Waiting For You escrita por AustinandAlly


Capítulo 15
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Geeente desculpem a demora! estava muito ocupada com os estudos, mas tá ai mais um capitulo! a pedido de uma leitora que queria a postagem de dois capítulos de uma vez, eu postei um capitulo beeem maior comparado aos outros. Espero que gostem!

Obrigada pelo apoio de vocês e continuem comentando, vocês são o meu estimulo para escrever :)



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Ally

Depois de tudo que aconteceu foi quase impossível acreditar que Austin havia feito aquilo.

- Como ele pôde? Como ele teve coragem?  - falei pra mim enquanto me deitava na cama após um longo banho.  Claro, ele é Austin Moon! Logo ele não vale nada, mas e se tiver sido um mal entendido? Comecei a ficar confusa com meus pensamentos e agradeci mentalmente por kate não estar ali para me infernizar.

Passei meus dedos levemente por meu pescoço tentando relembrar a minha antiga corrente de ouro, a qual eu não tirava por nada no mundo. Sinto tanta falta da minha mãe e aquela correntinha era a única coisa que havia me restado dela, pois foi o presente que ela me deu quando completei meus 15 anos, mas eu a perdi.

- Allycia!!!!!! – ouvi um grito que vinha do lado de fora do quarto acompanhado de batidas fortes, corri e abri a porta rapidamente.

- Pois não senhora Moon. – disse educadamente.

- Quero que vá ao mercado comprar tudo que estiver faltando, agora! – ela me disse olhando para o interior do quarto.

- E  kate onde está? – ela me perguntou.

- Não sei senhora, estava no banho e sai a pouco tempo. – respondi em um tom baixo e calmo, mas ela pareceu não dar importância e virou as costas indo embora.

Austin

Estava em meu quarto imaginando que Ally devia estar com muita raiva de mim, pois ainda não havia nem sinal de uma resposta para a minha mensagem.

- Maldita Cassidy! – resmunguei para mim mesmo, foi quando alguém bateu a porta me interrompendo.

- oi, vim limpar seu quarto. – me deparei com Kate ao abrir a porta.

- aaa.. não era a Ally que viria ? – disse em resposta, não podia ser que a raiva fosse tão grande que ela havia mandado Kate fazer seu próprio trabalho.

- Ela está muito ocupada agora. – kate respondeu sorridente, eu sorri de canto e me concentrei em ir embora , já que agora kate estava aqui e nada me impediria de explicar tudo a Ally.

- Não vá. – ela disse puxando-me levemente pelo braço. – Não sei como você gosta que arrumem para você – ela prosseguiu se explicando, mas seus dedos continuavam em meu braço.

- Pode arrumar do jeito que achar melhor, fique a vontade. Estou muito ocupado agora e não posso ficar aqui. – disse e por um instante achei que ela havia feito uma cara de poucos amigos, mas logo vi um sorriso em sua boca e ela assentiu com a cabeça.

- Garota estranha – disse para mim mesmo ao sair porta a fora, foi quando Elliot cruzou meu caminho.

- E ai irmãozinho, aproveitando muito seu tempo com a Ally? – ele disse com uma expressão raivosa.

- Do que você ta falando? – respondi apreensivo com aquela pergunta, ele havia nos visto no jardim naquele dia?

- Por favor! Não se faça de desentendido, imbecil. – meu sangue ferveu.

- Numa boa? Cansei dessas briguinhas idiotas Elliot, fica na sua e me deixa em paz! Se ela não te quer e você tá ai com dor de cotovelo o problema é seu. – disse e virei minhas costas a fim de deixa-lo sozinho no corredor, mas não foi exatamente isso que aconteceu.

- Isso é pra você deixar de ser otário! – ouvi quando ele puxou minha camisa e me empurrou na parede com força, não aguentei e revidei. Começamos a nos socar no andar de cima, foi quando minha mãe apareceu.

