Because, I Love You. escrita por


Capítulo 16
Resquícios.


Notas iniciais do capítulo

Eu quero dedicar esse capítulo das minhas leitoras, sério, to muito feliz com os reviews! *-*
lindas, muito obrigado.

Tonizinho e Aninha pra vocês >



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Depois de deixar o Tony na frente da ONG, eu desci para ir para minha sala, não que eu realmente ligasse se ele estava namorando com ela ou não...

O que na verdade era verdade, porque eu ligava sim e muito, mas o que me deixava mais irada com tudo isso que estava acontecendo, era como se o beijo do Penhasco não tinha significado nada para ele.

Eu quero dizer, cara era o Penhasco. Lugar mágico, em contato com a natureza e tal e coisa. Eu sei, eu sei, eu era a garota mais boba e romântica do mundo, mas é que eu não tinha culpa, a culpa era da porra dos contos de fada.

Entrei na minha sala e olhei em volta deixando minha bolsa em cima da cadeira, sentei na ponta da mesa e fiquei olhando para a porta.

De certo eu devia colocar meus pensamentos em ordem, eu devia estar sofrendo pelo meu término com Josh, até porque ele ainda não tinha vindo me procurar, o que significava que eu não era nada, nem para ele e nem para Tony. Ok, momento super depressivo, acho que todas as garotas passam por isso quando levam um fora? Né?

Né garotas?

Ouvi batidas pesadas na porta, voltei meus pensamentos para a realidade e vi o Tony encostado no batente da porta.

– Vamos comer? - ele perguntou sem o chapéu e droga ele estava tão bonito, alguns fios do seu cabelo caiam sobre o rosto, ele tinha um sorriso de lado, como se tivesse com seus argumentos presos na ponta da língua Segurei o impulso de dizer que não estava com fome, na verdade eu estava com muita fome.

– Tipo o que? - cruzei os braços.

– Um podrão. - ele piscou, fiz careta, ele riu alegre. - ali no restaurante, depois te deixo na escola. - ele me chamou com a cabeça e eu peguei minha bolsa passando pela porta.

– Que fique bem claro que só vou almoçar com você, porque estou com muita fome. - eu disse andando na sua frente, o Tony parou na minha frente e me acompanhou andando na minha frente, de frente pra mim.

– Sim senhorita, quer deixar mais alguma coisa registrada aqui? - ele perguntou sorrindo.

– Tire esse maldito sorriso do rosto Antony. - sorri, ele fez sinal de zíper e abriu a porta do passageiro no carro para eu entrar, muito cavalheirismo dele, é claro.

Ele foi o tempo todo puxando papo comigo, achei que ele estava falante demais. Sem contar que ele era muito engraçado, tinha histórias hilárias.

Isso me lembrou o Matheus... Doce Matheus.

– Então eu tropecei, caí com uns líquidos azuis em cima do cara, foi muito engraçado. Tipo, muita loucura. - ele disse rindo, eu sorri de lado.

– E a Maria estava com você? - perguntei baixo.

– Ela estava em todas cara, você não imagina o que a gente já passou junto e... - ele percebeu a rata que havia dado e calou a boca na hora, virei o rosto pra janela, eu não era nada ele não é? Porque diabos eu tinha que fechar a cara.

Era mais forte que eu. Infelizmente.

– Éramos muito grudados. - ele disse pigarreando.

– Sei como é. - e ali acabou o assunto. Ele estava se esforçando e eu não queria esse esforço dele, porque ela quem acabou tudo que nem havíamos tido a oportunidade de começar.

Não que eu quisesse começar algo com Tony, mas eu queria sei lá... Ah, foda-se, eu queria mesmo.

– Ana... - Tony disse quando paramos na frente do restaurante, virei o rosto para olha-lo. Não podia acreditar.

– Tony! - ouvi uma voizinha irritante, Maria colocou a cabeça pra dentro do carro e puxou o rosto dele o beijando, minha boca se abriu em um pequeno "o". E não, isso não foi o pior, o pior foi que ele retribuiu o beijo dele, abri a porta do carro e larguei aberta saindo andando dali, não que eu esperasse que ele viesse atrás de mim, mas quando a primeira lágrima rolou dos meus olhos, senti uma mão segurando meu pulso.

– Me solta! - gritei, mas quando o garoto me virou, vi seu sorriso se transformar em uma carranca séria.

– Desculpa Ana, eu não... - era o Matheus.

– Matheus, não... - limpei uma das lágrimas e sorri. - pensei que era outra pessoa. - vi o Tony chegando alguns segundos depois, mas ele parou alguns metros antes, ele me encarou e depois olhou para o Matheus.

– Eu não queria atrapalhar e nem nada... - ele disse coçando a nuca, sorri para ele e o puxei para andar.

– Não está atrapalhando, venha me fazer companhia enquanto como. - nós entramos em um restaurante qualquer, vi Tony parado enquanto me olhando confuso e com resquícios de uma desculpa totalmente desnecessária.

Eu estava puta!

– Você está bem mesmo? - ele perguntou quando sentamos na mesa.

