Anteriormente em My Dark Side:

-E isso implica o quê ?? - perguntei assustada, mas confusa.
-Esse é o problema...- contou ela - Alguém te está a ... envenenar.
-O quê?! - perguntei assustada, levantando-me.
-Se ingerires demasiadas doses dessa erva, visto que não te faz efeito mas sim sentires esse tipo de sintomas... Significa que podes chegar a um determinado ponto em que ficas tão fraca , que podes morrer...
-Estou tão confusa... Se não faz efeito, não devia significar que não é uma bruxa? - perguntou Caroline.
-Não, porque ela sente os outros sintomas. Significa é que ela é muito mais forte do que pensamos. - respondeu a bruxa. Eu não me sinto triste por saber que alguém me está a tentar envenenar. Eu não sinto nada, pelo menos em relação a isso. É estranho, mas eu estou com medo. Medo de ela ter razão e eu ser mais forte do que penso. Estou com medo de mim mesma...

Atualmente em My Dark Side:

Pov. Cassie

-Tudo isto que está a acontecer é... demasiado. - sussurrei demasiado baixo, mas sabia que ela ía ouvir.
-É... tens razão. - concordou Caroline - Mas vamos ultrapassar isto.
-E se piorar, Car? - perguntei aconchegando-me mais , junto da almofada, virando-me de frente para ela.
-Sorri, Cassie. - respondeu e agarrou a minha mão, de baixo do cobertor que nos cobria, da sua cama - Ainda vais encontrar demasiadas pessoas malvadas.
-Imbecis, Caroline. Não Malvadas, é diferente. - comentei, fazendo-nos rir.

Depois de alguns risos e brincadeiras, caímos no sono. Nesta noite voltei a sonhar. Um sonho que me assustava cada vez mais.

Sonho on:

-GISELA! - gritaram os homens atrás de mim.

Virei-me devagar e olhei o homem nos olhos , que já estava próximo de mim.

-Diz, Stefan.- sussurrei calma e olhei para Damon - E Damon.
-Nós dissemos ACABOU! - gritou Damon.

Não posso deixar que eles me deixem. Não posso simplesmente deixar o Stefan e o Damon terminarem comigo. Não para ficarem com a minha irmã.

-E eu disse: falamos amanhã. - repeti raivosa.

Tentei-me virar, mas uma mão forte apertou o meu braço. Forçando-me a olha-los.

-Nunca mais metas um pé naquela casa. - avisou Stefan.
-Nem te aproximes mais de nenhum nós. - ameaçou o mais velho dos Salvatore.
-Vão voltar para Katerina? - perguntei, mas olharam-me confusos - Katherine?!

Eles olharam-se e eu aproveitei para desaparecer. Voltei para casa dos Mickelson, onde eu manteria a minha aparência de inocente.

Sonho off:

~dia seguinte~

Cof cof! Acordei a tossir, enquanto a claridade já preenchia o quarto de Caroline. Ela já não estava na cama, então deitei-me, ocupando todo o espaço e fiquei a relembrar o sonho. Mas porque tenho de sonhar com a Gisela e os Salvatore todos os dias?! Eu sei, eu sinto, que estes sonhos são verdadeiros. Isto é, já aconteceram. Mas e se eu estiver errada?

-Cassie! - exclamou uma voz e eu sentei-me na cama, visualizando a cabeça da tia Lizz na porta.
-Sim, tia Lizz. - respondi, levantando-me.

Eu sou assim. Mal a conheço e já a chamo de ''tia Lizz''!

-O pequeno almoço está na mesa. - avisou e fechou a porta.

Caminhei pelo corredor até chegar à cozinha da pequena casa. A mesa era redonda e estava cheia de comida. Sentei-me entre as duas mulheres.

-Bom dia! - saudei.
-Bom dia! - saudaram ambas sorridentes.

Comemos juntas. Ambas me receberam como parte da familia, tal como Caroline me avisara. Eu tinha pessoas que gostavam de mim, eu não estou sozinha.

Pov. Bonnie

-Jeremy! - chamei alto.
-Estou a ir. - avisou ele , do andar de cima.

Ele chegou ao meu lado com velas e livros , eu sorri-lhe agradecida. Ele sentou-se ao meu lado.

-Temos de procurar em todos estes livros - avisei, apontando para o molho de livros antigos - Sobre a filha de um vampiro.
-Certo. - concordou Jer.

