Only Brothers escrita por Nyo


Capítulo 4
Erros e besteiras


Notas iniciais do capítulo

E é hoje que o mundo acaba! Eu postei em menos de sete dias! isso é um milagre.
Então eu queria dedicar esse capitulo a Kurumizawa Ume Que ta de aniversário hoje! PARABÉNS FILHA!(que mania de chamar as pessoas da filha) Já que hoje é teu aniversário vou te dar mais um presente, mesmo que tenho certeza que depois de ler tu vai me matar.
Agora olhem o estrago que eu fiz nessa coisa:



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Alec’ P.O.V

Hum... já é de manhã? Mas que raios, eu tenho que levantar, me arrastando até o banheiro percebi aquela presença do meu lado dormindo profundamente. Que maldito filho da mãe, vê-lo ali só fez meu mau humor crescer, ele tinha a coragem de arranjar uma namorada e ainda me convidar para ir ao cinema, por que ele não convida ela? Antes que eu pegasse um pedaço de pau e batesse nele entrei no banheiro, um banho poderia melhorar meu humor.

Enquanto a água fria escorria pela minha pele o mau humor se foi, e comecei a sentir certa tristeza, Alex não podia ter feito aquilo, ele não tem ideia do quanto me machucou, mas por que eu estou magoado? Não tem nada haver comigo, afinal ele é só meu irmão. Somente isso. Soltei um suspiro inútil, nunca havia ficado tão incomodado.

Parado na frente do espelho do banheiro tive uma sensação estranha, parecia ter alguma coisa nos meus lábios, não estavam vermelhos ou sangrando, não parecia machucado, só estava diferente, o que será que houve. Levei meus dois dedos até a boca, nenhuma sensação diferente, só aquele calor, podia ser estranho, mas era uma algo maravilhoso, não queria que desaparecesse. Tirando aquilo da minha cabeça sai do banheiro para encontrar o meu irmão sentado na cama me olhando.

– O que tem algo errado de novo?

– Não ele disse, só quero tomar café com você. – Ele respondeu.

Desci ignorando ele, pra que isso, ele deve é estar louco para ver a namorada.

Enquanto preparava minhas coisas ele se sentou na minha frente, senti seu olhar sobre mim então me concentrei no que estava fazendo. Quando olhei pra ele de relance senti meus lábios formigando, era a mesma sensação, Levei uma torrada a boca, mas parei na metade, se eu comesse o calor vai desaparecer? Levei um dedo aos lábios novamente. Alex percebendo isso ficou me encarando e perguntou:

– Tudo bem?

– Sim.

– Não tá sentindo nada estranho?

– Não. – Mentira, mas não podia deixa-lo saber.

Ele deu de ombros, acho que acreditou no que disse. Assim que acabou de tomar café ele foi tomar um banho deixando-me sozinho. Assim que acabei aproveitei para ver TV.

Meia hora depois ele desceu.

– Vamos?

– Tudo bem, vamos.

Andamos em silêncio.

Novamente nos encontramos com Alissa e Louis na entrada do colégio.

– Ei, vocês pretendem nos esperar todos os dias na frente do colégio? – Perguntei.

– Eu sim, mas se o Louis quiser ele que vá pra sala de aula. – Alissa disse.

– Eu não tenho pra fazer então estou bem com isso, mesmo.

– OK.

Entramos no colégio. Dessa vez parece que meu irmão não vai encontrar com os “amigos”. Puff! Chegando em aula a primeira coisa que eu vejo é, não espera, duvido vocês adivinharem. Bom era exatamente isso, aquela garota que estava com meu irmão ontem.

– Olha Alec, é a namorada do seu irmão. – Louis comentou.

Como se eu precisasse de alguém me falando pra eu saber disso. Sem saco pra olhar pra cara da garota (lê-se vaca) segui reto e me sentei, só acompanhando Alex com os olhos. Ele foi ao encontro dela, que parecia feliz da vida por vê-lo, como uma namorada. Sai de perto dele sua vadia! Tira as patas dele! Pera, mas o que eu to pensando, Ele que faça o que bem entender. E ele fez, saiu atrás da garota como se fosse um cachorrinho. É melhor eu parar de me preocupar. E foi só eu pensar isso que meu lábio começou a formigar, não dá assim. Interrompendo meus pensamentos o sinal tocou avisando o início da aula. Depois de alguns minutos de aula senti um olhar em cima de mim, quando olhei para trás vi Alex olhando pra mim, o que ele estava fazendo? Mas que saco, ele estava muito estranho, será que ele sabe que eu percebi que ele está namorando? Acho que não.

