Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 7
A maldita sapa velha




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Capitulo 7 – A maldita sapa velha.

Depois do almoço Harry, Rony, Parvati e Lilá foram para a aula de adivinhação, Hermione foi para a biblioteca pesquisar sobre alguma coisa.

Com isso fiquei sozinho, como não tinha nada para fazer fui me sentar na beira do lago encostado em uma arvore, eu estava com os olhos fechados sentindo a magica do castelo, ela era bem antiga e muito poderosa, como sempre imaginei, mas não era só no castelo que a magia existia, ela se espalhava pela propriedade toda ia para dentro do lago passava pelas floresta e na muralha ela subia e formava um tipo de esfera sobre a escola, uma esfera protetora.

Eu conseguia sentir o lago e todas as criaturas que o habitavam, podia sentir as arvores da floresta e alguns lobos que ali moravam, e podia sentir as três cobras que se aproximavam de mim, como predadores em busca de sua caça, mas essas cobras já deviam saber que essa presa era grande demais para um bote.

- Quem diria, um Grifinório solitário. – falou uma voz irritante.

- Quem diria, a doninha albina veio fazer uma visita.

Abri os olhos, pude ver que ele se surpreendeu por eu saber dessa história.

- O que você quer Malfoy?

- Quero vingança pelo que você me faz no trem. – falou ele com um tom de ameaça, muito ruim por sinal.

- Vai ver se o Moody está lá na esquina, não estou com saco para te lançar uns feitiços. – falei entediado.

- Está com medinho Bragança? – falou sarcasticamente, os dois brutamontes riram.

Tive que revirar os olhos, se o “mestre” era burro o que esperar dos dois seguranças?

- Não sou eu que ando de braços dados com dois gorilas superdesenvolvidos . – falei, a multidão que já tinha vindo ver o que ia acontecer deu uma risada.

- Ora seu...! – gritou já sacando a varinha e apontando para mim.

- Poderia tirar esse graveto da minha cara? – perguntei fazendo pouco caso da ameaça dele. – Você sabe que para tentar ameaçar alguém você tem que parecer ameaçador? – perguntei sorrindo irônico. – Com esse seu rostinho de filhinho da mamãe e com essas mãozinhas delicadas por causa de cremes, você não amedronta ninguém.

Ele já estava vermelho de raiva, já estava prestes a lançar a pior maldição que ele conhecia, mas...

- Malfoy o que o senhor pensa que está fazendo? – perguntou a professora Grubbly-Plank.

A situação que ela encontrou foi a seguinte, um garoto loiro apontando uma varinha para um garoto sentado encostado em uma arvore e cercado por dois brutamontes, um de cada lado. Por causa disso nem Malfoy conseguiu formular uma desculpa.

- Menos 20 pontos para Sonserina e vocês três estão em detenção. – falou a professora. – Quero que vocês todos voltem para o que estavam fazendo antes. – falou fazendo a multidão de curiosos e os três Sonserinos saírem dali.

Depois de alguns minutos um dos alunos que fazia parte da multidão veio em minha direção, ele parecia ser do quinto ano da Corvinal.

- Prazer, Ernesto Macmillan. – se apresentou.

- Nathan Bragança.

- Como você desafiou o Malfoy sem suar? Sem nem temer a varinha dele apontada para o teu rosto? – falou ele muito curioso, pude ver algumas pessoas ao redor tentando ouvir a minha resposta também.

- Temer o Malfoy? – perguntei rindo. – Ele é só um garotinho mimado, que corre para baixo das saias do pai quando alguém ameaça ele, eu consigo ver claramente que debaixo da pose do Malfoy só tem uma criancinha covarde, que quer colinho. – brinquei.

Pude ouvir várias risadas por perto, nesse momento a sineta para a próxima aula tocou.

- Droga, alguém já teve alguma aula com a Umbridge? – perguntei sem olhar para ninguém.

