A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 25
O Canto da Sereia!


Notas iniciais do capítulo

As amazonas gêmeas chegam às doze casas, porém, na casa de Touro, o próprio Aldebaran procura detê-las.
Entretanto, o rumo da batalha poderá ser definido com a ajuda de uma antiga inimiga.



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Os cavaleiros de Atena preparam-se para o grande confronto com as guerreiras gêmeas de Artemis.

Hérmia de Ninfa, que ficara atordoada com a decisão de Artemis ao conceder as lendárias armaduras de Sátiro e Clóris às irmãs gêmeas, agora se prepara para recepcioná-las, e tenta ignorar a situação. Ao saber que ambas acabaram de derrotar os cavaleiros de ouro, ela parece esnobar o feito.

 

Hérmia – estou agindo feito criança! Acabo de sair da presença de Artemis novamente, apenas para me fazer sentir mais importante que as outras, sendo que já derrotamos aqueles cavaleiros de ouro antes! Derrotar esses cavaleiros moribundos que deixamos para vocês não representa nada!— refletindo, ela também relembra de alguns momentos de combate com os cavaleiros dourados na casa de Áries, Touro, Leão e Virgem.

 

Hérmia para por um breve momento nas escadarias enquanto descia para Peixes, e olha seu reflexo numa poça d’água formada pela chuva que caiu.

 

Hérmia – elas estão fazendo o trabalho que você já fez, nada mais. Não são mais fortes do que você! Apenas possuem armaduras lendárias por possuírem linhagem diferente, nada além disso!

 

Logo em seguida, ela olha para cima, e o belo luar que clareia a noite a inspira e a acalma, e ela busca uma rocha, aonde senta em posição de lótus, fechando os olhos e entrando em um tipo de meditação, como uma aura de cosmo emanando de seu corpo.

 

Enquanto isso, Pégaso e Cisne estão passando por Sagitário, juntamente com Shina e Marin.

 

Hyoga – vejam, a saída de Sagitário!

 

Shina – ahn!?— parando um pouco, e olhando para trás. Os outros param também, sem saber o que estava acontecendo.

 

Seiya – o que houve?

 

Shina – nada....vamos em frente...- virando-se para a saída de Sagitário, e correndo para Capricórnio, seguida pelos outros.

 

O que a havia incomodado provavelmente foi a presença de Tábata de Dingo, que tudo observava sobre um pilar ao lado da casa de Sagitário.

 

Tábata – Shina, Marin....suas imbecis...pagarão pela traição! Mas não agora... -  com os cabelos bagunçados pelo vento, saltando até um degrau das escadarias – e, o tal Andrômeda voltou apenas para ajudar aquela amazona, porque isso?!

 

Ela observa tudo, e parece refletir sobre a união dos cavaleiros, e o sentimento que há entre todos eles. Ela já havia desfrutado da teimosia de Shiryu em proteger Atena e seus amigos, mesmo arriscando a vida ao combatê-la com todas as forças.

 

Enquanto Tábata meditava sobre os fatos, Shun de Andrômeda já estava saindo por Escorpião, e descendo as escadarias. Para sua surpresa, acaba deparando com Shiryu subindo as escadarias.

 

Shiryu – ...Shun?!— surpreso.

 

Shun – Shiryu! Você está bem?!— um pouco chocado por ver a armadura de Libra tão maltratada, e as armas douradas destruídas. 

 

Shiryu – sim, estou...mas porque está voltando?!

 

Shun – June e Milo podem estar em perigo! Chegaram duas amazonas no Santuário, e estão subindo as casas zodiacais!

 

Shiryu – mais duas amazonas?! Então esses cosmos que senti juntamente com os dos cavaleiros de ouro aqui por perto, eram dessas duas!

 

Shun – vou ajudar June! Junte-se aos outros, depois os encontrarei...- ao começar a descer um degrau, Shiryu segura seu braço – mas....

