Uma Decisão Inesperada escrita por Gaya


Capítulo 15
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e desculpe a demora. Estava esperando reviews :'(



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Logo quando vi todos eles, sorri como nunca sorri antes.

Foi muito boa a sensação de ter alguém que realmente se importa com você, principalmente quando são vários pessoas, ou um acampamento inteiro.

Senti que minha energia estava voltando, e que não deixaria meus amigos sozinhos. Começamos a lutar.

–AH! PAREM! EU NÃO OS MACHUCAREI! - o gigante ficou se debatendo, enquanto metade do acampamento o atacava - NÃO LEVAREI PERSEU JACKSON PARA O CHEFE! NÃO LEVAREI! NÃO PRECISAM ME MACHUCAR.

–Pelo jeito o gigante está acostumado a ser o valentão. Mas todos os valentões são covardes! - Grover chegou ao meu lado. Dei tapinhas em suas costas. Como é bom ver seu melhor amigo novamente, apesar de não fazer tanto tempo que não o vejo.

–Cara, obrigado. Obrigado mesmo.

–Não precisa agradecer, majestade. - Juníper fez uma reverência.

–Para com isso, já basta os dragões me chamarem de mestre, igual ao Blackjack. - ela riu. Então eu ri também, não pela razão de estar com vontade, mas porque eles me deixam feliz. Eles são a minha família. - Estava com saudades de vocês. Saudades sinceras, saudades de um deus.

–Também sentimos sua falta. - Grover disse, tentando destacar sua voz em meio ao barulho da luta.

–Obrigado, mas então, vamos lutar!

A luta se estendeu por bastante tempo. Demoramos mais ou menos uma hora para conseguir derrotar ele e levá-lo para as profundezas do Tártaro.

Algumas pessoas dos chalés foram me abraçar, falar comigo. Algumas filhas de Afrodite deram um beijo no meu rosto, o que me deixou com uma baita vergonha.

Se Jenniffer estivesse aqui, estaria morta de ciúmes.

–O que vamos fazer agora? - perguntou James, um filho de Hécate. Então me lembrei de todas as pessoas que os gigantes comeram, e senti meu estômago na minha garganta.

–Bem… perdemos algumas pessoas nesse tempo. Os gigantes comeram elas, e não matamos eles a tempo de elas continuarem vivas. Não conhecia nenhuma, nem tinha sequer visto uma delas uma vez na vida, mas mesmo assim, eu gostaria que ficássemos um minuto em silêncio.

Então ficamos em silêncio, e depois, eu falei:

–Como vocês vieram para cá?

–Nos teletransportamos, cabeça de alga. - Annabeth apareceu.

–Como? - tentei falar normalmente, mas estava com raiva.

–Por mim. - Então um garoto apareceu.

Um garoto de cabelos pretos e olhos igualmente pretos, pálido e magro, apareceu do nada. Fazia muito tempo que não o via, e ele estava quase do meu tamanho.

–Nico! É você mesmo? - dei tapinhas em suas costas, mas ele não pareceu demonstrar nenhuma emoção. - Quanto tempo, cara. Está mudado.

–Olá, Percy. Faz bastante tempo mesmo. Mas quando se é um deus, você não deve perceber muito, não é mesmo? - ele levantou uma sobrancelha.

–Bem… - cocei minha nuca - Eu ainda não me acostumei com esse negócio de deus. Ainda me sinto como um de vocês, e quero continuar me sentindo assim.

–Não vai dizer a mesma coisa quando estivermos em decomposição nas covas de algum lugar. - ele cuspiu.

Engoli em seco.

–Só porque me tornei um deus não significa que não vou sentir a falta de vocês quando vocês… - não consegui dizer “morrerem”, mas acho que todos entenderam.

–Nico, pare com isso. - Annabeth falou, secamente.

–Você sabe que é verdade, Annabeth. Um dia ele vai esquecer tudo isso…

–Eu nunca vou esquecer vocês. Juro pelo Rio Estige. - falei.

Um silêncio profundo e desconfortável ficou por alguns minutos conosco. Então Travis falou:

–Bem… como vamos voltar para o acampamento? Nico deve estar cansado né?