Finalmente hora do almoço! Meu deus desse jeito pareço o Alex, que droga. E falando no diabo ele sentou na mesa com um prato de comida enorme, como ele consegue ser tão magro?

– Alex como você consegue ser tão magro? - Alissa perguntou. - Sei lá. - ele respondeu. Comi tão distraído que nem percebi se tinha conversa. A única coisa que eu percebi foi:

– Alex! - Aquela tia estranha chamou ele de novo. Ele olhou na direção dela sorriu e se levantou. Tenho a leve sensação que ele olhou pra trás e ficou meio triste, mas provavelmente foi só impressão. O que eles tanto faziam juntos? E por que ele ainda não me apresentou a nova namorada? Eu deveria ser o primeiro a saber, afinal sou irmão dele. Que raiva.

– Você não parece muito bem. - Alissa disse.

– Mas eu estou bem. - respondi.

– Não está com ciúme?

– Não. Por que deveria estar?

– Sei lá. - Ela deu de ombros.

Louis olhou pra ela que retribuiu o olhar. Sei lá o porquê disso, mas não me importava já que realmente não existe motivo para eu ter ciúmes. Depois de almoçar fomos direto para aula, não vimos Alex em lugar algum, onde ele poderia ter se socado?... Considerando as possibilidades, acho que é melhor eu não saber.

Saber que essa "possibilidade" existe me deixa muito irritado, ele não podia, podia? Não, é melhor nem pensar nisso. Dane-se. Mas será?

Alex P.O.V

Acho que ainda estou sendo ignorado pelo Alec, isso estava me machucando muito. E ficava ainda pior quando a Marie aparecia. Será que essa era amaneira dele demonstrar ciúmes? Provavelmente não, quando vi ele com ciúme antes de nos separarmos era muito diferente e é impossível mudar algo assim. Mas foda-se. Voltando. O tempo que eu passei com a Marie foi um saco e eu não parava de pensar no Alec, que merda de tortura esse amor não correspondido e ainda essa garota no meu pé, pois é, ela não me larga. Quando estamos juntos, só falta ela me beijar, mas nem a pau que isso vai acontecer.

Graças a tudo de bom que existe no mundo o sinal bateu. Me livrei dela e agora posso ver meu irmão de novo. Cheguei de boa na sala e me sentei, como se não bastasse passar o recreio com ela eu fui completamente ignorado. Isso estava ficando chato. Eu posso ser muito desligado pra algumas coisas, mas sou meio sentimental (pelo menos foi isso que eu ouvi de minhas namoradas anteriores).

Com o final das aulas, fomos até a entrada do colégio, por sinal ainda estou sendo ignorado.

– Então o que vão fazer agora meninos? – Alissa perguntou.

– Sei lá – respondi.

– Vamos ao shopping novamente. –Ela parecia animada.

– Tudo bem. - Alec falou meio desanimado.

Já no shopping entramos em milhões de lojas, e comemos um lanche.

– Ei, o que vocês vão querer? – Louis perguntou.

– Um lanche extragrande. – Isso fez eles arregalarem os olhos.

– Puxa vida, como você come em Alex! – Alissa comentou.

– Alissa, – Louis deu uma cotovelada nela – que falta de educação.

– Que nada, - respondi – eu não ligo pra isso, sempre disseram que eu como muito.

Eles riram de imediato, a única pessoa que não se manifestou foi o Alec, ele geralmente fazia um comentário, mas dessa vez não disse nada.

– Ei Alec e você?

– Eu quero um lanche médio.

– Tudo bem. Vou buscar – Louis disse.

Comemos conversando muito, até o Alec se comunicou, mas não comigo, era como se não existisse. Soltei um suspiro. Quando acabamos de comer demos mais uma volta no shopping. Será que mulheres nunca se cansam disso? Porque eu já estou cansado.

Na saída Alissa me chamou:

– Alex, tem algo errado como o Alec?

– Não que eu saiba, perguntei pra ele hoje de manhã e ele disse que estava tudo bem.

– Eu acho que tem algo errado, você deveria tentar descobrir.

– Tudo bem.

Nós nos despedimos e cada um seguiu se caminho.

– Ei Alec, tem algo errado?

– Não. – Ele respondeu frio.

– Tem certeza- insisti.

– Tenho. – Ele disse enquanto acelerava o passo para me deixar pra trás.

