Because, I Love You. escrita por


Capítulo 10
Traição.


Notas iniciais do capítulo

Vooooooooooooltei, esse capítulos traz surpresas muito leegais, IUASHDIUSDHSIUDHASIUDHSADIUSH muahahahaha tomara que vocês gostem, tanto quanto eu.



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Pensei em uma desculpa para dar pro Tony não ter o final de semana de folga, bem... Porque? 
Um final de semana seria muito, ficaria muito trabalho acumulado e... - Eu sei o que você está pensando! E não, não é isso. Talvez seja um pouquinho, mas não é completamente isso. 
Disquei o número dele mais uma vez e mais uma vez deu caixa postal. Porque será que é tão difícil alguém atender o celular em uma sexta-feira a noite? 
- Tudo bem querida? - minha mãe entrou no quarto sorrindo. 
- Ele não atende o celular. - murmurei irritada. 
- Talvez porque ele esteja jogando futebol, não? Hoje não é o campeonato dele? - fitei minha mãe confusa.
- Mas o Tony não joga futebol. - eu disse a olhando.
- Que Tony? Estou falando do Josh! - bati minha mão na testa. Droga, o campeonato do Josh, ele havia pedido muito para eu ir. 
- Mamãe! - gritei saltando da cama, ela me encarou. - porque você não me lembrou? - corri até o meu closet e peguei uma calça jeans e uma blusinha. 
- Pensei que você não tinha esquecido. - ela me seguiu, tirei o pijama e coloquei a calça jeans mais rápido que consegui, droga! 
- Eu não esqueci. - fiz careta, ela sorriu. - ele vai me matar. - coloquei a blusinha e me olhei no espelho. 
Oh, meu cabelo tem uma força de vontade impressionante, mexi no ninho de passarinho para que ele voltasse para o lugar, em vão. Teria que passar uma escova.
- Diga que você teve um imprevisto. - comecei a pentear os meus cabelos. 
- Mamãe, o Josh estava há quase dois meses falando desse jogo, ele pediu que eu fosse, quase implorou. - fiz bico. - vai ser o fim do meu namoro, eu quase nunca tenho tempo pra ele e ele sempre arranja tempo pra mim... - mamãe afagou meus ombros. 
- Se você correr ainda dá tempo querida. - eu coloquei o meu all star de cano médio vermelho e peguei minha bolsa saindo correndo do quarto. 
Onde que eu estava com a cabeça? O Campeonato do Josh, ele vai me matar e eu vou deixar, sou uma péssima namorada. Tirei o carro da garagem e dirigi o mais rápido que eu consegui até o campo... Só que o maldito campo ficava do outro lado da cidade, provavelmente eu nem conseguiria ver o jogo todo. Estacionei o carro e desci, entreguei o meu ingresso para o segurança e subi até a área vip, vi o Josh jogando e eles estavam perdendo, tentei acenar, mas acho que ele não me viu. Sentei em uma das cadeiras e esperei o primeiro tempo acabar, só faltava dez minutos. Meu celular tocou, olhei no visor e era o Tony. 
- Alô? - atendi. 
- Ana?! - ele gritou muito alto, o som que vinha do outro lado era estridente, afastei o celular do ouvido pelo menos um palmo. 
- Fale baixo. - eu disse irritada, ouvi um barulho estranho e depois vozes e então o barulho diminuiu. 
- Ana? - ele perguntou de novo. 
- Isso. - eu disse mais calma. 
- Você me ligou? - ele estava com a voz estranha, animado demais eu diria... Bêbado. 
- Você está bêbado? - eu comecei a rir. 
- Não, eu estava cantando. - ele disse sério, pela sua voz ele ficou irritado. 
- Cantando? - perguntei séria. 
- Sim. - ele disse animado. 
- Precisamos conversar... - eu me virei para a porta, bem na hora de pegar o Josh abraçado com uma menina, eles se beijavam. Meu coração foi de um a cinquenta em um segundo...
- Ana? - a voz do Tony ainda era brincalhona. 
Um grande soluço saiu do meu peito, foi o suficiente para o Josh se afastar da menina, a mesma menina da torcida que nós discutíamos porque ela gostava dele, a mesma menina que... O choro saiu, droga. Saiu tão alto. 
- Ana? - a voz do Tony ficou séria, desliguei o celular na cara dele. 
- Amor? - o Josh soltou da menina e veio andando lentamente até mim, ele parou na minha frente e segurou nos meus braços. - Ana? - ele alisou minha pele. 
