O Clube Dos Cinco escrita por Tatita


Capítulo 7
What's Your Poison?


Notas iniciais do capítulo

Cada vez que eu vejo as atualizações eu mal posso acreditar! Vocês são os melhores leitores que eu poderia ter! Sério gente, 98 leitores, mais de 100 comentários em 5 capítulos, 20 favoritos... Vocês fazem minha alegria de ficwriter! Agradecimento especial para as lindas que comentaram no último capítulo: Ana Clatonator Forever, QueenMason, maymellark, Cecília B M (bem-vinda), Stella Sinner, Mary Ludwig, MycaGuiraldello, Carol Dantas, Clove, Isabell Espasande, Little Rambin, Triz Stoll, Violet, cintiacullen, Milkmilena, AnaCM, Pietra Nebun, Dani Nyah e Gisele_Potter. E claro, as lindas do twitter que não têm conta, mas também lêem: Brubs, Lara2, Hele, Lara1! Espero que vocês gostem e nos vemos nas notas finais, como sempre o/



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– CAPÍTULO SEIS –

"WHAT'S YOUR POISON?"

– VAI SE FODER! – a voz de Marvel ecoou no recinto.

Snow virou-se com uma expressão enregelada, mas sem demonstrar irritação. Ele olhou para todos com seu ar de superioridade:

– Lamento informá-los, mas vocês irão ficar sem a companhia do Sr. Sanford até o fim desta detenção. – Ele comunicou e Glimmer sufocou uma exclamação. Depois, Snow disse para Marvel: – Pegue suas coisas. Você vai para o depósito.

Depósito. Marvel entendia aquela palavra como um lugar abafado e sem luz; era tudo o que ele não precisava. Talvez tivesse deixado algum pânico transparecer quando Snow ameaçou mandar todos para o depósito, mas agora o velho parecia saber de sua claustrofobia¹ com precisão.

– Que piada – foi tudo o que Marvel conseguiu dizer.

– Tudo pra você é piada, não é? – Snow perguntou triunfante. – Assim como o alarme falso de incêndio que você acionou na sexta-feira. Realmente, muito divertido! E se fosse a sua casa? A sua família, as suas drogas no meio do fogo?

– Impossível – Marvel disse com deboche. – O senhor mesmo guardou tudo nas suas calças, depois da vistoria...

Cato riu naquele momento, e Snow virou-se para ele:

– Acham isso engraçado? – ele indagou a Cato e também a todos. – Acham isso bonito? Acham isso esperto? – fez-se um segundo de silêncio em que ninguém respondeu e o diretor prosseguiu: – Prestem atenção, olhem para ele – e apontou para Marvel: – Um vagabundo, marginal. Querem achar graça em alguma coisa? Eu lhes digo para visitarem o Sr. Sanford daqui a cinco anos. E aí sim vocês verão o quão engraçado ele pode ser num uniforme de presidiário.

Dizendo isso, Snow andou até Marvel que encarava o chão.

– O que foi, Sanford? – ele perguntou, a calma sobrepondo a provocação. – Vai chorar? – sem receber resposta, continuou: – Vamos logo – pediu, puxando Marvel pelo braço, que se desvencilhou dele num solavanco:

– Tira essas mãos nojentas de cima de mim, velho pedófilo! – Marvel disse num grito enquanto se levantava. – Seja educado com seus convidados!

Snow se afastou momentaneamente e enquanto Marvel andava inconformado até a porta, o diretor voltou a falar com Cato.

– E você, Hadley, acompanhe a Srta. Kentwell até a cantina – ele mandou, apontando para Clove. – Vão buscar os suprimentos e depois façam quinze minutos de almoço.

– Mas ainda não é nem meio-dia, senhor – Peeta protestou. – Se almoçarmos agora, não teremos fome na hora certa.

Snow o olhou como se ele fosse insignificante, um inseto.

– Podemos cancelar a refeição – ele ameaçou –, se isso satisfizer o Sr. Mellark...

– Não! – Cato se levantou de pronto. – Nós já estamos indo! – ele olhou para Clove, que também se levantou de má vontade.

Assim que Clove e Cato chegaram até a porta, onde estava Marvel, o diretor olhou para Glimmer e Peeta e disse por fim:

– E se tentarem alguma gracinha, vão para o depósito também.

Peeta assentiu, tal qual Glimmer. Dando-se por satisfeito, Snow saiu da biblioteca, seguido por Marvel, Cato e Clove.

Um momento depois, quando o som dos passos se afastou da biblioteca, Glimmer correu até a mesa de Peeta, parecendo aflita, o que deixou o garoto do pão intrigado.

– Você disse que o depósito tem saída de emergência – ela comentou com nervosismo e Peeta assentiu. – Preciso que você desenhe pra mim – a loira pediu, tirando papel e caneta da bolsa e pondo à frente do garoto.

– Por quê? – Peeta indagou. – É ridículo de fácil achar a janela pelo lado de fora, na quadra!

Glimmer suspirou fundo.

– E se eu precisasse achar a janela pelo lado de dentro? – ela tornou a pedir impaciente. – Você tem que me mostrar como é!

