Reveille escrita por MayaAbud


Capítulo 15
Poderia ser pior?! É... Não sei, não


Notas iniciais do capítulo

Gi sua linda fofa preguiçosa, obrigada pela recomendação! =D
Muitas emoções, ou não.



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Ponto de vista de Jacob

Na verdade, eu não concordava com Rachel. Billy não era homem de melindres, era sempre muito claro nos objetivos. Devia, sim, ter algo a dizer, mas não me preocuparia com isso, ele diria quando fosse preciso, ele sempre dizia.

_Jacob_ Billy chamou e continuou falando enquanto eu ia até ele_ Estão todos com saudades suas, porque não vai ver seus irmãos?_ sugeriu.

_Claro, eu vou_ aquiesci.

_Tem certeza de que vai ficar bem, pai?_ Minha irmã perguntou, obviamente continuando uma conversa anterior.

_Não se preocupem, estou forte como um cavalo_ assegurou ele_ Jake, traga Embry quando voltar e Sam também... _ assenti. Seja lá o que fosse o assunto misterioso, envolvia os rapazes, eu tinha certeza.

Rachel saiu e eu fui logo atrás dela. Segui pela rua de terra enquanto passava a camisa pela cabeça, vestindo-a. Encontrei Brady virando a esquina, acenamos. Eu não percebera até ali, mas senti falta daquele lugar, do cheiro de maresia e terra molhada, musgo salgado, eucalipto úmido... E outros aromas só perceptíveis ao meu olfato canino.

_Jake_ a voz conhecida veio de trás de mim. Era Quil, trazendo Claire pela mão, a garota trazia um sorvete.

_ Oi, Quil_ Dei-lhe um soco no ombro quando me alcançou_ Clairezinha_ a menina abraçou meu quadril.

_ Cadê a Nessie, tio Jay?_ perguntou-me a menina.

_ Hmm. Não tenho certeza, mas ela está a caminho.

_O que aconteceu? Veio por Billy?_ Quil quis saber, ele limpava o sorvete do rosto de Claire. Eu ri, a garota se desvencilhava exasperada, de suas mãos.

_É, Charlie me avisou, porque quem devia... _ demandei.

_As coisas foram meio rápidas, e, além disso, estamos falando do seu pai, ele disse que não falássemos, sabe como é_ defendeu-se.

_O que isso tem haver? Não é a Billy que vocês devem máxima... _ lealdade, eu ia dizer. Era estranha essa história de ser alfa, talvez fosse mais forte do que se imagina, eu não queria pensar que eles me deviam obediência, mas era instintivo. E o mais estranho era que para eles obedecer não parecia ruim, passou a ser quase honroso com o tempo, como essas coisas de lobo se emaranhassem em nossas mentes.

_ Tem razão, cara. Mas você sabe, ele é como um pai para a gente... Quando ele fala...

_Eu sei, deixa para lá_ pedi.

_ E então, como estão às coisas com a Nessie... Você sabe. _ a voz de Quil ficou ácida, combinando com a agitação em meu estômago com o lembrete.

_Argh... Hoje pela manhã tive vontade de... _ respirei fundo.

_Mas vocês dois, quero dizer, as coisas... _ ele fez um gesto vago com a mão que não segurava a garotinha, como quem desenrola um carretel.

_Você sabe que não, quero dizer, como? De qualquer forma, o que eu posso fazer se é o que ela quer?

_Do que vocês estão falando?_ perguntou Claire.

_ Depois eu conto_ disse Quil, claro que contaria. Ou faria o melhor possível com o que podia dizer. _ Porque não diz a ela como as coisas devem ser?_ perguntou, voltando a conversa.

_Você não diria a Claire_ falei para que só ele ouvisse_ Digo, agora_ Olhei para a menina entretida com o sorvete.

_Claire é uma criança_ disse no mesmo tom.

_Para mim, Nessie não é muito diferente de Claire_ concluí, percebendo que tomávamos o caminho da casa de Sam.

_No entanto, Nessie é totalmente capaz de assimilar, seria mais fácil.

_Não vou obrigá-la a nada_ respondi. Quil assentiu entendendo, ele sabia o quanto me custara ter minhas opções arrancadas de mim quando me transformei. Embora hoje não me importasse e Renesmee fosse só o melhor de meu mundo, perturbava-me a idéia de fazer com ela o que fora feito comigo. Quando, se, acontecesse, seria natural... Mas a idéia me parecia bizarra agora, tanto quanto se Quil me dissesse que amava Claire de outra forma que não paternal. De qualquer forma dizer a Nessie soava-me como tentar obrigá-la.

