O Clube Dos Cinco escrita por Tatita


Capítulo 8
Eat My Shit!


Notas iniciais do capítulo

102 leitores gente! Nunca tive uma fic tão lida, então isso me emociona de verdade! Começo agradecendo as lindas que comentaram o cap anterior: Ana Clatonator Forever, Stella Sinner, Violet, Gisele_Potter, Clove, Isabell Espasande, cintiacullen, Cecília B M, Milkmilena, AnaCM, Little Rambin, QueenMason, Dani Nyah, maymellark e Myca, e também a Gabi que adicionou aos favoritos e claro, as lindas do twitter: Brubs, Lara2, Hele, Lara1 e Rachel! Espero que gostem (principalmente dos diálogos) e nos vemos nas notas finais o/



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– CAPÍTULO SETE –

"EAT MY SHIT!"

Logo que Clove e Cato retornaram à biblioteca, Clove percebeu que Peeta estava sozinho.

– Cadê a loira? – ela perguntou, tirando da bolsa as barras de cereal e colocando-as em cima da mesa. Cato vinha logo atrás trazendo uma caixa maior, com embalagens de suco.

– Se é o que eu estou pensando, ela foi pro depósito – disse Peeta.

Cato e Clove se entreolharam; Peeta começou a organizar as barras num gesto automático e quando Clove tirou mais algumas barras da bolsa, vários dos pertences dela vieram junto, caindo no chão.

– Que merda! – Clove reclamou, apressando-se para recolher o que havia caído.

Havia mais uma faca – além da que Clove havia mostrado –, peças de roupa e alguns desenhos feitos a lápis, assinados por ela. Numa rápida olhada, Cato constatou que os desenhos eram muito bons.

– Por que carrega tanta coisa na sua bolsa? – foi Peeta quem perguntou.

– A gente nunca sabe quando vai ter que se mandar – Clove disse, sem encará-los, sabendo que Cato estava olhando também. – A minha vida em casa é insatisfatória.

– Você quer dizer que viveria na rua porque a sua vida é insatisfatória? – Peeta não entendeu.

– Quem disse que eu estou falando das ruas? – Clove disse com desdém. – Eu tenho muita gente ainda pra procurar.

– Tá falando da sua família? – Cato perguntou. – Deve ter muitos Kentwell no país.

– Os Kentwell não são a minha família! – ela respondeu mais ríspida do que pretendia.

– Eu acho que você não deveria fugir porque a sua vida é insatisfatória – Peeta disse por fim. – A vida de todo mundo é assim.

Cato concordou.

– É verdade. Se não fosse, os filhos iriam morar com os pais pra sempre.

– Quer saber? – Clove perguntou quando terminou de recolher suas coisas. – Deixa pra lá. Vocês não entenderiam mesmo.

Tendo a pergunta como um desafio, Cato insistiu.

– Você anda com essas coisas na bolsa porque vai mesmo fugir, ou porque quer que os outros pensem isso? – ele perguntou, realmente preocupado.

Não. Aquilo já estava indo longe demais. Clove não deixaria Cato, nem o pãozinho saberem o que vinha lhe atormentando há tempos.

– Vai à merda! – ela falou para Cato, virando-se para Peeta na sequência. – Você também, pãozinho! – e depois correu até o fundo da biblioteca, onde estava sentada antes, desaparecendo sob o moletom.

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Pé ante pé, Glimmer andava pelos corredores. Escondendo-se atrás de um armário, ela podia ver onde o diretor Snow e Marvel estavam parados: em frente à porta do depósito.

Marvel encostou-se a porta de metal fazendo cara de despreocupado. Nenhum dos dois tinha visto Glimmer por ali e o diretor então lhe dirigiu a palavra:

– Essa foi a última vez que você me humilha na frente dos outros. Você ouviu? – ele disse de modo ameaçador. – Eu ganho 31.000,00 U$ por mês, tenho um cargo e não vou perder isso por causa de você. Mas um dia, quando não se lembrar mais de Panem High School, quando todos tiverem esquecido de você, e você estiver vivendo sua vida patética, eu estarei lá.

– Isso é uma ameaça, professor Snow? – Marvel perguntou sem acreditar.

– Temo não ter sido claro o suficiente. – respondeu Snow, naquele tom de desprezo. – É isso mesmo. Eu estarei lá, e então eu vou acabar com você. Vou fazer você comer poeira.

– Se o senhor tem a doce ilusão que vai viver pra sempre, quem sou eu pra dizer o contrário? – Marvel indagou com deboche.

– Viverei tempo suficiente para fazer a Srta. Crystal Sanford cumprir uma série de detenções particulares em minha sala, até que ela se forme. – Snow disse de modo suave e cruel.

– Cala essa boca! – Marvel exaltou-se, e estava a um segundo de socar a cara daquele velho. – Lava essa boca antes de falar da minha irmã! Velho pedófilo!