– Pra quê? Você não tá pensando em sair daqui, está? – Peeta ainda não compreendia.

Percebendo isso, Glimmer decidiu explicar:

– Então, Peeta... – ela disse com sinceridade: – O Marvel não pode ficar naquele lugar. Ele pode ter uma síncope – Glimmer mal podia imaginar Marvel tendo uma síncope, sem ar, no escuro. – É só isso o que eu posso dizer.

– Tudo bem – Peeta viu a preocupação nos olhos dela e decidiu ajudar; ele começou a rabiscar o papel: – O depósito é pequeno e tem três janelas iguais; a do meio tem revestimento de borracha, deve cair com um chute. A saída encontra a quadra de esportes – explicou ele. – Mas também tem um duto de ventilação no teto, que leva até a cozinha, então são duas formas de sair.

Glimmer pegou o papel rabiscado, apertando-o com as duas mãos sobre o peito. Assim que Cato e Clove voltassem, ela iria ajudar Marvel a sair daquele buraco.

– Você é um amor, pãozinho! – ela disse, dando um beijo no rosto de Peeta, sem se conter.

Dessa vez, Peeta não se ofendeu com o apelido.

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Enquanto isso, num corredor próximo a cantina, Cato andava ao lado de uma Clove emburrada. Ele a observou mais de perto e notou que ela tinha sardas no rosto, apesar do cabelo lhe cobrir quase toda a face.

Percebendo que era observada, Clove indagou Cato com irritação:

– Tá olhando o quê?

Ele deu de ombros.

– Estou tentando descobrir... qual é o seu veneno? – disse Cato, parando a frente dela.

– Veneno? – Clove não entendeu. Mas ao mesmo tempo, não tinha gostado daquele tom. Veneno, como se fosse algo contagioso, pejorativo. E aquilo a machucava de uma forma que ela não sabia explicar.

Cato então respondeu.

– Veneno. Você não aceita nenhuma gentileza, qual é o seu problema, Kentwell? – ele realmente queria saber por que ela fora tão hostil todas as vezes que ele só quis protegê-la.

A boca de Clove abriu-se momentaneamente num "o". Ela não acreditava que Cato estivesse falando em gentileza porque ela mesma não acreditava nisso. A seu ver, ele só queria bancar o seu protetor para ostentar uma imagem na frente dos que estavam na biblioteca; o forte, o lutador, o campeão que ele sempre fora.

– Clove.

– O quê? – Cato não entendeu.

– Se vamos conversar, me chame de Clove – ela pediu. – Eu odeio o "Kentwell" – ela explicou, abrindo aspas com os dedos.

Cato assentiu.

– Então, Clove – ele mencionou o nome dela conforme ela lhe pedira. – Qual é o seu veneno?

– Diz você, então, Hadley – Clove pediu, em desafio. – Qual é o seu problema? O que você fez pra estar aqui hoje? Esqueceu de lavar suas calças de malha?

A testa de Cato se crispou de irritação.

– Não é malha – ele replicou. – É o uniforme oficial da equipe de luta!

Malha – Clove insistiu, com aquele riso venenoso se formando em seus lábios.

Mesmo com veneno, o sorriso dela era lindo e Cato acabou concordando.

– Talvez seja malha – ele disse, depois riu. – Na verdade, só estou aqui hoje porque meu pai e meu treinador não querem que eu perca meus patrocínios. Eles me tratam diferente porque querem que eu seja um campeão.

– É assim que você se sente? – a pergunta escapou dos lábios de Clove.

– É assim que meu pai e meu treinador me vêem. – Cato disse numa constatação.

"Pelo menos eles te enxergam." – Clove teve vontade de dizer, mas só o que disse foi:

– Legal – ela comentou. – Mas o que você fez pra ganhar uma detenção?

E apesar de Clove ter baixado a guarda, Cato não queria falar sobre isso.

– Deixa pra lá. – ele respondeu com uma expressão estranha.

– Tudo bem – Clove concordou rapidamente, apenas da boca para fora. Por dentro, estava só começando a querer saber mais sobre quem realmente estava por trás do Cato Hadley, o lutador.

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¹ Claustrofobia: fobia que se caracteriza pela aversão ao confinamento e/ou lugares fechados.


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Notas finais do capítulo

Oi gente! E aí? Espero que vocês tenham gostado: Clato feelings se desenhando ali, Glarvel feels voltando como vocês podem ver e vai ter mais pela frente o/
Mais uma vez, aos leitores fantasmas, não sejam tímidos, ok? Eu amo receber e responder comentários! Vocês não sabem o quanto isso me motiva e me ajuda :D
Sabem aquele aviso sobre a fic ser única e exclusivamente minha? Então, por favor, respeitem! E aos meus leitores, peço que recusem e denunciem se virem qualquer tipo de plágio.
Beijos a todos os que leram, e um super obrigado adiantado a todos os que além de ler vão clicar no botãozinho para comentar! Por favor, deixem reviews! Qualquer que seja a opinião de vocês sobre a fic, vou adorar ler!