Enquanto folheava as folhas velhas e com pó, lia feitiços e informações desnecessárias. Nada conseguia preencher os requisitos da minha procura. Comecei a ficar frustrada, devido a não encontrar nada que nos pudesse ajudar com a Cassie. Parei e olhei o meu relógio de pulso : 18.40h . Jeremy olhava-me , enquanto continuava a folhear as várias páginas. Faltava-me dois livros, mas permiti-me desabar no chão sujo do soalho da casa das bruxas.
Ele também parou.

-Nós vamos encontrar algo Bon. - prometeu Jeremy. Eu sentei-me, novamente.
-É... mas... - sussurrei , encontrando uma solução .
-Mas o quê? - perguntou ele curioso.
-Talvez me possa conectar com as bruxas, aqui posso fazê-lo. - contei e ele olhou-me reprovador.
-Da ultima vez não correu muito bem. - lembrou o irmão da Elena.

Eu ignorei-o e coloquei as velas em circulo. Sentei-me no meio e Jeremy na minha frente, mas fora do circulo.

-Preciso de alguma conecção com a Cassie. - comentei - Tens algo dela?
-Não.- respondeu Jer.

Lembrei-me do lenço que tenho ao pescoço. É o mesmo que ela usou quando se ''mascarou'' para fugir ao Klaus. Tirei-o e coloquei-o à minha frente.

-Não me interrompas, Jer. - avisei e ele assentiu , contrariado.

Pov. Jeremy

Ela começou a fazer o que quer que seja que as bruxas fazem. Eu realmente quero voltar para casa com algo para dizer à Cassie. Algo que a faça sentir melhor, mesmo que pouco. Mas isso não significa sacrificar a vida da Bonnie, que começou a falar alguma língua estranha, cada vez mais alto. Ficou ali a gritar palavras desconhecidas demasiado alto, quando de repente tudo parou. As velas apagaram-se, o lenço que estava no centro ardeu, criando uma chama, que passou a ser a única iluminação, direcionada para os nossos rostos.

-Então? - perguntei curioso.
-Nada. - respondeu ela, com a expressão estranha.

Voltamos para casa. Ela foi para a dela e eu para a minha. Cassie estava sentada no alpendre à minha espera, com botas peludas, e casaco quente, lendo um livro. Eu aproximei-me e sentei-me.

-Conseguiram algo? - perguntou preocupada, pousando o livro.

Eu baixei ligeiramente a cabeça.

-Estou safa?! Jeremy, não vou morrer? - perguntou ela aliviada.
-Lamento. - sussurrei , vendo os olhos dela abandonarem o brilho anterior.
-Tudo bem. - concordou Cassie, ajeitando o coque loiro no alto da cabeça.

Beijei-lhe o topo da cabeça e entrei dentro de casa, deixando para trás uma rapariga com medo de morrer.

Pov. Cassie

Fixei o olhar no vaso à minha frente, que logo explodiu em pedaços, junto com os outros vasos presentes. Eu assustei-me, aconchegando-me no banco almofadado. Eu não queria fazer aquilo. O meu telemóvel apitou, anunciando a chegada de uma mensagem. Peguei nele, largando o livro, e li Caroline , abrindo, assim, a mensagem "Amiga, a Bonnie contou-me. Vou ter contigo.- Car. ''. Sorri pela preocupação de Caroline, mas enviei outra mensagem ''Não, eu fico bem. Obrigada, linda - Cass. '' , voltei então a guarda-lo no bolso.
Voltei o meu olhar para a frente , onde estava uma silhueta masculina. Olhei para cima, dando de caras com um sorriso de lado. Gosto desse sorriso!! O quê?! Não!

-Que descobriram? - perguntou Damon, sentando-se ao meu lado, e fixando o olhar em frente.
-Nada. - respondi, lembrando-me de Jeremy.
-Eu não sei que dizer. Não sou muito bom a consolar as pessoas. - confessou ele e eu ri.
-É, já reparei. - sussurrei, no meio do silêncio. Ele riu também.
-Talvez um '' Vai ficar tudo bem'' ?- perguntou ele confuso e eu voltei a rir.
-Sim . - concordei - Mas eu sei que não vai, Damon.
-Não confias em mim? - perguntou ele, e eu decidi usar o que ele disse no outro dia contra ele.
-Porque haveria? - perguntei retoricamente e depois ironizei- Não somos amigos.
-É justo. - respondeu sarcástico.
-Não que eu não confie em ti, é claro, mas não confio em ti. - ironizei, então, ambos rimos.

