As Crônicas De Nárnia - Trono Real escrita por Carrie Lerman


Capítulo 15
A Pedra


Notas iniciais do capítulo

Ola meninas!!!! Acho que não tem meninos aqui então =P Mais uma capitulo pra vces! Este é o ante-penultimo ok!! Espero que gostem!!! bjus vejo voces nos reviews!!



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Agnes adentrou ao castelo de Jadi, e logo sentiu a presença de Drinity em toda a parte. O lugar estava frio, e ela sentiu sua pele congelar imediatamente lhe causando um arrepio por todo o corpo. Ela guardou sua espada percebendo que estava sozinha, então correu até o trono onde pretendia encontrar algo, que nem ela sabia bem o que era, mas sabia que estaria lá. Agnes procurou, e procurou sem saber o que exatamente queria encontrar. Pela porta do castelo surgiu Caspian, e logo viu um dos soldados de Drinity se aproximando de Agnes sem que ela notasse.

_AGNES... _ele gritou para avisá-la.

Quando a telmarina se virou para olhar para o rei, sentiu imediatamente uma lamina lhe atravessar a cintura. Seus lábios se abriram e ela sentiu uma dor horrível, que aumentou ainda mais quando a lamina foi retirada de seu corpo. Suzana e Lucia entraram correndo no castelo atrás de Caspian, que gritou o nome da telmarina enquanto corria em sua direção. Suzana lançou uma de suas flechas acertando o soldado, que saiu cambaleando tentando fugir. Suzana correu atrás do mesmo, enquanto Caspian tomava Agnes nos braços assim que ela caiu no chão gelado.

_Não... _disse ele desesperado ao ver o sangue da moça colorir o chão branco. _Lucia? _ele voltou o rosto rapidamente na direção da rainha.

A rainha se aproximou rapidamente com o rosto apavorado, e se ajoelhou diante dos dois. Agnes segurou firmes as vestes de Caspian entre seus dedos, apertando fortemente sentindo muita dor, enquanto seu sangue banhava o chão. Lucia apanhou seu elixir e retirou a tampa, logo aproximando o frasco dos lábios de Agnes. A telmarina respirava com dificuldade, então Lucia derramou o elixir nos seus lábios. Os olhos de Agnes piscavam freneticamente como se ela estivesse em choque. Então eles foram ficando calmos, e sua respiração diminuiu a velocidade. Agnes olhou nos olhos de Caspian que a encarava com os olhos úmidos, e expressão desesperada. Seus dedos deixaram de apertar as roupas do rei, e sua mão perdeu a força logo caindo sobre o chão. Agnes fechou os olhos enquanto seu corpo amolecia nos braços de Caspian.

_Agnes? _disse ele franzindo a testa. _Agnes abra os olhos... _ele a sacudiu. _Agnes... Não, não, não... _seus olhos se encheram de lagrimas. _Acorda Agnes, não vai fazer isso comigo... Anda acorda... _ele continuou sacudindo o corpo da moça em seus braços, como se sua fúria fosse acordá-la.

_Caspian... _disse Lucia enquanto chorava.

_Não... _Caspian não sentia vida no corpo em seus braços. _Agnes vamos lá... _ele chorou enquanto abraçada a telmarina e apertava-a contra seu peito.

Lucia temeu que o elixir não tivesse funcionado.

_Talvez não tenha sido o suficiente... _ela constatou chorosa.

_Não... Você não... _a dor em seu peito era maior do que ele poderia imaginar. _Por favor, não...

Caspian estava com o rosto afundado no pescoço da telmarina, enquanto os braços dele apertavam-na com tanta força que poderia quebrar-lhe os ossos de seu corpo magro. Os cabelos dela estavam entre seus dedos, e o rosto dela entre os cabelos de Caspian. Agnes puxou bruscamente a respiração, fazendo com que Caspian afastasse o rosto sentindo seu coração disparar. A telmarina abriu os olhos e disse:

_Voce tá me sufocando... _disse em voz baixa.

_Você ta viva! _ele sorriu com o rosto vermelho e molhado. _Tá viva!

_Não por muito tempo se continuar me espremendo assim... _ela disse com a voz meio rouca.

_Desculpa! _ele sorriu e afrouxou seu enlace.

Lucia sorriu, assim que viu Agnes sentar-se. Caspian encarou o rosto da telmarina, e fitou-a nos olhos. Agnes olhou pra ele e sorriu logo se levantando com a ajuda dele. Já de pé, Agnes olhou para os olhos do rei depois tocou o rosto molhado dele e disse com um sorriso meigo:

_Não deixe os soldados verem você assim! _ela deslizou os dedos sobre a face de Caspian.

