Because, I Love You. escrita por


Capítulo 17
Inconveniente.


Notas iniciais do capítulo

ANNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNW; E O BEIJO?? TONY PORQUE VOCÊ FEZ ISSO?



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POV Ana.

Arrumei o meu vestido vermelho de bolinhas e sorri ao me ver no espelho, Alanis estava parada me encarando sorrindo atrás de mim.

– Você está linda. - ela fez "joinha".

– Mesmo? - perguntei me virando pra ela.

– Com certeza Ana, está toda meiga. - ela colocou a mão na boca e riu baixo. - do seu jeito de sempre, linda. - sorri corando em resposta.

Eu não precisava daquele vestido novo e super caro, mas senti como se tivesse que ficar bonita naquele encontro. Matheus me merecia isso e mais do que ele, eu também merecia alguém legal. Meu sapato de salto combinava com o vestido e meu cabelo solto também estava lindo.

Eu estava perfeita. Sério.

Então a campainha tocou e meu coração bateu forte no peito, olhei pra Alanis que já estava de pé de prontidão.

– Eu abro! - gritei descendo correndo as escadas e indo até a porta, a Alanis se escondeu atrás da porta da cozinha e eu abri a porta, meu sorriso diminuiu automaticamente e eu só pude ouvir a voz grossa dele, com o seu perfume inebriante e sua bermuda caída.

– Boa noite. - era o Tony.

Ele usava uma camisa branca normal e por cima uma blusa xadrez, também usava uma bermuda de sarja bege e um daqueles tênis de skatista, seu cabelo estava molhado e caia sobre a testa.

Ele sorriu de lado.

– O que você está fazendo aqui? - perguntei pigarreando.

– Na verdade, eu vim... - ele enfiou a mão nos bolsos e sorriu constrangido.

– Hurum. - ouvimos um pigarro e o Tony se virou, vi o Matheus parado atrás dele com uma calça preta e uma blusa polo meio rosa com um tênis lindo, normal.

– Na verdade, eu e ela já íamos sair antes. - o Matheus disse o olhando, Tony sorriu maliciosamente.

– Na verdade. - ele pigarreou - a Maria está no carro e eu ia perguntar pra Ana se eu podia chegar mais tarde na ONG amanhã. - ele voltou a me olhar.

Eu não podia acreditar nisso!

– Não, você não pode. - eu fui até o sofá e peguei minha bolsa e voltei pra porta fechando a porta com força, peguei na mão do Matheus e saí o puxando.

O Antony era tão idiota! Eu não acreditava que eu... Que eu... Pensei que ele iria pedir pra sair comigo e não acreditei que cogitei a possibilidade de dizer sim!

Argh!

– Para onde vocês vão? - ignorei a pergunta dele, mas acho que o Matheus era educado demais para fazer isso.

– Para o cinema naquele shopping no centro da cidade...

– Tony sorriu.

– Não acredito, eu e Maria também vamos. - parei de andar abruptamente e me virei pra sem acreditar que ele podia estar mesmo fazendo isso.

– Não, você não vai. - afirmei, ele soltou uma risada irônica.

– Nós vamos, não é amigão? - ele bateu no ombro do Matheus que deu um sorrisinho constrangido pra mim. - então, vamos no meu carro ou no teu? - bufei completamente irritada.

Só podia ser brincadeira!

(...)

O caminho para o cinema foi horrível Maria estava com uma carranca enorme sem contar a minha e Tony era mais irônico do que amigável com Matheus, deixando claro que estávamos no carro do Matheus!

– Então, que filme vocês querem assistir? - Matheus perguntou quando paramos na frente do cinema.

– Nós vamos assistir um e vocês outro. - eu apontei pra ele e pra Maria.

– Pra que? - ele perguntou sorrindo. - eu pago as entradas e você a comida. - Tony piscou para o Matheus. - prepare-se amigão, eu adoro uma pipoquinha. - ele piscou e saiu puxando a Maria pro caixa.