 

Shiryu – você acha mesmo...que June está desprotegida?!

 

Shun – como?

 

Shiryu – ela derrotou uma guerreira de Artemis, algo que não esperávamos dela, e ainda está acompanhada por Milo.

 

Shun – mas como sabe que eles estão bem? Ou mesmo, se ela não precisa de ajuda?

 

Shiryu – Shun....temos que confiar neles...talvez percam a vida tentando, mas atrasarão essas guerreiras. 

 

Shun – mas...

 

Shiryu – ainda que pareça triste, June optou por isso, estar aqui conosco nessa batalha, como amazona de Atena, e dar tudo de si para proteger Saori. Se você não confiar nela, qual o senso de valor que ela conquistará?

 

Shun para um pouco e parece refletir. Ele olha para a casa de Libra, e nesse momento, percebe alguém vindo. Shiryu apenas abaixa a cabeça, já sabendo quem era.

 

Shun – Milo?! Mas... - procurando June.

 

Eis que Milo surge, sozinho, subindo velozmente os degraus, e depara-se com os dois.

 

Shiryu – então, Milo, você está bem?!

 

Milo – bom saber que vocês também estão vivos! É claro, você acha que me dou facilmente por vencido?

 

Shun – ...o que houve com June?

 

Milo – Shun, ela optou por ficar, e enfrentar as amazonas que chegaram ao Santuário...

 

Shun – mas ela não pode fazer isso sozinha! Preciso ...

 

Milo – Shun....

Milo coloca a mão em seu ombro. Nesse momento, os olhos de Shun ficam trêmulos.

 

Milo – ela pediu para te falar...para confiar nela, caso te encontrasse. Não acho que seja muito bom voltar lá, e desfazer todo esse momento único na vida dela.

 

Shun – vocês têm razão...não tenho esse direito...preciso confiar nela! Assim como meu irmão confiou em mim... – fechando os olhos, deixando algumas lágrimas descerem pelo seu rosto.

 

Shiryu – então, vamos em frente, falta pouco para chegarmos até Atena.

 

Shun – June...conto com você! Confio que dará o melhor de si nessa batalha, e realizará o seu desejo de proteger Atena com todas as forças!

 

Após a reflexão, ele se volta para os degraus acima, e mesmo retrucando começa a correr, seguindo Shiryu e Milo.

Shun acaba abafando seu lado emotivo, e percebe que realmente June estava disposta a dar a sua vida pelo que mais almejava: ser valorizada como uma amazona.

 As lágrimas descem pelo rosto de Andrômeda. Ele olha para as estrelas, e vê o rosto de June, sorrindo, mas continua subindo as escadarias. 

 

Na casa de Touro, as amazonas gêmeas,  Daphne e Latona, encontram-se já em sua saída, olhando para a próxima casa, Gêmeos.

 

Latona – como já derrotamos aqueles cavaleiros, não precisamos nos preocupar com essas casas zodiacais.

 

Daphne – irmã, não acha nada estranho?— nisso, Latona dá um leve sorriso, e fecha os olhos.

 

Latona - Parece que...não estamos mais sozinhas...

 

De repente, um clarão dourado se faz vindo de dentro da casa zodiacal, o que deixa as amazonas perplexas. Elas se viram, e eis que lá estava, trajando sua armadura dourada e com seu porte imponente com os braços cruzados, Aldebaran, o guardião da casa de Touro.

 

Latona – como esse sujeito é persistente...

 

Aldebaran – parece que cheguei um pouco atrasado...hahaha!

 

Daphne – verme insolente, acha que ainda tem energias para nos combater!? — vendo Aldebaran de braços cruzados, com seu cosmo dourado queimando.

 

Aldebaran – acho que não entenderam a situação: sou o guardião dessa casa, e é meu dever não permitir que deem mais um passo sequer!— seu cosmo agora brilha intensamente, e alguns blocos imensos de concreto erguem-se do piso, saindo atrás das amazonas, forçando-as a entrarem para o centro da casa.