Tive que correr para poder alcança-lo, cheguei em casa quase ofegante, mas ele parecia ainda pior. Pois é eu sou bem mais atlético que ele.

Assim que fomos descansar recebi uma mensagem:

De: Marie.

Para: Alex.

Assunto: Me ajude! *.*

“Alex, eu preciso de ajuda, não estou melhorando nem um pouco, se meus pais descobrirem eu estou ferrada, preciso de você. Quero encontra-lo em algum lugar em que possa treinar, e se possível que você me desse mais dicas sobre como preparar minha condição física.

Depois podemos descansar um pouco indo ao shopping, mas a minha preocupação é a educação física, eu vou morrer se me der mal.

Espero sua resposta.

Até, bjs *3*.

Marie.”

Era só o que faltava. Agora ela queria me ver fora do colégio também.

– Quem é? – Alec perguntou.

Por que esse interesse repentinamente?

– Era uma garota, a Marie... – Assim que ouvi isso desviou o rosto, sem prestar mais atenção.

– Sei. – Foi o que disse.

Mas que droga! Ele que perguntou quem era depois foi me interrompendo assim, minha paciência não é de ferro. Decidi ignorar mais um pouco, então desci as escadas e fui comer alguma coisa. Me atirei no sofá procurando um bom programa até me cansar e voltar pro quarto pra mexer no computador.

– Ei, Alec vamos ao cinema. – Estava no site vendo os horários.

– Não.

– Mas já achei o horário perfeito, vamos você vai adorar o filme.

– Não. – Respondeu seco novamente.

Agora eu não ia desistir.

– Por quê?

– Não estou afim.

– Se fosse há uns dias atrás você teria ido, por que agora não?

– Por que eu? Você tem outras pessoas que pode convidar.

O que ele estava dizendo?

– Quem mais eu poderia convidar?

Nessa altura eu já estava em pé morrendo de raiva. O que ele estava dizendo? De onde tirou aquilo?

– A sua namorada.

– Que namorada?

Mas que merda é essa?

– Olha, eu não sei e nem quero saber, você está sendo um pé no saco, por que eu tenho que ir ao cinema com você? Não quer dizer que só porque somos irmão eu tenho que ir. E não adianta esconder eu sei que você tem namorada, seria muito mais divertido você ir com ela do que comigo não acha? Então entenda isso: Eu não quero você na minha vida.

Eu estava insano nesse momento, não só estava queimando de raiva como estava dilacerado por dentro, ele pisou em mim com tudo, não dava mais. Aparentando mais raiva que tristeza eu disse:

– Tudo bem idiota. Se for isso que você quer eu deixarei você em paz. Só não venha me pedir mais nada. Eu já não estou entendo o que você está falando.

– Que ótimo. E com esse cérebro que você tem achei que não entenderia.

– Alec eu... – Tentei dizer agora mostrando toda minha tristeza.

– Acho que você tem que fazer uma ligação agora não? Se não fizer não terá tempo de convidar sua namorada para ir ao cinema com você.

Deu, pra mim chega, sai do quarto batendo a porta com toda a força que tinha. Eu estava horrível. Por que ele disse aquilo? O que eu fiz? São sempre as mesmas perguntas. Eu acho que seria melhor eu desistir mesmo, não vou me machucar por causa de um amor não correspondido. Sozinho disse pra mim mesmo, se ele estava ouvindo, o que é bem provável não respondeu.

– Chega. Eu desisto. Você venceu.

Depois de pensar um pouco tomei minha decisão, por mais que não quisesse desistir peguei meu celular e comecei a digitar, resolvi seguir o conselho dele.

Antes que mudasse de ideia terminei de escrever e cliquei no botão. Apareceu na tela completamente branca as palavras:

Mensagem enviada.

Mesmo demorasse eu ia superar, nem chegamos a começar algo, eu simplesmente tinha que esquecer.

Alec’s P.O.V

Fiquei deitado imóvel, não conseguia mais ler nada, aquele filho da mãe mereceu, não podia deixar passar barato. Fiquei extasiado até ouvir do corredor:

– Chega. Eu desisto., Você venceu. – Seguido por um barulho de mensagem enviada.

Aquilo era tudo culpa minha.


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Notas finais do capítulo

É isso, Kurumizawa Ume me diz o que acho com sinceridade se não vou ficar bolada, e ainda vou botar outra foto tua no twitter.
O que os meus leitores acharam? Isso se eu ainda tiver leitores depois dessa sacanagem toda, mas é preciso.
Comentem pessoal se não vou ficar ainda mais bolada. E com mais sono.



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