A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 29
O Retorno da Armadura Dourada!


Notas iniciais do capítulo

Mesmo abalados com o ocorrido com June, os cavaleiros precisam prosseguir. Eles se deparam novamente com Tábata de Dingo, e Shiryu luta pela sua honra e pela sua vida!
Seiya sente todo o poder de Walleria de Beluga, e precisa elevar o cosmo ao máximo nessa luta que decidirá o futuro dos cavaleiros de ouro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350108/chapter/29

Os cavaleiros de Atena se aproximam de Atena, mas o tempo parece estar contra eles. Artemis consegue fazer com que a Lua se aproxime do planeta, alterando o campo gravitacional e influenciando na vida das plantas e animais.

Em uma batalha desesperada, June de Camaleão consegue atingir seu sétimo sentido, mas não é capaz de superar o cosmo de Daphne, a amazona de Clóris, que a derrota no último instante.

Com a derrota de June, Seiya de Pégaso, sentindo o pesar do amigo Shun, promete vingança, o que lhe dá mais forças para lutar com Walleria de Beluga.

No templo de Atena, o luar iluminava os arbustos. Algumas aves e um lince  ainda estavam por ali, mas não se nota a figura de Chandra, que surpreendeu Atena ao abrir os portões e deixar com que saísse.

Atena encontrava-se saindo pelos portões do salão do Grande Mestre, e percebe o que havia acontecido com o Santuário.

 

Atena – essa não! Por quê isso?! – vendo as trepadeiras e alguns animais tomando conta do lugar.

 

Artemis – não ficou melhor assim, irmã?!— nisso, surge Artemis, caminhando entre os pilares, pelo corredor formado por algumas plantas, indo em direção à Atena.

 

Atena – realmente havia percebido o quanto seu cosmo aumentou nesse período que me manteve no salão. Agora que já paguei o preço, pode se retirar daqui por favor?!— caminhando mais um pouco, e observando o imenso luar.

 

Artemis – quando pedi para aquelas traidoras trancá-la no salão, não esperava que realmente fosse suportar tudo o que passou pelos humanos...seus cavaleiros ainda não vieram resgatá-la, e você já se recompôs da peçonha da víbora, e quase conseguiu deter meu cosmo...— caminhando em sua direção.

 

Atena – então, desista dos seus planos! Ainda sinto o cosmo de todos eles! Em breve chegarão aqui, melhor parar enquanto há tempo...

 

Artemis – irmã, não quero mais que sofra por mim! O seu cosmo divino precisa continuar ardendo, não quero mais que reaja às minhas atitudes!— parando à sua frente e elevando o cosmo.

 

Atena – isso é entre mim e você! Não vamos envolver mais ninguém nisso, chega de fazer os humanos sofrerem!— elevando o cosmo também, e vendo que Artemis apenas sorria.

 

Artemis – ahhh minha irmã, poupe o seu cosmo...descanse um pouco! — de repente, um caule se ergue atrás de Atena, e dele sai um botão de flor. Quando Atena percebe, já era tarde.

 

Atena – ahn? O que é isso...?— nisso, o botão se abre, e uma linda flor lilás surge, com seu miolo colorido, liberando um pólen multicolorido que a envolve.

 

Na casa de Capricórnio, Seiya de Pégaso está lançando seus meteoros, que são congelados por Walleria, que lança uma rajada congelante jogando o cavaleiro contra um pilar.

 

Seiya – só isso que sabe fazer!!? Eu não desistirei! Mas, esse cosmo!? Atena!!!— nesse momento, ele sente o cosmo de Atena falando diretamente com ele.

 

Atena – Seiya!!!! Seiya!!!

 

Seiya – Saori?!— ouvindo a doce voz da deusa, e recobrando as forças.

 

Atena – Seiya! Venha logo! Seiya! Artemis está...— o cosmo some de repente, fazendo explodir o desespero de Pégaso.

 

Seiya – Essa não!!! Saoriiiii!!!!— ele ergue os punhos e explode o cosmo de tal forma, que faz-se um forte deslocamento de ar pelo local, sacudindo os cabelos ruivos de Walleria.

 

Walleria – esse cosmo...- vendo toda a casa envolta pela cosmo energia azulada de Pégaso.

 

Seiya – não vai mais me atrapalhar!!! Vou derrotá-la, pela honra dos cavaleiros de ouro, e por Atena!!!— fazendo a posição das treze estrelas da constelação de Pégaso.