 

Daphne – imbecil, vou sugar toda a sua cosmo energia e usá-la para transformar esse Santuário em uma bela floresta para a deusa Artemis!— elevando o cosmo, e já fazendo com que algumas trepadeiras e arbustos começassem a crescer pela casa de Touro, e algumas flores vão desabrochando...

 

Aldebaran – essa não, meus cosmo está diminuindo novamente...— vendo sua cosmoenergia sendo sugada. Porém...um som a interrompe. 

 

Daphne - Latona?! - vendo dua técnica detida momentaneamente pelo breve som do aulo. 

 

Latona – irmã...deixe as coisas comigo!

 

Aldebaran - ahn?

 

Daphne - você está querendo brincar essa hora?— relaxando sua posição. 

 

Latona - se ele chegou aqui, outros cavaleiros também poderão chegar. Artemis precisará mais de você nesse momento do que de mim, vá recriar o mundo que ela tanto almeja com o cosmo de Atena!

 

Aldebaran - como é? O quê vocês estão pensando em fazer com Atena?

 

Daphne— parece que a jovem Atena está tentando bloquear o cosmo de sua irmã. Porém, quando seu cosmo estiver novamente recuperado, absorverei todo o seu cosmo divino para que Artemis o utilize para punir a humanidade!

 

Aldebaran— então foi por isso que Artemis as trouxe aqui! não foi unicamente para nos impedir, mas para subjugarem Atena!

 

Daphne— a verdade é que os cosmo de vocês são um especial aperitivo, mas o prato principal é Atena!

 

Latona— quanto mais minha irmã absorve um cosmo, maior a energia para entregar para Artemis! É irônico pensar que o próprio cosmo de Atena acabará com a humanidade!

 

Aldebaran - Eu impedirei que façam isso!!! 

 

Daphne - você, Aldebaran? 

 

Latona— hahahah como você é divertido! Por isso gostava de vir aqui escutar as suas histórias quando era uma criança iludida. 

 

Aldebaran - veremos quem rirá por último!

 

Daphne – hum, então, fique com ele...vou prosseguir...mas não demore muito!

 

Daphne resgata o cosmo absorvido de Aldebaran, e corre em direção às grandes placas de concreto, que são destruídas com uma explosão da esfera cheia de cosmo lançada contra a barreira.

 

Aldebaran – não vai à lugar algum!— elevando o cosmo – GRANDE CHIFRE!!!

 

A explosão de cosmo emanada pelo cavaleiro, de braços cruzados, lembra a disparada de um Touro bravio indo em direção à amazona que corria desprevenida para a saída da casa zodiacal....mas....algo acontece.

 

Aldebaran – mas...o que houve?!— vendo seu ataque detido, enquanto uma bela melodia ecoa repentinamente, e Daphne parte para as escadarias após saltar por sobre os blocos de pedra destruídos, em direção à casa de Gêmeos – essa não, é....a mesma técnica que deteve o ataque de Aiolia.

 

Nisso, ele vê Latona, com o aulo em seus lábios, e tocando a melodia harmoniosa, que deteve seu ataque. A técnica parecia equilibrar todo o ambiente em um só fazendo com que o tempo virasse um momento de paz, plenitude e serenidade, onde tudo estaria em harmonia, neutralizando qualquer ataque.

 

Latona – já chega...— ao cessar sua melodia, o ataque do Touro explode na saída da casa zodiacal, destruindo alguns pilares e os blocos que haviam de erguido, levantando uma nuvem de poeira.

 

Aldebaran – mas que droga de técnica é essa!?

 

Latona – a HARMONIA DOS SERES anula qualquer momento de agressão ou rebuliço! Quando emano essa melodia, é um momento apenas de plenitude e paz...todo o universo entra em equilíbrio!

 

Aldebaran – hum, e acha que isso me impedirá de superá-la?

