O Clube Dos Cinco escrita por Tatita


Capítulo 17
Sincerely Yours


Notas iniciais do capítulo

Wow, 172 leitores, eu não mereço vocês por causa da minha demora indesculpável, eu sei, mas finalmente estou aqui! Sem mais delongas, quero dedicar o cap de hoje para a Isabell Espasande, minha amiga linda que teve a fic (Clato, tá no meu recomendo, vejam lá) vencedora em um concurso de fanfics! Parabéns! E claro, dedicado a todas as lindas que comentaram o capítulo anterior: Milkmilena, MycaGuiraldello, QueenMason, Ana Clatonator Forever, Juliana Nascimento, Pollianna Grp, Maymellark, Tris Everdeen, Á Caçadora, Glimmer La Rue, Belle Gray Stone, Triz, Bunny, cintiacullen, Wed Hellion, Lola Salvatore, FoxFace, Gisele_Potter, Doodle, Carrie Anne, Mary, CC (bem-vinda!) e para as lindas do twitter que estão sempre lendo: Brubs, Hele, Lara (pompom), Ray e Rachel! Como sempre, espero que vocês gostem e nos vemos nas notas finais o/



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– CAPÍTULO DEZESSEIS –

SINCERELY YOURS

Glimmer chorou em silêncio por alguns minutos, afundando o rosto no moletom de Clove, como se as duas realmente tivessem trocado de lugar naquele momento, invertendo os papéis de consoladora e consolada.

Meio sem jeito e sem saber o que dizer ao certo, Clove se manifestou.

– Olha, se você quiser, eu corto o pinto dele e passo no moedor de carne! – ela tentou falar em tom sério, mas só o que conseguiu foi arrancar um riso abafado de Glimmer, que agitava a cabeça em negativo.

– Não acho que isso resolveria o problema – disse a loira, entre mais um riso, o que tinha interrompido o seu choro de imediato.

– Mas pelo menos fez você rir. – a morena respondeu com um sorriso satisfeito, lembrando-se de que aquele era o tipo de piada que Larry fazia sempre que queria lhe animar.

Glimmer assentiu, pensando na reação genuína de Clove; enquanto as pessoas do seu convívio lhe faziam sorrir esperando algo em troca, a morena só estava fazendo aquilo para lhe ver bem, e ela acreditava que o apoio era sincero, da mesma forma que o seu fora.

– Eu disse que você não merecia chorar sozinha nesse banheiro sujo – Glimmer comentou, se recompondo –, mas eu fiz você ouvir esse dramalhão... – ela disse se referindo à discussão com Marvel. – Minhas sinceras desculpas, Clove. Não era pra você ter pena de mim...

– E quem disse que eu tenho? – Clove devolveu a pergunta. Imaginava que Glimmer estivesse mesmo se sentindo tão exposta, mas a imagem da "pobre menina rica" que fizera da loira naquela manhã, há muito já tinha desaparecido.

– Não tem? – Glimmer perguntou surpresa.

– Não. – explicou Clove. – Por tudo que vi de você hoje, posso dizer, sinceramente, que você tem muita coragem, e que você faria qualquer coisa por quem você ama. – Glimmer sorriu. – Talvez você só precise um pouco mais dessa coragem, e dizer pra todo mundo, principalmente o seu círculo de amizades, que é do Marvel que você gosta... Aí talvez ele pare de ser um idiota e vocês fiquem bem de novo...

O sorriso de Glimmer diminuiu por um segundo.

– Você acha que eu já não pensei nisso? Tem muita coisa em jogo... – a loira indagou Clove, mas a pergunta era mais para si mesma. Ainda se lembrava do triste episódio do último Réveillon, quando seu irmão Gloss havia colocado Marvel para fora da casa dos Belcourt literalmente a pontapés. E se era difícil enfrentar os amigos, que dirá sua família...

– Os seus amigos? – Clove quis saber. – Se for isso, eu tenho que concordar com o Marvel em uma coisa: se eles te virarem a cara por causa de quem você namora, eles não são seus amigos... – e meio sem jeito, voltou a acrescentar: – Eu não tenho nenhum amigo, mas se eu tivesse, eu não faria isso...

Glimmer deu um meio sorriso.

– Na verdade, o problema é o meu irmão – ela falou com sinceridade, e, entendendo o que Clove queria dizer, a loira se antecipou: – Mas eu ficaria feliz se você parasse de dizer que não tem nenhum amigo...

– Mas eu não tenho – Clove replicou. – Só o Larry, mas ele é meu irmão e pode ser meu irmão de sangue, então...

– E eu não conto? – Glimmer a interrompeu, fingindo-se de ofendida.

– É, acho que sim, depois de hoje – Clove disse parecendo envergonhada. No passado ela nunca pensaria em ter a Miss Popularidade como amiga, mas não agora.

– Que bom – a loira disse por fim, com um sorriso de satisfação. – Porque eu vou precisar de uma amiga de verdade quando os amigos falsos me virarem as costas, e acredite, eu tenho certeza que a maioria fará isso...

Clove olhou para Glimmer admirada, por um momento sem acreditar que a loira estava prestes a fazer o que ela havia proposto. Mas, lembrando das próprias palavras, estava sentindo uma espécie de orgulho ao ver Glimmer lutar pelo que amava.

– E eu também quero ter uma amiga de verdade... – Clove disse meio incerta, tudo que se referia à sua "mãe" ainda lhe atingia mais do que ela suportava. – Quando eu for procurar a Nora...

Agora foi a vez de Glimmer sorrir com admiração. E, tal qual Clove, ela também sentia uma pontada de orgulho, diante da determinação da pequena, que tanto fora maltratada dentro da própria casa.