- Tira as mãos de mim. - eu sussurrei, odiava escândalos  achava horrível. 
- Ana, vamos conversar. - ele segurou meu rosto e me encarou. 
- Me solta Josh. - meu celular voltou a tocar de novo, era o Tony, eu tinha certeza. 
- Ana... - ele pediu. 
- Me solta. - eu o encarei, ele soltou meu rosto e eu sai dali. Sem contar o maldito celular que não parava de tocar, ele ficava tocando e tocando e tocando o tempo todo... E... Encostei no carro e comecei a soluçar, um choro doído... Chega me doia a alma. 
E o celular tocou mais uma vez, demorei uns dez minutos até me acalmar e retornei para o Tony. 
- O que foi? - ele atendeu preocupado. 
- Hãn? - respirei fundo. 
- Você desligou na minha cara, o que eu fiz? - ele perguntou sério. 
- Não... - respirei fundo. - não é nada Tony. - o choro ameaçou a sair de novo. 
- Você ta chorando? - droga, solucei. - o que aconteceu Ana? - eu abri a porta do carro. 
- Eu vou embora... Pra casa. - falei entre o choro. 
- Onde você tá? O que aconteceu? Ana? - ele fez tantas perguntas e perguntas que nem eu mesma conseguia responder. 
O que aconteceu?
Como aconteceu?
Onde eu estou? Droga! 
- Ana? - ele falou de novo. - onde você está?
- No jogo! - eu gritei. - no maldito jogo do Josh! - comecei a chorar. 
- Na escola? - ele falou mais baixo. 
- Hurum. - eu disse baixo. - entrei no carro. 
- Não sai daí, vou te buscar. - não disse nada, apenas desliguei o celular e encostei a cabeça no volante, o choro saia tão... Rápido, eu não conseguia me controlar, vi o Josh me procurar pelo estacionamento e me afundei mais no banco, fiquei ali até senti batidas fortes no vidro, olhei assustada, era o Tony e mais um garoto. Destravei o carro. Ele abriu a porta e me olhou. 
Eu nunca tinha visto ele daquele jeito, o Tony estava com uma expressão confusa, apesar do calor que fazia ele não estava soando e muito menos fedido, seu perfume era forte e lubridiante, suas sobrancelhas estavam unidas em uma careta de desgosto e ele estava sério. Ele não estava de chapéu  seus cabelos estavam desgranhados e sempre que os via assim tinha vontade de toca-los, olhei em seus olhos. 
- Pega ela. - o garoto falou. - eu vou atrás dele. 
- Tá. - o Tony me pegou no colo e eu me senti desconfortável, ele me levou até um carro bonito, prata e me colocou no banco de trás. 
- Pegar quem? - eu disse limpando algumas lágrimas que caiam. 
- Um amigo nosso que está por aqui. - ele disse sério e limpou uma das lágrimas que ainda caiam. - vai me dizer o que aconteceu? 
- Não. - falei séria. - me leva pra casa. - pedi, o Tony me encarou por alguns segundos e não disse nada, só fechou a porta, logo um garoto bonito e loiro apareceu, ele estava vestindo uma jaqueta de coro. Eles começaram a conversar, o garoto entregou algo pro Tony que eu não consegui ver e o Tony entrou no carro. - e o seu amigo? - perguntei baixo. 
- Vai levar o teu carro. - ele respondeu somente, o resto do caminho foi em silêncio, não quis chorar na presença dele, mas também não queria que ele quisesse me deixar em casa. 
Acabei quebrando o silêncio. 
- Não me leva pra casa. - pedi, ele me olhou pelo retrovisor. - me leva para onde você estava. - ele soltou uma risada misteriosa. 
- Não mesmo. - ele disse sério agora. 
- Porque? - envolvi meu corpo com meus braços, ele parou no farol e se virou. 
- Porque não é lugar pra você. - ele olhou meus braços. 
- Por favor. - pedi, ele suspirou e virou pra frente continuando dirigindo, vi ele passar a rua da minha casa e quase esbocei um sorriso, se tivesse com vontade, é claro. Começamos a passar ruas escuras e lugares estranhos... Logo vi uma casa noturna no final de rua e ele estacionou o carro, eu me ajeitei no banco. 
- Você pode voltar se não quiser ficar aqui, tudo bem? - ele me fitou com a expressão toda arrependida. 
- É muito... Estranho? - engoli a palavra a seco. 
- Não é o tipo de lugar que você vai gostar. - ele abriu a porta e saiu do carro, abrindo a porta pra mim também, o amigo dele estacionou o meu carro. 