- A aula dela é unicamente ler um capitulo do livro e duvido que alguém da minha sala tenha acabado de ler uma única pagina. – falou uma garota de longas tranças loiras.

- Desculpe, mas não sei o seu nome. – falei delicadamente.

- Susana Bones. – falou um pouco corada.

- É uma pena que a aula seja assim, eu estava tão ansioso para ter uma boa aula de defesa contra as artes das trevas. – falei tristemente.

- É, queria que o professor Lupin voltasse. – falou Susana. – Ele foi o melhor professor que tivemos.

A maioria dali pareceu concordar.

- É melhor agente ir para aula antes de ganharmos uma detenção que nem o Malfoy. – falei.

Os grupos se separaram, e fiquei de novo sozinho.

Fui rapidamente para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, fui o primeiro a chegar. A professora com seu casaquinho rosa, laço de veludo preto (que parecia mais uma mosca gigante) e uma cara de sapa velha ficou me avaliando com o olhar e não falou nada, me sentei na ultima carteira, perto da janela.

Enquanto todos não chegavam fiquei pensando em que eu poderia e em que eu não poderia mexer na história do Potter, era complicado, por exemplo se eu alterasse a ida ao ministério, o mundo bruxo não saberia que Voldemort tinha voltado a vida, mas se eu alterasse Sirius ficaria vivo, essa coisa de saber o futuro era uma faca de dois gumes.

O resto dos alunos foi entrando pouco a pouco, então a sineta do começo da aula tocou.

- Boa tarde – disse em um tom muito infantil.

Alguns alunos responderam um desanimado “boa tarde”.

- Tsc. – resmungou. – Assim não vai dar, quero que vocês me respondam um bonito e alto “Boa tarde, profª Umbridge”. Agora vamos lá de novo, boa tarde, classe!

- Boa tarde profª Umbridge. – responderam os alunos monotamente.

- Agora sim, não foi muito difícil. Agora guardem as varinhas e tirem as penas.

Os alunos se entreolharam, agora eles sabiam que essa aula iria ser chata, mas ainda não tinham a ideia de quanto.

No quadro negro estava escrito:

Defesa Contra as Artes das Trevas

Retorno aos princípios básicos.

Objetivos do curso:

1.Compreender os princípios que fundamentam a magia defensiva.

2.Aprender a reconhecer as situações em que a magia defensiva pode ser legalmente usada.

3.Inserir o uso da magia defensiva no contexto de uso.

E então ela fez um discurso, que para não variar, eu não prestei muita atenção, sabia que ela estava dizendo que os outros professores foram ruins e que agora com ela aprenderíamos a teoria.

Ela nos mandou ler o primeiro capitulo do livro, olhando ao redor vi que a metade da turma não passou pela primeira pagina a outra metade não conseguiu chegar no segundo paragrafo.

Hermione levantou a mão, coisa que não foi notada pela professora, depois de alguns minutos “lendo” o livro a metade da sala desistiu e ficou olhando para a mão levantada da Grifinória, quando quase toda a sala estava olhando para a mão levantada da Hermione a professora viu que não poderia continuar ignorando a situação.

- Queria me perguntar alguma coisa sobre o capitulo, querida? – perguntou ela a Hermione.

- Não é sobre o capitulo.

- Bem é o que estamos lendo agora. – disse a professora, sorrindo. – Se a senhorita tem outras perguntas, podemos tratar delas no final da aula.

- Tenho uma pergunta sobre os objetivos do curso. – disse Hermione.

- E qual seria Srta. ...?

- Hermione Granger. Não pude entender se tem algum objetivo que seja o uso de feitiços defensivos.

- A pratica de feitiços defensivos? – repetiu a Profª Umbridge, dando uma risadinha. – Ora, não consigo imaginar nenhuma situação que exija o uso de feitiço defensivo, Srta. Granger. Com certeza não está esperando ser atacada durante a aula, está?