Emily estava na frente da casa, cuidando de suas flores, eu podia ouvir Sam e Ray nos fundos brincando.

_Jacob_ disse ela ao nos ver, sorrindo, mas então metade de seu rosto caiu um pouco, confuso_ Billy piorou?

_Não, estou aqui para verificar. Na verdade ele parece muito bem_ falei. Emily voltou a sorrir.

_Bem vindo ao lar_ disse-me_ Claire, o bolo está pronto_ ela estendeu a mão para a menina, todos entramos. Sam passava pela porta dos fundos no momento em que chagamos a cozinha. Ray vinha chutando a bola.

_Não aqui dentro_ advertiu Emily, o garoto fez um muxoxo e deixou a bola quicar até parar.

_Oi, tio Jake_ disse ele desanimado.

_Oi, garotão_ baguncei o cabelo do pequeno.

_Charlie disse que pediria a você que viesse_ disse Sam_ Como estão às coisas com os Cullen?

_Bem_ dei de ombros pegando uma fatia do bolo que Emily cortava_ Ei, cara, Billy quer falar com você e Embry. Pediu que fossem comigo quando voltasse para casa.

_Só os dois?_ indagou Quil_ Estranho, não? Se fosse algo do conselho falaria com todos ou com os alfas_ especulou ele. Sam me fitou.

_ Sabe do que se trata?

_Não sei, não, Sam_ respondi apenas, enquanto minha mente encontrava um assunto que interessaria apenas a Sam e Embry. Mas porque agora? Não... Devia ser outra coisa.

Sam e eu fomos até a lojinha da mãe de Embry onde ele provavelmente estaria. Feliz, ele nos seguiu. Estava levando bronca por ter desaparecido na noite anterior, isso era raro agora, mas vez ou outra sua mãe ainda o importunava pelos sumiços. Eu já o havia autorizado a contar para ela, mas ele achou melhor não, o que mais eu poderia fazer? Ordenar-lhe que falasse?!

_Você foi rápida_ falei encontrando Rachel em casa.

_Falei que seria_ ela sorriu para os rapazes que entravam_ Seu telefone tocou_ avisou-me.

_Volte aqui, Jake_ disse meu pai quando dei um passo em direção ao quarto. Hesitei, preocupado que Nessie ainda não havia chegado_ Sentem-se todos_ o tom de Billy me fez obedecer.

Passei uma cadeira a Sam, sentando em outra, Rachel se espremeu ao lado de Embry no sofá, de forma que éramos um circulo irregular.

_Eu... _Billy hesitou, os olhos passeando por todos nós_ Não sei se isso é o mais correto, imagino que terão opiniões diferentes a respeito, mas, no momento, acho que é meu dever_ Ele suspirou enquanto nos entreolhávamos, e então continuou:

_ Acredito que seja do interesse de todos aqui. Não há uma maneira fácil ou amena de dizer, eu a venho procurando há tempos... _ outra pausa_ Quando Embry se transformou, uma dúvida se implantou entre vocês, uma vez que sua mãe é Makah_ os olhos de Billy pairavam sobre minha irmã. Eu não via porque ela seria interessada apesar de que por meio de Paul, a dúvida também era dela. Só se... _ Sei que é mais fácil imaginar que é Joshua...

Rachel parou de respirar, acho que todos paramos.

_Sei que Jacob nunca teve coragem de me perguntar. Eu não tive coragem de dizer. Na verdade foi um choque descobrir_ ele não precisava dizer mais. _Sam, imagino a mágoa que sente por seu pai, mas que não seja por isso, garoto_ Billy afagou o joelho de Sam, num gesto de absolvição. Então nos encarou: Rachel, a expressão indecifrável, Embry boquiaberto e eu, que não conseguia sentir meu rosto.

_Perdoem-me pela covardia. E... Por não ter sido um pai para você, Embry_ meu amigo (irmão, de tantas maneiras) tremia. Rachel levantou-se num arroubo, de início pensei que fosse pelo perigo do transformo vibrando ao seu lado, mas:

_Traiu minha mãe?_ indagou furiosa_ Teve um filho com outra! Eu não quero pensar em como a mamãe ficaria... Como eu posso perdoar?_ ela gritava o máximo que sua voz embargada pelo choro permitia.

