Dama Da Noite escrita por HanyouNee


Capítulo 40
Muro da Consciência


Notas iniciais do capítulo

Uff, terminei o capítulo da semana passada agora, então vou postar ele logo. Não posso perder tempo e começar o próximo logo.



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Gritei, me sentando rápido na cama. Em um segundo, Sebastian apareceu na porta, visualmente preocupado.

–O que foi?

Enterro o rosto entre as mãos, balançando a cabeça em negativa indicando que não queria falar sobre detalhes, mas as lágrimas vem contra a minha vontade. Ele se senta na cama e me abraça, eu me aconchego nele, me sentindo mais protegida.

–Só um... pesadelo. –Sussurro, minha voz abafada.

–Tudo bem. –Me conforta. –Estou aqui.

–Foi muito ruim, você... –Era mau. Matava e ria disso, e morria logo depois. tudo isso de uma vez só.

–Escute, Avery. –Levanto os olhos para fita-lo, ainda um tanto temerosa. –Não foi real, foi só um sonho.

–Sim, tem razão.

Nós dois estávamos muito próximos. Eu podia sentir o coração dele batendo sob minha mão, mas não achava que era hora de ver se ele estava realmente vivo verificando batimentos cardíacos. Eu quero me confortar com sua boca.

Ambos batemos no campo invisível. Era muito frustrante ver os meros cinco centímetros que nos separavam. “Andy...” penso de forma bem ameaçadora. Não era nada legal da parte dela estragar, ou melhor, impedir meus momentos felizes. “Definitivamente você não vai fazer nada com esse cara” responde ela.

Decidi tentar fazer uso estratégico da minha imaginação, como Drake havia sugerido. Esse é um fator que pode mudar muita coisa na vida de alguém. Pode funcionar já que éramos ligadas uma a outra, e não custava nada tentar.

Imaginei Andy e uma mão gigante a segurando firme, como se ela fosse um pequeno boneco. Pensei em um muro intransponível para separar nossas consciências, com uma porta que só se abria pelo meu lado, e minha mão imaginária a empurrou para o outro lado, o lado “de fora” da minha consciência.

“O que é isso?” ela perguntou, muito confusa e surpresa. “Chamarei isso de Muro da Consciência. A partir de agora, você só vai saber o que eu quiser que você saiba e só vai interferir no que eu deixar que interfira” dito isso, fecho a porta que agora separa nós duas.

–Problema resolvido. –Sorri. Brigar com Andy ás vezes melhorava meu humor. Eu conseguia voltar ao normal.

Eu estava prestes a fazer algo, digamos, bem para o meu agrado, quando senti uma pontada de dor no braço. Olhei e vi um monte de curativos que iam quase do meu ombro até meu pulso. Fiz uma careta de dor nada bonita.

–O corte não foi muito profundo. Andy fez seus curativos bem rápido. Você podia ter tido uma hemorragia. –Ele explicou tudo mesmo sem eu pedir, sério e preocupado. –Não se esforce muito, o ferimento pode reabrir.

Incrivelmente, meu sorriso voltou ao rosto.

–Não se preocupe com isso, não quero falar dos meus fantásticos ferimentos ganhos com ajuda da minha estupidez.

–Então o que quer?

–Fique calado, sim? –Pus um dedo sobre os lábios dele. Eu me sentia estranhamente... provocante. Às vezes ele avança para me beijar e em outras consegue ser quase inocente, quem entende?

Andy não poderia me impedir, na verdade, nada poderia me impedir de beijá-lo naquele momento. Pensei que aquilo de Consequências não poderia acontecer com frequência e as coisas poderiam dar muito mais que apenas certo. Mas de jeito nenhum permiti que isso me distraísse, logo me voltei para a boca dele.

Claro que tudo estava muito bom para ser verdade, sem ninguém para nos incomodar. Eu deveria ter preso Andy na minha cabeça, porque ela se materializou e foi dizendo:

–Vão ficar aí se agarrando o dia todo?!

Pelo tom de voz ela não estava nada feliz, mas nem olhamos para ela. Atirei um travesseiro no rosto dela e tentei lhe responder algo.

–Só...

