As Crônicas De Nárnia - Trono Real escrita por Carrie Lerman


Capítulo 7
O Presente


Notas iniciais do capítulo

Bom, agora as coisas realmente começam a acontecer! Percebam os acontecimentos que levarao ao futuro da nossa bela telmarina, que envolve todos ao seu redor, qualquer semelhança entre Agnes e Edmundo no primeiro filme da franquia não é mera coincidencia! Ambos passam pela quase mesma situação... Confiram, espero que gostem, e se tiver algum link cliquem nele!! Caps kisses



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Comemoração de Outono (parte III – Final)

Mesmo estando bastante entretida, com a conversa agradável do rei Pedro, Agnes acabava ignorando o rei algumas vezes para procurar Caspian no meio da multidão. Quando não encontrou nem Caspian nem a rainha gentil em lugar algum que sua visão alcançasse, Agnes pediu licença a Pedro:

_Eu volto em um minuto majestade! Se me permite?

_À vontade! _ele sorriu.

Agnes agradeceu e passou por entre os moradores da vila, indo em direção a Edmundo e Lucia que estavam de costas conversando com alguns moradores telmarinos. A moça tocou o ombro dos irmãos e disse:

_Rainha Lucia, rei Edmundo. Viram Caspian por aí? Eu gostaria de lhe falar antes do final da festa! _ela sorriu tentando disfarçar a verdadeira razão para a procura.

_Deve estar por aí pelos cantos com Suzana! _respondeu Ed um pouco perdido por causa do vinho. _Como ontem à noite... _ele riu.

_O que aconteceu ontem à noite? _ela franziu a testa deixando transparecer a importância da informação.

_Nada, Ed está bebendo vinho demais! _Lucia cutucou o irmão e lhe tirou a caneca das mãos.

_Já sou maior de idade agora Lucia! _ele ficou sério. _Sou responsável por mim.

_Não parece... _Lucy cruzou os braços como fazia quando era uma garotinha. _Voce está em Nárnia, por favor!

Enquanto isso nem perceberam quando Agnes saiu em disparada rumo aos muros e ruelas do vilarejo. Ela sabia o que poderia encontrar, e sabia que não suportaria, mas suas pernas pareciam se mover por conta própria indo rapidamente na direção das vielas.

...

_Parece preocupado... _dizia Suzan enquanto caminhava ao lado do rei.

_Impressão sua! _tentou disfarçar.

_Tem a ver com Pedro e Agnes? _ela disse um pouco séria.

_Suzana... _Caspian parou e segurou as mãos da moça. _Escute... Estou feliz que tenha voltado, não sabe o quanto esperei que isso acontecesse, mas... _ele baixou os olhos. _Nós dois sabemos que logo voltará a partir. Em parte não quero que Agnes sinta com Pedro o que eu senti esse tempo que estive longe de voce. E em outra, saber que nosso tempo juntos é curto, também me incomoda.

_Eu não pertenço a Nárnia Caspian. _disse sendo segura de si. _Assim como Pedro, Lu e Ed. Mas isso não significa que devemos nos privar de certos sentimentos... Eles são bons afinal! Gosto de ficar aqui com voce! Sinto-me bem! _ela sorriu e tocou o rosto dele.

_Também me sinto bem com você... _ele sorriu. _Mas por quanto tempo?

_Que dure o tempo que for! _ela sorriu se aproximando mais. _Desde que dure! O resto não importa! _Suzana puxou Caspian pra si o beijando naquele pequeno beco escuro.

Agnes correu até a esquina daquele beco, e encontrou Caspian e Suzana abraçados, enquanto seus lábios estavam unidos como um só. A telmarina levou a mão à boca cobrindo-a enquanto seus olhos se encheram de lágrimas rapidamente. Seu coração estava em pedaços, o que ela mais temia havia se concretizado. Seu amado estava nos braços da sua rival, sua maior rival, e ela não podia fazer nada para evitar. A moça se virou e recostou as costas na parede um pouco fria, e respirou fundo, depois saiu correndo em direção a festa. Agnes passou pelo pai as pressas, que estranhou a correria da moça e foi atrás da mesma. Antes que ela fugisse e se escondesse, Cleveland a segurou pelo braço e perguntou.