 

Latona – acho que você não está entendendo a magnitude da sua teimosia, grandalhão! – levando o aulo aos lábios novamente, enquanto que seu cosmo se eleva e a melodia ecoa, surgindo a imagem de campos verdejantes logo ao fundo, e um sátiro dançando e trotando com a melodia.

 

Aldebaran – mas, o que é isso agora?!— elevando o cosmo, ainda de braços cruzados, mas um pouco surpreso com o cosmo da amazona.

 

Latona continua entoando aquela melodia animada, e ao mesmo tempo, macabra, e agora são vários Sátiros trotando por todos os lados...

Após um grave poderoso, Aldebaran parece se atingido por todos os lados por um impacto de cosmo invisível, sendo quase esmagado com sua armadura, chegando a se retorcer.

 

Aldebaran – arrrgh!!!— caindo contorcido no chão, após o ruído de alguns ossos quebrando ecoarem pela casa de Touro com o fim da melodia. Um poça de sangue se forma abaixo do grande cavaleiro, que parece desacordado, com o rosto ao chão.

 

Latona – hum...cavaleiros de ouro...os defensores mais poderosos, caindo rapidamente diante da nossa força...grandalhão, foi um prazer...— virando-se para a saída, e guardando o aulo a cintura da armadura, quando de repente, ouve-se um grito esbravejante ecoar pela casa.

 

Aldebran – argh, ainda não acabou!!!— tentando se levantar do chão, aos poucos, com sangue escorrendo por todo o corpo, fazendo com que a amazona volte-se novamente para ele.

 

Latona - agora sim, isso pode ficar interessante...Mesmo com o corpo destroçado, pode sofrer ainda mais! - abrindo um belo sorriso.

 

Perto dali, Mu, Shaka e Aiolia estão chegando ao Santuário, e encontram os cavaleiros de bronze derrotados, com Tatsumi e Kiki ao lado deles.

Tatsumi – os cavaleiros de ouro!!! Finalmente!— emocionado e apavorado ao mesmo tempo.

 

Aiolia – mas...o que houve por aqui?!

 

Kiki – mestre Mu!!! O senhor está bem?

 

Mu – sim Kiki, graças a ajuda de Hilda em Asgard nos recuperamos! Mas o que aconteceu com eles?!— vendo os cavaleiros de bronze feridos e cabisbaixos.

 

Tatsumi – duas amazonas passaram por aqui e....foi terrível!— desesperado.

 

Jabu – não tivemos tempo de fazer muita coisa...a força delas é algo que nunca vi antes... - sentado no chão, ao lado dos outros companheiros.

 

Shaka – deixem que resolveremos as coisas daqui para frente!

 

Aiolia – salvaremos Atena custe o que custar! Poupem suas vidas ficando longe!— mais rude com todos.

 

Ban – se Atena precisar de nós, agiremos ainda que não queiram!

 

Mu – Kiki, não deixe que nos atrapalhem! Caso venhamos a falhar, busque Asgard! Lá ficarão seguros por mais tempo!

 

Kiki -....mas mestre...

 

Mu - ...Kiki, até breve...cuide-se...

 

Tatsumi – acabem logo com isso e tragam Saori!! Isso que importa!

 

Aiolia – vamos logo! E fiquem aqui!!!  - virando-se, parte em direção ao Santuário, deixando os cavaleiros de bronze confiantes.

 

Kiki – mestre Mu, boa sorte!— olhando os três partirem com suas armaduras brilhando sob o luar.

 

Shaka – posso sentir os cosmos de Aldebaran e Latona confrontando...

 

Aiolia – isso mesmo, e alguém acabou de chegar ao Santuário também...— olhando para as doze casas, preocupado com todo aquele rebuliço.

 

Acima das doze casas, Artemis sente o cosmo de suas novas amazonas, e sorri, levantando-se do seu repouso, e caminhando até um local aonde avista todo o Santuário.

