Fábulas Fabulosas escrita por Leh-chan


Capítulo 1
Bouderella - Parte I


Notas iniciais do capítulo




Bandas: An Cafe, Malice Mizer, The GazettE e Versailles.

Paródia do(s) conto(s): A Gata Borralheira, vulgo "Cinderella".



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:: Bouderella - Parte I ::

 

    Havia um reino, muito distante, além de nosso conhecimento cartográfico. Ele era assim tão distante porque, se fosse descoberto, seria atacado por fangirls e todos seus habitantes seriam aprisionados, agarrados, mordidos e afofados.


            O lugar se chamava “J-rockerlândia”, e era reinado por um Rei (ou Rainha, pouco se sabe sobre seu sexo) que se auto-nomeou “Mana”. Seu verdadeiro nome é tão terrível que ninguém ousa pronunciar.


            Mana era um(a) monarca absoluto(a), maligno(a) e impiedoso(a). Chegou ao trono quando se casou com o rei do lugar, Kami.


            Kami era um homenzinho feliz, e até então, completamente macho. Antes de Mana aparecer em sua vida, casou-se com uma moça submissa qualquer (cujo nome é irrelevante) e teve um filho de natureza duvidosa, Kanon.


            A família era feliz. Frequentemente, pai e filho saiam para passeios duvidosos pelos jardins do palácio e amavam cavalgar (lê-se: sentar no cavalo só pra levantar o rabo). A mãe, apesar de submissa ao rei, era completamente rígida com a educação do filho, e desejava que ele se tornasse, um dia, o rei mui macho daquele lugar de pessoas tão duvidosas.


            Em certo dia comum, o rei e a rainha estavam sentados em seus tronos de pedra, cedendo seu precioso tempo para dar aos aldeões suas audições semanais de natureza duvidosa. Um rapazinho duvidoso e muito belo, apesar de simples, adentrou o palácio, segurando numa mão uma galinha e na outra, uma cesta com dois ovos. Ajoelhou-se perante a realeza, fazendo o cumprimento real necessário, e só se levantou quando ouviu a voz do rei:


            – Muito bem, rapaz. Levante-se e diga seu nome. – Kami já estava de saco completamente cheio, e sua bunda doía de tanto ficar sentado naquele trono idiota. Na sua mente, xingava todas as gerações do desgraçado-filho-de-uma-puta-de-quinta-categoria que teve a ideia de jerico de fazer um trono de pedra.


            – Me chamo Uruha, vossa majestade. – Dizendo isso, fez um tipo de floreio com a mão, quase derrubando as coisas que segurava.


            – E o que trás para Kami-sama, meu súdito? – Ah, claro. Esqueci de mencionar que Kami tinha um “complexo de Deus”. Sentia-se o dono do universo, não só por causa de seu nome, mas por ter todos os súditos mais belos do universo aos seus pés, e qualquer outra coisa que desejasse.


            – Trago-lhe uma galinha, meu senhor, e meus ovos; para enriquecer vossa mesa.


            – A galinha eu desprezo: já tenho uma, bem aqui. – Desejou intimamente que a rainha não tivesse ouvido isso quando viu Uruha abafar uma risadinha. Olhou para o lado e então notou que a esposa dormia, roncava e babava. Assim sendo, continuou – Quanto aos seus ovos sobre a minha mesa, bem... É uma proposta realmente indecorosa vinda de você, meu jovem. O que se pode fazer com seus ovos?


            – Vossa Majestade pode quebrá-los, pode cozinhá-los, pode comê-los, pode mexê-los, pode chupá-los, pode fritá-los, pode apertá-los, e eles caem muito bem com sal, queijo ou linguiça, vossa Majestade.


            – Então, meu súdito, eu aceito seus ovos de bom grado. Gostaria de me acompanhar até a “mesa”, meu jovem?


            – Sim, vossa Majestade. Será uma honra! – E largando a galinha de lado, seguiu o rei por um caminho escuro para sabe-se-lá-onde. Naquela noite, nem é preciso dizer, Kami ganhou um infindável gosto por linguiças, ovos e até mesmo catupiry, que caía muito bem com tudo aquilo.


»~ x ~«


            Enquanto o rei quebrava, cozinhava, comia, mexia, chupava, fritava, apertava e enfim, usufruía dos ovos do súdito gostoso chamado Uruha; Kanon adentrou a sala do trono, fazendo uma levíssima reverencia perante a mãe e caminhando até ela.


            Ao notar que a velha ‘tava dormindo, sacudiu-a com força, mas ela não acordava.


