Tempos Da Esperança- Peeta & Katniss escrita por Luci Mellark


Capítulo 18
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Espero que gostem!



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Eu percorro pela casa com uma empolgação descomunal, vou até a sala de jantar, onde são servidas as refeições. Todos já acordaram e estão sentados diante de uma mesa de café com uma variedade imensa de comes e bebes, desde frutas que eu nunca vi na minha vida, geleias de vários sabores, pães feitos das mais diversas maneiras, até outras comidas que normalmente não comemos no café da manhã. Porém, não foi isso o que mais me chamou atenção ao entrar na sala. O que mais me chamou atenção foi o fato de que todos estavam com expressões sérias no rosto e pareciam estar discutindo algo bem sério, pelo o que eu percebi estavam esperando que eu acordasse, mas se de fato fosse isso, por que não me acordaram?

– Sente-se, Katniss. Temos algumas coisas para conversar. - Paylor disse apontando para a única cadeira vazia na mesa.

Eu me sentei na cadeira e todos pararam de conversar. Fiquei um pouco tensa.

– Começarão novas buscas para encontrar os rebeldes e que estes sejam devidamente punidos, nós estávamos discutindo quem deveria fazer parte das buscas e quem deveria ficar aqui. – Paylor começa, tenho quase certeza de que sei o que ela vai falar. – Todos nós concordamos que você deve ficar aqui em segurança e Peeta vai ficar aqui para te fazer companhia e garantir que tudo permaneça aos conformes.

Todos estão com o olhar fixo em mim. Eles querem saber qual vai ser minha reação a isso.

– Tudo bem. - digo sem hesitar.

A surpresa está estampada na cara deles, penso.

– Tudo bem? - Peeta pergunta com o cenho franzido, incrédulo.

– Claro. – me divirto com o espanto deles, rindo por dentro. – Algum problema? – pergunto.

– Não, obviamente não. É só estranho que você não queira fazer parte das buscas e não proteste até conseguir o que quer. - Gale responde.

– Isso quando eu quero fazer alguma coisa e me impedem, mas nesse caso eu não quero fazer parte das buscas. – complemento.

– Pensávamos que essa conversa iria demorar mais, mas pelo o que eu vi não há motivos para não começarem as buscas agora. Então, Gale, Johanna, Aidan e Ethan podem ir, vocês sabem o que deve ser feito.

Com isso todos se dispersam e apenas eu e Peeta continuamos na sala de jantar. Eu termino de comer o que restava no meu prato e Peeta faz o mesmo, ficamos fazendo isso em silêncio, mas não um silêncio constrangedor, apenas o silêncio durante a mastigação de comida.

– Dormiu bem? - Peeta pergunta com um sorriso um pouco malicioso.

– Minha noite foi péssima. - eu tento soar convincente, mas começo a rir após pronunciar as palavras.

– Ah- ele finge desapontamento e depois se levanta da mesa. – Lamento muito. Acho que vou ter que te recompensar. - ele estende a mão para mim.

– É o mínimo que você poderia fazer!- aceito a mão dele e ele me levanta.

– Para onde vamos?- eu pergunto.

– Para um lugar que você vai gostar de conhecer. - ele responde vagamente.

...

Saímos da casa de Paylor e ele foi me levando por um caminho que eu não conhecia, mas que para ele parecia ser familiar. Ele coloca uma das mãos em meu rosto para cobrir meus olhos.

– Não vale espiar!- ele adverte. – Se não...

– Se não...?- pergunto curiosa pela resposta.

– Apenas não espie. - é a única coisa que ele diz.

Ele me conduz por mais alguns minutos ainda com as mãos cobrindo meus olhos, depois disso ele para.

– Chegamos. - ele retira a mão e me devolve a capacidade de enxergar.

Estamos em uma floresta linda e cheia de árvores imensas que cobrem praticamente toda a visão para o céu, como um teto de galhos e folhas.

– Gostou?- ele pergunta acompanhando meu olhar.

– É claro! Eu me sinto tão... em casa. – respondo. – Florestas me trazem boas lembranças.

– Das suas caçadas com Gale, suponho. - ele fala com um pouco de amargura na voz, acho que ele está com ciúmes.

– Na verdade, eu estava pensando no meu pai. - corrijo-o com honestidade.

Nós caminhamos um pouco pela floresta e de repente eu avisto um lago. Vou correndo até ele. Peeta vai atrás.