- Meu deus! – ela gritou desesperada, então olhei para minha roupa e ela estava um pouco rasgada, passei meus dedos sob meu nariz e contatei um pouco de sangue.

- Vocês ficaram LOOOOUCOS? – ela gritou mais alto horrorizada e correu até mim- Elliot, o que você fez? – ela prosseguiu, seu tom era de desaprovação.

- Ah mãe, qual é! Você vive dando ousadia para esse imbecil, ele só sabe sair pra farrear e não faz nada pela empresa! A culpa não é minha se ele tá passando de levar uma surra mesmo. – Elliot respondeu com toda raiva, seu rosto vermelho. Minha mãe não teve reação e eu preferi não dizer nada, ele nos olhou raivoso e deu as costas indo embora.

- Austin, o que foi isso? Vocês estavam tentando se matar? Ficaram loucos por acaso? – ela repetia sem parar, minha paciência foi se esgotando.

- Mãe, está tudo bem! Foi só uma briga de irmão e depois a gente se resolve, tá legal? Agora eu vou encontrar com o Dez e nós nos vemos mais tarde. – respondi dando-lhe um beijo no rosto.

Ally

Estava voltando do mercado, quando avistei uma BMW preta e a reconheci na hora, só podia ser o carro dele! O motorista me avistou e foi diminuindo a velocidade até ficar no mesmo ritmo que eu, ele abaixou o vidro e enfim constatei o que já sabia.

- Que tal você entrar? – o loiro impecável com seus óculos escuros disse.

- No seu carro? Nem pensar! – respondi e continuei caminhando.

- Deixa dessa Ally, para com isso! Você sabe que não passou de mais uma daquela maluca. – ele disse ainda tentando me convencer, eu não consegui resistir e o olhei.

- Quem me garante? – respondi séria.

- Eu estou te garantindo, ou você não confia em mim? – ele parou totalmente o carro e abaixou o óculos.

- Austin, acho que a nossa “relação” – disse fazendo aspas no ar- é muito duvidosa e cheia de incertezas pra você querer que eu acredite em tudo que você diz. – respondi o olhando fixamente.

- Não vamos falar sobre isso agora, eu realmente preciso fazer umas coisas, mas prometa que vai me encontrar mais tarde, ok? – ele me disse e eu pensei se deveria dizer sim, fica difícil dizer não quando ele me olha desse jeito.

- Tudo bem, na árvore às duas da manhã. – respondi ainda séria, tentando fazer com que ele acreditasse que não seria tão fácil perdoa-lo, sendo que nem eu sabia mais se iria conseguir ficar longe por muito tempo. Ele não respondeu apenas sorriu e seguiu seu caminho.

Eu continuei caminhando e fui para a mansão dos Moon, logo que cheguei arrumei as compras e entrei no meu quarto para colocar o uniforme e iniciar o almoço, Kate entrou logo depois.

- Ah você tá ai – ela disse com a voz antipática.

- Não se preocupe, não vai ser por muito tempo! Logo você vai ficar com esse quartinho dos fundos todinho pra você. – eu disse ainda vestindo o uniforme.

- Coitadinha! Acha que esse seu curso pra entrar na universidade de música vai dar em algo é? – ela riu sarcástica, engoli minha raiva e decidi não brigar.

- Se bem que seria bom você ir embora, eu iria ficar com o loirinho todinho pra mim- ela riu mais alto e piscou, dessa vez senti a raiva subir como um ácido pela garganta.

- Qual é o seu problema ? Você mal chegou aqui, você nem o conhece pra querer brigar por ele! – disse tentando entender toda essa situação que não faz sentido, cruzei meus braços e a encarei esperando por uma resposta, ela apenas riu mais uma vez.

- Você vive numa bolha né garota? Os Moon sempre aparecem em várias colunas dos mais distintos jornais dessa cidade- ela pausou e se aproximou de mim com sua expressão ameaçadora.- Qual garota  nunca sonhou em mudar de vida? Ter regalias e luxo? Joias?. – ela disse e eu não acreditei que ela pudesse ser tão cliché.