Começou uma confusão na sala, todo mundo indignado sobre esse assunto, cada um reclamava de um jeito até que:

- Não tem uma parte prática no nosso N.O.M de D.C.A.T.? Não temos de demonstrar que somos capazes de realizar contrafeitiços e coisas assim? – Parvati.

- Desde que tenham estudado a teoria com muita atenção, não há razão para não serem capazes de realizar feitiços sob condições de exame devidamente controladas. – respondeu encerrando o assunto.

Realmente eu queria matar ela, como alguém pode ser tão obtuso?

- Sem nunca ter praticado os feitiços antes? – perguntou Parvati incrédula. – A senhora está nos dizendo que a primeira vez que poderemos realizar feitiços será durante o exame?

- Repito, desde que tenham estudado a teoria com muita atenção...

- E para que vai servir a teoria no mundo real. – perguntou Harry em voz alta.

A professora Umbridge o encarou, eu já tinha planejado o que eu ia fazer, só estava esperando a deixa do Harry.

- Isso é uma escola, Sr. Potter, não é o mundo real.

- Então não devemos  nos preparar para o que estará nos aguardando lá fora?

- Não há nada aguardando lá fora, Sr. Potter.

- Ah, é? - a raiva na voz do Potter era palpável, mesmo do outro lado da sala.

- Quem é que o senhor imagina que queira atacar crianças de sua idade? – perguntou a professora com um tom horrivelmente meloso.

Harry abriu a boca para responder, mas eu me levantei fazendo o maior barulho possível, para desconcentra-lo principalmente, agora aquela velha safada iria sentir o gosto da minha ira.

- Que tal um bando de dementadores? – perguntei, a professora não esperava essa resposta. – Aqueles mesmos que nos atacaram perto da casa do Potter, não foi estranho terem alguns deles justo na rua que ele ia passar, mas não vamos falar isso agora.

A turma toda olhou para mim, alguns não sabiam dessa história.

- Que tal falar sobre essa coisa de estudar a parte teórica? Vamos dar um exemplo prático. – falei começando a andar pela sala, a profª já estava vermelha pelo meu atrevimento, ela nem conseguia falar. – Srta. Patil, queira me ajudar. – pisquei para ela, que corou, “as garotas coram muito fácil nessa escola” – Imagine que eu sou um dementador, mesmo eu sendo bonito demais para uma pessoa sequer cogitar em pensar que sou parecido com eles. – falei com um sorriso malicioso.

A turma toda deu uma risada.

- Agora, como a professora disse, a parte teórica, para se espantar  um dementador você tem que pensar em uma memória muito feliz e usar o feitiço “Expecto Patronum”, uma dica é que essa memória não precisa ser real, pode ser algo imaginado como estar abraçada com alguém que você goste. – pisquei para ela de novo, ela ficou mais corada ainda. – Entendesse?

Ela assentiu com a cabeça.

- Então vamos lá, tente usar o feitiço. – disse me aproximando vagarosamente dela.

- Senhor Bragança, sente em sua cadeira ou eu vou tirar pontos de sua casa!

Continuei me aproximando, ela tentou usar o feitiço três vezes, as duas primeiras não aconteceu nada, na terceira saiu uma pequena nuvem prateada.

Cheguei perto o suficiente, me abaixei e toquei meus lábios... na testa dela.

- Viram? – perguntei para a sala – O método da professora é comprovadamente ineficiente.

- Senhor Bragança, o senhor está em detenção, menos vinte pontos para a Grifinória.

Ainda eu não tinha acabado.

- Sr. Potter, o senhor quer mostrar como o método antigo é mais eficiente? – perguntei com um sorriso cínico, apontando a varinha da fênix para ele.

- Claro. – falou se levantando, ele entendeu perfeitamente o que eu quis dizer.

- EXPECTO PATRONUM. – dissemos juntos.

Um cervo e um lobo gigante se encontraram no meio da sala, lutaram um contra o outro até os dois desaparecerem em fumaça.

- Senhor Potter, senhor Bragança, venham aqui – disse estendendo dois pergaminhos.