            – MANHÊEEEEE! Aqui é Cinderella, não Bela Adormecida, ‘tá?!


    De súbito, a rainha acordou, a cara amarrada, com vontade de mandar o filho que a acordou ir se foder. Só não mandou porque isso significaria que ele não poderia ser o rei mui macho que ela esperava que um dia ele fosse.


            – Diga, meu filho.


            – Mamãe, eu quero conversar com você...


            – Diga, meu filho. – É, ela era submissa e pouco criativa em suas falas, também. Por isso é tão apagada na história e seu nome é irrelevante.


            – Mamãe... Eu estava cavalgando nos jardins do palácio hoje. Sabe, eu realmente adoro cavalgar em meu nobre cavalo, Fogo no Rabo¹... E enfim, enquanto cavalgava, eu vi um jovenzinho entrando no palácio. Ele era muito bonito, com aquelas coxas de fora e tudo mais, então... Aconteceram “coisas” comigo, mamãe. O que me leva a dizer... Manhê, eu sou gaaay :D


            Não levou nem um segundo, e a rainha caiu no chão. Desmaiou na hora, tiro e queda. O filho nem precisou fazer todo o discurso que havia preparado pra apaziguar a cólera da mãe... O que foi bom.


            Estava mais tranquilo e ia deixando a sala quando viu uma galinha cacarejando de um lado para o outro, e se perguntava o que uma galinha fazia ali.


            Não obstante, continuou a caminhada e foi rapidamente até seu quarto para aliviar o incomodo que o rapaz de coxas grossas o causara.


»~ x ~«

 

     Três longos dias se passaram até que alguém sentisse falta da rainha. Isso só não levou mais tempo por que ela estava no meio do caminho, e algum conde importante tropeçou nela, caiu e bateu a cabeça.


            O melhor médico do reino foi chamado (por pura formalidade). Como o rei estava muito ocupado com sua nova descoberta sobre ovos, Kanon foi incumbido da tarefa de acompanhar o diagnóstico. Estava nos portões do palácio quando um cara todo vestido de branco e com uma faixa no nariz apareceu.


            – Olá, vossa Alteza – Dizendo isso, fez uma leve reverencia. – Sou Akira... Suzuki Akira². Mas pode me chamar de Reita. É como os mais íntimos me chamam.


            O doutor agradou Kanon, e fez seu corpo reagir de maneiras inesperadas. Mas ignorando isso, encaminhou o médico até a sala do trono, onde sua mãe ainda permanecia jazida, como um tapete.


            Alguns minutos de análise e Reita se pronunciou.


            – Sinto muito, ela está morta.


            – Morreu de que, doutor?


            – De uma doença que vem se tornando cada vez mais frequente aqui na J-rockerlândia. Chama-se “Meu-filho-é-um-gay-miserável-do-cassete-que-da-o-cu-caramba-eu-vou-ter-um-ataque-e-morrer-de-desgosto”... Mas pra encurtar, eu chamo só de Gaydakku. Acontece com as mães frescas de muita gente por aí. Os pais, incrivelmente, não são muito afetados por ela. É estranho, mas aceitável.


            – E o que isso significa?


            – Significa – falou o loiro – Que eu vou A-M-A-R se você pegar meu cartão. – E dizendo isso, lhe estendeu um papel. O príncipe aceitou de bom grado e retribuiu um olhar malicioso que foi lançado para si. Depois, despediu-se cordialmente e saiu correndo para contar ao pai as novidades.


»~ x ~«



    Depois de saber que a esposa estava morta, Kami resolveu que ia dedicar o resto de sua vida ao estudo de ovos. Assim, nomeou Uruha seu assistente pessoal (para mantê-lo sempre próximo) e começou a caçar um novo parceiro(a) para tomar conta do reino, uma vez que ele estava profundamente interessado em suas pesquisas.


            Foi num pequeno bordel do reino que conheceu Mana. Este(a), logo se interessou pelo rei e começou a seduzi-lo. Ninguém nunca soube o que Kami viu nele(a) que fez com que se casasse em menos de 5 horas depois que se conheceram (por isso, há muitos que acreditem que Mana seja um homem, e que seja realmente avantajado. Mas é só uma teoria, que na verdade, é bem impopular).


            Desta forma, o ser de sexo indefinido e duvidoso passou a administrar o reino enquanto o rei fazia qualquer coisa que lhe fosse interessante. Pra que reinar se você tem o Uruha como seu assistente pessoal?! Ainda mais quando seu companheiro(a) toma conta do reino tão bem... Era fato que Mana era maligno(a) e sádico(a)... Mas que diferença isso faz? O povo do reino já gostava mesmo de se foder, então nem iam se importar.