 

Artemis – então, já estão aqui...e há um cavaleiro com um cosmo incrível também....certamente um cavaleiro de ouro!— mudando um pouco o semblante.

 

Logo ali, no salão do grande mestre, Atena sentia o cosmo poderoso da amazona, e de Aldebaran também.

 

Atena – os cavaleiros de ouro estão aqui! Eles podem nos ajudar a combater mais essas duas amazonas, eu sei que venceremos!— elevando mais ainda o cosmo, e enviando uma mensagem de esperança a todos os cavaleiros que ainda combatiam buscando a paz na Terra.

 

Artemis, sentindo o cosmo de Atena queimando e combatendo o seu, começa a se preocupar, mesmo com a vinda das duas amazonas.

 

Artemis - as coisas não estão correndo como esperava. Minhas amazonas subestimaram os defensores desesperados da minha irmã...— virando-se e mordendo um fruto arroxeado que havia nascido de uma trepadeira.

 

Na casa de Touro, Aldebaran com sua resistência surpreendia Latona, a amazona que havia sobrepujado todos eles anteriormente.

 

Latona – como ainda consegue se levantar?

 

Aldebaran - ainda não te mostrei....todo o meu...poder!!! - ficando de pé com dificuldade, e explodindo o cosmo subitamente.

 

Latona – será que ainda não compreendeu que ão pode fazer nada?! - passando a mão o cabelo, apenas aguardando o que o Touro poderia fazer naquela situação.

 

Aldebaran – GRANDE CHIFRE!!!— o cosmo do cavaleiro dourado surpreende a amazona, que procura deter o poderoso ataque estendendo os braços e bloqueando com as mãos.

 

Latona – vamos domar o Touro! Hahahah!

 

A amazona acaba sendo arrastada para trás, mas ao final, anula o poderoso e devastador golpe do cavaleiro detendo-o com as mãos.

 

Aldebaran - hum, meus parabéns! Mas, perceba que deter um grande poder implica em sofrer as consequências!

 

Latona - miserável...!!!

 

Latona percebe que sua armadura começava a trincar, e alguns pedaços da parte que protegia os braços e as mãos ficam bem rachadas. Isso faz com que a amazona mude o seu semblante confiante

 

Aldebaran – Você realmente é uma oponente incrível! Deter o meu ataque, só vi uma pessoa conseguir isso, e mesmo assim não havia usado um terço da força que usei agora!

 

Aldebaran abre um sorriso desafiador. A amazona por sua vez, revela um sorriso apático, um pouco irritada.

 

Latona – muito bem grandalhão, você me surpreendeu com sua força de vontade...apesar de estar com os ossos quebrados e perdendo muito sangue, continuou combatendo bravamente. Acho que me precipitei, e o subestimei...Essa minha lendária armadura foi judiada pelo seu ataque...mas agora, é a minha vez de testar a sua novamente!

 

Aldebaran – então, veremos! Ainda não demonstrei todo o potencial do meu cosmo!— elevando o cosmo novamente.

 

Latona – hum...acho que já me diverti, preciso exterminar os outros insetos que estão incomodando Artemis. Agora, sua armadura não impedirá que parta para o outro mundo! Aproveite novamente com meu TROTE SOMBRIO!!!— levando o aulo até os lábios.

 

O cavaleiro de Touro apenas eleva o cosmo dourado, sorrindo bravamente, mas ofegante devido ao sofrimento da batalha. A melodia do aulo agora ecoa pelo ambiente, e apesar de não escutá-la bem, ele sente o imenso cosmo da amazona dominando todo o ambiente, e sufocando o seu. Seu corpo sente um grande incomodo, e seus ossos começam a dar choques de dor, e suas juntas vão se retorcendo.

 

Aldebaran – argh, não posso perder aqui!

 

O Touro procura reagir, mas sem sucesso.

Agora,  ele se vê dentro de uma floresta sombria, e um sátiro passa trotando entre as árvores pantanosas.

