Olá, meu nome é Reyna, a história que você irá acompanha agora não é nem de longe feliz. Algo que eu inesperado aconteceu, não me culpe. Vou contar a história para vocês desde o início

Eu estava orando, pedindo a Deus que me ajudasse. Sei que sou nova mas não aguento mais ouvir o choro irritante da minha irmã, Hylla, no quarto ao lado. Sempre oro escondida, meu pai diz que os deuses são egoístas. Não estava orando para deuses, eu estava orando para Deus. Sentia uma culpa, algo que não entendia. Será que eu deveria dormir? Sim, mas se o choro da minha irmã parasse. 

Assim que deitei o choro da minha irmã parou. Será que realmente tem alguém me ouvindo lá em cima? Logo senti meu corpo desligando, afundando na escuridão...

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Nunca tive um sonho tão realista. Eu estava deitada em algo rochoso, e escutava água corrente em algum lugar. Fui levantando, eu estava com uma espada em uma mão, um escudo na outra. E estava vestida com uma armadura. Uou! Sempre achei fascinante essas coisas, e parecia ter um estranho estilo romano. Não me pergunte, também não sei o que significa isso. Logo comecei a prestar atenção no lugar a minha volta. Havia uma cachoeira, e lodo, muito lodo, e eu estava deitada em cima dele. 

Levei um susto ao olhar para o lado. Havia uma mulher sentada em um trono de pedra, também em estilo romano, e nele havia varias plantas serpenteando em volta. Logo reparei, a mulher tinha feições bem parecidas com as minhas: o mesmo rosto redondo, cor dos olhos, cor do cabelo...

- Que é você? - Perguntei. E ela não me respondeu por um longo momento. - QUEM É VOCÊ?

- Meu nome é Bellona - Disse a mulher. Ela foi tão vaga que me perguntei se ela queria que eu soubesse quem ela é.

- E...? 

- Você não estuda menina? Deveria saber quem eu sou!

- Pois é. Eu não sei. Você está me deixando tensa. Poderia por favor se explicar?

- Meu nome é Bellona. Deusa Romana da Guerra. Deusa da destruição e da devastação.

- Isso era suposto me deixar confortável com a sua presença. - Disse com um leve riso no final. Tá bem... deusa romana. 

- Reyna, eu sou sua mãe.

Senti um leve arrepio. Era possível sentir isso em sonhos? Isso fazia sentido de acordo com o meu pai falava sobre deuses, mas mesmo assim. Era impossível.

- Reyna. - repetiu minha suposta mãe - Preciso que me escute. Sua irmã não estava chorando hoje a noite em vão. Tentei me comunicar com ela. - claro... seria de grande utilidade uma deusa falar com uma criança que nem 1 ano tem direito - Mas ela não era forte o bastante. Preciso que me escute. Vocês duas estão em perigo com o seu pai, vocês não tem proteção o suficiente. Preciso que fujam o quanto antes

- Ah, claro! Uma criança de sete anos e um bebê de 1. Vai sair coisas bastante produtivas disso.

- Reyna, pensei que você era inteligente o bastante. Seu pai sempre conseguiu acalmar sua irmã, mas hoje não conseguiu - era verdade, meu pai sempre conseguia acalmar minha irmã - Seu pai foi sequestrado Reyna. Preciso que encontre-o. Ele tem a chave para me libertar.

- Meu pai, um mundano, tem a chave para libertar VOCÊ? Que se nomina uma deusa?

- Pare de tentar soar como um sonho engraçado Reyna, você sabe que é real. Sua irmã tem algo que vai ajudar vocês a encontra-lo. Espero que me desculpe pelo que fiz a sua irmã para poder deixar essa ajuda, era o único jeito.

- Espera ai... O que você fez? Como sei que você é minha mãe? - disse a palavra mãe com certa repugnância - Por que você nunca esteve lá por mim? Por que me teve, sumiu, apareceu, teve Hylla e depois sumiu denovo? O que eu sou? Sou uma quase deusa? Uma...

- Semideusa. 

Forcei minha mente para acordar, não queria escutar uma palavra daquela traidora. Apesar de não querer largar o escudo e a espada, me sentia poderosa com aquilo.

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Acordei ensopada de suor