Because, I Love You. escrita por Bê
Notas iniciais do capítulo
ANNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNW; E O BEIJO?? TONY PORQUE VOCÊ FEZ ISSO?
POV Ana.
Arrumei o meu vestido vermelho de bolinhas e sorri ao me ver no espelho, Alanis estava parada me encarando sorrindo atrás de mim.
– Você está linda. - ela fez "joinha".
– Mesmo? - perguntei me virando pra ela.
– Com certeza Ana, está toda meiga. - ela colocou a mão na boca e riu baixo. - do seu jeito de sempre, linda. - sorri corando em resposta.
Eu não precisava daquele vestido novo e super caro, mas senti como se tivesse que ficar bonita naquele encontro. Matheus me merecia isso e mais do que ele, eu também merecia alguém legal. Meu sapato de salto combinava com o vestido e meu cabelo solto também estava lindo.
Eu estava perfeita. Sério.
Então a campainha tocou e meu coração bateu forte no peito, olhei pra Alanis que já estava de pé de prontidão.
– Eu abro! - gritei descendo correndo as escadas e indo até a porta, a Alanis se escondeu atrás da porta da cozinha e eu abri a porta, meu sorriso diminuiu automaticamente e eu só pude ouvir a voz grossa dele, com o seu perfume inebriante e sua bermuda caída.
– Boa noite. - era o Tony.
Ele usava uma camisa branca normal e por cima uma blusa xadrez, também usava uma bermuda de sarja bege e um daqueles tênis de skatista, seu cabelo estava molhado e caia sobre a testa.
Ele sorriu de lado.
– O que você está fazendo aqui? - perguntei pigarreando.
– Na verdade, eu vim... - ele enfiou a mão nos bolsos e sorriu constrangido.
– Hurum. - ouvimos um pigarro e o Tony se virou, vi o Matheus parado atrás dele com uma calça preta e uma blusa polo meio rosa com um tênis lindo, normal.
– Na verdade, eu e ela já íamos sair antes. - o Matheus disse o olhando, Tony sorriu maliciosamente.
– Na verdade. - ele pigarreou - a Maria está no carro e eu ia perguntar pra Ana se eu podia chegar mais tarde na ONG amanhã. - ele voltou a me olhar.
Eu não podia acreditar nisso!
– Não, você não pode. - eu fui até o sofá e peguei minha bolsa e voltei pra porta fechando a porta com força, peguei na mão do Matheus e saí o puxando.
O Antony era tão idiota! Eu não acreditava que eu... Que eu... Pensei que ele iria pedir pra sair comigo e não acreditei que cogitei a possibilidade de dizer sim!
Argh!
– Para onde vocês vão? - ignorei a pergunta dele, mas acho que o Matheus era educado demais para fazer isso.
– Para o cinema naquele shopping no centro da cidade...
– Tony sorriu.
– Não acredito, eu e Maria também vamos. - parei de andar abruptamente e me virei pra sem acreditar que ele podia estar mesmo fazendo isso.
– Não, você não vai. - afirmei, ele soltou uma risada irônica.
– Nós vamos, não é amigão? - ele bateu no ombro do Matheus que deu um sorrisinho constrangido pra mim. - então, vamos no meu carro ou no teu? - bufei completamente irritada.
Só podia ser brincadeira!
(...)
O caminho para o cinema foi horrível Maria estava com uma carranca enorme sem contar a minha e Tony era mais irônico do que amigável com Matheus, deixando claro que estávamos no carro do Matheus!
– Então, que filme vocês querem assistir? - Matheus perguntou quando paramos na frente do cinema.
– Nós vamos assistir um e vocês outro. - eu apontei pra ele e pra Maria.
– Pra que? - ele perguntou sorrindo. - eu pago as entradas e você a comida. - Tony piscou para o Matheus. - prepare-se amigão, eu adoro uma pipoquinha. - ele piscou e saiu puxando a Maria pro caixa.