Eu olhei-o, enquanto o silencio permanecia durante vários minutos.

-Eu confio em ti. - disse ele, olhando-me.

Olhei-o desconfiada, mas rapidamente, olhei para as paginas. Aquela conversa estava a começar a deixar-me... nervosa. Então queria fugir ao assunto. Tentei ler, mas apenas, lia a mesma frase várias vezes.

-Qual a graça de ler livros? - perguntou ele, inclinando-se sobre mim, para ler um pouco.
-Ah! Deixa-me ver... ler? - respondi ironicamente.
-Eu não entendo. Parece ser... Ah! Deixa-me ver.... tedioso? - comentou ironicamente. Eu sorri de lado.

Ele continuava inclinado sobre mim, o suficiente para sentir a sua respiração na minha bochecha. Virei-me para ele, o que fez os nossos narizes tocarem-se. Eu senti algo parecido com um choque, mas não me mexi. Ele tinha a mão atrás das minhas costas, e colocou-a no meu cabelo, mexendo nele. Sabia que podíamos nos beijar a qualquer momento, mas por algum estranho motivo, eu sei que ele não o fará.
As perguntas que me atormentam todas as noites, saíram pela minha boca:

-Conheces a Gisela? - perguntei - Alguma vez a conheces-te? Algum lugar no teu passado?
-O quê?! - perguntou indignado, afastando-se.
-A minha pergunta foi clara. - repeti, determinada.

Ele levantou-se.

-Não. - respondeu frio.
-Tens a certeza? - perguntei, insistente.

Ele ignorou, caminhando. Mas parou nos degraus, ficando de costas.

-Eu disse que confio em ti, esperava pelo menos que confiasses em mim também. - avisou ele, e parecia estranho, naquele momento.

Eu permaneci em pé, mesmo depois de ele ter desaparecido. Entrei em casa. Damon havia sido sincero e eu acusei-o injustamente, devido a uns sonhos estúpidos. Eu fui uma idiota.

Pov. Damon

Voltei para casa. Stefan estava com Caroline na sala, junto da lareira. Peguei num copo com sangue e sentei-me no sofá.
Ambos me olharam, mas eu ignorei-os e eles fizeram o mesmo continuando a conversar.

Se eu pudesse encontrar alguma forma de fazer a Cassie não sofrer, então eu faria, sem hesitar. Eu gosto dela...A loirinha é tão inocente. Ela era o próprio paraíso... Era tudo o que era proibido para um monstro como eu. E mesmo assim , eu desejo-a. Só que não sei de que maneira isso me poderá afetar.

-Então, eu ainda vou passar por casa da Bonnie. Boa noite. -despediu-se Caroline.
-O que tem a Bonnie? - perguntei curioso.

-Diz que tem que falar comigo. - respondeu a barbie e eu levantei-me.
-Manda beijos para a bruxinha. - mandei ironicamente.
-Adeus, Stefan! -disse ela , rolando os olhos.
-Adeus, Car. - respondeu ele , que depois dela sair caminhou até mim.

-Irmão. - sussurrei , bebendo mais um pouco.
-Damon,devemos amanhã ir tentar descobrirquem está a tentar envenenar a Cassie. - avisou Stefan.
-Ótimo . - concordei e retirei-me para o meu quarto, sem paciência para o quer que fosse que poderíamos falar.

~dia seguinte (sábado)~

Pov.Cassie

O sonho tinha voltado, talvez avançado uns quantos acontecimentos.É como se eu tivesse a rever a vida da Gisela toda a vez que feche os olhos. E devo dizer, ela não é como a Rebecka disse. Ela é má... horrível!
Bebiágua do copo que costumo deixar na minha mesinha, e voltei a dormir. Mas desta vez , por momentos, apenas vi-a os olhos azuis brilhantes de Damon. Amaldiçoei-me por isso. Mas assim não sonhava com ela, e eu agradecia eternamentepor isso.

Abri os olhos com a claridade a entrar no quarto e tenteilevantar-me da cama, mas assim que tentei, caí na cama. Uma tontura muito forte, não me deixou tentar uma segunda vez. A minha cabeça começou a doer demasiado.Gemi baixo e senti uma reviravolta no meu estomago, o que me fez ignorar a dor na cabeça e levantar, balançando até à casa de banho do meu quarto. Olhei-me no espelho e estava mais pálida do que já era. Os meus lábios estavam roxos. Reparei , apesar da dor enorme, que estou rodeada com um casacoquente.É... estou cheia de frio! Coloquei a mão na testa e devo dizer: estou a arder!
A dor no estomago voltoumuito pior, e comecei a tossir, debruçando-me sobre o lavatório. Assustei-me , porque tudo o que vi-a era sangue. Eu estou a tossir sangue. Peguei numa toalha e limpei a boca.