– Mil perdões Math. - eu me virei pra ele o olhando.

– Tudo bem linda. - ele sorriu de lado.

– Não, sério. Eu não sei como ele foi parar na minha casa, essa situação... Digo ele, é muito inconveniente devia ser um encontro a dois e... - ele puxou minha cintura.

– Ainda por ser um encontro a dois. - ele sorriu e eu senti sua respiração se aproximando da minha, eu estava preparada, eu queria o beijo e quando nossas bocas foram se encostar, eu beijei algo gelado e tinha gosto de papel...

– Eca. - me afastei do Matheus automaticamente.

– Vamos assistir dezesseis luas. - Tony disse sorrindo ironicamente.

Ah sim, eu tinha beijado o maldito papel.

Matheus suspirou alto e eu vi que ele iria tirar satisfações com o Tony, o puxei para a entrada do cinema.

– Vamos entrar, vem? - puxei ele para a entrada da sala, o Tony veio nos acompanhando atrás com Maria.

Eu já tinha dito o quando o odiava?

– Tony, isso é ridículo - Maria disse baixo para ele, eu virei o rosto pra trás e assenti.

– Estamos acompanhando amigos. - Tony disse me olhando. - não é? - virei o rosto pra frente irritada.

Quando entramos na sala, tinha poucos lugares, eu e Matheus sentamos naquelas poltronas duplas que tinham no canto, e graças a Deus só tinha duas, as outras poltronas vazias ficavam do outro lado do cinema, o que me deixou muito animada, pois eu teria duas horas sozinhas com o Matheus.

O filme era muito interessante, Matheus era muito cavalheiro, me ofereceu pipoca e tudo mais que eu tinha direito, apesar de eu pedir apenas um pacote de M&M's. Ele aproveitou para ir com a Maria comprar os doces, já que ela iria usar o banheiro, me virei pra frente pra prestar atenção no filme e logo senti alguém sentar do meu lado.

– Ele não combina com você. - ouvi o sussurro rouco do Tony enquanto ele comia a pipoca que estava no meu colo.

– Cala a sua boca. - mandei, ele se virou rindo pra mim e piscou.

– Eu sou seu amigo, tenho a obrigação de te dizer que ele é um almofadinha. - suspirei irritada.

– Você pode ir para o seu lugar, por favor? - pedi.

– Não quero ficar lá sozinho. - ele fez bico.

– Tony você está sendo inconveniente - eu me virei pra ele e falei irritada.

– Shiu. - ouvimos algumas pessoas falarem, ignorei o comentário delas e continuei o olhando, ele se aproximou de mim lentamente.

– Cinema é bom para beijar sabia? - ele disse se aproximando cada vez mais de mim.

– Não é não. - meu coração acelerou.

Merda de coração.

– É claro que é. - ele colocou a mão na minha nuca e me deu um selinho longo, eu estava pronta para ceder ao seu beijo quando o celular dele tocou, nos afastando completamente, ele tirou o celular do bolso e me olhou como se tivesse em dúvida entre atender o celular e me beijar. - vai atender teu celular. - mandei.

– Mas... - ele tentou argumentar.

– Agora! - mandei, ele se levantou e saiu correndo da sala de cinema.

Precisei de alguns segundos para acalmar meu coração, maldito coração. Não devia ficar assim com ele não é mesmo? Era só um garoto, qualquer garoto, o Tony propriamente dito.

– Voltei. - levei um susto com a voz do Matheus.

– Ah, oi. - me ajeitei na cadeira e ele me deu meu saquinho de M&M'S.

Nem precisei dizer que o clima acabou naquele momento né? Não dava, na verdade não daria pra ficar com ninguém com o Tony por perto, ele não deixaria, na verdade, ele estaria muito mais que presente, ele estaria nos meus pensamentos.
Eu já disse que eu o odeio?


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Notas finais do capítulo

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