– Estou melhor agora. - sorri largo, ele sorriu de lado e alisou minha mão, eu olhei enquanto ele virava minha mão e entrelaçava nossos dedos, corei.

– Você não toparia sair comigo Ana? - ele disse me olhando.
Acho que aquele olhar fez meu estomago revirar por dentro, claro que eu queria sair com você Matheus, acho que tudo em mim gritou sim para ele.

Quem diabos não iria querer sair com o garoto mais lindo (depois do Tony) que eu conheci?!

– Ah não sei... - fiz charme, ele sorriu e abaixou os olhos.

– Eu não vou fazer nada... Vamos só sair pra jantar e comer, o que você acha? - ele me encarou com aqueles olhos sugestivamente demais eu diria.

Eu estava convencida.

– Por favor? - ele pediu. - só um jantar? - ele perguntou sorrindo.

– Sim. - cedi sorrindo, ele levantou e me deu um beijo no canto dos lábios me fazendo corar, algumas pessoas no restaurante nos olharem e eu puxei minha mão delicadamente quando minha comida chegou.


POV. Tony.

A Maria me beijou do nada, ouvi a porta bater com força e me afastei dela com dificuldade.

– O que é isso? - perguntei assustado, ela se afastou e eu abri a porta do carro, vi a Ana andar muito rápido em direção ao outro lado da rua.

– Ué tava dando um beijo no meu melhor amigo lindo e gostoso. - Maria riu e passou os braços pelo meu pescoço.

– Eu percebi, mas porque você fez isso? - tirei os braços dela de volta do meu pescoço e ela suspirou irritada.

– Porque eu senti vontade Antony. - ela rolou os olhos. - que besteira.

– A Ana estava no carro comigo Maria. - eu disse me irritando.

Eu aposto que ela tinha feito isso só pra irritar a Ana e isso me deixou completamente irritado.

– Idaí, quem liga? - ela soltou uma risada nervosa e se eu não conhecesse ela o suficiente sabia que ela estaria mentindo.

– Eu ligo Maria Luíza. - me virei e sai correndo tentando encontrar Ana, era muito interessante como as garotas tinham o dom de fugir rápido demais quando fazemos besteiras.

Eu gostava de Ana, apesar dela ser toda diferente, tinha algo nela que me chamava fortemente atenção, não queria de forma alguma machucar seu coração ou então me transformar na única coisa que a faria ficar com raiva de mim pra sempre.

Eu sabia o quanto Maria podia ser má, até porque eu conheço ela por longos anos. Nós fomos mais que amigos, e se fosse antes que acharia engraçado ela estar tendo esses ataques de ciumes idiotas, mas agora. Bom, agora não.

Era Ana que ela estava machucando e me lembrava bem do jeito como fui buscar Ana quando ela descobriu que Josh, - Josh é seu namorado idiota- que a traia.

Andei mais alguns metros e parei quando Ana conversava com um garoto, primeiramente ela não me viu, o que causou uma certa irritação da minha parte, depois ela me encarou e sorriu largamente. É tanta idiotice dos homens achar que depois de ter feito uma burrada elas vão querer te ouvir, fiquei olhando ela puxar ele pela mão para dentro do restaurante.

Minha respiração ficou pesada e eu atravessei a rua voltando para o meu carro de novo.

– Voltou é? - a Maria perguntou irritada.

– Estou com fome, quer comer ou quer vazar? - perguntei mais irritado ainda.

– Quero comer. - ela disse baixo, chamei ela pra dentro do restaurante e abri a porta pra ela entrar, pegamos uma mesa afastada de todo mundo e sentamos. - o que essa garota tem de tão especial? - ela perguntou me encarando.

– Que garota? - mudei de assunto.

– Essa Ana. - ela disse séria.

– Nada demais. - admiti.

– Ah, qual é Antony?! - Maria bateu na mesa. - nós dois sabemos que você está balançado por ela. - sorri com a afirmação sem noção dela.

– Não mesmo. - respondi rolando os olhos.

– Hum, bom então. - ela sorriu alegremente agora.

Nossa comida chegou, comemos em silêncio e eu imaginando o que a Ana estava fazendo com aquele viado naquele restaurante, é o fim da picada mesmo! Ela disse que ia almoçar comigo!

– Tony? - Maria me chamou quando acabou de comer, ela sempre acabava de comer antes que eu.

– Hum? - perguntei mastigando a comida.

Ela me encarou sugestivamente e eu sabia o que aquele olhar significava.

– Eu andei pensando... - ela olhou para seu prato e dobrou o guardanapo. Limpei minha boca e a encarei confuso.

– Eu também andei pensando nisso. - sorri.

– Sério? - ela me encarou surpresa.

– Claro, viajar é uma ótima ideia. - ela olhou pra baixo.

– É, eu também acho. - ela afirmou sussurrando.
Se aquele olhar dela significasse o que eu estava pensando que significaria, eu estava mesmo ferrado. Mesmo, mesmo e mesmo!


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Notas finais do capítulo

Reviews?



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