A Outra Face De Um Badboy... escrita por Duda


Capítulo 4
Capítulo 4 - Maldita Chuva!!!!!


Notas iniciais do capítulo

EHHHH!!! Olá meus amores!!! Mais uma recomendação!!! Que bom!! Muito obrigada!!! Elas em deixam feliz e quando recomendação apenas com três capitulos postados mais feliz fico.

Estou triste porque ao contrário de recomendações eu recebi poucos reviews :(

Mas mesmo assim não vou desistir de postar, porque tem sempre quem gosta!

Espero que gostem desse capitulo, e fico aguardando de mais recomendações, assim como reviews!!!

Boa leitura...



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POV MADALENA

Me vesti e arrumei o quarto, finalmente era sábado. Não estava com grande fome, por isso abominei o café da manhã. Talvez mais tarde atacasse qualquer coisa, para enganar o estomago. Mesmo assim desci até ao piso debaixo.

O colégio parecia um deserto, não havia ninguém vagueando por ele. Maior parte dos alunos passavam os finais de semana em casa com a família, e eu também, não que gostasse muito, pois falando sério não achava muita graça. Mas sempre me via livre das paredes do colégio e sempre saía pra dar uma volta pelo parque ou para passear o Benny.

Durante a semana meus pais, não davam qualquer atenção para o bicho e sábado e domingo eram minha única ocasião para mima-lo um pouco. Afinal vi ele crescer. E nesse mundo ele era dos poucos, ou até o único ser que se alegrava quando me via entrar pela porta principal.

Esse final de semana não deu. Eles tinham uns compromissos quaisquer fora da cidade e nem eles passariam o sábado e domingo em casa. Se instalariam num hotel e voltariam lá pro meio da semana. Eram ambos cientistas.

Não estava com grande pachorra pra ficar no colégio, mas tinha que ser. Ou talvez não! De repente meu rosto secante se iluminou um pouco.

Voltei até ao dormitório, peguei uma bolsa enfiei o celular, os fones e um livro lá dentro e fui cautelosamente até ás traseiras, mais precisamente até á porta por onde eu e Tiago tínhamos passado, e que eu fiquei a saber da existência.

Me certifiquei que ninguém me mirava, nem que havia gente por perto assistindo á cena e saí. Não havia parque, nem Benny para passear, havia árvores e vegetação grande para explorar.

Entre folhas gigantes e ervinhas rasteiras, eu me encharcava. Estava tudo húmido, minha roupa também já estava encharcada. Meu cabelo? Esse se traduzia por uma e uma só palavra. Lástima. Pingava água nas pontas e já não reluzia o loiro brilhante. Estive a ponto de voltar pra trás, mas entre a vegetação, uma cabana se erguia me chamando a atenção, escondida, esquecida…

Olhei em volta, aquilo era mesmo uma cabana, toda despedaçada, verdade, mas uma cabana, mesmo assim. Passei a mão pelo cabelo, pra tirar qualquer amostra de raminhos e depois com cuidado abri a porta, temendo o que havia pra lá dela.

E se pensam que foram esqueletos, morcegos e criaturas imaginárias, se desenganem porque não estamos no mesmo filme.

Era uma cabana abandonada, parecia ser de caçadores ou coisa parecida. Tinha um sofá, várias munições espalhadas, uma mesa, pequenos bancos e um armário coberto de teia de aranha. Apesar de por fora aparentar ter sobrevivido a várias guerras, por dentro parecia intacta. Estava bem conservada, não tinha nada podre, ou coisas do tipo. Estava normal.

Joguei a bolsa no sofá verde tropa, que preenchia grande parte dela e abri uma porta do armário. Não tinha quase nada dentro, a num ser meia dúzia de copos, dois pratos e uns quantos talheres. Também tinha frasquinhos variados e um caderno do outro século. O abri e apenas tinha dias marcados, onde nomes de animais estavam escritos. Com certeza essa foi mesmo uma cabana de caçadores.

Parece que eu tinha encontrado o lugar ideal para me refugiar do colégio! Perto e que ninguém sabia da existência. Mesmo feito á minha medida! Dei um jeito na arrumação, na decoração e expulsei todo o pó que nela se acomodava.

Mudei de lugar o sofá e um rato saiu debaixo dele, sei que gritei tão alto que duvidei que do outro lado da floresta não me tivessem escutado. Que vale que ele soube logo da porta e fugiu cabana fora. Me certifiquei que não havia mais ratos e no final tudo ficou perfeito.

Me estendi no sofá e peguei o celular, botei os fones nos ouvidos e viajei até meu mundinho.

POV TIAGO

Saí do banheiro com a toalha enroscada na cintura, abanando o cabelo molhado, quando de súbito, a alma de meu pai, abre a porta como se tudo fosse dele.

_ Então? Que é isso?

_ Que é isso, não! Dou dez minutos pra se vestir e voar até minha sala!

_ Mas o que eu fiz? – ele falava de uma maneira pra mim parecia que eu tinha cometido um crime! E dos bem graves.

