As Long As You Love Me escrita por Madness


Capítulo 17
Capítulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/334117/chapter/17

A semana passou rapidamente, depois daquele incidente em que o Dylan levou um belo de um soco, Chad e seus seguidores foram suspensos. Foi uma semana meio chatinha, a Anna ficou paparicando o Dylan e essas coisas. Não que eu esteja com ciúmes, é que o Dylan e ela estão muito próximos e eu meio que sinto falta do meu amigo. Ele ia a minha casa jogar videogame, mas agora prefere ficar em casa lendo, eu chamo isso de traição, se fosse na Arábia ele teria perdido o saco.

Não que eu quisesse mal a ele e coisa e tal. É só que é... hãn, frustrante jogar videogame sozinho. Enfim.

Hoje era uma sexta-feira e eu e Dylan estávamos na biblioteca sozinhos. A dona Robertha deixava a gente lá e sumia... Eu ainda acreditava que ela dava uns pegas no zelador ou no diretor. Ela era meio assanhada, nem vou contar do dia em que ela “sem querer” passou a mão na minha bunda.

Eu estava enfileirando os livros cada um na sua fileira em silêncio absoluto, eu estava entediado e acho que Dylan também.

- Hey Jay, olha aqui. – Ele subiu em uma das mesas e sorriu divertido para mim. Seu roxo no olho já tinha diminuído a tonalidade e agora estava meio amarelo e menos inchado. Ele começou a dançar sensualmente e começou a assobiar uma música conhecida.

- Sei que eu sou bonita e gostosa. – Ele disse me olhando igual a um pervertido. - E sei que você – Ele apontou pra mim e subiu a camisa. - Me olha e me quer. – Ele passou a mão pela barriga e deu uma rebolada, eu não ria. Eu gargalhava. Ele me olhou atônito.

- Que foi? – Eu perguntei enquanto me acalmava.

- Sua bicha, saia do armário e cante comigo. – Ele bateu o pé e ajeitou o cabelo como se fosse uma garota. Estávamos sozinhos e nem sinal de vista da dona Robertha ou de qualquer ser vivo naquele recinto, então... Por que não? Eu sorri pra ele e subi na mesa. – Isso gata, vamos arrazar.

Nos viramos de costas e Dylan começou a assobiar a música enquanto eu fazia a batida com os pés.

- Sei que eu sou bonita e gostosa. E sei que você me olha e me quer. – Ele disse fazendo os mesmo gestos da vez anterior em minha direção.

- Eu sou uma fera – Eu disse enquanto imitava um leão. - De pele macia – Passei as mãos pelo meu braço. - Cuidado garoto! – Eu apontei para o Dylan e fiz uma cara sexy. - Eu sou perigosa...

- Eu posso te dá. – Cantarolou o Dylan. - Um pouco de fogo – Abanou a camisa. Eu posso prender. – Ele fez sinal de algemas

- Você meu escravo – Eu o olhei e me segurei para não rir. Ele me olhava faminto, como se eu fosse uma presa, às vezes ele me dá medo. - Eu faço você – Eu apontei pra ele. - Feliz e sem medo...

- Eu vou fazer você ficar louco... – Ele fez ficou vesgo e girou os dedos do lado da cabeça como se aquilo fosse um padrão de loucura, mas não questionei. - Muito louco, muito louco dentro de mim – Ele sorriu maliciosamente depois disso.

- Muito louco, louco dentro de mim – Eu disse imitando seus gestos. - Muito louco, louco dentro de mim.

- Muito louco, louco dentro de mim. Muito louco, louco dentro de mim... – A gente cantou essa parte juntas, cada um estava numa ponta da mesa, nós nos olhamos cúmplices e deslizamos cantando a última parte da música. - Eu sou Perigosa! – E nós terminamos nosso pequeno show levantando os braços e rindo loucamente.

