Tempos Da Esperança- Peeta & Katniss escrita por Luci Mellark


Capítulo 17
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Espero que gostem!



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Acordo sentindo movimento. Sinto braços envolta das minhas costas e pernas, estou sendo carregada. Semicerro os olhos, pois a luz está muito clara e faz meus olhos arderem. Peeta é o dono dos braços e ele percebe que eu acordei.

– Minha intenção não era te acordar, desculpe. É que já chegamos à casa de Paylor e eu ia colocar você na sua cama para você ficar mais confortável. – ele sussurra como se não quisesse que eu me despertasse de vez. - Pode voltar a dormir, você ainda deve estar com sono e cansada.

Sem hesitar nem um segundo, eu volto a dormir como uma pedra.

P.O.V. Peeta

Carrego Katniss até o seu quarto evitando me movimentar muito para não acordá-la novamente. Coloco-a delicadamente na cama. Quando ela está dormindo parece tão vulnerável, como se fosse feita de porcelana e a qualquer momento pudesse se quebrar.

Deito-me do lado oposto ao dela na cama. Não vou deixa-la mais sozinha por nem um minuto, preciso garantir que ela fique bem agora, eu simplesmente não aguentaria passar pela mesma angustia que eu acabei de passar.

Katniss dá um suspiro e eu penso que ela vai acordar, mas ao invés disso ela somente muda de posição e envolve seus braços no meu braço esquerdo como se ele fosse um travesseiro. Seus cabelos estão soltos e eu uso a mão que está livre para acariciá-los. Eles são macios e levemente ondulados, o seu cheiro, que me é completamente familiar, se mistura com o aroma do shampoo que parece ser de morango. Aproveito minha falta de sono para observá-la em seu estado mais harmônico.

Em seguida, a respiração de Katniss que antes era leve virou ofegante. Eu me aproximo mais dela e consigo sentir as batidas rápidas do seu coração. Ela abre os olhos com um olhar de espanto, eles de alguma forma parecem mais escuros também como nuvens escuras e carregadas quando a tempestade está prestes a chegar. Eu dou um abraço nela e espero até sua respiração voltar ao normal. Eu me afasto para perguntar o que tinha acontecido e seu olhar continuava o mesmo.

– Qual foi o seu pesadelo?- pergunto por que obviamente ela tinha tido um.

– Eles tinham pego você e tinham o telessequestrado de novo. - Katniss responde.

– Eu estou aqui agora, relativamente normal. – abro um sorriso para confortá-la, ela se esforça para sorrir, mas acaba soltando uma careta como se tivesse sentindo alguma dor.

– Eu sei, mas esse pesadelo me lembrou de como você ficou logo depois que foi telessequestrado. - ela fala com o olhar vago como se tivesse navegando pelas lembranças.

Nós nunca tínhamos falado diretamente sobre esse assunto, de como eu havia agido nesses tempos difíceis. Eu me lembro de pouco, é como se aquela pessoa que cometeu aqueles atos fosse uma parte sombria minha que eu tentava reprimir a todo o momento.

– Sinta-se à vontade para dizer o que aconteceu que te deixou com tanto medo que acontecesse de novo. - falo para tentar ajuda-la por mais que eu não queira ouvir o que ela tem a dizer, tenho que fazer isso por ela.

– Eu não sei o que você lembra. Mas eu me lembro de tudo com detalhes. - ela dá um suspiro longo porque tem dificuldade de falar sobre esse assunto. – Eu me lembro do olhar frio e indiferente de quando você olhava para mim. Eu me lembro de que para você eu era uma espécie de monstro e por um tempo eu realmente pensei que eu fosse mesmo um, eu achava que você finalmente estava me olhando do jeito que eu realmente era e não com um olhar cego de paixão. Você... você...- ela soluça baixinho. – Você tentou me matar.

Uma mistura de sentimentos me atingiu e eu comecei a ficar com ódio de mim mesmo.

– Como foi isso?- é a única coisa que consigo dizer.