 

Walleria – finalmente, Pégaso! Me surpreenda!— elevando o cosmo absurdamente também.

 

Seiya – esse é o meu cosmo! METEOROS DE PÉGASO!!!!!—centenas de milhares de esferas azuladas partem em direção à guerreira, que esquiva-se de algumas, mas sente dificuldade de sair dos próximos ataques.

 

Walleria – de novo, não era para isso estar acontecendo!— elevando mais o cosmo, e congelando alguns meteoros, porém...

 

Seiya persiste no ataque, e os meteoros começam a se juntar, formando uma enorme esfera.

 

Walleria – mas...os meteoros...se uniram! Droga, isso é um cometa!— nesse momento, a grande bola de cosmo a atinge com grande velocidade, e ao se congelar, apenas aumenta o impacto com o seu corpo, que é lançado longe, batendo e quebrando alguns pilares, tombando logo em seguida.

 

Seiya – consegui!— amansando o cosmo. – Antes de saber o que aconteceu com Saori, preciso confirmar que a derrotei, pelos cavaleiros de ouro!— andando um pouco esgotado e triste, em direção ao corpo de Walleria. Na verdade, ele não tinha opção, a não ser apagar totalmente o cosmo da jovem guerreira, extinguindo com a sua vida, e isso o incomodava. E também estava apreensivo pelo chamado do cosmo de Atena em perigo. Porém...

 

Seiya – esse cosmo!— parado assustando diate de um imenso clarão, e se vê envolvido por um cosmo esbranquiçado, e rapidamente a temperatura começa a cair dentro de Capricórnio.

Ouve-se um estrondo, e vê-se agora a guerreira erguendo-se dos escombros que partiam-se em pedaços de gelo.

 

Walleria – garoto, gostei de ver a sua real força, mas confesso que esperava mais!! Agora, é a minha vez!— com sangue escorrendo pela narina esquerda, e a armadura um pouco castigada, a amazona faz um turbilhão com seu cosmo, e surge uma bela e enorme beluga saindo da escuridão criada momentaneamente, partindo para cima de Seiya.

 

Seiya – mas que droga, eu me distraí! eu não posso me mexer! Meus pés...estão presos!— quando percebe, seus pés estão congelados no chão, e há várias correntes marítimas congelantes ao seu redor, congelando todos os arbustos que ainda estavam sãos.

 

Walleria – FANTASMA DE GELO!!!— uma enorme beluga parte rodeada por cristais de gelo e correntes congelantes em direção ao cavaleiro de Pégaso em grande velocidade.

 

Seiya – Arhggh!!!— sendo atingido em cheio, mesmo defendendo o ataque, e é lançado por entre os pilares, como que levado por uma correnteza, caindo logo em seguida, tendo toda a sua armadura congelada. Logo ela se parte em dezenas de pequenos pedaços ao chocar-se contra o piso da casa de Capricórnio.

 

Walleria o observa de longe, e limpa o sangue do nariz. O cavaleiro não se mexe, e parece acabado. Sem sua armadura, praticamente dormente pelo ataque congelante, não haveria mais o que fazer.

 

Seiya – ah-argh...A-A-te-na.. – balbuciando o nome da deusa, mexendo um pouco a mão, sendo que o resto de seu corpo não respondia.

 

Walleria – acho que ainda escuto uma barata se contorcendo! Você foi um oponente interessante no final da luta, Seiya! — colocando a mão no ouvido, e partindo logo em seguida em direção ao cavaleiro, lentamente.

 

No pátio da entrada do Salão do Grande Mestre, Atena está envolta por uma neblina colorida de pólen, que atordoa seu corpo e cosmo.

 

Artemis – relaxe, querida irmã...

 

Atena – não! Meu corpo...ar....-  após levar aos mãos ao rosto, de repente, seu corpo tomba para o lado, caindo sobre um monte de arbustos.

 

Artemis se aproxima sorrindo, vendo sua irmã dormindo profundamente. Seus olhos começam a brilhar, e os arbustos e cipós vão levando Atena para dentro do salão novamente. Lá, ela fica dependurada, envolvida pelos arbustos, e algumas flores iguais à que lhe colocou para dormir surgem, e vão liberando o pólen delicadamente em pequenas quantidades.

 

Artemis – agora que já viu o que meu poder pode fazer, permaneça aí, aguardando serenamente a derrota dos cavaleiros e a chegada daquela que usará todo o seu cosmo de deusa para o meu proveito!— seus olhos brilham novamente, e os portões do salão se fecham, sendo logo em seguida fechados por vários cipós e arbustos, que forma uma barreira quase intransponível.