- Kate, pelo amor de deus! Essa idéia do golpe do baú é velha demais, mas porque o Austin? Se tem o Elliot?

- É simples, não suporto perder pra ninguém sem graça feito você! Além de que eu prefiro os loiros – ela sorriu e piscou novamente, ouvir aquilo me fez ter vontade de voar em cima dela, mas não o fiz.

- Não pense que vai ser fácil, ele não gosta de você. – disse matando-a por dentro, tive a sensação de ouvir seus dentes baterem de raiva, mas não esperei para ouvir a resposta e sai porta a fora.

Elliot

O dia foi se arrastando lentamente, estava na empresa de colchoes Moon com meu pai administrando os negócios da família, até que eu levo jeito pra coisa! Sorri pra mim mesmo enquanto organizava alguns documentos importantes que estavam sob a mesa.

- Filho? – meu pai disse, eu o olhei esperando que continuasse.

- O que anda acontecendo com você e seu irmão? Vocês vivem brigando, sua mãe me contou o que ocorreu hoje mais cedo. – ele disse com uma expressão confusa e ao mesmo tempo curiosa.

- Pai, acho que isso é simples de entender. – pausei colocando um pouco de café para mim. – Austin nunca faz nada pela empresa, em todo o tempo que estivemos na filial de Londres ele só fazia sair a noite, pura curtição e eu fiquei apenas com o trabalho.

- Ele é muito imaturo ainda meu filho, você tem que orientar seu irmão. – ele me respondeu calmamente sentando- se na cadeira próxima a mim.

- Ah me poupe pai! Ele já é bem grandinho e sabe muito bem o que faz da vida, ele sempre quer levar vantagem em tudo e minha mãe ainda o protege!- falei começando a me irritar por me lembrar de Ally.

- Além de que sempre quer tudo pra ele! Inveja as coisas que eu quero. – prossegui.

- Meu filho, as coisas não podem ser assim! Vocês precisam conversar para se entenderem, tente ficar bem com seu irmão. – ele respondeu parecendo não notar a minha raiva. Não o respondi mais e encerramos a conversa ali, logo seria a hora do jantar e estaríamos em casa e eu poderia ver Ally.

Austin

-Você tá gostando mesmo dessa garota, não é? – Dez disse ao me olhar com um sorriso, eu apenas ri.

- Quem diria que você finalmente ia tomar juízo, e além de tudo com uma garota tão diferente de você! Fico feliz por você ter mudado tanto cara, de verdade. – ele voltou a falar enquanto saíamos da joalharia.

- Eu também, me sinto muito melhor por ser quem sou agora. Ela me abriu os olhos sabe? Não imaginava que aquela menina de sete anos atrás iria se tornar essa pessoa incrível. – eu falei enquanto nos dirigíamos ao carro.

- Quem te viu quem te vê Austin Moon! – ele falou e nós rimos.

- Mas e a empresa de seu pai? Você sabe que precisa iniciar a faculdade de administração, se não sua mãe te mata!

- Sei bem disso, mas já decidi que meu futuro é na música! Desde pivete eu levo jeito e não é agora que eu vou desistir. – falei convicto enquanto ligava o carro e me dirigia à casa de Dez para deixa-lo.

Já era noite e eu estava ansioso para encontrar com Ally, tenho certeza que depois de hoje ela vai mudar de ideia a respeito de tudo o que aconteceu. Esperei mais algumas horas até que o relógio marcou duas em ponto e eu corri para o jardim, tentei fazer o máximo de silêncio ao descer as escadas que davam leves rangidos.

- Droga. – Disse baixinho ao bater meu pé no sofá da sala de jantar. Continuei o percurso e enfim cheguei ao jardim.