_ Não ponha isso no passado! Ponha no futuro! Ou arranja uma boa desculpa pra me explicar isso ou então, meu rico menino se vá preparando! Se acabaram as regalias de limpeza de quarto, se acabou o time, se acabaram as festas, se acabou a consola, se acabaram os amigos e as garotas, seu celular vem pra meu bolso e faça já as despedidas em seu computador, pois nunca mais lhe põe os olhos! – Ele jogou umas folhas na cama e depois saiu.

Me aproximei e as apanhei. Prova de Geografia! Me sentei na cama, e passei a mão pelo peito. Estava ferrado! Boa Tiago! Eu não podia encará-lo, o mais provável era ele já ter os facões afiados pra me cortar em pedacinhos e enviar para Marte!

Não podia ir ter com ele á sua sala. Me vesti rápido peguei uma mochila e joguei uma camiseta e um casaco dentro dela. Juntei o celular e minha carteira e uns pacotes de bolacha que estavam perdidos numa gaveta qualquer, que eram minha reserva, pra quando tinha fome.

O senhor Vasconcelos não me poria a vista em cima nesse fim de semana. Era o único jeito de me livrar disso. Segunda voltaria, mas por agora o melhor era mesmo desaparecer!

A noite já tinha caído e eu andava no meio das árvores, feito mendigo. Começou chuviscando e de chuviscos, passou a chover de verdade ( num é que até agora fosse brincando, mas começou chovendo com mais intensidade!). O céu parecia que caía ás pingas, comecei correndo, necessitava arranjar abrigo o mais rápido possível.

Olhei pra trás pra ver o quanto correra e a distância que estava do colégio quando me esbarro com alguém.

_ Ai! – foi o único gemido que ouvi. Segurei pelos ombros quem quer que fosse, para não tombar e parei.

_ Tiago? – o que ela fazia ali? Será que a chuva me fez ver miragem?

_ Madalena? – era mesmo ela. Da maneira que falou.

...

POV MADALENA

Corria a grande velocidade, fugindo da chuva mas acabei esbarrando com um esteio qualquer que não olhava por onde andava. E adivinhem quem foi esse esteio! Tiago. Será que esse garoto está em todo lado agora? Será que virou o novo Deus? Pois só ele que está em todo lado!

_ O que faz aqui? – ele perguntou passando a mão pelo rosto, de onde caía água!

_ Nada de especial! – falei gaguejando. – E você? Pra quê tanta pressa? – ele olhava pra todo o lado. Estava tenso! _Com essa roupinha e essa mochilinha duvido que vá num baile!

_ Qual é a sua garota? De onde veio?

_ De… - de onde eu vim mesmo? Não podia falar da cabana!

_ Vai demorar pra falar?

_ Não! Não vou responder, você não tem nada a haver com isso!

_ Ah. Aí que cê tá enganada! Se esquece que eu sou filho do diretor, e te posso fazer pagar bem caro, por essa sua visita ao exterior?

_ Também está no exterior! Por isso é tão bom quanto eu! – eu estava mesmo enfrentando ele de novo!

_ Tá feita engraçadinha, é? – ela não parava de olhar pra trás, parecia que fugia de alguma coisa.

_ E você? Tá feito fugitivo? – Sem controlar, mais uma vez abri minha boca, e falei sem pensar!

_ O que tem a haver com isso?

_ Nada, desculpe. – sua resposta foi rude e eu me encolhi com o seu tom. ´

_ Tou fugindo de meu pai! – mal ele falou eu me desatei a rir, esse garoto não tinha mesmo noção daquilo que falava! – O que tem assim tanta graça! – parei de rir logo, tinha medo dele, sabia lá o que me podia fazer, ele é meio tolo! – Se calou agora! Porque não fala, nem ri mais?

_ Eu não sei se sabe, mas seu pai não é um cara qualquer e provavelmente agora ou daqui a poucos minutos já tem a policia te procurando. Nem no deserto cê desapareceria! – se até agora chovia muito, agora parecia que estavam virando água aos litros na gente! Cada vez chovia mais, e só havia uma solução, voltar pra onde vim.

Comecei correndo e ele me seguiu, não que eu quisesse, mas enfim.

Abri a cabana e entramos os dois. Estava encharcadíssima, acho que até as meias boiavam em água. Ele fechou a porta e olhou em volta, encantado, admirado!

_ Mas… É sua? - ele perguntou se referindo á cabana em si.

_ Não. A achei!

_ Quanto tempo?

_ Hoje de manhã! – meu corpo esfriou rapidamente e do nada comecei batendo o dente. Tirei meu casaco, pra não me molhar muito mais mas não resultou, minha blusa também estava encharcada.

_ Maldita chuva!!- Resmunguei sozinha esquecendo a presença da anta!

O cabelo de Tiago pingava água, gota por gota e seu olhar brilhava muito. Senti que me queimava com o olhar e que me admirava enquanto despia meu casaco.Quando percebi me encolhi, desviei o rosto e o tapei com o cabelo encharcado, não era muito boa ideia responder torto. O fiquei acompanhando pelo canto do olho. Pousou sua mochila e tirou de lá roupa. Nossa ele estava mesmo fugindo, não era babaquice não!