Ela caminha agora para a frente do salão, saindo pela ante sala, chegando até a entrada, entre os pilares. De lá, avista as doze casas abaixo, e sente os cosmos confrontando em Capricórnio.

 

Artemis – finalmente voltou...— nisso, uma coruja que passava, desce rasante e pousa em seu braço, vocalizando como que falado com ela.

 

Artemis – ah sim, como imaginei...o tal Seiya está ocupado lutando com Walleria. Ele com certeza sentiu o cosmo de Atena, e se apressará para buscá-la. Em breve terei poder suficiente para transformar esse planeta em uma imensa selva!...- fechando os olhos, e acariciando a coruja.

 

Enquanto isso, na entrada para Aquário, os cavaleiros buscavam consolar Shun, que se culpava pela morte da companheira.

 

Shun – foi tudo culpa minha...não deveria tê-la deixado vir até aqui....— chorando.

 

Marin – Shun, foi uma opção dela! Todas nós, amazonas, estamos dando tudo de si, apoiadas pelo cosmo de Artemis, buscando atingir o sétimo sentido.

 

Shina se aproxima, e também busca confortá-lo.

 

Shina – não ligue para isso! Talvez nós também morramos, buscando ser mais fortes! E talvez ela quisesse morrer...

 

Shun – como é?!— um pouco surpreso.

 

Shina – desde o momento no qual ela ficou para enfrentar uma das gêmeas, ela selou o seu destino.

 

Shun – mas...por quê? Ela não preciava ter feito isso!

 

Nisso, Shina lhe dá um tapa no rosto, fazendo com que ele caia. Todos olham, assustados, a reação da amazona.

 

Hyoga – hey, Shina, o que está fazendo!?— cerrando o punho, e erguendo-se como ameaçando fazer algo, enquanto Shiryu e Milo apenas aguardam.

 

Shun – Shina!?— levando a mão ao rosto, e olhando para a amazona.

 

Shina – se quiser continuar choramingando, fique aí, e não nos atrapalhe! Vamos seguir em frente, e fazer aquilo que June gostaria que fizéssemos, que é honrar o poder das amazonas e resgatar Atena!

 

Nisso, algumas andorinhas passam voando ao redor deles, como que brincando. O tempo parece parar, e Shun, de cabeça baixa, segura o choro, erguendo-se logo em seguida.

 

Hyoga – Shun!

 

Shun – prometi ao meu irmão que seria um homem! June não iria permitir que eu chorasse por ela!— elevando o cosmo, como que ameaçando Shina.

 

Shina – Andrômeda, estou mais forte do que antes, quer mesmo experimentar o poder real de uma amazona?! – elevando o cosmo. De repente, algo explode o piso entre os dois.

 

Milo – hey, parem com isso!— se intrometendo, lançando uma de suas agulhas entre eles, estourando o chão, fazendo com que ambos parem.

 

Shina – Milo... - acalmando o cosmo.

 

Milo – Shun, Shina...vamos em frente, temos muito o que fazer.... Agora mesmo o cosmo de Atena se apagou de vez! Enquanto estamos aqui discutindo, Artemis está fazendo o que bem entende!— deslocando-se, e entrando pela casa de Aquário.

Shun e Shina apenas trocam olhares, como que arrependidos, e Shun parte atrás de Milo, seguido por Shiryu e Hyoga. Shina olha para Marin, e dá apenas um sorriso, suficiente para demonstrar que seu estímulo havia reavivado a força de lutar de Andrômeda.

 

Marin – que cosmo é esse?!— ambas viram-se para a casa de Aquário, e vêem um clarão, e alguns feixes alaranjados cortando o ar.

 

Só ouve-se os gritos dos cavaleiros dentro da casa de Aquário, sendo logo em seguida, lançados para fora por um turbilhão de cosmo. Eles caem várias degraus abaixo, e não conseguem se reerguer. Mas Milo ainda está lá dentro

 

Shina – essa não!!!— correndo em direção aos cavaleiros feridos.

 

Marin - e Milo?— logo ela observa alguns brilhos avermelhados e alaranjados dentro da casa de Aquário, e corre para ver o quê estava acontecendo.

 

Nisso, ela se depara com Milo, de pé, parado enquanto uma figura feminina estava do outro lado, ainda um pouco escondida pela escuridão. Ela se aproxima de Milo, e vê sua armadura maltratada e com vários arranhões.