- AI MEUS DEUS! – Disse uma voz feminina vindo da porta da biblioteca. Era ela. – Não acredito que vocês fizeram isso! – Anna disse rindo escandalosamente e colocando a mão na barriga. Eu e Dylan coramos.

- Você está aí a muito tempo?  - Eu me levanto da mesa em um pulo quase caindo de cara no chão. Eu devia estar tão vermelho quanto um tomate, pimentão, camarão, sei lá. Ela assentiu com a cabeça enquanto ria. Dylan começou a rir também, a risada deles era contagiante, mas eu estava com tanta vergonha que apenas ri fraco e cocei minha nuca.

- Gostou no nosso showzinho, Anna?  - Dylan perguntou sorrindo largo. Ela tranquilizou a respiração depois de uns dois minutos.

- Gostei, mas eu tenho uma pergunta... Tem certeza que vocês são heterossexuais? – Ela disse rindo de novo, e lá vamos nós. – Nada contra sempre quis amigos gays – Ela disse.

- Nós somos homens! – Eu digo fazendo uma voz grossa.

- Ai florzinha, não vamos te enganar, ok?  - Dylan disse com a voz afeminada. Ele? Eu tinha minhas dúvidas sobre sua opção sexual, juro. – Nós somos um lindo casal. – Dylan veio até mim e me abraçou de lado beijando minha bochecha. – Diga a ela Jay, diga que somos um lindo casal! – Ele piscou os olhos freneticamente.

- Nós somos um lindo casal. – Eu disse imitando a voz dele e retribuindo a abraço.

- Agora só falta o beijinho. – Anna disse batendo palmas e rindo. Eu e Dylan nos afastamos tão rapidamente que eu tropecei nas cadeiras e caí no chão rindo.

- Nós não somos gays. – Dylan disse. – Apenas temos momentos homossexuais, nada demais.

- Aham, sei. – Ela disse olhando desconfiada e negando com a cabeça.

- Hey James, vamos pra sua casa eu...

- “Estou com fome” – Eu e Anna dissemos em uníssono.

- Como... Como vocês sabiam? – Dylan perguntou com seus olhos esbulhados...

- Somos videntes – Dissemos juntos de novo, ok agora foi constrangedor, ela olhou para um lado e eu para outro.

- Então vamos pra casa do James comer! – Dylan disse pegando a Anna e eu pelos braços e nos guiando até a saída.

-x-

Nós fomos pra casa, mas antes passamos no mercado pra comprar chocolate, pipoca, batata frita e refrigerante. Eu, Anna e Dylan iriamos assistir a um filme na minha casa.

Cheguei em casa e minha mãe estava assistindo tv na sala.

- Oi mãe – Eu disse e beijei o topo de sua cabeça, ela assistia a um programa culinário.

- Oi filho – Ela olhou atrás de mim e viu que eu estava acompanhado e se ajeitou no sofá. – Oi Dylan – E lhe abriu um sorriso.

- Oi tia Sara. – Dylan retribuiu o sorriso que dando um beijo na bochecha. Dylan a chamava de tia, porque eu o conhecia a tanto tempo que nós o considerávamos da família. – A senhora está muito linda hoje... Na verdade a senhora sempre está linda, mas hoje está mais! – Dylan disse chavequeiro, ele sempre vazia isso com minha mãe e ela apenas ria.

- Sentem aí meninos. – Dylan sentou e eu fiquei em pé mesmo. – Aaah você está aí!  - Ela disse a Anna. – Esses postes na sua frente, nem reparei você, me desculpe Anna – Minha mãe se levantou e foi até ela.

- Aah não foi nada senhora Scott estou acostumada. – Anna disse sorrindo simpática. Minha mãe abraçou a Anna de lado.

- Como está sua mãe? – Minha mãe perguntou a ela. Elas ficaram conversando enquanto eu e o Dylan fomos na cozinha preparar a pipoca, pegar os copos e essas coisas.

- Hey, vamos assistir um filme de terror?  - Eu perguntei ao Dylan com um olhar maquiavélico, ele retribuiu.