- Vou avisar lá dentro que esse carro é teu, se não é capaz de alguém roubar. - o garoto sorriu amigavelmente pra mim e o Tony pegou na minha mão. 
- Fica perto de mim. - ele disse sério. - entendeu? - assenti, passamos por um grupo de garotas de programa, elas me olharam dos pés a cabeça e eu me senti muito mal. Tinha uma fila imensa na frente da casa noturna e ele entrou sem nem falar com o segurança, tinha muita gente, tocava uma música alta, e tinha um cheiro horrendo de bebidas e drogas, franzi o meu nariz. 
- Finalmente! - uma garota loira com os cabelos bagunçados e a maquiagem borrada se aproximou dele, ela me encarou e olhou para as nossas mãos dadas. - quem é ela Antony? - ele a ignorou e me puxou para um canto onde tinha mesas. 
- Ta com fome? - ele perguntou me sentando na cadeira. 
- To, mas não acho muito legal comer algo daqui. - sorri, ele rolou os olhos. 
- Vejo que já está melhor. - ele riu e sentou na minha frente. 
- To sim. - eu disse sorrindo de lado, olhei para a mesa e ela estava toda suja. - esse lugar precisa de uma limpeza. - fiz careta. 
- Acostuma. - ele riu. - nunca limpam aqui. - começou a tocar the wanted. Eu gostava de The Wanted. Mexi os meus pés no ritmo da música. 
A música alta fazia quase tudo sair de mim, a música sempre teve esse dom sobre mim. 
- Quer dançar? - o Tony perguntou me olhando. O encarei séria. - quantas vezes você fez algo que realmente sentiu vontade? - ele me desafiou. 
- Eu sempre faço coisas que sinto vontade Tony. - ele riu descontraído. 
- Vem logo! - ele levantou e me puxou pra pista, logo o meu corpo começou a mexer no ritmo da música e eu senti a tristeza ir embora, eu fechei meus olhos e só deixei liberar, tudo, raiva, estres  tudo. Joguei os meus cabelos para o lado e me virei pro Tony rindo, ele sorriu de lado, um sorriso malicioso e sussurrou no meu ouvido. - se solta. 
E foi isso que eu fiz, me soltei. Deixei meu corpo ser levado pelas próximas cinco musicas que tocaram, tocou de tudo, das músicas mais novas as mais antigas, tocou até Inna! Uma relíquia. 
O Tony nunca cansava, ele estava sempre com alguma menina diferente e isso gerou um grande incomodo, era muita gente chegando nele o tempo todo, muitas garotas bonitas e bem vestidas, você via que o lugar onde a balada estava não fazia jus as pessoas que comparecia a ela. 
- Quer beber alguma coisa? -  Tony perguntou pra mim quando me viu suspender o cabelo de calor. 
- Quero. - pedi, ele pegou na minha mão de novo e eu senti um pequeno choque passar pelo meu corpo, mordi o lábio involuntariamente, ele pediu alguma coisa que eu não sabia o nome e só entendi quando ele estendeu pra mim uma latinha de coca-cola. - obrigada. - ele abriu a latinha e me deu dois canudinho, tomei com vontade enquanto ele me encarava, corei. - o que foi? - perguntei séria. 
- Seus pais sabem que você está aqui Ana? - ele perguntou sério de uma hora pra outra. 
Meus pais, oh. 
- Não. - eu disse preocupada. 
- Imaginei. São quase quatro horas da manhã, precisamos ir. - ele pegou na minha mão novamente, e saímos da balada, fazia muito frio... Ou era eu que estava soada demais, não sei. Só sei que todos os pelos do meu corpo se arrepiaram. 
- Tony... - chamei ele quando atravessamos a rua. 
- Oi? - ele me olhou. 
- Obrigada. - sorri de lado, ele piscou, mas não disse nada. Ele dirigiu o meu carro e o percurso foi todo em silêncio, eu estava cansada demais e acho que ele entendeu que eu não queria conversa, quando chegamos em casa, ele me olhou. 
- Está entregue. - estava quase amanhecendo. 
- Obrigada, mais uma vez. - eu disse o olhando. 
- Obrigada nada. - ele ficou sério, o encarei confusa. 
- O que? - perguntei.
- Quero alguma coisa em troca. - ele disse me encarando. 
- O que? - perguntei de novo. 
- Isso. - ele puxou minha nuca e me beijou. 


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Notas finais do capítulo

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