- O que foi Damon? - perguntei com um sorriso malicioso nos labios.

- Nada Lena, você está muito bonita.

- Obrigada. - sorri e dei um beijo em seu rosto.

 Entramos na boate e fomos direto ao bar, fizemos nossos pedidos e ficamos conversando, depois de algumas bebidas, eu já estava pouco alterada, Nate me puxou até a pista de dança e nós começamos a dançar ao ritmo da musica que tocava, realmente ele dança muito bem, seu corpo forte se juntava no meu, sua mão deslizava pelo decote nas costas do meu vestido, isso me incomodou um pouco, mas incomodou mais ao Damon que andou até nós como um cavalo.

- Tira as suas mão dela. - ele falou em tom que Nate pudesse ouvir, e Nate o ignorou, eu tentei dar um passo para trás, mas Nate me segurou.

- Damon ela não é propriedade sua, vai arranjar alguem para dançar.

- Nate tira a mão dela agora, não me faça perder a pouca paciencia que tenho com você.

 Nate não deu ouvidos e continuou dançando com seu corpo colado ao meu, senti apenas uma mão fria tocando meu braço e me puxando, me fazendo bater no peito forte de Damon.

- Não encosta nela de novo.

 Damon nos virou de costas, mas quando dei o primeiro passo Nate me puxou de volta, Damon me segurou do outro lado, um me segurando por cada braço, isso me deixou extremamente irritada.

- Tirem as mãos de mim, os dois. Eu não sou um brinquedo.

- Elena, vamos embora. - disse Damon.

- Não. Eu não vou embora, eu vim aqui para me divertir, e é o que vou fazer, agora me soltem.

 Os dois me soltaram, e eu voltei ao bar, onde Jenny assistia tudo com um sorriso disfarçado nos labios vermelhos.

- Brigando por você? que fofos.

- Fofos? estão mais para infantis, ou patéticos.

- Esqueça eles, vamos nos divertir nós duas. - ela sorriu e pediu duas doses de  tequila.

 Bebemos nossa tequila e fomos para o meio da pista de dança, eu não vi para onde Damon foi, nem para onde Nate foi, mas resolvi ignora-los e aproveitar minha noite. Jenny e eu dançamos até nossos pés não aguentarem mais, nos sentamos e ficamos apenas observando as pessoas que ainda dançavam.

- Elena, eu sinto falta de quando nós eramos mais legais, queria fazer alguma loucura.

- Eu também, acho que deveriamos aproveitar a noite do nosso jeito - sorri com malicia - Jenny, já sei que loucura, vem - me levantei e a puxei pelo braço.

 Pegamos nossos casacos e saimos, eu dei o cartão e não demorou para o manobrista trazer minha ferrari preta, Jenny entendeu o que fariamos, entramos no carro e eu coloquei o CD do The Pretty Rockless, com o volume no maximo, ia dirigindo até a estrada ao som de Goin Down, Jenny ia cantando ao meu lado, por um instante de loucura mudei o caminho e digiri até o Empire, como já nos conheciam nos deixaram subir, fomos até a cobertura de Chuck, ele estava no sofá com seu whisky em mãos e seu cigarro de maconha na outra, sorriu ao nos ver.

- Menage? - ele riu.

- Idiota. Não, vamos dar uma volta Bass - respondi, ele se animou.

- Onde vamos?

- Dar uma volta de carro.

 Ele aceitou e nós descemos até onde estava meu carro, Chuck assumiu o volante e eu me sentei na capota, Jenny no banco do carona, Chuck dirigiu em alta velocidade até a estrada principal, o vento batia forte em meus cabelos, me segurei em um dos encostos do banco, e fiquei de joelhos, meu sangue ferveu, a adrenalina tomou conta de mim, Jenny também se levantou, ela sorriu e nós fomos cantando as musicas que estavam bem altas, me sentei novamente na capota, rindo, eu costumava fazer coisas assim, quando parei?

 Deixei Chuck no Empire e fui para o Brooklyn, deixei Jenny na casa dela, e depois fui até o Palace, para guardar o meu carro na garagem e voltei de taxi para o Brooklyn. Passava das quatro da manhã quando eu cheguei, eu só queria ir direto ao meu quarto, deitar e dormir.

- Posso saber porque me deixou lá? - Damon estava encostado na cama e desligou a tv quando entrei no quarto.

- Eu achei que tivesse ido embora, então resolvemos dar uma volta.

- Achei que estavamos tendo algo Elena.

- Damon, realmente estamos, mas isso não é um namoro, então não devo satisfação.

- Esta certa. Já que chegou em casa, viva, eu vou embora, boa noite Elena.

  Eu não queria que ele fosse, eu estava alterada, eu não quero mais dormir. O puxei pelo braço fazendo voltar para perto de mim.

- Não quero que você vá.

- Então o que quer? - ele me puxou pela cintura, com força.

