Sussurros De Uma Suicida. escrita por Aprimorada


Capítulo 28
Capítulo 28 - "Duvidas" - Dias Difíceis.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



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Acordei com o barulho do celular despertando e logo me veio na cabeça, mais um dia difícil, mais um dia doloroso, mesmo assim me levantei, fui ao banheiro e tomei meu banho, sai e me troquei, eu estava realmente cansada naquele dia. Desci tomei meu café da manhã, peguei meu material e tomei coragem e sai de casa, cheguei na escola e tentei evitar todo mundo, já que minha cabeça estava cheia de tudo, o pensamento em Vitor não sumia e aquilo me corroía, entrei na sala, me sentei no meu lugar e fiquei de cabeça baixa, escutando musica com o meu fone, era uma das musicas da Skylar Grey e ela tem o poder de fazer qualquer um chorar com aquelas musicas, e por mais que eu quisesse chorar, eu me contive, respirei fundo, enquanto sentia uma forte dor no peito, parecia que respirar havia se tornado algo tão difícil. Já sentiu uma dor tão forte no seu peito que achou que tivesse levado um soco? Não, eu não estou sendo dramática, quem conhece essa dor sabe, a dor no coração é tão grande que chega a se tornar física. Eu olhei para o nada e a vontade de chorar era imensa, cravei os dentes e fechei os olhos bem forte para tentar suportar a dor e parecia que nada adiantava, pois ela continuava ali, intacta dentro de mim, depois de me perder em meus pensamentos e em minha dor. Senti uma mão macia tocando meu ombro, levantei a cabeça, virei o olhar e vi que era Evellyn, com um grande sorriso estampado no rosto.

– Oi gata.

– Oi Evellyn.

– Preciso ti contar tudo o que eu fiz, meu Deus todos aqueles homens eram uma delicia, precisamos sair mais vezes.

– Com certeza.

Trocamos mais poucas palavras e ela me contou todos os detalhes sórdidos de sua transa a três, a famosa Ménage à Trois, fiquei em silêncio, enquanto ela contava cada mínimo detalhe, tinha coisa que ela não precisava me contar, mas ela quis me dizer mesmo assim, fiquei até meio encabulada com a situação. Os três primeiros horários passaram voando, também, Evellyn não calou a boca um minuto, bateu o sinal e eu sai da sala, sendo acompanhada por Evellyn, até queria fumar um cigarro, mas queria evitar o Ramon, então me sentei junto com as meninas. Elas logo começaram a falar da noite da festa e depois da casa de Edgar, Carmem ficou abismada e confessou que queria ter ido. Puts a mina estava gravida, e queria ter ido para orgia. O assunto durou o intervalo inteiro, até que tivemos que voltar para a sala, as duas ultimas aulas, passaram tão lentas, devia ser porque eram de historia, pense em uma matéria chata e ainda mais com aquela professora irritante. Depois de longos minutos, deu a hora de ir embora, Evellyn grudou em meu braço e andou comigo até a saída da escola, se despediu em dando um beijo no rosto e depois disse:

– Hoje vou passar na sua casa, pra gente fazer algo.

Nem me deixou questionar ou dizer qualquer coisa. Fui para casa, tomei um banho e decidi ir até a casa de Vitor, chamei algumas vezes e ele não apareceu, então liguei.

– Oi. –Disse ele com a voz sonolenta.–

– Acorda dorminhoco. To aqui na frente da sua casa, abri a porta pra mim.

– Ta, espera.

Esperei alguns minutos e ele abriu a porta, sua cara denunciava que ele havia acabado de acordar, o cumprimentei com um abraço e fui entrando sem muita delonga ou vergonha, fui para cozinha e disse que faria algo especial para ele comer, ele se sentou e só ficou olhando enquanto eu cozinhava. As vezes quando eu o olhava ele estava com uma cara de bobo vidrado em mim, ficava até meio coroada, depois de alguns minutos eu tinha terminado, fiz uma macarrona, já que não sou uma chefe de cozinha e pouco entendia sobre o assunto, almoçamos, e depois ficamos assistindo TV, queria ocupar o tempo dele o máximo possível, não queria que ele pensasse em sua mãe, não trocamos muitas palavras naquele dia, só o básico mesmo. Meu celular começou a tocar e fui obrigada a sair de perto dele para atender, era o Edgar.

– Alô?

–Pam? Gostou do presente?

– Gostei sim, obrigada.

– De nada linda. Vi sua amiga hoje.

– Que amiga?

– Evellyn, eu acho que esse é o nome dela. Ela disse que amou ter ido para a minha casa e que queria repetir.Ta afim também?

– (risos) Não sei bem.

– Vamos gata, vai ser legal, deixamos para quinta, já que sexta é feriado e eu tenho um lugar bem quente e divertido pra levar vocês.

– Vou ver, ta?

– Ta bom, me liga quando decidir. Beijos

– Tchau. Beijos.

Desliguei o celular e voltei para perto de Vitor, não sei bem como me sentia naquele momento, eu estava confusa, dolorida e meio frustrada. Duvidas e mais duvidas rondavam a minha mente, aquele dilema de quem escolher novamente, não sei se poderia ter algo com Vitor de novo ou se ele ainda me queria, ou tudo que aconteceu entre a gente só iria ficar no passado, bem eu estava extremamente confusa, ainda mais por se tratar de amor, eta coisa complicada. Edgar até que me tratava bem, e sei que com ele, eu teria tudo que eu quisesse, mas talvez eu nunca teria o amor, o carinho e o valor que eu queria receber, é minha mente estava uma bagunça e decidir sobre quem eu ficaria, seria uma grande luta. Fiquei mais uns minutos com Vitor e fui embora, dei um abraço apertado nele e eu não queria solta-lo, mas foi necessário, no caminho para casa, vejo Ramon sentado na praça, quando ele me vê ele grita o meu nome, tento disfarçar e continuar andando, mas ele vem correndo, segura em meu braço e me puxa.

– Eu estava ti chamando.

– A.. Oi.

– Queria falar com você.

– Desculpa, mas infelizmente agora não da. Pode ser amanhã?

Ele concordou que sim, e me deixou ir embora, dei passos largos e cheguei em casa finalmente,minha mãe estava lá e fui conversar com ela.

– Mãe?

– Oi minha filha.

– O que houve com a tia?

– Ela se apaixonou minha filha, mulher é assim quando ama, faz besteira, faz te tudo para ficar com a pessoa.

– Isso não é desculpa para abandonar o filho. –Disse eu irritada–

– Você um dia vai entender, é porque você ainda não AMOU alguém, porque quando se ama, você se entrega por inteiro. Sei ela errou, abandonou o filho, mas ele tem seus 18 anos e pode se virar sozinho, sei que o moço também errou, em só querer ela, mas ela tem que viver a vida dela, porque daqui a uns anos quem iria abandonar seria ele, ele iria montar uma família e não viveria para sempre com a mãe. E por mais que seja difícil entender, respeite a decisão dela, ela sabe o que fez, e sabe muito bem das consequências, ok?

– Uhum.

Disse eu meio até sem fala depois daquele grande sermão. Subi para o meu quarto e fiquei pensado em tudo o que estava ocorrendo, no que minha mãe disse e aquilo ficou em minha cabeça. Me deitei na cama e poucos segundos depois, meu celular começou a tocar. O peguei já pensando: "Quem será?"





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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, estou escrevendo um outro e talvez poste ainda hoje.
Não esqueçam do review. Beijos.



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