Ele por sua vez segurou a mão de Agnes contra seu rosto olhando profundamente nos olhos castanhos da moça, sentindo-se feliz de fato por ela não tê-lo deixado, depois beijou a palma da mão dela gentilmente. Vendo como ele olhava pra ela naquele momento, Agnes sentiu algo aquecer seu coração devolvendo a ela uma esperança que ela pensava ter perdido na noite em que viu Caspian aos beijos com Suzana durante a festa de outono. Ela entendeu afinal o que Aslam lhe segredou quando quebrou o encanto da feiticeira. Algo que ficara apenas entre ela e o leão.

_O que voce estava procurando Agnes? _perguntou Lucia trazendo os dois de volta a Nárnia.

_Eu não sei... _ela desviou o olhar e abaixou sua mão, sendo que Caspian continuou segurando-a. _Senti como se Drinity tivesse escondido alguma coisa aqui... Mas... Caspian? _ela o encarou. _Aslam deu a você o colar que eu usava não deu?

_Sim, ele disse que precisaria de novo dele. Mas por quê? _ele franziu a testa.

_Era isso! _Agnes concluiu um pensamento intimo. _Foi isso que ele quis dizer...

_Do que tá falando? _perguntou o rei confuso.

_Aslam! _ela sorriu. _Foi por isso que ele permitiu que eu viesse com vocês... É o que ele quer...

_Ainda não to entendo Agnes... _disse Lucia tão confusa quanto Caspian.

_Eu devolvi os poderes a Drinity... _ela explicou. _Quando ela me deu o colar, e eu o uni ao meu peito. _ela fez o mesmo gesto. _Meu pedido deu a ela poder pra reunir um exercito. Se eu não tivesse desejado o que desejei, ela não conseguiria! _continuou eufórica. _Aslam disse somente a mim... _ela olhou Caspian. _Que eu teria minha chance de me redimir, e provar que sou digna de viver em Nárnia. Era a isso que ele se referia...

_Acha que Aslam quer que voce mate Drinity? _continuou Lucia.

_Ela não pode ser morta... _respondeu. _Armas não vão derrotá-la... Mas a pedra pode... _ela encarou Caspian parando diante dele. _Precisa me entregar o colar...

_Agnes... _ele franziu a testa.

_Caspian. _seus olhos tinham um brilho quase inocente agora. _Sabe o que ele disse a voce... Precisa confiar em mim...

Caspian respirou fundo, olhou nos olhos da telmarina, então retirou o colar do bolso, e segurou firme a mão da moça depositando sobre ele o colar e dizendo:

_Sabe mesmo o que tá fazendo?

_Deixarei que Aslam me guie como tentou fazer quando encontrei este colar... _ela afirmou.

Agnes se afastou, andou até Lucia e lhe deu um abraço.

_Obrigado por salvar minha vida! _ela sorriu.

_Era o que Aslam queria! _Lucia sorriu tambem.

_Fique aqui com os soldados, e proteja meu pai! _ela disse olhando para Caspian. _Eu vou encontrar Drinity...

Agnes se virou e apressou-se rumo à porta. Antes de estar diante da mesma, Caspian deu alguns passos a frente e chamou:

_Agnes, espera... _ele correu em direção a ela quando ela se virou.

Caspian parou diante da telmarina e tocou seu rosto docemente. Neste momento Suzana regressou a sala, e encontrou todos os três ali. Depois Caspian seguiu dizendo:

_Eu não quero perder voce... Então prometa que vai tomar cuidado!

_Lembra da noite do meu aniversario? _Caspian continuou sério olhando-a, esperando que ela concluísse o pensamento. _Ainda me deve uma dança! _ela sorriu.

Caspian baixou os olhos se sentindo um idiota por não ter tirado a moça para dançar naquela noite. Agnes se aproximou, e enlaçou o pescoço do rei em um abraço. Caspian respirou fundo, e passou seus braços ao redor do corpo de Agnes depois fechou os olhos apertando-a contra si. Quando ela se afastou dele outra vez, olhou em seus olhos e depois se virou. Caspian deslizou sua mão desde as costas da moça passando por seu braço, cotovelo, até ela se afastar e ele tocar apenas as pontas dos dedos dela, e deixá-la atravessar a porta deixando-os pra trás. Ao ver Agnes ultrapassar aquela passagem, ele finalmente entendeu por que não poderia perdê-la, então sorriu se sentindo um bobo por nunca ter percebido isso antes. Ele baixou a cabeça, com um belo sorriso estampado, depois ergueu o rosto olhando para as irmãs Pevensie. Suzana estava logo atrás de Lucia, e o encarava, mas de um jeito diferente, como se já esperasse e aceitasse o que ele finalmente estava entendendo.


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