Mas não consegui terminar a frase. Eu ia meio que implorar para ela com um “Só mais um pouquinho” ou coisa assim, mas mal consegui terminar de dizer a primeira palavra direito com Sebastian me beijando daquele jeito; também não ajudava nada ordenar meus pensamentos. Desisti e retribui o beijo dele, me centrando na sensação doce da boca dele sobre a minha.

Andy teria de esperar um pouco... Ou talvez mais, quem sabe.

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–Vamos sair hoje? –Sorriu, me pedindo.

–Talvez. –Devolvi o sorriso com facilidade, feliz. –Talvez para o jantar, não sei. Ontem aposto que fizemos uma bagunça. Vamos limpar tudo.

–Temos mesmo?

–Venha. –Murmuro, segurando a mão dele e me levantando. Seria bom convencê-lo a ajudar, mas eu precisava me livrar de algumas coisas. –Se terminarmos rápido, saímos mais cedo.

–Faço o café da manhã.

–Mão pense que vai se safar dos deveres com isso... Só se fizer algo muito bom.

Chamei Andy e disse á ela para trancar a porta depois que Sebastian saiu. Ela estava prestes a me repreender quando notou algo diferente. Me fitou com seu típico olhar desconfiado, esperando.

–Que tal destruirmos algumas... provas? –Eu sugeri, com cautela.

–Vamos lá. –Replicou, dando de ombros.

–Comece com aquele armário. Jogue tudo fora. –Apontei, abrindo minhas gavetas.

–Porque se livrar das suas –Ela parou por um tempo para escolher melhor as palavras. –lembranças?

–Um certo alguém pode encontra-las e, por acaso, acabar não gostando nada. Além do mais, eu quero construir novas lembranças.

–Ou seja, essa são um risco.

–Isso mesmo. Agora me ajude mais e fale menos, certo?

De modo infantil, ela me mostrou a língua e gargalhei. Isso também era tão típico e familiar quanto o olhar desconfiado. Eram coisas que minha Guardiã fazia e ainda faz, coisas pequenas e reconfortantes que parecem ter toda a importância do mundo. Mas ás vezes ela consegue ser bem irritante e incrivelmente intrometida.

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–Tudo pronto. –Falo, passando a mão pela testa e me jogando no sofá. Sebastian ri e vem se sentar ao meu lado. –O que é?

–Você acaba de se sujar mais ainda passando a mão cheia de poeira na testa com suor.

–Ah, não faz ma... –Espirro de modo violento, o fazendo rir mais. –Maldita alergia.

–Podemos sair agora?

–Que pressa. Tem algum plano?

–Tenho vários.

–Falou o cara que nem conhece a cidade. Vá se trocar, então veremos.

–Andy. –Chamo, indo para o quarto.

–Que foi?

–Pergunte á Mitchell notícias do Guardião de Sebastian.

–Está me dizendo para deixa-la sozinha com ele? –Apareceu na minha frente, preocupada.

–Não se preocupe. –A tranquilizei, reunindo toda minha inocência para convencê-la. –Só vou mostrar onde trabalho, prometo.

–Avery, não acho que é uma boa ideia.

–Por favor, Andy.

–Já vi que vou me arrepender amargamente... –Ela suspirou, passando a mão pelos cabelos meio loiros, do mesmo modo que Mitchell faz. –Tente não deixar que ele mate ninguém.

–Ninguém morre hoje, juro. Agora, vá lá, sim? Preciso saber se vai demorar muito.

–Certo, claro. Você está toda feliz por se livrar de mim.

–Não diga isso, certo? Você é minha pequena Guardiã. –Sorrio.

–Apenas não morra. –Disse, me dando um abraço antes de desaparecer.

Enfim esta tarde vamos nos divertir. As coisas poderiam ser definitivamente melhores sem Andy me limitando física e mentalmente.


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Notas finais do capítulo

Queridas pessoas, eu estou gripada lol Isso é um saco. As provas praticamente acabaram, o curso acabou e parece que minha vida acabou tambem. Mesmo assim, eu estou tentando me esforçar nesse restante de ano.
Nesses capítulos em diante, a história está com um clima mais leve, penso eu, e vamos continuar assim por um tempo.



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