POV. Fletcher

O garoto, Caspian, andava de modo muito despojado, mas mesmo assim não fazia muita questão de falar muito. E a garota, Lucy, tinha um jeito muito simpático, andava rindo e sorrindo para todos.

Passando na frente das forjas, Caspian olhou um tanto surpreso para as espadas e flechas que Pietro, o filho de Hefesto carregava.

– Nossa, arma é o que não falta por aqui né?

– Pois é, tivemos que aumentar a produção um pouco de última hora. – Comentei sorrindo. – Afinal, voes terão que aprender a se virar sem mágica por aqui.

– É só isso que vocês tem? – Questionou Lucy. – De armamento digo.

– Não. – Respondi a encarando. – Mas os filhos de Hefesto fizeram mais o armamento básico para vocês, bruxos, espadas, escudos, e armaduras sabe?

Ela não disse nada, apenas balançou a cabeça em concordância.

– Ei, sabe o que a Murta disse para o basilisco? – Soltou Caspian sorrindo.

– Cas, não é hora para esse tipo de piada. – Repreendeu Lucy. – E piada muito maldosa.

– Murta? – Perguntei.

– É, a Murta que Geme. – Respondeu Lucy. – Ela era uma estudante de Hogwarts que vários anos atrás foi morta pelo basilisco.

“Sorria e Acene” Pensou Fletcher. “Talvez assim eles pensem que eu saiba sobre o que estão falando”.

POV Edward.

Madison não andava, ela saltitava. Ficava parando para cumprimentar sátiros e cheirar as flores.

– Bem, vou ficar no seu chalé? – Ela perguntou.

– Vai. – Respondi um pouco aéreo.

A garota se abaixou e puxou da terra três flores que uma filha de Deméter tinha plantado há alguns minutos, e as levou ao nariz.

– Além de lindas essa flores cheiram muito bem! – Exclamou Madison. – Cheire. – Disse ela pulando na minha frente e empurrando as flores no meu nariz.

– Ed? – Chamou Diana.

– Ana! – Gritei embirrando lentamente Madison para o lado. – Tu-tudo bem?

– Sim. – Ela responde de um pouco sem graça. – Sua amiga é?

– Sim. – Falei nervosamente. – Quer dizer não! – Eu já estava suando e ficando vermelho. – Quer dizer, mais ou menos.

– Ok. – Ana suspirou. – Apenas passe no meu chalé depois sim?

Confirmei nervosamente enquanto Madison dava sorrisinhos maliciosos e me cutucava, como se fossemos grandes amigos.

– É o amooor! – Cantou a garota rindo. – Sua namorada é?

– Não. – Respondi um pouco vermelho - Nós ficamos ano passado, e eu quero muito pedir ela em namoro mas sempre que eu vou falar com ela, alguma coisa acontece.

– Pode deixar comigo! – Ela exclamou formando nos lábios um sorriso cada vez mais malicioso.

– Como?

POV. Merliah.

Poul andava com o queixo erguido, e totalmente despreocupado com o modo com que todos os meios sangues o olhavam. Já Andrew sorria e acenava para todos como se fosse uma estrela pop.

– Nossa, o pessoal é um pouco antipático aqui... – Comentou Andrew. – Todos estão me deixando no vácuo...

– Ninguém aqui está acostumado com bruxos. – O Cortei.

– Pelo modo gentil com que todos estão nos tratando se percebe. – Concluiu Poul. – E isso inclui você.

– Eu não tenho obrigação nenhuma de ser legal com vocês! – Retruquei irritada.

– E de novo. – Exclama Poul. – Percebe-se.

– Santo Poseidon! – Digo levantando os braços para o ar. – Não sabia que cabia tanta arrogância em uma só pessoa.

– Harris vai com calma. – Andrew disse tentando acalmar Poul.

– Calma? –Sussurrou Poul.

– Olhem bem aqui vocês dois! – Gritei batendo o pé. – Eu não gosto de vocês, eu não vou ser amiga de vocês, portanto fiquem longe do meu caminho! Chalé de Poseidon, qualquer um sabe onde fica! - E sai.

POV. Pietro

Cory andava timidamente, sempre olhando para o chão e tentava ignorar todos aqueles olhares.

– Você irá gostar do chalé de Hefesto. – Disse tentando quebrar o gelo. – Você é um pouco grandão... Talvez uma espada ou uma lança. – Conclui sussurrando a última parte.

– Eu? Grandão? – Ele perguntou um pouco espantado. – É claro que sou! Sentiu a ironia?

– Ok. – Exclamei.

– Como é o pessoal aqui? – Questionou Cory.

– Bem legal, o pessoal vai te tratar muito bem... – Falei. – A não ser que as Filhas de Afrodite queiram fazer um makeover em você e você não aceitar... Ou ainda se os filhos de Ares não forem com a sua cara.

– Ouvi falar que esses filhos de Ares são meio... – Ia deduzindo Cory. – Barra pesada.

– Eles são implicantes. – Informei sorrindo. – Você é meio...

– Gay? – Cory disse assustado.

– Eu ia dizer estranho... – Completei. – Você é gay?

– Sou, e tenho esse receio de que todo mundo vai ficar no meu pé quando souberem. - Desabafou Cory.

– Não esquente com isso. – Exclamei um tanto devagar. – No chalé de Hefesto ninguém vai ficar te perturbando.

POV. Julia

Raymond parecia ser um tanto... Interessante. Tirando o fato de ser um bruxo é claro! Ele não era como os demais. Alguns bruxos que eu vi hoje não eram muito simpáticos, pelo contrário, alguns pareciam ser muito arrogantes como o garoto loiro que Merliah estava levando. Enquanto eu estava em meus devaneios, Raymond olhava curiosamente para os Sátiros.

– Criaturas estranhas. - Ele comentou.

– Estranhos? – Questionei esboçando um pequeno sorriso. – Estranhos são elfos.

– Na verdade, chamamos me duendes. – Ele corrigiu rindo. – Elfos existem sim, mas em Londres e Hogwarts há poucos elfos, na maioria duendes.

– Eu pensei que fossem a mesma coisa. –Disse distraída.

– São quase a mesma coisa. – Ele informou. – Tem algumas pequenas diferenças.

– Interessante. – Exclamei.

– Me desculpe, mas para one exatamente está me levando? – Ele perguntou.

– Para o meu chalé oras! – Sorri.

– Que seria...? – Ele perguntou rindo.

– Chalé de Atena. – Respondi sorrindo mais ainda. – A deusa da Sabedoria e estratégias de Batalha. – E apenas de brincadeira fiz pose.

– Uau! – Ele soltou rindo. – Não sabia que Atena era tão bonita assim.

Corei instantaneamente e murmurei um suave obrigada.

POV. Narradora.

Na casa grande, Dumbledore, Minerva, Snape, Senhor D e Quiron estavam reunidos em volta da mesa no escritório.

– Pelo visto eles não estão se matando, como pensávamos que seria. – Comentou Senhor D.

– É verdade. – Concorda Minerva. – Pelo visto alguns estão ficando até bem amigos.

– O que é crucial. – Exclama Dumbledore. – Afinal em tempos como esses os amigos são as nossas únicas esperanças.