A amazona, que estava com os olhos fechados tocando seu aulo, de repente os abre, e estão brilhando ameaçadoramente.

Mas algo começa a atrapalhar a sua melodia.

 

Daphne - mas....o quê é esse cosmo? Essa voz!?

 

Uma voz encantadora ecoa pelo ambiente, e faz-se sentir um doce cosmo, vindo das escadarias da casa de Touro. Esse cosmo chama a atenção de Aldebaran também, que amansa sua postura.

 

Aldebaran - ...que bela voz é essa?  - refletindo.

 

Latona – ...o que é....essa cantoria...? — amansando o cosmo, e contendo seu aulo, ela olha para a entrada da casa zodiacal, e o sob a luz da lua, um cosmo vai se revelando.

 

Aldebaran – que cosmo é esse?!

 

O cavaleiro se mantem de pé com dificuldades.

Latona e Adebaran não compreendem o que está acontecendo. Começam a surgir corais e rochedos por todo lado. Eles agora olham para a entrada da casa zodiacal, e vêem  algo parecido com ondas batendo em um rochedo, de onde se ergue uma sereia, sentada e cantando.

 

Na entrada para Capricórnio, Marin e Shina param e olham para as casas abaixo. Hyoga e Seiya esperam pelas duas, já quase adentrando pela casa zodiacal.

 

Seiya – o cosmo de Aldebaran foi sufocado por um cosmo imenso, e agora, surgiu mais esse.

 

Shina – esse outro cosmo...já o senti antes...

 

Hyoga – como assim?

 

Seiya –  Shina, você deve estar enganada...também me lembro de algo semelhante, mas foi nos domínios de Poseidon!— olhando para ela, e sem entender o que aquela pessoa estaria fazendo ali.

 

Shina - Temos mais alguém atraído pelo cosmo de Artemis! - refletindo.

 

Logo abaixo, Milo, Shun e Shiryu, sentem os cosmos estranhos no Santuário e param brevemente na saída de Sagitário. Cosmo esse que não era novidade para o cavaleiro de Andrômeda.

 

Milo – e agora, que cosmo é esse?

 

Shiryu – o cosmo de Aldebaran ficou bem fraco, assim como o outro, mas surgiu mais esse estranho!

 

Shun – esse cosmo...até ela veio atraída pelo poder de Artemis! Não pode ser!

 

Milo – de quem está falando, Andrômeda?

 

Shun - não, mas seu cosmo está mais poderoso! Agora tudo faz sentido!

 

Milo - pelo jeito, mais uma amazona chegou então...

 

Shun - isso, as amazonas estão sendo atraídas pelo cosmo de Artemis! Por isso June atingiu o sétimo sentido brevemente, e as amazonas estão com seus cosmos ardendo!

 

Shiryu - agora tudo se encaixa!

 

Shun apenas olha para as casas abaixo, imaginando o quÊ aquela amazona, que ele havia outrora combatido, estaria fazendo no Santuário.

 

Na casa de Touro, do estranho cosmo que surgira, ecoava uma melodia vinda dos lábios da sereia que estava na entrada da segunda casa. A sereia de cabelos loiros, olhos verdes e olhar puro, entoava um canção que atrapalhava o poder da melodia vinda do aulo da amazona, e salvara Aldebaran da morte certa.

 

Latona – essa canção combateu minha melodia! Como isso é possível?!

 

Aldebaran observa aquilo tudo já quase sem forças, sem entender o que se passava.

A canção penetrava em seus cérebro, e o fazia abaixar ainda mas o cosmo, mas o mesmo parecia não acontecer com Latona. De repente, ele vê a sereia erguendo as mãos e saltando em direção a amazona, como que nadando serenamente ao seu encontro.

 

Aldebaran – a sereia está indo na direção dela! 