 

Milo fecha os olhos, e um pouco de sangue começa a manchar o chão abaixo dele.

 

Marin – Milo!! Milo!?— sacudindo o cavaleiro dourado.

 

Milo - Marin, tive que bloquear vários ataques ou os cavaleiros estariam mortos. Certamente fiz uma grande besteira...não sabia que eram lâminas tão afiadas...tomem cuidado! - caindo de joelhos.

 

Nisso, Marin percebe que havia já uma poça de sangue sobre o cavaleiro, que tomba ao chão.

 

Nas escadarias, os outros ainda tentam se mexer, mas em vão, e sangue escorre pelos degraus.

 

Shina – mas que droga!

 

Da entrada da casa de Aquário, Marin vê a figura se aproximando, iluminada pela luz do luar.

Uma moça com cerca de um metro e setenta de altura, aparentando ter seus quinze anos, com a pele morena clara, os olhos azuis e os cabelos compridos e loiros, trajando uma bela armadura.

 

Guerreira – Olá traidoras! Saiam do meu caminho!— começando a caminhar em sua direção. Shina, ouvindo a voz, corre para perto de Marin, adentrando por Aquário.

 

Shina – ora, você é...

 

Tábata – sou Tábata, guerreira de Dingo! Vou levar as cabeças desses cavaleiros para Artemis de uma vez. Melhor não tentarem me impedir! 

 

Marin – não vai se aproximar deles!— elevando o cosmo.

 

Tábata – Marin, não quero machucá-la!

 

Marin – eu...pouco me importo! METEOROS!!!!— lançando uma rajada de meteoros azulados, que estouram nos pilares, já que Tábata já havia saltado, saindo do alcance do ataque

 

Tábata – hum, acho que vou machucar você!— criando bumerangues de cosmo energia nos braços. Nisso, ela é surpreendida por mais um ataque, onde uma serpente enorme se coloca a sua frente, cercada por raios, forçando sua defesa, sendo arrastada um pouco para trás.

 

Shina – a luta será entre nós!— surgindo na frente de Tábata com o cosmo ardendo, após ter se deslocado em alta velocidade.

 

Tábata – hum, conseguiu me deslocar, Shina de Ofíuco! Realmente seu cosmo está aumentando, mas, ainda não pode ser comparado ao nosso!

 

Shina – como é?!

 

Tábata – havia lutado com o cavaleiro de Dragão, e vi que mesmo sendo forte, ainda estava abaixo do esperado. Agora, decidi recolher as cabeças de todos eles juntos, inclusive Shiryu quando achá-lo. Vejo que os cosmos de vocês ainda estão se aperfeiçoando!

 

Marin – você fala demais!— elevando o cosmo novamente.

 

Tábata – hum, já vi que não vai colaborar!— elevando o cosmo, e lançando os dois bumerangues alaranjados em direção às amazonas, à uma velocidade incrível. Porém... – como?!

 

Shina e Marin haviam conseguido se esquivar dos bumerangues, que agora retornam, fazendo com que elas saltem sobre eles novamente, rodopiando e pousando no chão, enquanto  voltam para os braços de Tábata, que fica sem reação.

 

Shina – agora é a nossa vez!!! GARRAS DE TROVÃO!

 

Tábata vê Shina elevar o cosmo abruptamente, e atacá-la com todas as forças. Uma serpente com as presas à amostra cercada por raios arroxeados parte para impactá-la, e ela aumenta o cosmo direciona os bumerangues fazendo movimentos giratórios em suas mãos, anulando o ataque, como que picotando a serpente.

 

Shina – argh!— saltando para trás, e segurando os punhos, que liberam um pouco de fumaça devido ao impacto sofrido.

 

Tábata – mesmo fugindo dos meus bumerangues, vocês não são tão rápidas quanto eu! Consigo me adaptar às suas velocidades, ainda que pareçam velozes!— elevando o cosmo.

 

Marin – hey, não se esqueça de mim!

 

Tábata – ahn?!— nisso, ele vê Marin saltado, e uma águia aparece no teto da casa de Aquário.

 

Marin – O LAMPEJO DA ÁGUIA!!!— e águia desce com as garras abertas, atacando a amazona.

 

Tátaba – não vai conseguir nada!— elevando os bumerangues em movimentos giratórios, procurando deter o ataque, mas parece em vão.