A água é transparente e gelada. Eu olho para Peeta e ele está olhando para mim, provavelmente entendendo o que eu tenho em mente.

– Vamos entrar? - pergunto.

– Eu não acho que seja uma boa ideia... Eu não sei nadar muito bem, lembra? - ele não parece estar com vontade de entrar.

– Eu te ensino. - eu digo rapidamente com os olhos de súplica.

– Eu acho melhor não...

Eu não deixo ele terminar de falar e pulo no lago puxando ele junto comigo.

– Sua boba, agora nós dois estamos ensopados! - ele fala me puxando pela cintura.

– E daí?- retruco e saio nadando, deixando-o sozinho. – Eu só volto se você implorar para que eu te ensine a nadar.

– Vai ser assim, é?- ele não espera resposta. – Katniss, por favor, venha até aqui e me ensine a nadar.

– Assim não!- eu grito para que ele me ouça.

– Katniss linda, a pessoa que eu mais amo, eu imploro, venha até aqui e ensine esse perneta a nadar. – ele fala rindo.

– Já vou!- eu rio e depois mergulho até Peeta.

– Primeiro vou te ensinar a bater as pernas de baixo da água. Você primeiro se apoia aqui na margem do rio. – eu demonstro o que digo. – e meche as pernas para cima e para baixo.

Ele faz exatamente o que eu digo, mas suas batidas de perna são mais pesadas por causa da sua prótese de perna.

– Ótimo! Agora você só precisa saber movimentar os braços para dar mais impulso enquanto nada. Tente nadar agora sem se segurar na borda.

Ele consegue nadar até o meio do lago depois começa a se afogar.

– Peeta!- grito.

Imediatamente vou nadando até ele e seguro os seus braços para dar apoio para que ele consiga respirar.

Peeta se solta dos meus braços e ele me segura agora.

– Sou um ótimo ator, não sou?- ele ri da minha cara.

– Você quase me matou de susto! Não teve a mínima graça! – falo com uma cara de emburrada.

– Não teve? Nem um pouquinho?

Ele me beija, nossos lábios estão molhados e escorregadios, mas isso não deixa o beijo ruim, muito pelo contrário.

Nos separamos apenas quando ficamos sem fôlego.

– Vamos nos sentar pouco para secar nossas roupas? Acho que Paylor não vai ficar feliz se molharmos toda a casa dela. - Peeta propõe.

Eu concordo com a cabeça, ainda sentindo seus lábios contra os meus. Fomos nadando até a beira do rio. Torcemos nossas roupas e nos deitamos na grama bem verde que fica na beira do lago.

– Como você aprendeu a nadar assim?- Peeta pergunta.

– Meu pai costumava a me levar a um lago que tem na floresta do distrito 12.- respondo.

– Você nunca me levou até lá. - Peeta fala um pouco decepcionado.

– Porque eu sempre quis que fosse um lugar só meu e do meu pai. Não é nada pessoal, só que eu não consigo percorrer o caminho que leva até o lago sem me lembrar dele. Algumas coisas são tão difíceis...

– Eu entendo como se sente... Você pelo menos ainda tem alguém da sua família vivo. - ele fala com os olhos marejados.

– Nós temos um ao outro, não temos? Isso é o que importa agora. – eu pego na mão de Peeta e aperto com força, ele sorri agradecendo.

– Eu acho que deveríamos sair daqui, antes que comece a chover. - Peeta olha para o céu, eu acompanho o seu olhar e vejo que ele está certo, o céu está escuro e nublado.

Nós seguimos caminhando rapidamente, mas quando estamos na metade do caminho começa a chover.

– Acho que a sorte não está ao nosso favor. - Peeta ironiza.

– Nunca está. - eu rio, ele ri junto comigo.

Nós ficamos um tempo abraçados na chuva. Eu olho para o rosto de Peeta e a chuva escorre de uma maneira que parece que saem lágrimas de seus olhos azuis. Eu fico na posta dos pés e bagunço os seus cabelos louros e molhados.

–Eu estou começando a ficar com frio. - digo me encolhendo.

Peeta me envolve com seus braços e nós caminhamos assim até a casa de Paylor.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Então me mande comentários, mensagens, recomendações para que eu continue postando novos capítulos!

Obs.: Próximo capítulo ainda nessa semana!

Uma perguntinha: Vocês recomendariam minha fanfic? Acham ela realmente boa?