_Embry, acalme-se_ pediu Sam ansiosamente.

_Concentre-se, mano. Está tudo bem_ minha voz saiu mais calma do que esperei.

Rachel fez menção de sair. Os tremores de Embry diminuíam e Billy falou:

_Sente-se, Rachel_ por um momento perguntei-me se ele não estaria sendo muito duro com ela_ Não digo que não tem direito de estar assim, mas escute antes.

Minha irmã hesitou, e limpando as lágrimas, escorou-se próxima a janela, meio de lado, olhando para fora.

_A mãe de Embry havia acabado de romper o noivado, estava muito fragilizada. Sabem, é comum visitarmos outras tribos... Eu nunca fui um lobo. Apaixonei-me como qualquer humano comum. Imagino que seja complicado para vocês assimilarem isso, eu não sofri um imprinting por Sarah, mãe de Jake e Rachel e Rebecca. Eu a amava verdadeiramente, e errei fazendo o que fiz_ houve uma pausa_ Sua mãe não sabe que sou seu pai, Embry, ela acredita tê-lo concebido entre os Makah, era no que eu realmente acreditava. Sei que ela se mudou para cá pensando que o homem que a magoara não merecia ser seu pai. Eu só soube quando você se uniu a alcatéia_ a voz de meu pai tremeu_ Você cresceu com Jacob, diante de meus olhos... Isso faz com que eu me sinta menos culpado por não ter sido efetivo em sua vida.

_Porque agora?_ perguntei num murmúrio.

_Vocês ainda vão me aturar muito_ ele deu uma risada sem humor _mas estou ficando velho, acho que vocês deviam saber, não seria justo.

_Billy... _ Embry balançou a cabeça, e muito rápido saiu. Pela primeira vez durante toda a conversa meu pai baixou a cabeça.

_O que foi que deu... _ Paul apareceu apontando o caminho que Embry tomou, mas se calou quando olhou o rosto em pranto de minha irmã.

_Me leva para casa_ disse ela passando por ele e saindo da casa. Isso me tranqüilizou, ele saberia acalmá-la.

Levantei e Billy me olhou esperando.

_Tudo bem, pai, tudo bem_ toquei seu ombro indo rumo à porta, deixando-o com Sam.

Sentia-me tonto enquanto ia para a floresta. Rachel e Rebecca sequer puderam ficar em casa depois da morte de nossa mãe, foram embora na primeira oportunidade. Foi muito duro para todo mundo... Mas eu era mais jovem, sendo homem, fui mais fácil para Billy.

Sempre soube da falta que o pai fazia para Embry. Quando ele se uniu a nós, ficamos surpresos, quem seria seu pai? Mas logo isso deixou de nos incomodar, éramos irmãos de qualquer maneira... No entanto, agora soava diferente, eu também me sentia traído... Puxei o calor do cerne de meus ossos, deixando-o me dividir.

Foi como um mergulho nos pensamentos atordoados de Embry. Ele quando criança pensando em procurar o pai na aldeia Makah, o medo de magoar a mãe, os dias dos pais na infância, as vezes que Billy agiu como pai, como ele sempre esteve tão perto, não devia fazer diferença agora, mas ele também se sentia magoado. Billy, nosso pai!

A raiva de Rachel, nossa irmã ecoando em seus pensamentos...

Voltei à forma humana, deixando-o só, precisávamos digerir isso. Parei ali, na floresta por alguns minutos, sem me importar em estar nu. Decidi que nada importava desde que Rachel e Embry ficassem bem. Eu estava feliz de um jeito estranho que ele fosse meu irmão.

Ouvi uma aproximação, vesti-me rapidamente, eu conhecia aquele som.

_Jay_ sorri ao som da voz, me deixando inundar de paz e completude.

_Nessie_ virei e ela voou para meus braços.

_Billy disse que você precisava de mim_ sussurrou contra meu peito.

_Sempre preciso.

_Estou tão feliz que ele esteja bem, tive medo de perdê-lo_ ela pressionou os dedos contra minhas costas e minha mente foi tomada por suas idéias confusas: o medo, a ansiedade durante a viagem e o abraço que deu em Billy quando o viu. _Porque não disse nada? Quase infartei.

_Desculpe-me, você parecia um pouco ocupada_ provoquei. Ela suspirou exasperada.