 

Tábata – o que?! Argh!— os bumerangues não suportam a pressão das garras da águia, e ela é lançada para trás, dando algumas cambalhotas e batendo em um pilar.

 

Marin – o que você estava dizendo?!— abaixando o cosmo, e posicionando-se para um novo ataque.

 

Shina – parabéns Marin!— se aproximando, e parando ao seu lado, fazendo uma pose de ataque.

 

Tábata – elas estão...com os cosmos influenciados pelo cosmo de Artemis! Será que poderiam atingir o nosso nível? Por isso Key foi derrotada...Preciso dar cabo delas de uma vez!— refletindo, a guerreira vai se reerguendo, e posiciona os bumerangues de cosmo energia em suas mãos novamente.

 

Shina – ela não se dá por vencida!— elevando o cosmo novamente.

 

Marin – vamos fazer com que aprenda a não brincar com o Santuário! Isso é por June!— elevando o cosmo.

 

Tábata – vocês com certeza estão usufruindo da proteção que Artemis concede às amazonas. Mas, ainda somos nós as legítimas amazonas da deusa Artemis! Vocês jamais saberiam o que passamos para chegar até aqui! A minha luta para sobreviver em meio aos cães, lançada à sorte naquele lugar! Agora, tenho apenas minhas cicatrizes como lembranças!  

 

Shina – você quer saber a história dela, Marin?— olhando atravessado para Marin.

 

Marin – eu não estou nem aí!— dando um sorriso irônico, e ficando séria novamente.

 

Tábata – vou retalhar o corpo de vocês aos poucos, para que sofram muito até que seus corações parem de bater!— elevando o cosmo absurdamente.

 

Voz masculina – espere!!!

 

Tábata – esse é?!

 

A voz do rapaz corta o clima tenso entre as amazonas. Os cosmos se acalmam, enquanto Marin e Shina viram-se, procurando quem falava.

Eis que surge Shiryu, com a armadura de Libra, de pé na entrada da casa de Aquário.

 

Marin/Shina – Shiryu?!

 

Shiryu – deixem isso comigo! A luta entre nós não acabou ainda, Tábata de Dingo!— apontando para a amazona.

Shina e Marin vão abrindo passagem para o cavaleiro, que se aproximava.

 

Tábata – será que você ainda não aprendeu, Shiryu? Não é adversário para mim! Sua Excalibur não possui a lâmina tão afiada como imaginava! Apenas ter cortado meu elmo, não significa nada!

 

Shiryu – não preciso dela para derrotar você! – explodindo o cosmo, no qual surge um belo dragão.

 

Tábata – isso novamente?!— elevando o cosmo, com o bumerangue em mãos, posicionando-se defensivamente. Shina e Marin se afastam um pouco, descendo as escadarias.

 

Shina – vamos cuidar dos outros!— Marin apenas acena com a cabeça, e elas vão acudir Milo, Shun e Hyoga. Enquanto isso, Shiryu já preparava seu ataque, e eleva todo o cosmo.

 

Shiryu – CÓLERA DO DRAGÃO!!!— um grande e imponente dragão parte em direção à amazona.

 

Tábata – já chega!!! - partindo pra cima do ataque, com um brilho maligno no olhar.

 

Shiryu – argh! Essa...não!!! — Quando percebe, a amazona está com a lâmina do bumerangue cravada em seu peito esquerdo. A lâmina parece ter atravessado a já castigada armadura dourada.

 

Tábata – além de tudo, você tem um ponto fraco! Parece que seu punho esquerdo fica um pouco abaixo do seu peito por questão de milésimos de segundos, mas o deixa exposto! Já havia reparado isso em nosso confronto anterior! – recolhendo o bumerangue, e saltando para trás, saindo do alcance de qualquer eventual ataque.

 

Shiryu – como...pôde....— ajoelhando-se, e levando a mão ao peito, sentindo o sangue fluir.

 

Tábata – agora, é uma questão de tempo...Dragão!— quando levava a lâmina para decapitá-lo, ele salta para o lado, saindo do seu alcance.

 

Shiryu – ainda....não...acabou!— erguendo-se do chão.

 

Tábata – verme persistente! Não há nada que possa me deter, além de uma lâmina mais afiada do que a minha! Nada detêm as presas afiadas do dingo!— batendo um bumerangue contra o outro, criando leves faíscas de cosmo, que caem se desintegrando aos poucos no ar, iluminando levemente o ambiente por um breve momento.

 

Shiryu – você cometeu o mesmo erro!— sorrindo levemente.