-Elena! -gritei baixo, não conseguia mais alto. Mas sei que ela ouvira.

Deixei-me encostar à porta da casa de banho,perdendo os sentidos. Depois, sóa Elena, cujos sapatos vi, sabe contar o que se passou.

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Pov. Caroline

-Ela está bem? - perguntei aos gritos , entrando na mansão Salvatore.

Stefan agarrou-me ,tranquilizando-me. O meu melhor amigo beijou-me a testa.

-Ela vai ficar bem. - sussurrou no meu ouvido.

Ele era meu melhor amigo. Sempre foi. E tenho certeza que sempre vai ser.

-Vou mais o Damon, tentar saber quem a está a envenenar, está bem? -avisou ele e eu assenti.

Ele saiu. Eu caminhei até o sofá onde estava Elena, Jeremy e Bonnie. No outro ao lado estava Cassie, pálida, enrolada em cobertores, com um balde ao lado com sangue e inconsciente. Eu ajoelhei-me ao lado dela, ignorando o cheirodo sangue, porque eu realmente não quero saber.

-Oh meu deus! - exclamei preocupada, agarrando na mão dela, que estava demasiado fria - Quem te fez isto, Cassie?
-Caroline. - sussurrou Elenado meu lado direito.
-Elena. - retribui, sorrindo triste.
-Já tentei conectar-me com as bruxas, mas só tive informações que não queria. - comentou Bonnie, do meu lado esquerdo.

Jeremy colocou-se do outrolado do sofá. De frente para as três.

-O quê? - perguntou ele - Disseste que elas não te tinham dito nada.
-Isto é um assuntoimportante. - sussurrou ela.
-Conta-lhes. - avisei , já sabendo o que era.
-Diz, Bon. - pediu Lena.
-O Damon e o Stefan já se envolveram com a Gisela! - disse Bonnie, os dois abriram aboca espantados, mas eufiquei quieta.
-Maseles não disseram nada! - disse Jeremy indignado.
-O Stefan foi compelido a esquecer, peloKlaus. Mas Damon sabe. - informou a bruxa.
-Então masporque oKlaus o compeliu a esquecer? Ele ''namorava com a Gisela! Nãoera suposto saber que ela andava metida com os Salvatore. - disse Elena confusa.
-OKlaus descobriu e fez Stefan esquecer,foi ele quematou a Gisela, também. - disse eu, completando ahistoria da Bonnie, visto que ela me contara na noite anterior.
-O quêêê??! - gritaram Jeremy e Elena.
-Rebecka não sabe.- avisou Bonnie.
-A Cassie não deve saber. Acho, que ela e o Damon se dãobem. Então é suposto ser ele a contar-lhe. - disse eu, todos concordaram.

Elena concordou contragosto, mas acabou por assentir.Embora este com Stefan, talvez os sentimentos delapor Damon não estejam totalmente esquecidos.
Cassie abriu os olhos eisso bastou para eu sentir um peso sair dos meus ombros, suspirei aliviada.
Demos chá para ela e cheirei, queria ter a certezade que não possui nenhum tipo de erva a não ser verbena.
Enquanto lhe explicávamos o que iria acontecer e que iria ficar tudo bem, ouvimos o trinco da porta. Juro que pensei ser Stefan e Damon com boas noticias, e um sorriso largo apareceu. Mas quem apareceu é loiro de olhos azuis... Klaus.

-Olá meus caros amigos. - saudou ele e caminhou até nós.

Eu levantei-me ecoloquei-me na frente do sofá onde ela estava protectoramente.

-Não venho fazer mal a ninguém. Umacordo é um acordo. - anunciou Klaus.
-Então? - perguntou Elena.
-Soube pela minha irmã, que por acaso está com os Salvatore, que a minha querida sobrinha está doente... a morrer e resolvi trazer umas flores. - explicou, mostrando umas rosas, que ofereceu nas mãos de Cassie.
-Obrigada. - agradeceu ela, sorrindo verdadeiramente.

Sorri pela forma que ela sorria, era verdadeiro. Ela perdoou-o, mesmo quase tendo morrido. Era faz perdoar e amar parecer tão fácil.