- Claro. Vai ser legal assustar a Anna – Ele disse gargalhando e eu ri junto.

Depois de pegar as coisas passamos na sala e avisamos a minha mãe que íamos ver um filme no meu quarto, ela só disse “Juízo”, coisa típica de pais e mães.

- O que nós vamos ver?  - Anna perguntou enquanto observava eu colocar o cd. Nós pegamos um edredom, jogamos no chão, pegamos uns travesseiros, eu liguei o aquecedor, já que estava meio frio.

- Vamos assistir o Massacre da Serra Elétrica. – Eu disse dando de ombro e indo me sentar ao lado de Dylan.

- Legal, adoro esse filme. Já assistiu Dylan?

- Hãn, não. – Ele respondeu.

Dei play no filme, eu já havia assistido a esse filme, ele era legal, mas realmente assustava, teve uma hora que eu olhei cumplice pra Anna, um olhar que dizia “Vamos assustar ele” ela apenas assentiu sorrindo.

Dylan estava vidrado vendo o Leatherface indo atrás de uma das meninas, mostrou ela apenas correndo e se escondendo. Ficou um silêncio. E do nada...

- Bu! – Eu e a Anna dissemos bem alto e encostando no Dylan na hora que a serra começou a atravessar a menina. Dylan deu um pulo e derrubou o resto da pipoca que estava em seu colo.

- AAAAAAAAAAAAAAAA! SUAS VADIAS, NUNCA MAIS FAÇAM ISSO!- Dylan disse com a mão no peito e respirando pesadamente.

Eu e a Anna começamos a rir loucamente. Minha barriga doía e saia lágrima de meus olhos.

- Você.... – Você... – Eu não conseguia formar uma frase sem rir. – Pareceu uma... uma... menina gritando  - Eu disse por fim rindo mais ainda.

- Muito engraçado, de quem foi a ideia? – Anna apontou pra mim e eu levantei a mão, a gente ainda ria. – Você é uma puta James Matthews Scott. E você vai pagar! – Ele veio pra cima de mim e eu sai correndo e dei um pulo estilo ninja quase caindo de cara no chão, só pra alcançar minha cama.

- Dylan, eu não tenho culpa, a Anna concordou também. – Ele virou a cabeça igual a menina do exorcista e olhou pra Anna que estava rindo. Ela ouviu seu nome e parou na hora de rir. Dylan foi até ela andando, como se fosse matá-la e se levantou num pulo.

- Dylan, você sabe que é meu amigão né? – Ela disse e pegou as cobertas do chão e enrolou tudo.

- Anninha, você vai pagar. – Ela sorriu diabolicamente pra ela, eu estava deitando de bruços na cama apenas observando. – Ele estava a uns passos dela. Ele foi dar o bote para pegá-la, mas Anna foi mais ágil e esperta e jogou todas as cobertas em cima dele e veio correndo na minha direção. Ela pulou na minha direção e veio parar ao meu lado.

- Estamos ferrados Jay!  - Ela disse rindo e eu ri junto. Não sei porque mas ela me chamando de Jay foi fofo demais e a verdade é que eu estava com vontade de apertar suas bochechas. Eu balancei minha cabeça pra tirar esses pensamentos da minha cabeça.

- Tenho uma ideia. – Dylan ainda estava tentando se desvencilhar das cobertas. – Pega um travesseiro. – Ela pegou um e eu o outro. O filme ainda rodava, mas já estava no final. Chegamos perto dele e ele terminou de se desenroscar nas cobertas e saiu de costas pra gente, ele abriu os braços vitorioso.

- Ganhei de você monstro!  - Ele disse ao emaranhado de coberta.

- GUERRA DE TRAVESSEIRO! – Eu disse acertando com força o Dylan.

- SCOTT! – Ele gritou de volta. Eu apenas ria e o acertava com o travesseiro a Anna fazia o mesmo.

Ele se abaixou e se protegia como podia, se arrastou e pegou um travesseiro também.