– Você certamente disse que a protegeria no primeiro dia de aula. – o diretor continuou a provocação. – Comovente.

– Se você encostar na Crystal de novo--- – Marvel começou, mas foi cortado:

– O que vai fazer? Vai me denunciar? – o diretor deu um riso maldoso. – Acha que alguém vai acreditar em você? Não, ninguém vai acreditar. As famílias gostam de mim. Eu sou um homem de respeito. E você é um mentiroso, todo mundo sabe disso. Ninguém acreditaria na sua irmã também, assim como você, ela tem uma cabecinha muito fantasiosa a meu respeito...

– EU SEI que você abusou da minha irmã e de outras crianças! – Marvel disse entre dentes. – Eu só não tenho como provar... ainda.

– E enquanto não consegue provar, o que pretende fazer? – Snow prosseguiu. – Vai chamar mais alguns dos seus amigos punks? Vai me dar uma surra? – ele riu. – Eu deixo você dar o primeiro soco. E depois você vai direto para a prisão.

– Isso se o senhor não for afastado da escola primeiro. – Marvel disse, e aquilo era uma promessa.

Snow nada disse; abriu a porta do depósito, ferro rangendo contra ferro e empurrou Marvel para dentro.

– Se estiver disposto a repensar seus atos – o diretor disse por fim, trancando a porta –, talvez sua irmã não precise pagar por eles...

Como resposta, Snow ouviu Marvel chutando a porta pelo lado de dentro. Depois, se afastou, indo em direção a outro corredor.

Vendo que finalmente o velho tinha se afastado, Glimmer correu até a porta do depósito.

– Marvel? – ela chamou, encostando a cabeça na porta. – Você pode me ouvir?

Pelo lado de dentro, Marvel escutou aquela voz fraca.

– Glimmer! – respondeu ele num grito, e já começava a suar frio. – Mas que porra, sai logo daqui! O velho ainda tá andando pelos corredores. Sai logo!

– Não, eu vi quando ele foi pro outro lado – Glimmer respondeu. – É o seguinte, eu v---

A voz de Glimmer sumiu, deixando Marvel preocupado. O silêncio continuou, e quando Glimmer falou novamente, não foram mais que duas palavras.

– Professor Snow...? – ela perguntou, olhando para o diretor que vinha em sua direção segurando um lápis de olho. O seu lápis de olho, que deixara cair da bolsa enquanto pegava o celular. Droga! Provavelmente o velho pisara no lápis e tinha voltado para ver o que acontecia. Mil vezes droga!

– Srta. Belcourt. – Snow disse calma e ameaçadoramente. – O que fazia pelos corredores? Mais especificamente neste corredor.

– Eu queria muito usar o toalete... – Glimmer disse a primeira coisa que lhe veio à mente, passando a mão pelo cabelo; mas seu modo insinuante não iria funcionar com o diretor dessa vez e ela sabia disso.

Snow aproximou-se da porta do depósito novamente.

– Talvez a senhorita aprecie mais fazer companhia ao Sr. Sanford – ele disse, abrindo a porta e, do mesmo modo que fizera com Marvel, empurrou Glimmer para dentro, depois fechou com brusquidão.

– Isso é um absurdo! – Glimmer gritou contra a porta, seus olhos se acostumando com a escuridão. – Meu pai vai colocar um processo nessa escola! Por maus tratos!

E, tentando ver alguma coisa, Glimmer tirou o celular da bolsa, usando-o como lanterna.

– Marvel, onde você tá? – ela quis saber.

– Você tá pisando no meu pé, princesa. – Marvel respondeu; Glimmer deu um passo para o lado e a luz fraca do celular estava no rosto dele agora. – Eu falei pra você se mandar, não falei?

– Eu sabia que você não podia ficar aqui – explicou ela, afastando uma rede e sentindo o cheiro do mofo, que vinha do material guardado. – Sua claustrofobia.

A resposta de Marvel a surpreendeu:

– Mas agora que você tá aqui, quem disse que eu quero sair?


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal! Agora é aquela parte que vocês me mandam pra Cornucópia? Ou eu mereço os bestantes por terminar o cap desse jeito? Brincadeiras a parte, espero que tenham gostado. Deixem-me saber, ok? I AM DRAMAQUEEN
Mais uma vez, aos leitores fantasmas, não sejam tímidos, ok? Eu amo receber e responder comentários! Vocês não sabem o quanto isso me motiva e me ajuda :D
Sabem aquele aviso sobre a fic ser única e exclusivamente minha? Então, por favor, respeitem! E aos meus leitores, peço que recusem e denunciem se virem qualquer tipo de plágio.
Beijos a todos os que leram, e um super obrigado adiantado a todos os que além de ler vão clicar no botãozinho para comentar! Por favor, deixem reviews! Qualquer que seja a opinião de vocês sobre a fic, vou adorar ler!