Sussurros De Uma Suicida. escrita por Aprimorada


Capítulo 17
Capítulo 17 - "Tormento." - Pai I.




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Alguns dias foram se passando, uns mais lentos que os outros, eu ainda continuava dividida entre tudo, e aquilo estava me sufocando, eu comecei a evitar todo mundo, evitava a Manu, o Fabio e até mesmo o Vitor, eu queria ficar sozinha durante um tempo, mas eu não consegui isso. Eu me encontrava em casa, deitada ouvindo a musica no ultimo volume, então escuto o som de alguém batendo na porta, eu não me importei e continuei a continuar ali, pensando em tudo. O barulho começou a ficar mais autos, eram tapas e socos na porta, eu continuei quieta, tentava me concentrar na musica que tocava, mas era inevitável, eu diminui o volume e logo me veio na cabeça que seria Vitor, então eu perguntei:

– Quem é?

– ABRI ESSA PORTA!

Era a voz do meu pai, ele parecia estar evidentemente bravo, eu me levantei com medo, abri a porta e ele veio em cima de mim, me dando um tapa na cara, bem forte, que fez um estralo e me fazendo cair no chão e aos gritando me xingando, dizendo coisas que eu mal entendia, eu não conseguia entender o que acontecia e eu só me pus a chorar, eu tentei empurra-lo, mas não era possível, ele estava fora de si, com um hálito de vodca que embrulhava meu estômago. Eu consegui sair correndo, desci as escadas aos gritos, e vi que ele me seguia, tentei sair de casa, mas a porta se encontrava trancada, eu fiquei extremamente assustada, corri para o banheiro e me tranquei lá, me sentei no canto do chão e totalmente encolhida eu comecei a chorar, e então eu pudi ouvir ele gritando meu nome, eu continuei sentada, até que ele chegou na porta do banheiro e começou a bater na porta, com tanta força que pensei que ele derrubaria ela. Eu fiquei lá, bem encolhida e sinceramente não sei por quanto tempo, eu não sabia como ele conseguia ter ainda tanta força para continuar a gritar e a bater na porta.

Eu continuei encolhida e comecei a pensar. Sabe meu pai nem sempre foi assim, ele era um amor, ele fazia realmente o papel de pai, até que ele descobriu sobre o meu irmão, ai ele se pós a beber, a ficar embriagado mesmo, no começo ele só chegava bêbado e adormecia rapidamente, depois ele começou a chegar nervoso, com raiva, ficava discutindo com a minha mãe, até que a pior parte chegou, ele começou a ficar violento, ele agredia a minha mãe e meu irmão sempre separava e eu ficava trancada no quarto chorando, então a uns 3 meses ele parou de beber, minha mãe disse que iria interna-lo ou pior o abandonaria, então ele parou, evidentemente que hoje ele voltou a beber, e creio que não foi pouco, acho que ele quis beber toda a quantidade que ele não bebeu em 3 meses. Eu acabei adormecendo no chão gelado do banheiro, só acordei quando ouvi a voz de minha mãe me chamando, quando me levantei, meus músculos estavam doloridos e minha coluna também, isso sem contar as dormências em minhas pernas e os ossos que estralaram. Abri a porta e minha mãe rapidamente me abraçou e aos choros dizia:

– Ele ti machucou?

Ela olhava para o meu rosto e via que meus lábios estavam inchados, e um de meus olhos estava vermelho, havia estourado algumas veias, creio eu e havia marcas de dedos em minha face, ela voltou a me abraçar bem apertado e dizia no meu ouvindo: "Me desculpe", como se aquilo fosse culpa dela, eu continuei ali em seu corpo, sentindo o aconchego e a paz que ele me proporcionava, então ouvi o meu irmão chegando, ele correu até a mim, e ficou paralisado, eu estava horrível. Em seguida do ocorrido, eu tomei um banho, consegui ver que minha barriga, na altura das minhas costelas estavam roxas, ele deve ter me dado alguns chutes quando eu cai, eu não me recordava. Eu me deitei na cama e parece que só de fechar os olhos pudia ver a imagem de meu pai sendo bruto e gritando comigo, eu não sabia onde ele estava, e eu não queria pensar nisso. Então eu adormeci.


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Notas finais do capítulo

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