 

Tábata – como?

 

Nisso, a ombreira esquerda e uma parte do peitoral do mesmo lado da armadura de Dingo caem ao chão, cortadas cirurgicamente

 

Tábata – mas...o quê aconteceu?! Seu braço esquerdo estava totalmente inútil!?— dando alguns passos para trás.

 

Shiryu – talvez, ainda me reste alguns truques! Ou acha que desconhecia meu próprio ponto fraco?— erguendo-se, com a mão no peito.

 

Tábata – você quer dizer que...propositalmente me deixou atingi-lo?!— com os olhos trêmulos.

 

Shiryu – não apenas isso, mais uma vez você se aproximou o bastante para que pudesse tocá-la com minha Excalibur.

 

Tábata – hah, certo Dragão! E devo ter ferido superficialmente seu coração, já se deu conta? Foi uma jogada de sorte! Mas, não há mais o que possa fazer!— elevando o cosmo.

 

Shiryu – meu coração já está com cicatrizes! Não me importo com isso! — elevando o cosmo vagarosamente, ele abre os olhos, e estão brilhando em tom esverdeado. Seus cabelos se elevam junto com uma aura verde, e a armadura de Libra também brilha em um tom dourado

.

Tábata – de onde tira tanta força? E...o que o leva a lutar até o fim, sabendo que irá morrer!?— refletindo, com um semblante de perplexidade.

 

Nos Cinco Picos de Rozan, Shunrei e Mestre Ancião olham a imensa Lua, e percebem o fluxo da cachoeira um pouco estranho. O sábio mestre sente que Shiryu estava em perigo, e franze a testa, preocupado.

 

Shunrei – Mestre, o que está acontecendo?— vendo o velho com um semblante assustado.

 

Mestre Ancião – Shiryu está mais uma vez buscando elevar o cosmo ao extremo, como fez durante a batalha no Santuário. Ele está muito ferido, e parece que não lhe resta mais nenhuma opção.

 

Shunrei – mas Mestre, naquele dia ele....— levando as mãos ao rosto, com os olhos trêmulos.

 

Mestre Ancião – espero que ele tenha descoberto uma nova forma de resolver seus desafios, sem precisar usar apenas as técnicas que lhe ensinei...- com o olhos umedecidos.

 

Nisso, Shurei olha para a Lua, e seus olhos brilham por um momento. Ela vê a imagem de Shiryu nas estrelas, e tem um leve momento de esperança. Escutam-se os uivos de alguns lobos, e ela sente um pequeno calafrio.

 

Shunrei – confio em você, Shiryu!— colocando as mãos no queixo, enquanto Mestre Ancião olha para o fundo da cachoeira, e fecha os olhos por algum tempo, temeroso.

 

Na casa de Aquário, Tábata olha para Shiryu com admiração, e sorri por um breve momento.

 

Shiryu – prepare-se para conhecer o meu principal cosmo, Tábata!

 

Tábata – vou retalhá-lo por completo Shiryu! Não darei a mesma oportunidade, não vou sair daqui sem te derrotar!!!— explodindo o cosmo absurdamente.

 

Abaixo nas escadarias, Shina e Marin sentem o imenso cosmo de Tábata.

 

Shina – que cosmo terrível!— protegendo Milo do deslocamento de ar que se formara.

 

Marin – eu confio em Shiryu! E também estou preocupada com Seiya, não sinto mais seu cosmo!— protegendo Shun e Hyoga.

 

Nisso, dentro da casa de Aquário, a escuridão dá lugar ao imenso cosmo dos dois. Surge um imenso dragão de um lado, e um imponente dingo no outro. Um vendaval começa a soprar vindo do cosmo de Tábata, e seus bumerangues começam a reluzir em seus braços.

 

Tábata – sabe Shiryu, não acabei com você antes pois tenho um defeito, que é ser misericordiosa! Mas agora,você vai receber o último ataque, Dragão! Vou retalhar sua maltratada armadura de Libra junto com seu corpo!— com os olhos brilhando.

 

Shiryu – preciso aperfeiçoar essa lâmina, a lâmina da espada sagrada Excalibur! Preciso torná-la eficiente, como Shura me entregou! Não posso decepcioná-lo!— refletindo, com os olhos brilhando também e os cabelos erguidos pelo cosmo.