E nós começamos uma guerra de travesseiro, nós três ríamos e batíamos uns nos outros com o travesseiro. Teve uma hora que a Anna tropeçou nas cobertas que estava no chão e eu fui ajuda-la.

- Você está bem? – Eu disse indo até ela.

- Estou – E sorriu pra mim. – Agora Dylan!  - Ela disse eu eu olhei pra trás a tempo de ser acertado na cara por um travesseiro e ser “nocauteado”. Eu cai no chão e o Dylan subiu em cima de mim. Ele era meio pesado.

- Seu gordo sai de cima de mim – Eu dizia a ele que apenas ria, quanto estava sentado na minha barriga.

- Nosso plano deu certo Anninha. – Eles bateram um na mão do outro e sorriram cumplices.

- Anna sua traíra, você tinha me ajudado antes!  - Eu disse a ela que apenas riu. – Dylan, acho que a gente podia se juntar e dar a ela o que ela merece... – Dylan olhou pra mim e eu ergui a sobrancelha, ele apenas assentiu com a cabeça e saiu de cima de mim.

Eu e Dylan fomos atrás dela. Eu dei a volta quando ela não percebeu. Dylan estava de frente a ela enquanto eu andava devagar me aproximando por trás, então eu a agarrei pela cintura, quando ela iria correr para o lado. Eu e Dylan sorrimos diabolicamente.

- Pois é Anna, você está frita. – Ela disse a si mesma.

Eu a peguei pelos braços e o Dylan pelas pernas.

- Um... Dois... – Nós dizemos juntos. – Três. – E então a jogamos na cama enquanto ela ria Dylan segurou seus braços e eu comecei a fazer cócegas nela. Anna se debatia enquanto eu e Dylan apenas riamos.

Foi quando a porta abriu.

- Aah meninos desculpa – Minha mãe disse sem graça ao entrar na porta. Nós soltamos a Anna e cada um foi para um lado – Achei que vocês estavam matando alguém. – Nó sorrimos fraco. – Dylan sua mãe quer saber se você ai dormir aqui. – Dylan me olhou e eu afirmei com a cabeça.

- Eu posso tia?  - Ele sorriu amarelo. – Não importa o quanto o Dylan me conhecesse na hora de pedir pra dormir aqui ele sempre ficava com vergonha.

- Claro que pode menino! Eu até disse a ela que você ficaria. Ela só pediu pra amanhã você ir cedo para a casa, porque vocês vão almoçar com sua avó. – Ela disse sorrindo. – Aaah eu vou sair pra jantar com o seu pai e deixei dinheiro pra pizza lá na cozinha, se vocês com fome podem pedir.

- Ok. – Eu disse.

- E depois limpem essa bagunça, beijos.

Ela fechou a porta do quarto e nós ficamos em silêncio.

- E aí, vamos fazer o que? – Dylan perguntou. Eu olhei no relógio e já era oito horas da noite.

- Bom, eu vou tomar um banho, se você quiser sabe que tem umas coisas suas aqui.

- Então eu vou pra casa. – A Anna disse.

- Fica, a gente pede pizza e faz alguma coisa... – Dylan disse a ela.

- Mas eu tenho que...

- Se você quiser, hãn... – Eu disse coçando a nuca. – Você pode ir na sua casa tomar um banho, trocar de roupa e depois vim pra comer e tal.

- Isso – Dylan disse empolgado. – Por favor?! – Ele se ajoelhou na frente dela e juntou as mãos suplicando.

- Hum... – Ela disse fingindo pensar. – Já que você insiste... – Ela disse sorrindo torto. Ele levantou e a apertou num abraço de urso.

- Hãn, então até mais tarde. – Eu disse me despedindo enquanto ela saia pela porta.

Então eu fui pro meu banheiro tomar um banho e o Dylan foi no banheiro do quarto de hóspedes tomar o dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Haha e aí o que acharam do capítulo? espero que estejam gostando... Não esqueçam de deixar comentários