A fonte em meu quarto me possibilitava isso. Todos os deuses tinham uma fonte como a minha, no entanto, eles só podiam vigiar de acordo com seus poderes e responsabilidades. Poseidon vigia o mar, Zeus o céu, Hades o mundo inferior e assim vai. Como eu tenho o poder de todos, com exceção de Dioniso, tinha acesso a quase tudo que ocorria a minha volta.

Chorava quando alguém morria, uivava de alegria quando ele, Percy, vencia uma batalha, e torcia para que ele sempre cumprisse seus objetivos, qualquer que fosse. Agora uma lembrança que estava martelando em minha cabeça, foi aquela em que Percy batalhava com Ares pelo Raio de Zeus, e o Elmo de Hades.

A forma como Percy, foi sarcástico com Ares, e a forma como ele o venceu. A pergunta que flutuava em minha mente era se Ares viu nesse treinamento, aquele que sempre acreditei ter algo em comum, a pessoa que acrescentava, mais um ponto a minha lista de suspeitas de que eu sou filha de Poseidon, enfim, a pergunta é... Será que Ares enxergou em mim Percy Jackson ?

–Quem é meu pai?- perguntei.

–Eu sou seu pai. - disse Zeus com convicção e orgulho, ele poderia ter convencido qualquer um, mas eu passei muito tempo com Zeus para saber que faltava certeza em sua voz.

–Não, não é!- virei para olhar para aquele que durante praticamente os dezessete anos da minha vida, eu chamei de pai.- E Hera não é minha mãe, eu não sou uma deusa,sou uma semideusa, e além disso estou encarando o deus que me tirou de minha família quando ainda era um bebê, simplesmente para substituir aquela que havia se torando um tronco de árvore.- soltei todas em praticamente uma respiração só, cinco trovões tremeram o Olimpo novamente, enquanto Zeus cerrava os punhos, e os olhos cinzas escureciam até ficar da cor da noite. Eu nunca vira Zeus tão furioso, no entanto, a adrenalina que latejava em minhas veias não permitia que eu sentisse medo, e muito menos arrependimento.

–Thalia jamais receberia os privilégios que você recebeu.

–Não, Hera não permitiria em sua casa um fruto de sua traição.

–O que disse?

–É isso mesmo que você ouviu.- Lágrimas se acumularam em meus olhos.- Cansei de mentiras, Zeus, cansei das mentiras de todos nesse lugar.

Corri para meu quarto.

–Melany, volte aqui.

Fechei a porta de cinco metros de altura cortando a voz furiosa de Zeus chamando meu nome.

Sentei no chão e comecei a chorar.

Realmente, já estava na hora de conhecer o acampamento meio-sangue.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Espero que sim ;)



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