»~ x ~«

 

    Noutro canto distante da J-rockerlândia, um garotinho duvidoso estava no chão com um vestido todo esfarrapado, esfregando e limpando um monte de lama que os saltos altos de suas meio-irmãs (cujo sexo é considerado indefinido) espalharam pela casa. Quando já estava muito feliz por estar quase acabando, seu padrasto adentrou o cômodo, suas botas pesadas sujando tudo de novo. O garoto soltou um muxoxo.

      – Bou! Eu não mandei você limpar essa porra de chão?!


 
           – Mandou, sim senhor.


            – Então faça o favor de segurar o esfregão com força e limpar tudo isso. Nem parece homem...


            – Seus filhos também não, Kamijo. – Esse comentário enraiveceu o padrasto, pois foi com muita raiva que veio a resposta.


            – Claro que são! Mais homens que você, pelo menos. Talvez até consigam ser semes, um dia.


            – Duvido muito. Mas eles poderiam começar tirando aqueles vestidos. E pelo-amor-de-Kami, quem no mundo se chama Hizaki ou Jasmine? Isso parece nome de transformista!


            – Isso é demais, mocinho! Você será severamente castigado! Ficará uma semana sem comer! – Dizendo isso, Kamijo virou nos calcanhares e se encaminhou para o andar superior com passadas fortes. Foi tão rápido que nem notou quando Bou resmungou, baixinho:


            – Não me importo mesmo... Prefiro ser comido a comer.


            E assim, continuou a tarefa de limpar o chão outra vez.


            Em tempos longínquos, Bou era um garoto feliz. Tinha pais que o amavam e, principalmente, era filho único. Isso é motivo pra deixar qualquer pessoa feliz, enfim.


            Seu pai era um desses cavaleiros destemidos... Porém, as pessoas não o respeitavam muito por causa de seus suntuosos um metro e sessenta e dois de altura. Ruki era como o chamavam. Nunca conseguiu entrar para a Cavalaria Real, pois, na entrada do castelo, havia uma placa que dizia: “Para entrar, é preciso ter esta altura”. A placa indicava uma altura de 1,70cm. O pobrezinho nunca superou isso muito bem.


            Acredita-se veemente que a mãe de Bou tinha algum parentesco com Misa-Misa³, se não fosse ela própria, mas isso nunca foi provado. A maquete de puta morreu antes mesmo que alguém se desse conta de sua infame presença.


            Desta forma, Bou ficou órfão de mãe. Seu pai não ligou muito para isso: ainda estava irritado demais por não poder ser um Cavaleiro da Realeza e estava com um biquinho “séquiçi” na frente do palácio. E foi neste mesmo lugar que conheceu um camponês que esbarrou “acidentalmente” nele. No mundo dos Contos de Fadas, como é de conhecimento geral, as pessoas se apaixonam magicamente e vivem felizes para sempre. Não foi muito diferente com esses dois.


            Não demorou muito para que Ruki e Kamijo quisessem se casar. Então, os dois pombinhos cantaram meia dúzia de músicas juntos (como acontece em todo bom filme da Disney) e se casaram, apesar da greve de fome imposta por Bou a si mesmo em protesto a tal comunhão.


            Um detalhe que Ruki não se deu ao trabalho de notar foi que Kamijo tinha dois(as) filhos(as) de índole duvidosa, e que teria mais duas barrigas para alimentar. Sendo assim, teve que parar de ficar na frente do castelo com cara de bebezão “séquiçi” para por a mão na massa.


            Trabalhou como pintor de rodapé por muitos anos, mas o que realmente sustentou a família foi a atuação do chibi numa peça de teatro como pirata de aquário. Desta forma, a família ganhou uma boa quantidade de dinheiro e fama. Mas as turnês do novo ator faziam com que ele ficasse cada vez mais longe de casa, e durante o período de sua ausência, Kamijo, Hizaki e Jasmine abusavam de Bou de todas as maneiras possíveis e imaginárias, que iam desde tarefas domésticas à escravidão sexual (se bem que o loirinho não odiava tanto este último).


            Um ano depois de seu pai ficar famoso, Bou descobriu que ele havia morrido num trágico acidente: estava caminhando, feliz e contente, quando tropeçou num guaxinim, rolou de um penhasco e, não satisfeito, caiu dentro de um lago onde havia um tubarão. Este tubarão, ao morder seu dedo, fez com que sua unha quebrasse e seu esmalte preto perfeitamente passado borrasse. Sendo assim, morreu de desgosto. Sua última palavra foi um gritinho estridente.