Cada um de nós pegou um pergaminho.

- Levem isso à Profª McGonagall, queridos.

Enquanto saímos da sala, pude ver que todos estavam atônitos com a nossa ousadia, não pude resistir antes de sair de desafiar ela mais uma vez.

- Potter e Bragança, animadores de aula, um galeão a aula normal, de graça na aula do Binns e da Umbridge... – antes de eu terminar a propaganda a porta se fechou magicamente quase batendo na minha cabeça.

Eu e o Harry nos entreolhamos e começamos a gargalhar enquanto íamos para a sala da McGonagall.

- Isso foi muito engraçado. – falei.

- Aquela coisa de apresentadores de aula foi demais.

- Eu tinha que dar a ultima palavra, se não ela iria ficar ganhando.

Andamos algum tempo em silencio.

- Será que a McGonagall, vai nos dar uma bronca muito grande? Que eu estou querendo explorar melhor o castelo antes do jantar. – falei olhando o relógio magico no meu pulso, faltavam ainda quarenta minutos para o jantar.

Chegamos na porta da sala da McGonagall, ficamos um tempo decidindo quem iria bater na porta, até que a porta se abre a a McGonagall nos olha.

- Vocês não deveriam estar em aula?

- Nos mandaram aqui professora. – falou o Potter.

- Nós fomos meninos muito maus e por isso a professora Umbridge nos expulsou da sala. – falei em um tom completamente inocente.

Harry deu uma pequena risada, McGonagall nos encarou com um pouco de nostalgia.

Entramos na sala dela e entregamos os bilhetes.

- Sentem-se por favor. – disse ela e nós sentamos.

Enquanto ela lia os bilhetes, eu ficava imaginando o que tinha escrito neles, comecei a me bater mentalmente por não ter a ideia de ler eles no caminho.

- Acho que devíamos ter lido os bilhetes no caminho. – falei para o Potter.

- Verdade. – concordou ele.

McGonagall nos olhou incrédula por termos falado isso em voz alta, mas voltou aos bilhetes.

- Então é verdade? – perguntou a vice-diretora.

- O que? – perguntou Harry.

- Vocês desafiaram a profª Umbridge em plena aula dela e ainda fizeram um feitiço que comprometeu a segurança dos seus colegas. – falou em um tom severo.

- Eu protesto. – falei. – desde quando um patrono compromete a segurança de alguém?

- Você não nega ter desafiado a profª Umbridge?

- Tia Mimi. Posso te chamar de tia Mimi certo? – não esperei a resposta. – Eu sou um adolescente rebelde, o que você acha que um adolescente rebelde faz? – não esperei a resposta de novo. – Rebeldia, não estou certo?

Ela abriu a boca para responder, mas desistiu do que quer que ela fosse falar.

- Vocês precisam tomar cuidado.

- Por que? Ela é só uma sapa velha. – falei com desdém.

- Coma um biscoito, Nathan. – disse apontando um pote que estava encima da mesa dela.

- Obrigado tia Mimi. – dei uma mordida. – Que bom, foi você que fez?

- Não, o mau comportamento na classe da Dolores Umbridge pode causar mais que uma perda de pontos e uma detenção.

Harry pareceu entender o que ela falou.

- Que isso, o máximo que o ministério pode fazer é me deportar – falei com desdém - Como a nossa adorável professora Dolores Umbridge não tem poder de verdade aqui dentro da escola, ela não pode nos punir com as leis do ministério, pensando bem, o único daqui que pode se dar mal é o Potter.

- Ei! – reclamou o bruxo.

Dei uma risada.

- Então qual é a nossa detenção querida professora? – perguntei com extrema polidez.

- Detenção com ela até quarta feira, começa as cinco horas.

A sineta tocou.

- Obrigado pelos biscoitos. – disse me levantando.

- De nada.

Eu e o Potter saímos do escritório da vice-diretora e fomos jantar, no dia seguinte era a detenção, iria ser engraçado.


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