– Eu vou adorar – Glimmer concluiu, puxando Clove novamente para um abraço. Ao final do gesto, Clove falou:

– Ok, agora chega. – ela disse meio ríspida, corrigindo depois. – Não que eu não goste... Eu só não estou acostumada a ficar abraçando os outros, tá?

– Tá – Glimmer deu de ombros, ainda rindo do jeito de sua nova amiga. Levantando-se do banco, ela falou: – Logo você se acostuma, você vai ver. Melhor a gente ir embora, né? Chega de banheiro sujo e Panem High School por hoje!

– Verdade. – Clove concordou, seguindo Glimmer enquanto elas saíam do banheiro.

Durante a caminhada lado a lado no corredor, Glimmer olhava para os lados pensando que encontraria Marvel por ali, mas nem sinal dele. O único movimento que ela e Clove encontraram, vinha do escritório de Snow, onde Peeta – e até Cato – procuravam colocar as pastas de volta nos armários.

– Tá tudo bem? – foi Peeta quem perguntou ao ver as garotas entrando na sala. Cato ainda olhava apreensivo para Clove, que nada disse.

– Agora está – Glimmer respondeu a pergunta de Peeta. – Alguém viu o Marvel?

– É, ele deve estar em algum lugar por aí, nós vimos quando ele passou correndo depois de mandar você tomar no cú – Peeta respondeu, recebendo um olhar surpreso de Glimmer. – Desculpa, mas é que deu pra ouvir os berros de vocês daqui.

– Tudo bem – Glimmer disse, meio envergonhada. – Ele faz isso o tempo inteiro.

Diante daquele silêncio quase constrangedor, Cato se dirigiu a Clove:

– Clove – ele tentou se aproximar dela, mas novamente a morena se afastou.

– Quando o Larry melhorar, se ele melhorar, a gente conversa – ela disse com mágoa, ainda sem olhar nos olhos de Cato.

– E se Deus quiser, ele vai melhorar sim. – Glimmer disse para a morena, e Cato entendeu que era melhor não insistir naquele momento, porém não iria desistir de Clove tão fácil.

– Acabou – Peeta disse de repente, guardando a última pasta no gaveteiro. E virando-se para Clove, explicou : – O Cato achou melhor tirar umas cópias dos documentos da Nora, pra poder guardar a pasta de volta no arquivo, espero que você não se importe.

– Você fez bem – Clove concordou, pegando as cópias sobre a mesa de Snow e enfiando de qualquer jeito na bolsa. – Obrigada.

– Bom, acho que nossa detenção finalmente acabou. – Glimmer comentou aliviada.

– Nós ainda não fizemos a redação – Peeta observou.

– Bem observado, pãozinho – Cato respondeu com sarcasmo. – O Snow já era. Você mesmo disse que não via a hora de sair daqui...

– Por isso mesmo, eu tive a ideia de deixar uma redação diferente na mesa dele – Peeta explicou, diante do olhar apreensivo das garotas.

– Isso parece interessante – Glimmer teve que concordar.

– Me deem cinco minutos – Peeta pediu, então sentou na poltrona de Snow e começou a rabiscar o papel freneticamente.

Assim que terminou de escrever, Peeta leu o texto em voz alta:

"Prezado Diretor, Professor Coriolanus Snow:

Aceitamos ter de passar o sábado inteiro em detenção, como castigo pelo que fizemos de errado, se é que o que fizemos foi errado. Mas nós achamos que é loucura o senhor nos fazer escrever uma redação falando sobre nós mesmos. Com o que o senhor se preocupa? VOCÊ NÃO TÁ NEM AÍ! Você pode nos ver do jeito que quiser, de uma maneira simples e mais conveniente. Resumindo a definição mais apropriada, você nos vê como: um cérebro, um atleta, uma louca, uma princesa e um criminoso. Correto? Foi assim que nós nos vimos hoje, o que achávamos de cada um de nós às 7h dessa manhã. Sofremos uma lavagem cerebral, mas o que aprendemos, é que na verdade, CADA UM DE NÓS é um cérebro, um atleta, uma louca, uma princesa e um criminoso. Isso responde a sua pergunta?

Atenciosamente,

O Clube dos Cinco."

– E então, o que acharam? – Peeta quis saber.

Cato e Clove assentiram em aprovação, ao mesmo tempo em que Glimmer falava:

– O Clube dos Cinco? – a loira perguntou animada. – Gostei do nome.

– Eu também – a voz veio de Marvel, encostado à porta. – Mas tem algo que eu quero acrescentar a essa redação, pãozinho...


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal! Eu sei que falei que a minha demora era indesculpável, mas como estamos nos encaminhando para a reta final, eu não podia deixar o capítulo de qualquer jeito por isso tentei arrumar o máximo possível pra não deixar furos, espero que vocês tenham gostado; a redação vocês já tinham visto no prólogo, mas espero que tenha surpreendido o fato do Marvel querer escrever mais alguma coisa. Ainda sobre o Marvel, Glimmer e Glarvel, eu já dei a entender o que vai acontecer, estou perdoada pelo que aconteceu no capítulo anterior? Não me mandem pra Cornucópia yay!
Mais uma vez, aos leitores fantasmas, não sejam tímidos, ok? Eu amo receber e responder comentários! Vocês não sabem o quanto isso me motiva e me ajuda :D
Sabem aquele aviso sobre a fic ser única e exclusivamente minha? Então, por favor, respeitem! E aos meus leitores, peço que recusem e denunciem se virem qualquer tipo de plágio.
Beijos a todos os que leram, e um super obrigado adiantado a todos os que além de ler vão clicar no botãozinho para comentar! Por favor, deixem reviews! Qualquer que seja a opinião de vocês sobre a fic, vou adorar ler!