 

Tábata – adeus, Shiryu! FURACÃO NAVALHA!!!— um imenso turbilhão de cosmo formado por centenas de bumerangues alaranjados parte em direção ao cavaleiro em uma velocidade na qual ele não poderia se esquivar, cortado tudo o que tocava.

O cavaleiro se concentra, enquanto eleva seu braço esquerdo, no qual surge a imagem da lendária espada, a Excalibur.

 

Shiryu – essa é por você, Shura! EXCALIBUR!!!

 

O corte frontal avança sobre o turbilhão quando este estava preste a encostar no cavaleiro, dividindo-o em dois, enquanto Shiryu fica no meio, sem ser atingido

Os turbilhões passam ao seu lado, destruindo alguns pilares e todas as trepadeiras que cresciam ali, saindo pela entrada da casa de Aquário.

 

Tábata – não...não é possível!— vendo o corte dividir o seu ataque, e atingindo-a em cheio também.

O corte da espada sagrada atinge Tábata , que cessa o seu ataque logo em seguida, mas continua de pé.

 

Shiryu – eu...não tenho mais...forças...!— amansando o cosmo, e caindo ao chão logo em seguida, com o peito a sangrar.

Tábata dá um leve sorriso, e um pouco de sangue já escorria pelo seu corpo, manchando o chão.

 

Tábata – parabéns, Shiryu! Você afiou sua lâmina, e ficou ainda melhor do que a minha. Foi uma honra ter enfrentado a lendária Excalibur da qual Shura sempre falava!— a armadura se parte em dois no peitoral, caindo uma parte para cada lado. Eis que surge uma linha de sangue dividindo seu rosto, e logo, seu corpo cai ao chão.

 

Nesse mesmo instante, a armadura de Libra que trajava Shiryu começa a reluzir, e um cosmo começa a falar com ele, que parecia ter perdido os sentidos.

 

Voz – Shiryu?! Shiryu!?

 

Shiryu – Me-Mestre?!— deitado, falando com dificuldade, sem mexer sequer um músculo.

 

Voz – Shiryu, você teve apenas um ferimento superficial em seu coração!

 

Shiryu – como está di-zendo?!

 

Voz – isso mesmo, a armadura de Libra o protegeu de danos maiores! Talvez você tenha sido atingido na cicatriz que há em seu coração pela luta com Shura, e seu coração está de alguma forma está mais resistente.

 

Shiryu – como sabe disso, mestre?

 

Nisso, nos Cinco Picos Antigos, o Mestre Ancião está sentado na beira do rochedo, emanado um cosmo surpreendente, totalmente ligado ao da armadura dourada.

 

Mestre Ancião – sua constelação Shiryu, nenhuma estrela alterou seu brilho! Isso significa que você não foi atingido mortalmente. Você é um garoto de muita sorte! Heheheh!

 

Shiryu – mestre...obrigado! Pena que não tenho forças para levantar...ainda...argh...— nesse momento, a armadura para de emanar o cosmo, enquanto ele vai buscando se reerguer, recostando em um pedaço de pilar que sobrou após a árdua batalha, e segurando o peito ferido, buscando estancar o sangue.

 

Nisso, surgem adentrando pela casa Shina escorando Milo em seu ombro, e Marin escorando Hyoga e Shun.

 

Shun – Shiryu!— abrindo um sorriso pueril ao ver que o amigo estava bem.

 

Todos estavam a salvo, e agora, precisariam continuar, para chegar até Atena antes da amazona Daphne de Clóris, que pretendia usar todo o cosmo da deusa para os desejos de Artemis.

 

Em Capricórnio, Walleria erguia Seiya pelo pescoço, e o lançava contra um pilar. Logo em seguida, lhe aplicava vários socos e chutes, até seu corpo destruir o pilar.

 

Seiya – argh!!!— cuspindo sangue, com os olhos esbugalhados e já quase sem forças, buscando reerguer-se sem sucesso, tremendo no chão.

 

Walleria – talvez eu possa congelar a sua alma também, Pégaso! Que tal experimentar o sofrimento dos cavaleiros de ouro, já que se importa tanto com eles? – elevando seu cosmo gélido, ela se aproxima e prepara o golpe de misericórdia.

 

Shaka e Aiolia, que já estavam saindo de Libra, com cautela.

 

Aiolia – os corpos das amazonas, estranho não haver algum por aqui!

 

Shaka – nas casas anteriores não havia rastros! Também não sinto ninguém aqui.

 

Aiolia – é, há alguns sinais de destruição... mas essas plantas estão cobrindo tudo rapidamente. E o cosmo de Walleria tem me atrapalhado, não consigo me concentrar.