 

Latona – o quê?! - quando percebe, a sereia já estava parada diante dos seus olhos, e logo a cantoria cessa, e o ser começava a nadar ao seu redor, envolvendo-a com uma camada colorida corais. A amazona não consegue reagir a tempo, e acaba sumindo em meio ao emaranhado de corais.

 

O Touro vê aquilo tudo, e agora, percebe uma nova amazona adentrando pela casa de touro, iluminada pelo luar. 

 

Aldebaran – mais uma amazona! Hahah, parece que as coisas só pioram...

 

Eis que surge na entrada da casa de Touro, ninguém menos que Thetis de Sereia, revelada pelo luz do luar, que faz com que sua armadura avermelhada reluza divinamente com seus olhos esverdeados.

 

Qual será o intuito da guerreira? Atraída pela força de Artemis, se juntará às protetoras da deusa e combaterá o cavaleiro quase derrotado?

 

Daphne está passando por Gêmeos, e para, olhando para trás, mas logo continua, com o semblante diferente e cheio de preocupação.

 

Os cavaleiros de ouro correm para ajudar Aldebaran e o outros, enquanto os cavaleiros de bronze se apressam em alcançar Atena, mas algo acontece na passagem por Capricórnio

 

Seiya – mas, o que é isso?!

 

Uma muralha de gelo se ergue na saída da casa, e outra subindo na entrada da mesma, cercando todos eles.

 

Hyoga – um cosmo tão potente que está conseguindo criar um imenso paredão de gelo.

 

Marin – estamos presos aqui dentro!— vendo o gelo crescer por todos os lados da casa.

 

Shina – elas buscarão os segurar ao máximo aqui, até que Atena se entregue à Artemis. 

 

Seiya— já senti esse cosmo antes! Não faz sentido!  Ela nos deixou passar para agora, tentar nos impedir novamente!

 

Marin— amazonas costumam mudar suas estratégias de caça e emboscada. Artemis com certeza percebeu que as elas subestimaram a situação, e decidiu mudar o jogo.

 

Hyoga— e vocês sabem disso pois estão conectadas com o cosmo dela! Isso tudo está muito estranho!

 

Shina— sim Hyoga, e vamos conseguir superar todas elas! Não desconfie de nós!

 

 Todos olham para a muralha de gelo, enquanto a temperatura ambiente vai baixando.

Enquanto isso, os cavaleiros de ouro, sentem um incomodo estranho, e interrompem momentaneamente sua corrida apressada em direção ao Santuário.

 

Shaka – o que foi isso?! — parando e pondo a mão na cabeça. Consegue-se escutar em sua cabeça um zumbido irritante.

 

Mu – essa não... - sentido o mesmo incomodo.

 

Aiolia – sinto meu corpo gelando, e um mal-estar esquisito...— levando a mão à cabeça também.

 

Mu – esse cosmo...está vindo de...Capricórnio...

 

Shaka – dessa vez, parece que dependemos tão somente da superação dos cavaleiros de bronze para que possamos salvar Atena. Não há condições de enfrentarmos Walleria! A Fonte de Odin nos ajudou muito, mas ela parece ainda nos influenciar de alguma forma com o seu cosmo!

 

Aiolia— mas que droga! - cerrando os punhos com ódio.

 

Qual será o destino dos jovens defensores de Atena?! Teria Thetis derrotado uma das amazonas mais fortes de Artemis? E, o que será dos cavaleiros de ouro, que não tiveram tempo para recuperarem-se totalmente?

Avante, Seiya, não deixe que a Terra  diante dos planos de Artemis!


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Notas finais do capítulo

Thetis de Sereia procura de todas as formas, elevar seu cosmo ao nível de Latona, buscando sua honra como amazona de Poseidon.
Na casa de Capricórnio, Seiya e seus companheiros deparam com um desafio que poderá mudar o rumo das batalha no Santuário, caso vençam.

Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya - A Batalha de Artemis:

DETERMINAÇÃO FATAL!



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