_O que aconteceu Agnes? Pra onde vai com essa pressa? _ele notou o rosto da moça molhado. _Querida...

_Caspian pai... _ela chorava. _Ele nunca será meu, nunca...

Agnes tentou correr, mas seu pai a segurou ali.

_Filha, esqueça isso... É outono...

_Eu odeio ela... _os olhos da telmarina se encheram de rancor. _Queria que ela nunca tivesse vindo pra Nárnia, nunca... _ela disse ringindo os dentes.

Agnes se soltou bruscamente do enlace do pai, e correu. Correu o mais rápido, que suas pernas podiam. Correu até estar bem longe de todos, longe dos muros do vilarejo, longe de todos que pudessem procurar por ela. Agnes fugiu sem rumo, apenas querendo sumir, ir para bem longe de Caspian, longe de Suzana, longe o suficiente para que seus pensamentos ficassem pra trás. Correu até suas pernas ficarem doloridas por causa dos sapatos, e seus joelhos fraquejarem fazendo-a cair sobre a lama manchando seu belo vestido verde. Agnes ergueu o rosto aos prantos, olhando ao redor. Ela não sabia mais onde estava, nem o quanto tinha corrido até chegar ali. Tentou se levantar, mas a dor em seu peito era mais forte. Ela chamou por Aslam, uma, duas, três vezes, mas a espera parecia eterna. Então ela bateu com as mãos sobre a lama, sujando seu rosto. Ela desfez as tranças em seus cabelos, como se aquilo fosse desfazer a dor dentro de si.

Agnes afundou seu rosto entre as mãos, sobre a lama querendo ser engolida pela terra. Ficou ouvindo seu coração batendo mais rápido como se fosse saltar do peito. Mas outro som se fez presente. Passos lentos, sobre as folhas secas que já cobriam o chão. Agnes franziu a testa e ergueu o rosto, mas não viu ninguém.

_Quem está ai? _ela disse procurando em volta.

Tudo que ela ouviu foram às folhas caírem das arvores, mas ela sabia que não estava sozinha. Levantou-se e procurou sua espada, lembrando que estava usando um maldito vestido sem armas.

_Apareça seja lá quem for... _ela ouviu um sussurro.

_Agnes... _uma voz suave e doce parecia entrar em seus ouvidos.

_Quem é? _ela se aproximou de uma arvore.

_Seu coração está ferido... Posso livrar voce desse sofrimento... _a voz era atraente aos ouvidos.

_Vá embora... _ela gritou ainda sentindo o nó na garganta.

_Deixe me ajudá-la... Posso curar seu coração lhe dando um novo, sem marcas... _a voz parecia estar ao redor de Agnes.

_Em troca de que? _disse querendo encontrar a dona daquela voz tão suave.

_É um presente! De uma mulher, para outra! _a voz era gentil e angelical. _Não é justo que uma mulher sofra por um sentimento tão cruel como o amor... Nenhum homem merece tal sacrifício.

_Como? _sua lagrimas voltaram a cair ao lembrar-se de Caspian com Suzana.

_Basta aceitar um pequeno presente meu! _eis que a voz ganha forma. Uma mulher sem rosto, apenas em forma de luz branca, se aproxima de Agnes. _Use-o sempre junto ao seu coração, e o amor nunca mais voltará a lhe ferir, até que ele seja seu...

Agnes mal podia ver o rosto naquela luz. Ela franziu a testa e apertou os olhos que começaram a doer. Encostada no tronco daquela arvore sentindo o corpo ficar frio, Agnes se colocou de joelhos observando a luminosidade próxima a ela.

_Pode tirar essa dor de dentro de mim? _ela disse com os olhos vermelhos de tanto chorar. _Fazer ela sumir, pra sempre?

_Sim querida! _um par de olhos claros ficou visível. _Basta pedir!

_Sem exigir nada em troca?

_Absolutamente nada!

_Eu aceito...