 

Shaka – também sinto em todo momento o cosmo dela confrontando com minha mente, e meu cosmo não está em plenitude também.— caminhando para a saída da casa.

 

Nesse momento, as suas armaduras trepidam por um instante, e vê um rastro dourado cortando o céu, indo em direção à casa de Sagitário.

 

Shaka – aquilo é?!

 

Aiolia – Shaka, ela voltou! Finalmente! A armadura do meu irmão!— ambos param na saída da casa, e acompanham o rastro dourado indo até Sagitário.

 

Daphne, a amazona de Flora, estava atravessando Escorpião, quando sente o cosmo estranho.

 

Daphne – o que será isso?!— apressando-se para sair da casa, e observa algumas centelhas douradas que ficaram no céu ao sair pela casa.

 

Daphne – hum, entrou na próxima casa, Sagitário.— olhando para a casa de Sagitário.

 

Hérmia de Asterope, que estava meditando em algum pilar sob a luz da lua em posição de lótus, interrompe sua meditação para observar o traço dourado que atravessava o céu, indo direto para a casa de Capricórnio.

 

Hérmia – aquilo é...? Walleria está em Sagitário! Disse para não brincar com esses ratos acuados! — saindo da posição, e saltando do pilar, sumindo em meio aos arbustos que tomaram conta do lugar.

 

Nisso, Walleria já emanava um cosmo congelante, e a casa de Capricórnio já estava internamente coberta por uma película de gelo. Quando ela se prepara para finalizar Seiya.

 

Walleria – foi um prazer, Seiya de Pégaso! Mas...o que é isso?!— nisso, um brilho dourado ofusca sua visão, impedindo que se concentre em atacar.

 

Seiya – ahn? Esse brilho?!— virando-se meio cambaleante, e vendo a armadura dourada de Sagitário brilhando.

Ela se desmonta, e as partes vão cobrindo o seu corpo, até que o recobre por completo.

 

Walleria – esse brilho?! Uma armadura dourada! Mas, como surgiu aqui?!

 

Seiya – a armadura dourada de Sagitário sempre surge nos momentos que mais preciso, para me ajudar a fazer a justiça! – erguendo os punhos, enquanto a armadura reflete alguns brilhos do luar. O cosmo dourado agora envolve Seiya.

 

Walleria – hah, Pégaso! Será que agora me dará uma boa caçada?! – elevando o cosmo novamente, e sorrindo, passando a mão pelo cabelo.

 

Seiya – vai se arrepender por ter se aliado à Artemis!

 

O clima fica tenso, e ambos se encaram. Walleria de Beluga ainda aparenta a mesma confiança, e parece não se importar com o surgimento da armadura dourada.

 

Walleria – eu sinto os cavaleiros dourados se aproximando! Quanto mais próximo estiverem de mim, maior será o efeito do meu cosmo sobre eles, sabia?

 

Seiya – do quê está falando?!

 

Walleria – se os cavaleiros receberem novamente o meu ataque, a alma deles ficará congelada para sempre! Por isso permiti  que se aproximassem daqui! – sorrindo.

 

Seiya – essa não! Isos quer dizer que preciso derrotá-la antes que cheguem aqui!— posicionando-se para atacar, elevando mais ainda o cosmo, recuperando totalmente as forças, e fazendo o gelo ao seu redor trincar.

 

Walleria – veremos, Pégaso!— posicionando-se para atacar também, envolta por uma aura branca.

 

Os cosmo se confrontam, e a árdua batalha está prestes a ser decidida. Conseguirá Seiya deter o imenso e gélido cosmo de Walleria?

 

Daphne e os cavaleiros dourados também estão cada vez mais próximos da casa de Sagitário. Shiryu e os outros procuram reunir forças para continuarem seguindo até Peixes, rumo ao salão do Grande Mestre.

 

Avante Seiya, não permita que Artemis concretize seus planos insanos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Artemis aguarda o retorno de suas guerreiras, que estão batalhado pelo Santuário.
Seiya, trajando a armadura de Sagitário, precisa derrotar logo Walleria, antes que os cavaleiros de ouro possam ser atingidos novamente pela sua técnica.
Daphne de Clóris também se aproxima, e poderá tornar as coisas ainda mais sombrias para Seiya e os outros!

Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya - A Batalha de Artemis:

O TERRÍVEL SOPRO GÉLIDO!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Saga de Ártemis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.