Dama Da Noite escrita por HanyouNee


Capítulo 51
Extra: Versão Mitchell Finholdt




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Estupefato, a encarei sem saber o que fazer. Nos últimos dois meses, eu só conseguia pensar uma coisa coerente, que fazia sentido, e era ela. Queria ver seu rosto, ouvir sua voz, sentir seu cheiro, o gosto de sua boca, a sensação de tê-la.

Fiquei esperando. Ela disse que viria me ver, eu quis acreditar que sim, mesmo que os dias se passassem e ela não aparecesse, eu acreditei que ela viria. Podia ter ficado com raiva, mas não consegui, o máximo que pude foi ficar triste.

Quando finalmente a vejo, depois de quase ter matado seu amigo em um estúpido acesso de raiva, o tom com que ela diz meu nome me faz sentir a pior coisa do mundo, como se eu fosse menos que nada, então fujo como um garoto idiota, desconcertado. Depois do meu nome, a segunda coisa que ouço dela é...é...aquilo.

Ela tremia, talvez por causa da chuva fria, e cerrava as mãos com força, a água pingando de suas roupas. Avery ocultava sua expressão de mim, encarando o chão, e subitamente me lembrei e quando ela me matou. Ela se erguia sobre mim e eu era sua sombra. Outra vez me perguntei se ela estaria chorando.

Ela me abraça, encostando a cabeça em meu peito, e me segura forte. Aquela coisa, o coração, pulsava com tamanha intensidade que eu quis arrancá-lo e jogá-lo fora. Aquilo doía.

–Porque...você não foi? –Consegui perguntar, a voz rouca pela falta de uso. –Porque não foi me vez?

Em resposta, ela apenas balançou a cabeça. Eu não sabia o que aquilo queria dizer, talvez ela não soubesse também, não insisti. Tive um longo tempo para pensar. Quando nos conhecemos, suspeitei do que eu sentia. Depois a vi passar pelo portal, certo de que nunca mais a veria, mesmo assim fiquei esperando que ela voltasse.

Avery estava gelada e tremendo. Eu queria a levar para casa, dizer que estava tudo bem, confortá-la, mas alguma coisa me impediu de fazer isso e me manteve preso a ela, incapaz de soltá-la.

–Desculpe. Eu tive medo de...de estar fazendo tudo errado. Não sei se você queria isso, eu não pensei, eu só...fiz o que eu quis, sem me preocupar com você. Fui muito egoísta.

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–Sim, você foi. – concordei.

Avery me olhou com aqueles grandes olhos marejados de lágrimas, com um olhar de choque e angustia.

–Mas eu vou lhe perdoar com uma condição. – completei.

– E qual é? – Perguntou com a voz embargada.

– Que você nunca mais me abandone. Me ouviu? Nunca mais. E não adianta prometer, você prometeu da última vez e não cumpriu.

Avery me olhou meio intrigada.

– E como você quer que eu lhe prove?

Lhe dei meu maior e melhor sorriso malicioso. Avery corou e desviou o olhar, mas eu vi o seu pequeno sorriso tímido.

–Sabe que vamos ter muitos problemas, não sabe? - Ela perguntou ainda com a cara virada para o lado.

– E daí? Resolvemos eles depois, mas dessa vez, juntos.

– Você anda ficando muito romântico, Sebastian.

– Culpo você por me deixar ficar vendo tanta televisão.

–Vamos para casa, sim? – Avery chamou me estendendo a mão e andando na frente.

– Claro – lhe dei minha mão direita e começamos a andar – mas não pense que vai fugir da sua “prova”.

– E quem disse que eu quero fugir? Vamos fazer isso em casa pelo menos.

Olhei Avery surpreso. Bom, isso é muito bom.Eu podia até realmente estar louco, e começar a sair matando todo mundo sem a minha Avery. Mas quer saber? Eu não ligo, ela não vai sair do meu lado e nem eu vou sair do dela. E nada mais importa.


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