– Você realmente não se lembra?- ela pergunta um pouco incrédula, mas não espera minha resposta. - Annie tinha acabo de se atirar nos braços de Finnick e depois eu o vi. Por um momento tolo pensei que nós dois teríamos a mesma reação que os dois. Você veio correndo até mim e eu até você, mas quando estávamos pertos o suficiente, você me enforcou. Teria me matado se não tivessem o afastado. Naquele momento eu vi a raiva nos seus olhos, uma coisa que eu nunca tinha visto, mas que depois virou seu olhar constante para mim.

Eu começo a assimilar as palavras e começo a me lembrar de trechos do que ela tinha dito só que de acordo com a minha visão.

– Você me dizia que já devia ter me amado muito, mas não parecia ter mais nenhum pingo desse sentimento por mim em você. – lágrimas escapam pelos seus olhos, eu me aproximo para enxuga-las.

– Ei... Não chora... Olha pra mim. - ela dirige seu olhar que estava baixo para os meus olhos. – Isso tudo que você descreveu, já passou. Eu não sou mais assim, eu já estou me recuperando. Eu nem sei quem aquele cara era, eu só sei que não era eu. Eu te amo e nem tudo o que aconteceu conosco conseguiu mudar o que eu sinto por você.

Eu acaricio o seu rosto com as pontas dos dedos, passo-os de leve em sua sobrancelha, olhos, maças do rosto, até chegar a seus lábios. Aproximo-me até encostarmos as nossas testas.

– Eu te amo- ela sussurra como se fosse uma bela canção, aquelas palavras saíam de maneira tão natural da sua boca.

Seus olhos tinham voltado a sua cor normal, como se as nuvens fossem passageiras. Eu fico olhando para eles fixamente, apreciando aqueles lindos olhos cinzentos que muitas vezes me remetiam ao distrito 12. Minha casa, meu lar. Ela é tudo isso para mim e ainda carregava todo o meu mundo pelas costas, se ela caísse, meu mundo desabaria e quebraria em mil pedacinhos que eu jamais conseguiria juntar sem que ela estivesse ali para me ajudar. Eu simplesmente não seria nada sem ela e não me lembro de como minha vida era antes que ela aparecesse para iluminar meus dias.

Eu a beijo várias vezes e ela retribui e, em meio desses beijos que me faziam querer mais, eu não esquecia de lembrá-la do quanto eu a amo.

P.O.V. Katniss

O dia amanheceu ensolarado, mas o brilho do sol não foi suficiente para ofuscar o meu sorriso que estava radiante. Eu me sinto tão bem que tenho vontade de amarrar esse sentimento com uma corda no meu coração para que ele nunca mais escape. Talvez eu esteja ficando muito tempo ao lado de Peeta e ele esteja me passando um pouco do seu romantismo como se fosse uma doença, mas eu não me importo porque para isso eu não preciso de remédio.

Peeta não está mais no meu quarto quando eu acordo, provavelmente queria me deixar dormir mais um pouco, mas sinto que já é quase meio dia.

Visto-me com um vestidinho leve e um chinelo confortável. Percorro meu quarto para pegar minha caixinha feita com conchas. Foi Annie que me deu certa vez, mas nem me lembro mais o porque. Eu uso a caixinha para guardar brincos, anéis, colares, pulseiras que Effie me dá e o broche de tordo que Madge me deu. Faz tempo que eu não uso meu broche e hoje eu estou com vontade de colocá-lo. Quando eu fico pronta, desço para encontrar-me com Peeta.


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Notas finais do capítulo

Eaí, gostou? Então mande comentários, mensagens, recomendações, o que seja, para que eu saiba que está gostando e continue postando novos capítulos!
Obs.: Feliz ano novo! Desejo tudo de bom para vocês! Que vocês encontrem um amor que nem o do Katniss e do Peeta!
Obs.²: Eu sei que eu ainda tenho vários leitores fantasminhas que não apareceram! Tem uns que até favoritaram e nunca disseram nem um "ai". Escrevam pra mim, eu gosto de conversar com vocês e saber as suas opiniões.
Obs.³: Próximo capítulo até sexta que vem (10/01)!
Bjus