_Nada é mais importante que minha família_ ela afastou-se para me olhar_ Porque seu pai disse que precisa de mim? O que houve?

Lancei-me em toda a explicação. Nessie fitava-me, a ruguinha entre seus olhos, pasma.

_Você está bem com isso?_ pegou minha mão. Estávamos sentados no chão escorados numa árvore.

_Não é a melhor sensação, saber que meu pai não foi fiel a minha mãe. Mas sei que ele a amava e Embry... Eu não poderia ter irmão melhor, sempre foi isso para mim, mesmo antes de toda essa birutice de lobos.

_Há algo mais?_ pressionou.

_Só... Pensando no que ouvi de Embry... Para mim é mais fácil de qualquer forma, eu sempre tive meu pai.

_ Não é culpa sua, além disso, Billy não foi muito diferente de um pai para Embry, Quil... _ Ela sorriu daquele jeito que derreteria um iceberg e beijou a palma de minha mão_ Tudo vai ficar bem, tenho certeza.

Naquele momento, olhando-a, tudo já me parecia muitíssimo bem.


Billy parecia abatido quando voltamos para casa, mas eu sabia que nada tinha a ver com seu estado físico. Renesmee conversou animadamente com ele enquanto eu tomei banho e almocei.

_O motorista simplesmente se manteve abaixo do limite de velocidade, por isso demorei tanto_ explicava. Eu ri imaginando sua tentativa de suborno para que ele dirigisse em máxima velocidade.

_Talvez deva avisar ao Charlie de que está aqui_ sugeriu Billy a Nessie_ Para que se organizem com sua estadia.

_ Sim, vou avisar, mas, na verdade eu pretendia ficar aqui. Se não se incomodar, é claro_ disse ela no mesmo tom educado que Edward usa.

_Sinta-se em casa, criança. E é Jake quem ficará no sofá_ meu pai deu uma risada, virando a cadeira rumo à geladeira. Sentada no sofá, ela deu uma piscadela e sorriu.

Renesmee e eu brigávamos pelo controle remoto (claro que eu a deixaria ver o que quisesse, quando estivesse realmente irritada) quando Seth surgiu.

_Hey, cara, como estão as coisas?_ ele espiou em volta sussurrando. Billy estava dormindo no quarto. Dei de ombros aproveitando o descuido de Nessie e tomando o controle, sentando nele em seguida.

_Argh, Black!_ ela rosnou. Seth e eu rimos enquanto ela fazia a cara irritada mais linda que eu já havia visto.

_Sabe como está Embry?_ eu tive de perguntar.

_Acaba de ir para casa dormir um pouco. Nessie, Charlie vai gostar de ver você.

_Sim, eu já devia ter ido até lá. Estou com saudades dele e de Sue_ respondeu ela.

_Bem, eu vim dizer que a noite alguns ou todos nós nos reuniremos na praia com fogueira e alguma comida_ ele esfregou as palmas.

_Oba! Eu adoro isso!_ Nessie festejou.


Renesmee estava contente, e é claro que isso me deixava do mesmo modo. Era bom tê-la para mim, sem me preocupar em dividi-la com pessoas que não a mereciam. Na praia, entre amigos, soava-me como o melhor lugar e momento, soava-me como lar.

Sam, Emily e Ray estavam lá. Jared com Kim, Quil, Collin, Brady, Seth, além de Roger, Tom, Stanley (do bando de Sam). Falávamos bobagens, ríamos e comíamos.

Nessie então tocou minha mão e, através das labaredas que eu fitava, a imagem vívida de Embry vindo até nós formou-se: a cabeça baixa, as mãos nos bolsos, ao longe, por beira mar. Virei-me olhando por mim mesmo. Ele já não estava tão longe e pareceu constrangido ao me ver. Quando chegou, parou, cumprimentando os outros e então se aproximou estendendo a mão. Peguei-a e o puxei para baixo, num abraço amistoso. Quando o soltei ele sentou.

_ Sobrou alguma comida?_perguntou normalmente. Passei a ele a cesta de sanduíches e um refrigerante_ Como Rachel está?_ sua voz se tingiu de preocupação.

_ Ela vai ficar bem_ sabia que iria, mas não poderia dizer que estava. _ Paul está com ela.