            Depois disso, se ainda houvesse alguma esperança em Bou, ela acabara de se extinguir. Hizaki e Jasmine passaram a judiar dele, fazendo-o vestir roupas de cores opacas e fora de moda. Isso arrasou o pobrezinho.



            Além disso, foi obrigado pelo padrasto a atender todos os pedidos dos meio-irmãos (ou irmãs, como preferir), que incluíam coisas como massagem nos pés, baby liss no cabelo, lavagem de apliques, passar vestidos enormes, providenciar enchimentos para seus respectivos sutiãs, além de ter que sair para caçar pavões uma vez por semana para adicionar novas penas à coleção de Jasmine. Era mais que terrível... Era o inferno.


            E agora estava limpando o chão, como era de costume. Limpava a última pegada que Kamijo deixou para trás antes de tirar as botas no andar superior quando ouviu um barulho. Alguém batia na porta com muita força. O loirinho terminou de limpar o chão, jogou o esfregão de lado e saiu correndo para a porta, apenas para, no caminho, encontrar suas irmãs (ou irmãos, nunca se sabe) que o empurraram para que caísse no chão. Antes de ir embora, Jasmine ainda deu um belo chute no membro ocioso de Bou, que rolou e se contorceu por um tempo. Mas logo arrumou forças para ir á porta ver o que estava acontecendo, seguido por Kamijo, que ouviu a algazarra e já ia xingar o “escravo” de todos os nomes feios que imaginou quando ouviu uma voz:


            – Sou Uruha, mensageiro do rei. – A imagem de Uruha pareceu entorpecer todos ali. Suas coxas abastadas à mostra, enquadradas perfeitamente por cintas-ligas roxas eram realmente a entrada da estrada do mau-caminho. Ele continuou a falar, ignorando-os. – Sendo mensageiro, vim transmitir uma mensagem. Posso?


            – Sim, por favor! – Respondeu Hizaki, ajeitando o aplique para que não caísse numa hora tão importante.


            O mensageiro então pigarreou alto e prosseguiu, abrindo um pergaminho e recitando:


            – Primeira linha; parágrafo. “O rei e seu companheiro - abre parênteses ‘a’ fecha parênteses - estão convidando todo o povão de seu reino para um baile no palácio na noite de amanhã, assim que o sol se pôr. Lá, haverá muita comida - abre parênteses ‘nos dois sentidos da palavra’ fecha parênteses - e bebida, para satisfazer todos os gostos, por mais atilados que sejam. Porém, a finalidade da festa não é apenas uma orgia doentia. O verdadeiro sentido de tudo isso é que Kanon, príncipe da J-rockerlândia e três vezes vencedor do concorrido prêmio de ‘Cabelo mais estiloso do reino’; está à procura de um noivo - abre parênteses ‘a’ fecha parênteses - para passar o resto de seus dias monótonos. Foi Mana-sama quem tomou esta decisão, uma vez que desde que Kami parou de cavalgar pelos jardins com o filho, este se sente muito deprimido. Por conta disso, o tema do baile é ‘Torne-se a nova foda do príncipe e seja feliz... Ou Mana pega você’. Mana também alega que o único motivo de fazer isso é por que o filho da put*asterisco* do Kanon não para de reclamar em seu ouvido, fazendo assim com que ele - abre parênteses ‘a’ fecha parênteses - perca a concentração para foder com o reino. Sendo assim, isso é uma missão de extrema importância”... E é só isso mesmo. – Terminado o discurso, enrolou novamente o pergaminho.


            Os olhos de Jasmine e Hizaki cintilavam, e o sorriso maldoso de Kamijo era notável. Ruki havia dado a eles dinheiro o suficiente para viver uma vida inteira confortavelmente, mas as duas filhas mimadas gastaram toda a fortuna, levando a família à falência novamente. Casar um de seus descendentes com Kanon significava a riqueza, mais uma vez.


            Mais atrás da confusão, Bou, que havia ouvido tudo, estava emocionado, à beira das lágrimas. Casar-se com Kanon seria maravilhoso!


            Assim que Uruha foi embora, porém, as meio-irmãs passaram correndo. Suas vozes se misturavam enquanto ordenavam:


            – Bou, passe meu vestido, pinte minha unha postiça...


            – Lave meu aplique, pegue minha maquiagem...


            – Cace mais pavões, lustre meus sapatos... – Assim, muitos minutos se passaram até que ele ouviu a última ordem. – E não se esqueça de nos ajudar a amarrar os espartilhos e nos dar Viagra.