Era impossível não reconhece-la mesmo que de longe, aqueles cabelos compridos e levemente ondulados tinha uma sincronia perfeita com seu rosto fino e delicado. Sua pele branca era iluminada pela lua que estava sobre nós, eu me aproximei.

- Oi. – ela disse ainda séria e eu percebi que talvez não vá ser tão fácil convence-la.

- Oi linda. – eu respondi sendo amável.

- Seja breve, estou com sono. – ela respondeu rude, e encostou-se no tronco largo e grosso da árvore.

- Não diga o que não é verdade! – eu disse sabendo que ela também queria aquele momento, então apoiei meus dois braços no tronco da árvore, um de cada lado, deixando-a encurralada. Senti sua respiração aumentar, mas seus olhos continuavam serenos e sua boca avermelhada era convidativa.

Me aproximei devagar e ela tentou resistir, mas não aguentou e cedeu. A beijei devagar, logo ela se entregou e passou seus braços ao redor de meu corpo me beneficiando com seu calor reconfortante. Nós nos beijamos por algum tempo, um beijo que ganhou intensidade e paixão.

- Você é tudo o que eu quero. – eu disse quando nosso beijo cessou e ela me olhou ansiosa por uma explicação.

- Austin, eu não consigo entender! Porque? Porque me tratava tão mal e agora quer ficar comigo? – ela pausou libertando-se de meus braços.

- Marca encontros de madrugada comigo, me beija quando quer e me diz coisas bonitas. – ela disse e eu a entendia perfeitamente, era justo ela me perguntar algo como aquilo.

- Eu errei Ally! No começo fui rude porque eu era assim, fazia parte de mim. Mas depois... – pausei sem acreditar que enfim iria dizer a ela o motivo de toda aquela arrogância.

- Depois o que? – ela me desafiou procurando por respostas.

- Depois eu passei a te admirar! você me mudou, eu me senti tão pequeno perto de você! – ela arregalou os olhos diante daquilo e eu continuei. – Você é esforçada e tinha uma mãe que te apoiava, tem princípios e luta por seus objetivos... enquanto eu... – disse abaixando a cabeça.

- Eu.. eu sou só um filhinho de papai, que tem uma família desconcertada e uma mãe que quer que eu seja o espelho dela. – disse por fim, ela se aproximou ainda sem dizer uma única palavra e me abraçou forte.

- Austin você não é pequeno, você mudou. – ela sussurrou em meu ouvido e nós passamos um bom tempo abraçados aproveitando aquele momento juntos.

A noite ia passando e nós estávamos deitados debaixo da nossa árvore, foi quando percebi que eu havia esquecido de dar a ela o presente.

- Ally? – eu a chamei e ela levantou a cabeça que estava apoiada em meu peito.

- Eu trouxe algo pra você! – sorri e ela se levantou, eu tirei do meu bolso uma caixinha e ela não desviou o olhar, eu entreguei em suas mãos e ela abriu a pequena caixa com cuidado.

- Como você... como você encontrou isso? – ela disse sorridente sem acreditar.

- Caiu no meu quarto naquela noite em que você dormiu comigo, achei que já era hora de devolver. – eu sorri, fazendo menção de colocar no pescoço dela. Ela abriu espaço e deixou que eu colocasse.

Afastei seus cabelos devagar e beijei sua nuca, senti seus pelos se arrepiarem e enfim coloquei a corrente com o pequeno pingente em forma de “A”. Ela me olhou maravilhada e me beijou.

- Austin!! Agora que reparei, você cravejou com brilhantes! Não acredito, é muito caro não devia ter feito isso. – ela disse em tom de desaprovação.

- Perto de você nada é tão valioso. – ela sorriu com minha resposta e nós passamos o resto da madrugada juntos.

Acordei no susto com um soco em meu rosto.

- Filho de uma mãe! Eu vou te matar! – mal consegui abrir meus olhos o ouvi gritar, meu rosto latejava.


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