_ Toma! – me estendeu um casaco e eu estive a ponto de recusar, mas estava frio e foi inevitável dizer não o peguei e o comecei vestindo.

_ Vai vestir, por cima de uma blusa molhada, isso não vai dar muito certo! – ele tinha razão, só que não me trocaria em sua frente! – Eu me viro, vai!

Ele se virou e quando me certifiquei que estava mesmo virado me troquei rápido e eficazmente!

Ele se voltou a virar pra mim e foi sua vez de mudar a roupa, só que ao contrário de mim ele não teve qualquer problema em se despir e voltar a vestir. Deu para apreciar seu peito, seu abdómen bom definido e encovado. Acho que ele percebeu que eu o olhava e me olhou também, acho que ele sabia que no momento que me olhasse olho no olho eu desviaria o olhar. Sempre era assim.

_ Esse lugar até é legal, mas eu arranjo melhor!

_ Arranja? – perguntei. Me aproximando de minha bolsa.

_ Tenho grana posso perfeitamente passar a noite num hotel!

_ Ai é?

_ È! – ele falou convicto esse garoto não tinha mesmo cérebro nenhum! Sua cabeça deveria apenas ser constituída por ar e vento!

_ E o que vai falar quanto te pedirem o nome?

_ Minto! – ela era mesmo tarouco!

_ Ai mente! E também vai mentir, quanto te pedirem o RG? – ele coçou a cabeça dando conta da realidade!

_ Esqueci essa parte!

_ Bem me parecia! – pus a roupa molhada estendida pra secar o mais rápido possível e depois procurei uma manta num dos armários, tinha frio na mesma!

Como o armário era alto tive que fazer um esforço pra apanhar o que queria, porém e sem eu contar, Tiago se aproximou, veio por trás e a pegou pra mim.

_ Obrigado! – segredei e depois me instalei no sofá!

Estava com fome desde manhã que não boatava nada na boca. Acho que nunca mais fico sem tomar café da manhã! Meu estomago já nem devia existir tendo em conta os buracos que nele estavam espalhados!

Tiago remexia em alguma coisa na mesa, nenhum de nós falava, e o clima estava chato, sem graça.

Não sairíamos dali tão cedo. Até a chuva parar era impossível, por isso teria que gramar com ele até… bem até ela cessar.

Meu estomago grunhiu e ele riu! Que vergonha!

_ Nossa! Que foi isso!

_ Estou morrendo de fome!! Hoje quando saí do colégio logo de manhã estava sem fome, não comi nada e agora já é noite e eu estou oficialmente sem comer nada, nem queira saber como sinto minhas tripas!

Ele se aproximou e me estendeu um pacote de bolacha, ele estava preparado, esse garoto tinha que mais na mochila? Primeiro roupa, depois comida? Será que tinha trazido todos os produtos referencia de um manual de sobrevivência?

_ Vai pegar? – fiquei apenas olhando pro pacote e quando ele falou é que estendi a mão pra pegar uma das muitas que o preenchiam.

Fiz sinal pra ele se deitar também e se cobrir, pois tanto como eu devia estar congelada. Eu me deitei pra um lado e ele se deitou na minha frente, mas encostado a outro braço. Ficamos frente a frente com o pacote no meio, de onde íamos roubando bolachas.

Estávamos calados, apenas comendo e ele me olhando, já eu de olhar baixado! E que bem que me estava sabendo, devorar aqueles biscoitos! O pacote foi diminuindo o volume e acabou por apenas restar uma bolacha no seu fundo.

_ Coma você! Afinal é sua primeira refeição do dia! – Tiago falou.

_ Não. O pacote era seu, coma você! – ele pegou a bolacha e me surpreendeu. A partiu em duas partes quase iguais e me deu uma. Sorri de leve pra ele, seu gesto era memorável!

Mas meu sorriso foi quebrado, quando o som forte de trovoada, se fez ouvir. Estremeci, saltei, gemi! Meu coração parou de ribombar! Me assustei.

Tiago também se exaltou não pelo trovão, mas talvez por minha expressão pois logo me deitou a mão:

_ Tá bem?

_ Sim! Apenas não gosto de trovoada!...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Os dois fechados num lugar, com a chuva os impedindo de sair... Em que vai dar isso? Quem tem ideias???

Quem gostou?? Qual a parte que gostaram mais??? Será que ele vai revelar um pra ela a outra face um Badboy e ela por sua vez a outra face de uma nerd??? Mas quais serão essas faces que cada um esconde!

Quero opiniões, quero as vossas opiniões. ME tirem desse domingo tedioso, meus piolhos!!!!!!

Fico aguardando opiniões.

Se não receber acho que provavelmente acabarei por desanimar!

Beijão aqui da boba da Duda! Que vos ama, apesar de não vos conhecer!

xD