– Mil perdões Math. - eu me virei pra ele o olhando.
– Tudo bem linda. - ele sorriu de lado.
– Não, sério. Eu não sei como ele foi parar na minha casa, essa situação... Digo ele, é muito inconveniente devia ser um encontro a dois e... - ele puxou minha cintura.
– Ainda por ser um encontro a dois. - ele sorriu e eu senti sua respiração se aproximando da minha, eu estava preparada, eu queria o beijo e quando nossas bocas foram se encostar, eu beijei algo gelado e tinha gosto de papel...
– Eca. - me afastei do Matheus automaticamente.
– Vamos assistir dezesseis luas. - Tony disse sorrindo ironicamente.
Ah sim, eu tinha beijado o maldito papel.
Matheus suspirou alto e eu vi que ele iria tirar satisfações com o Tony, o puxei para a entrada do cinema.
– Vamos entrar, vem? - puxei ele para a entrada da sala, o Tony veio nos acompanhando atrás com Maria.
Eu já tinha dito o quando o odiava?
– Tony, isso é ridículo - Maria disse baixo para ele, eu virei o rosto pra trás e assenti.
– Estamos acompanhando amigos. - Tony disse me olhando. - não é? - virei o rosto pra frente irritada.
Quando entramos na sala, tinha poucos lugares, eu e Matheus sentamos naquelas poltronas duplas que tinham no canto, e graças a Deus só tinha duas, as outras poltronas vazias ficavam do outro lado do cinema, o que me deixou muito animada, pois eu teria duas horas sozinhas com o Matheus.
O filme era muito interessante, Matheus era muito cavalheiro, me ofereceu pipoca e tudo mais que eu tinha direito, apesar de eu pedir apenas um pacote de M&M's. Ele aproveitou para ir com a Maria comprar os doces, já que ela iria usar o banheiro, me virei pra frente pra prestar atenção no filme e logo senti alguém sentar do meu lado.
– Ele não combina com você. - ouvi o sussurro rouco do Tony enquanto ele comia a pipoca que estava no meu colo.
– Cala a sua boca. - mandei, ele se virou rindo pra mim e piscou.
– Eu sou seu amigo, tenho a obrigação de te dizer que ele é um almofadinha. - suspirei irritada.
– Você pode ir para o seu lugar, por favor? - pedi.
– Não quero ficar lá sozinho. - ele fez bico.
– Tony você está sendo inconveniente - eu me virei pra ele e falei irritada.
– Shiu. - ouvimos algumas pessoas falarem, ignorei o comentário delas e continuei o olhando, ele se aproximou de mim lentamente.
– Cinema é bom para beijar sabia? - ele disse se aproximando cada vez mais de mim.
– Não é não. - meu coração acelerou.
Merda de coração.
– É claro que é. - ele colocou a mão na minha nuca e me deu um selinho longo, eu estava pronta para ceder ao seu beijo quando o celular dele tocou, nos afastando completamente, ele tirou o celular do bolso e me olhou como se tivesse em dúvida entre atender o celular e me beijar. - vai atender teu celular. - mandei.
– Mas... - ele tentou argumentar.
– Agora! - mandei, ele se levantou e saiu correndo da sala de cinema.
Precisei de alguns segundos para acalmar meu coração, maldito coração. Não devia ficar assim com ele não é mesmo? Era só um garoto, qualquer garoto, o Tony propriamente dito.
– Voltei. - levei um susto com a voz do Matheus.
– Ah, oi. - me ajeitei na cadeira e ele me deu meu saquinho de M&M'S.
Nem precisei dizer que o clima acabou naquele momento né? Não dava, na verdade não daria pra ficar com ninguém com o Tony por perto, ele não deixaria, na verdade, ele estaria muito mais que presente, ele estaria nos meus pensamentos.
Eu já disse que eu o odeio?
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