_Desculpe por aquilo, mano... Eu, na verdade, estou feliz_ nossa conversa era baixa, talvez apenas Nessie do meu lado pudesse ouvir, mas não tinha certeza. _ Sempre admirei Billy e, afinal, somos todos irmãos, não importa quem são nossos pais.

_Claro-claro_ concordei plenamente.

_ Só espero que Rachel não me odeie_ ele murmurou.

_Ela não poderia_ respondi convicto. Embry suspirou limitando-se a comer. Meus olhos vagaram para Nessie, que agora brincava com Raymond mais perto da fogueira. Faziam esculturas na areia úmida. Seu cabelo assumiu um tom violeta perto do fogo_ perguntei-me se era perceptível aos olhos humanos, era bonito. Naquele momento era como se nada houvesse mudado, como se não existisse nada além da reserva e de nossos amigos verdadeiros, nossa família. Percebi então que ainda havia infância nela: no modo como tocava a areia, no brilho dos olhos e na forma como naquele mísero instante (apesar de seu corpo) ela não parecia muito diferente de Ray, que na verdade era só dois anos mais novo que Nessie.

Como se fosse um aspecto de mim mesmo percebi a linha tênue que a impedia de deixar totalmente de ser criança, e nasceu em mim um desejo feroz de não permitir que nada corrompesse aquilo. Senti-me sorrir quando sua risada destacou-se das demais. Ela então engatinhou na areia até mim, posicionando-se entre minhas pernas e aconchegando-se em meu peito. Beijei seu cabelo, abraçando-a. Não havia nada melhor que seu cheiro, o de maresia, seu coração batendo e o mar gemendo atrás de nós.

_ Senti falta daqui_ sussurrou ela.

_Embry, veja quem vem ali_ chamou Brady.

_Não tive tempo de contar. Estou saindo com Elle Heat_ disse meu irmão, levantando-se para encontrar a mulher que vinha em nossa direção. Lembrava-me dela do tempo da escola, ela era como... A mais gata. Todos babavam por ela, incluindo nós.

_Huuh_ disse Seth durante um high five com Quil.

O restante do fim de semana foi bem tranqüilo. Rachel fez as pazes com Billy e desculpou-se com Embry.

De volta a Seattle, a recepção foi bem como imaginei: Esme me esperava com um belo jantar.

_Estava começando a cheirar bem por aqui_ disse Rosalie, devolvi sua expressão azeda e falei:

_ Eu também não estava com saudades, Loira.

_Deixe-o em paz, tia_ pediu Nessie a abraçando.

Bella quis saber de tudo e eu contei, afinal éramos amigos e sempre seria assim.

Eu não estava exatamente ansioso pela escola...

_ Hey, você sumiu_ Jade comentou quando nos encontramos.

_Problemas de família_ respondi notando que ela parecia inquieta_ Está tudo bem com você?

_Claro, até mais Jake_ ela acenou e entrou em outro corredor.

_Pensei que... _ disse Nessie subitamente atrás de mim_ Deixa para lá! E, então?

_Então o quê?_ o que eu estava perdendo?

_Jake_ Ela suspirou apontando para um cartaz laranja na parede. “Baile de primavera” estava escrito. Imediatamente meu humor enegreceu, sabendo que Nessie estaria com o namorado. Não por que eles iam juntos, mas pelo que garotos pensam sobre os bailes e as namoradas.

_ Achei que Jade te convidaria_ disse Renesmee, uma ruguinha entre seus olhos_ Quem vai levar?_ Neste momento eu abri meu armário e cinco pedaços de papéis rosa choque caíram aos meus pés. Tão rápido que eu olhei em volta preocupado, Nessie os apanhou.

_Karen, Jen, Mary, Cassy e Jully_ Nessie cuspiu os nomes. Senti minha testa franzir_ Bando de... Atiradas.

_São apenas convites_ abri a palma, onde ela depositou os bilhetes e discretamente joguei-os na lata de lixo mais próxima_ Eu não preciso ir ao baile_ Inconscientemente Nessie deu um meio sorriso, mas então seu rosto caiu um pouco.

_Imagino que saiba como é, mas é meu primeiro baile. Seria divertido_ ela me empurrou com o ombro.

Não falei nada, mas indo ou não ao baile idiota eu não a deixaria sozinha com aquele cara nem que Edward estivesse por perto. Não se até o baile Willian permanecesse com as mãos cheias de dedos.



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Notas finais do capítulo

Uma coisa: esse baile promete.
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