- Isso. - imediatamente levei meus labios nos dele, sua boca estava gelada, e seu halito de hortelã me causou arrepios, sua mão esquerda alisava minhas costas nuas, e a outra abaixava meu vestido com calma. O vestido caiu aos meus pés, sorri e dei um passo para fora dele, estava apenas com uma calcinha de renda preta, Damon me observou em silencio, e me empurrou com força até o quarto, me jogando na cama, ele apenas trancou a porta e veio para cima de mim, seus labios estavam no meu pescoço, tirei sua camisa preta e sua calça jeans justa, ele fez o resto, ficando nu de joelhos na minha frente...

 Acordei com meu rosto no peitoral quente de Damon, há maneira melhor de acordar? ele ainda dormia, e eu aproveitei para observa-lo, seu rosto é tão angelical, tão perfeito, cada centimentro bem desenhado, Damon Salvatore é realmente um homem lindo. Depois de observa-lo por longos minutos resolvi sair da cama, me levantei, tomei um banho demorado e relaxante, vesti uma calça leggie e uma camiseta larga cinza, com um vans cinza, deixei meu cabelo molhado solto, fui até a cozinha e comecei a preparar um café da manhã para Damon, fiz ovos e bacon, pois sei que ele gosta, e para mim algumas panquecas, fiz um suco de laranja, quando estava quase acabando senti duas mãos em minha cintura me puxarem para trás.

- Bom dia - ele sussurrou com aquela voz rouca de quem acabou de acordar em meu ouvido, me causando arrepios.

- Bom dia. - respondi com uma falha tentativa de uma voz sedutora.

- Isso seria para nós dois?

- Sim.

- Perfeito. Amo quando cozinha para mim.

- Gosto de cozinhar para você - sorri.

 Me virei e vi Damon só de cueca box branca, mordi o labio inferior, ele viu e sorriu com malicia, se esfregando em mim, dei um tapa leve em seu ombro e ele riu, do jeito que estava se sentou na mesa, levei as coisas até ela e me sentei também. Nate abriu a porta e nos olhou diferente.

- Não é uma cena agradavel ver um idiota de cueca pela manhã em sua casa.

- E não é agradavel comer alguma coisa, olhando para essa sua cara, mas nem por isso fico falando.

- Já chega os dois. - revirei os olhos - vocês são piores que crianças.

- Posso me juntar a você Elena?

- Pode Nate.

 Nate puxou a cadeira e se juntou a nós, comeu alguns pedaços de bacon e uma panqueca, e o café da manhã foi o maior silencio. Damon voltou para o Palace e eu fiquei lá a tarde, apenas assistindo aos programas idiotas de sabado, Nate saiu e eu não sei onde foi. Quase quatro e meia da tarde a campainha toca, Nate teria levado a chave, e Damon abre a porta sem mais nem menos, quem será? me levantei e fui abri-la.

- Chuck. - eu não o esperava aqui, por varios motivos, mas o maior deles é que Chuck odeia vir ao Brooklyn.

- Oi Elena, posso entrar?

- Claro, fique a vontade.

 Ele entrou olhando para cada canto do apartamento, Chuck Bass, sempre teve tudo o que quis, do bom e do melhor, eu também, até começar a viver sozinha.

- Não é um luxuoso apartamento, nem uma suite no Empire, mas é meu, e é o que meu salario paga, pelo menos não estou mais dependendo da Miranda.

- É bem legal aqui Elena. - Chuck Bass disse que meu minusculo apartamento no Brooklyn é legal?

- Você está bem? - perguntei.

- Sim - ele riu - muito bem Elena. Vim te fazer uma visita e te oferecer minha ajuda, acima de tudo eramos amigos se lembra?

- Claro. Eu agradeço.

- Se quiser deixar esse lugar e ir para o Empire, sabe que seria mais que bem vinda.

- Eu sei Chuck, obrigada, mas eu estou bem aqui, e eu divido o apartamento com um amigo.

- Um amigo?

- Sim, Nate Archibald, eu o conheci na clinica.

- Ah sim, aquela clinica, afinal, o que fez você ir para lá? sempre foi a mais controlada de nós.

- Não fui porque quis, a Miranda me obrigou.

- Obrigou? como alguem obriga alguem a ir para a Bulgaria?

- Ela me dopou, dois médicos me levaram no jatinho dela.

- Caramba, dessa vez ela se superou.

- Com toda absoluta certeza.

- Bom, Elena, eu quero que saiba que pode contar comigo para tudo o que precisar.

- Obrigada Chuck - sorri.

- Bom, agora vamos dar uma volta? ou prefere ficar infurnada nesse lugar?

- Vamos dar uma volta. - eu ri.

 Peguei minha bolsa, meu celular, tranquei a porta e nós saimos, claro que a limousine de Chuck estava lá, brilhando como sempre, o motorista abriu a porta para mim, e eu entrei, Chuck e eu fomos conversando até o restaurante favorito dele, a comida é simplesmente perfeita, eu adoro vir aqui, mas para voltar a vir aqui precisaria da Miranda, e é tudo o que menos quero. Almoçamos juntos e depois demos uma volta no Central Parque, riamos das pessoas que passavam desesperadas por nós, brigando com alguem pelo telefone, ou com alguem ao lado, isso hoje já não é mais tão engraçado para mim, pois em breve serei eu a discutir com alguem sobre trabalho no celular.