–Vamos com dragões. - foi a primeira coisa que passou pela minha mente, mas que tinha sentido. Minha lerdeza estava diminuindo, graças aos deuses.

Jahoel, preciso de muitos dragões. Se puder vir o mais depressa possível, por favor. Enquanto isso vamos cuidando dos dragões feridos. Obrigado.

Depois que virei o deus dos dragões, consigo falar com qualquer um, mesmo que esteja longe.

Fui em casa, peguei alguns curativos entre outras coisas para cuidar dos dragões. Todos ajudaram, então foi muito mais rápido. O que poderia dar 3 horas sozinho durou apenas 50 minutos, mais ou menos.

Então esperamos cerca de meia hora, e vários pontos apareceram no céu, e eu senti que eram os reforços. Jahoel estava na frente, e eu pulei em suas costas. Tinha um dragão para cada semideus, ou seja, provavelmente era todos os dragões dos Estados Unidos.

A viagem foi boa, apesar de ter sido no céu. Depois que virei um deus, não tive mais perturbações com Zeus, mas ainda ficava nervoso quando viajava pelo céu. Até porque sou apenas um deus menor, e ele é um dos três grandes e o soberano do Olimpo.

Fiquei a viagem toda pensando em Jenniffer, e como ela estaria quando me visse. Estava um pouco ferrado, com algumas feridas e icor saindo do lado do meu queixo, mas estava feliz, pensando em como Jenniffer brigaria comigo por não ter deixado ela vir.

Então vi o estreito de Long Island, e o lindo e humilde Acampamento Meio-Sangue, tão diferente dos deuses que eu conheço, espero não estar começando a ficar arrogante do jeito que “os do Olimpo” são.

Descemos dos dragões, de dois em dois, na Colina. Jenniffer estava de braços cruzados e batendo o pé, furiosa.

Fui até ela.

–O que você estava pensando, Percy? Me deixar aqui, com as crianças e o Senhor D, pensando que não sou capaz de lutar junto com os outros, só porque sou iniciante? Isso é um absurdo! Você deveria saber que sou capaz de cuidar de mim mesma e… - antes que ela pudesse continuar, roubei um beijo dela.

–Também senti sua falta. - falei, e ela pareceu relaxar um pouco. Passei um braço pelo seu ombro.

–Você está ferido. - ela tirou um pouco de icor da ferida.

–Não se preocupe comigo, isso já vai resolver, é só eu tomar um gole de néctar que estará tudo o.k.

–O.k.

Fui para o lago com ela. E ficamos sentados na frente dele.

O tempo estava ótimo como sempre. Quente - mas não tanto - e úmido. Eu adorava a magia daquele lugar, mas não tanto quanto eu amava esse lugar, de todo o coração.

Ficamos nos beijando, e chamei ela para ficar na água. Ficamos um tempo lá, mas já estava escurecendo, então ela foi para o chalé 6, e eu fui para o 3, porque não gostava de ficar no meu chalé verdadeiro.

Quando cheguei lá, tive uma surpresa.

–Irmão! - Tyson veio correndo me abraçar, e quase me esmagou. - Que saudades, irmão!

–Também senti sua falta, Tyson. Como vai no palácio do nosso pai?

–Estou trabalhando bastante. Anfitrite continua com raiva de mim, apesar de não entender a razão.

–Não ligue para ela, Tyson. Ela tem ciúmes por nosso pai não gostar dela o suficiente para não trair. Na verdade, acho que mesmo que ele goste realmente de Anfitrite, ele provavelmente continuaria traindo. Eu espero não ficar assim, como ele e como os outros deuses.

–Se você realmente não quiser ser como eles, não será.

–Acho que você está certo. Bem irmão, estou cansado, preciso descansar, depois converso mais contigo.

–Tudo bem, Percy. Boa noite.

–Boa noite.

Fiquei um bom tempo olhando para o relógio que Tyson me deu, e que eu ainda o usava diariamente. Adormeci pensando nas minhas aventuras de quando era jovem e apenas um semideus filho de Poseidon, pensando que poderia morrer a qualquer momento.




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Notas finais do capítulo

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