            Quando o silêncio predominou no local, o loirinho perguntou timidamente:


            – Kamijo-san... Eu posso ir com vocês ao baile, não posso?


            O padrasto parou de coçar o saco na mesma hora, e um olhar minucioso percorreu cada centímetro cúbico de Bou, de maneira crítica, como se apreciasse uma obra de arte a procura de uma opinião sobre ela.


            Um minuto se passou, e ele continuou observando.


            Dois minutos, Bou começou a suar.


            Três minutos, começou a roer as unhas perfeitamente pintadas de rosa com florzinhas que havia feito na noite passada com aquarela.


            Até suas irmãs duvidosas já estavam impacientes, pondo a mão na cintura com poses de Divas da Colgate. Finalmente, a voz grossa de macho-man de Kamijo ressoou no ambiente, num tom afável e duvidoso.


            – Mas é claro!


            Bou sentiu uma enorme vontade de dar saltinhos de felicidade pela casa enquanto cantava “It’s raining man”, mas conteve-se para não mudar a opinião do padrasto. Estava se levantando do chão para agarrá-lo quando sua voz novamente cortou o ar, em meio a gritinhos de espanto por parte de Hizaki e Jasmine You.


            – É claro que pode ir, queridinho do meu coração. Todas as raparigas do reino foram convidadas, de qualquer forma. Mas antes... Terá que limpar toda a casa, fazer tudo o que minhas filhas já te pediram, passar no meu quarto pra... Você sabe... E depois, bem... Vai ter que arrumar um vestido pra ir. E uma cara nova também, pelo-amor-de-Kami, Kanon com certeza vai te notar... Mas será para te zombar pelo formato desastroso do seu nariz; eu hein...


            O sorriso dos lábios do loirinho foi diminuindo à medida que os das meio-irmãs (ou irmãos) aumentava, até se tornarem, respectivamente, um choro compulsivo e uma risada maligna de Teletubbies.

      – Mas Kamijo-san... Isso é impossível! Só se eu amarrar uma faixa no nariz, e isso é brega...


 
           – Além de ser plágio. – Comentou Jasmine com o irmão, que concordou.


            – Isso não é bem problema meu, queridinho. Agora vamos pro quarto, filhinhos... Quero ter certeza de que estão prontos pra noite de núpcias com o príncipe! – Exclamou Kamijo e começou a caminhar, seguido pelos dois pseudo-machos, sob um comentário de Hizaki, o qual Bou não foi capaz de ouvir a resposta:


            – Como será o pênis real?

 

 

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¹ Alusão à Fogo na Neve (Ciclo “A Herança” - Christopher Paolini). Sucintamente falando, na história, há um cavalo branco muito nobre, cujo nome é “Fogo na Neve”.

² Alusão à Bond... James Bond 8DDDD

³ Alusão à Amane Misa, do anime Death Note. Não sei por que, mas ela me lembra muito o Bou... O jeito de se vestir, o penteado... Qualquer um desses fatores. Ainda tenho minhas dúvidas sobre a descendência do Bouzinho aqui, okkei?


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Notas finais do capítulo

N/A: Bem vindos, leitores e leitoras, a esse manicômio que por acaso eu denomino “fanfic”!

Espero que vocês tenham gostado da história. E se não gostaram, que sejam possuídos por um cavalo finlandês enquanto ouvem funk proibido.

Você, como várias pessoas me disseram, pode estar com a impressão de “Eu já vi essa fic em algum lugar...”. Não: eu não plagiei nada. Essa fic está no meu PC há décadas, mas eu sinceramente não acho que comédias sem sentido combinam com meu estilo de escrita, daí o cu doce pra postar. E é claro, também pelo fato de que eu não tinha terminado de escrever o conto “Bouderella”. Agora eu terminei, e tem 3 capítulos.

E de onde surgiu essa ideia tão pouco original? Simples: eu, como boa amante de filmes da Disney, estava assistindo “Cinderela” com minha irmã um dia quando meu celular começa a tocar. E o toque dele era... “BondS ~Kizuna~”. Essa música, imediatamente, me lembra o Bou (provavelmente por causa do último show dele, vai saber...). Então Cinderela + Música de banda Oshare + Bou = ISSO.

Enfim... Se você leu TUDO ISSO... Parabéns: você é uma pessoa alfabetizada. Então que tal usar seus profundos conhecimentos da linguagem para escrever-me poucas linhas, com críticas, análises, sugestões, fofocas, receita de bolo de fubá cremoso ou fórmulas máJicas para emagrecer? Hein?

Grata :3