A luz branca ficou ainda mais clara, quase cegando Agnes, que cobriu os olhos com o braço. Quando ela voltou a abrir, a luz havia sumido, e no chão entre as folhas estava um colar com uma pedra branca, como um cristal de gelo em uma moldura de prata. Era pequeno, e brilhava como uma estrela. Agnes pegou o objeto e o admirou por sua beleza incomum. Seus olhos brilharam, enquanto ela ouvia aquela voz em sua mente.

COLAR:

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_Deseje que sua dor vá embora! _era quase um sussurro. _Pense no que seu coração mais deseja... Pense... Pense... Pense... _a voz se repetia.

Agnes olhou ao redor, depois fitou a pedra em suas mãos. Ela aproximou a pedra de seu peito, fechou os olhos e então ouviu uma voz mansa e distante repetir seu nome, pedindo para que ela não fizesse aquilo. Mas a voz em sua cabeça era mais alta, e mais poderosa então Agnes pensou em Caspian. Suzan, Lucia, Pedro e Edmundo. Quando a pedra tocou seu coração, Agnes abriu os olhos, sentindo algo lhe encher de calor por dentro, e disse com os olhos fixos no vácuo:

_Desejo que meu coração não sinta mais amor... _seus olhos pareciam queimar, mas como o gelo. _Que ele fique frio como o gelo... Duro como pedra... _a voz de Agnes ficava mais rouca e grave como se algo muito mal dentro dela estivesse se revelando. _Que ele nem ninguém possa mais me ferir...

_Feito! _o sussurro veio junto com o vento frio que tomou conta do lugar.

Os cabelos de Agnes foram envoltos pelo vento gelado, enquanto ela se levantava como em um transe, e colocava o colar no pescoço. Seu olhar estava congelado no nada, e sua expressão firme como roxa. As roupas da moça iam se secando e ficando limpas conforme ela caminhava em direção ao vilarejo. Sua trança foi refeita pelo vento, ficando impecável. Seu rosto ficou um pouco frio, mas Agnes sentia como se fosse a mulher mais bonita em Nárnia.

...

No vilarejo Lucia se aproximou de Cleveland perguntando sobre Agnes, o vendo preocupado. Caspian e Suzana voltaram do beco, e se uniram aos outros.

_Mas pra que lado ela foi? _disse Lucia ao soldado.

_O que aconteceu? _perguntou Caspian assim que chegou e ouviu a conversa.

_Agnes sumiu... _disse Edmundo.

_Não encontrei ela em lugar algum... _disse Pedro vindo as pressas de um dos lados do vilarejo.

_Estou com um mau pressentimento. _Cleveland levou a mão ao peito.

_Calma, ela deve estar por perto. _continuou Lucy. _Vamos procurar por ela...

_Procurar por quem? _disse Agnes se aproximando de todos com um sorriso estampado.

_Querida! _Cleveland correu até a filha. _Você está bem? _ele perguntou em segredo.

_Claro pai! _ela riu. _Por que não estaria?

_Voce passou por todos como um furacão... Depois sumiu. _disse Lucia.

_Eu pensei ter ouvido alguém pedindo socorro. E fui verificar. _ela apontou para a mata. _Mas não era nada! Apenas impressão minha! Estou bem! _ela sorriu com ar calmo.

_Está tudo bem mesmo? _disse Caspian ao ver Agnes se aproximar.

_Está majestade! _Agnes nunca havia se referido ao rei de tal forma tão formal a não ser quando se conheceram. _Por favor, não se preocupe comigo, tem coisas mais importantes com que se preocupar! _Agnes olhou nos olhos de Suzana e passou por ela indo em direção a sua casa. _Tenham uma boa noite reis e rainhas de Nárnia...

Todos se viraram e observaram a moça caminhar calmamente rumo a sua residência, sem pressa, e sem olhar pra trás. Cleveland encarou Caspian, depois Suzan, e pediu licença. Lucia, Edmundo e Pedro se entre olharam sem entender, mas de nada desconfiaram. Pouco tempo depois todos regressaram ao castelo.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem do rumo da fc a partir daqui!!! Caso kisses nos vemos nos coments!!!
ps: O COLAR: é parecido com isso, não e exatamente assim!